terça-feira, julho 10, 2007

Universidade de Coimbra e Geologia no Verão


Como sempre vou partilhar convosco algumas sugestões de actividades interessantes, neste caso as actividades do Departamento de Ciências da Terra da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade de Coimbra.

Título:

Entender a paisagem da região de Mira: interacções homem - meio natural

Data:

1 de Setembro às 09:30

Ponto de encontro:

Praia de Mira

Localidade:

Praia de Mira / MIRA / COIMBRA

Itinerário:

Praia de Mira-Barrinha de Mira-Azenhas da Areia-Praia de Mira.

Número de participantes:

15

Duração:

6 h

Inscrição prévia:

SIM

Responsável pela acção:

Pedro Dinis

Descrição:

Análise e interpretação dos aspectos fundamentais da paisagem num percurso de bicicleta. Numa altura em as alterações climáticas merecem grande preocupação, dá-se especial atenção ao papel que o clima tem no desenho da paisagem e às evidências de ciclos climáticos independentes da acção humana. Visita a moinhos e outros valores patrimoniais da região.


Título:

Fossil Challenge – I Safari fotográfico da rota dos fósseis perdidos

Data:

3 de Setembro às 09:30
4 de Setembro às 09:30
6 de Setembro às 09:30
7 de Setembro às 09:30

Ponto de encontro:

Parque de estacionamento da marina da Figueira da Foz (grupos de participantes com recurso a viatura própria).

Localidade:

Figueira da Foz / FIGUEIRA DA FOZ / COIMBRA

Itinerário:

Figueira da Foz - Cabo Mondego - Boa Viagem - Salmanha - Carnide - São Pedro de Moel - Figueira.

Número de participantes:

40

Duração:

8 h

Responsável pela acção:

Pedro Callapez

Descrição:

O extraordinário património natural da região centro litoral é aproveitado para um safari fotográfico nalguns dos locais mais emblemáticos do Jurássico, Cretácico e Cenozóico. Os participantes são convidados a desenvolver actividades e a observar fósseis, rochas e paisagens fantásticas, numa viagem ao passado e às profundas transformações ambientais que a Terra sofreu.

Notas:

A acção destina-se a grupos de participantes com recurso a viatura própria. Solicita-se também que venham munidos de máquina fotográfica.


Título:

Ler nos grãos de areia

Data:

8 de Setembro às 09:00

Ponto de encontro:

Praia de Mira, junto ao Museu Etnográfico

Localidade:

Praia de Mira / MIRA / COIMBRA

Itinerário:

Praia de Mira, Barrinha de Mira, Lagoas, Praia de Mira

Número de participantes:

25

Duração:

6 h

Inscrição prévia:

SIM

Responsável pela acção:

Pedro Dinis

Descrição:

Percursos de barca (tradicional de Mira) e de bicicleta na região entre a Praia de Mira e a Lagoa de Mira. Interpretação das condições climáticas e da evolução do nível do mar baseada nas características dos sedimentos. Comparação da paisagem actual com a esperada durante períodos com condições climáticas distintas.


Título:

Taludes Instáveis e Geologia de Coimbra e Penacova

Data:

8 de Setembro às 09:00

Ponto de encontro:

Praça Dom Dinis - Coimbra

Localidade:

Coimbra, Lousã e Penacova / COIMBRA / COIMBRA

Itinerário:

Coimbra - Proximidades da Lousã - Penacova - Coimbra.

Número de participantes:

8

Duração:

8 h

Inscrição prévia:

SIM

Responsável pela acção:

Pedro Gomes Cabral Santarém Andrade

Descrição:

Visita a zonas de Coimbra, Lousã e Penacova em que podem ocorrer problemas com movimentos de taludes. A geologia e a paisagem de áreas sujektas a processos de instabilidade resultantes de acções climáticas. Conhecimento da relação entre as actividades humanas e a geologia. Medidas utilizadas para evitar ou reduzir situações de riscos associadas aos deslocamentos nos taludes.


