Prefiro-as no meu caminho
Do que dentro dos sapatos.
Gosto muito de areia;
Debaixo dos meus pés
E fora dos meus olhos.
Prefiro a subtileza,
Á falta de clareza.
Gosto muito de calçadas,
Descalças de preconceito,
Onde se anda sempre a eito.
Gosto muito de bordões,
Que nos apoiam, proféticos,
Nos desequilíbrios éticos.
Gosto muito, muito, muito…
Das pedras do meu mundo,
Porque se um homem é pó,
Uma pedra quer dizer
Que depois de aqui viver,
Vai voltar-se a agrupar,
Numa rocha sedimentar,
Que marcará o seu lugar.
Félix Rodrigues
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