segunda-feira, dezembro 27, 2021

Marlene Dietrich nasceu há cento e vinte anos...

   
Marlene Dietrich (nome artístico de Marie Magdelene Dietrich von Losch; (nascida em Berlin-Schöneberg, em 27 de dezembro de 1901; falecida em Paris, França, 6 de maio de 1992) foi uma atriz e cantora alemã, naturalizada norte-americana.

Marie Magdalene Dietrich nasceu em 27 de dezembro de 1901 em Schöneberg, um distrito de Berlim, Alemanha. Ela era a mais nova das duas filhas (a irmã Elisabeth era um ano mais velha) de Louis Erich Otto Dietrich e Wilhelmina Elisabeth Josephine Dietrich. A mãe de Dietrich era de uma família abastada de Berlim que tinha uma fábrica de relógios e seu pai era um tenente da polícia. O seu pai morreu em 1911. O seu melhor amigo, Eduard von Losch, um aristocrata primeiro tenente dos Granadeiros cortejou Wilhelmina e mais tarde se casou com ela em 1916, mas morreu logo depois, como resultado de ferimentos sofridos durante a Primeira Guerra Mundial.
Dietrich fez escola de artes cénicas e participou de filmes mudos até 1930. Em 1921, casou-se com um ajudante de diretor chamado Rudolf Sieber, e teve uma única filha, Maria, nascida em 1924.
Estreou no teatro aos vinte e três anos de idade, fazendo cinco anos de carreira apagada até ser descoberta pelo diretor austríaco Josef von Sternberg, que a convidou para protagonizar o filme Der Blaue Engel (1930), lançado no Brasil como O Anjo Azul, e baseado no romance de Heinrich Mann, Professor Unrat. Foi o primeiro dos sete filmes nos quais Marlene Dietrich e o diretor Josef von Sternberg trabalharam juntos. Os demais foram Marrocos (1930), Desonrada (1931), O Expresso de Shangai (1932), A Vénus Loira (1932), A Imperatriz Galante (1934) e Mulher Satânica (1935). Depois de trabalhar com von Sternberg, ela foi para Hollywood, onde trabalhou em filmes mais profundos e mais marcantes.
Foi convidada por Hitler para protagonizar filmes pró-nazis, mas ela recusou o convite e se tornou cidadã norte-americana, o que Hitler tomou como um desrespeito para a pátria alemã, e chamou Dietrich de traidora.
Durante a Segunda Guerra Mundial, Marlene foi ao encontro das tropas aliadas, onde cantava para divertir e aliviar a dor dos soldados. Condecorada com medalha após a guerra, Marlene descobriu um dom que poderia explorar: a sua voz. Assim ela começou a cantar além de atuar. A partir de 1951, começa a se apresentar em espetáculos em Las Vegas, no Sahara Hotel.
Em 1961 Marlene protagonizou um filme que quebraria barreiras e chocaria o mundo com um assunto que ainda assustava. O filme era Julgamento em Nuremberg, que tratava do holocausto, do nazismo, e do tumultuado julgamento que condenou os grandes líderes nazis.
Em turnês mundiais ela visitou inúmeros países, porém voltou para sua pátria, a Alemanha, apenas em 1962, e sua volta não agradou a todos, pois os nazis remanescentes chamaram-na de traidora em pleno aeroporto. Marlene tinha em Berlim uma de suas melhores amigas, a também talentosa cantora e atriz Hildegard Knef.
Em 1978, Marlene protagonizou o seu último filme, Just a Gigolo, onde contracenou com David Bowie. Porém, nesse meio tempo, ela fez várias participações em rádio e programas de televisão. Finalmente, escondeu-se em seu apartamento em Paris, onde morreu aos noventa anos de idade, de causas naturais. Porém, existem comentários de que Marlene se matou com calmantes, pois não suportava o facto de envelhecer. Outros dizem que ela tinha Alzheimer e, por isso, se matou, mas não existe nada que comprove esses comentários.
Em 2001 foi realizado um filme biográfico sobre a diva, dirigido pelo seu neto e com comentários de várias pessoas que conviveram com Dietrich, como a sua filha Maria Riva, o seu sobrinho, Hildegard Knef, Burt Bacharach, o filho de von Sternberg, entre outros.
Maria Riva escreveu um livro sobre sua mãe, no qual a declarava uma pessoa fria e autoritária.
Foi a primeira mulher a usar calças publicamente, nos anos 20.
Encontra-se sepultada em Berlin-Schöneberg (Friedhof Schöneberg III), Friedenau, Berlim na Alemanha.

 


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