Título:

Geologia de Caiaque - pedras e água rolando para o mar

Data:

15 de Setembro às 09:00

Ponto de encontro:

Torres do Mondego, à saída de Coimbra nos Pioneiros do Mondego

Localidade:

Penacova-Coimbra / PENACOVA / COIMBRA

Itinerário:

Penacova-Coimbra pelo rio Mondego. Paragens ditadas pela geologia, formas arenosas e beleza.

Número de participantes:

30

Duração:

8 h

Inscrição prévia:

SIM

Responsável pela acção:

Jorge Dinis

Descrição:

Vamos conhecer a Geologia entre Penacova e Coimbra – as rochas da raiz de uma cadeia montanhosa resultante de uma colisão de continentes. Num rio, o desnível em relação ao mar é a energia que transporta água e sedimentos, mas as alterações climáticas fazem variar o nível do mar e o regime fluvial (cheias ou estiagens). Tudo isto, conversando e remando num caiaque pelo Rio Mondego.

Notas:

Levar almoço em recipiente hermético. Levar todos os pertences em recipiente hermético - incluindo protector solar e líquidos. Fatos de banho opcionais.




Título:

Histórias Geológicas de Peniche. Evidências de um planeta dinâmico

Data:

18 de Agosto às 09:30

Ponto de encontro:

Museu Municipal de Peniche

Localidade:

Peniche / PENICHE / LEIRIA

Itinerário:

Percurso pedestre pela Península de Peniche

Número de participantes:

25

Duração:

4,5 h

Inscrição prévia:

SIM

Responsável pela acção:

Luis Vitor Duarte

Descrição:

São apresentadas evidências baseadas na leitura de rochas sedimentares que nos permitem entender a evolução do ambiente e vida marinha ocorridos em Portugal há cerca de 183Ma (Jurássico). O registo sedimentar inclui um conjunto de argumentos que comprovam interacções entre a atmosfera e o oceano, entre as quais, um evento à escala global que terá resultado na extinção de invertebrados marinhos

Notas:

Utilização de calçado apropriado


Título:

Geoevoluções em S. Martinho - o Porto, a lagoa e o mar

Data:

4 de Agosto às 10:00

Ponto de encontro:

Na marginal de S. Martinho do Porto, frente à Capitania

Localidade:

S. Martinho do Porto / ALCOBAÇA / LEIRIA

Itinerário:

Subida ao farolim do norte da barra - percurso ao longo da baía - miradouro de Salir do Porto

Número de participantes:

30

Duração:

5 h

Inscrição prévia:

SIM

Responsável pela acção:

Jorge Dinis

Descrição:

A concha de S. Martinho do Porto é o que resta de uma vasta laguna costeira, que há alguns milénios ia além de Alfeizerão, onde existiram portos e estaleiros. Veremos a estrutura geológica e a morfologia regional, será explicada a invasão do mar e o seu recuo pelo assoreamento marcado pelas alterações climáticas (glaciações e mudanças menores) e ligado à história das comunidades ocuparam a região.

Notas:

Usar roupa e calçado de passeio, em rochas e areia, chapéu, protector solar, líquidos. Recomenda-se pequeno farnel, binóculos e câmara fotográfica e/ou de vídeo...para mais tarde recordar.


Título:

À descoberta da Geologia e Geomorfologia no Geomonumento das Portas de Ródão

Data:

20 de Julho às 08:30
21 de Julho às 08:30

Ponto de encontro:

Largo D. Dinis em Coimbra (8h30m) ou em frente à Casa de Artes e Cultura do Tejo - Vila Velha de Ródão (10h30m).

Localidade:

Vila Velha de Ródão / VILA VELHA DE RÓDÃO / CASTELO BRANCO

Itinerário:

Casa de Artes e Cultura, Foz Cobrão, castelo, Urb. Alagada, CACT, museu, Cap. Alagada, Enxarrique.

Número de participantes:

45

Duração:

8 h

Inscrição prévia:

SIM

Responsável pela acção:

Pedro Manuel R. R. Proença e Cunha

Descrição:

O Geomonumento de Ródão abre as Portas à descoberta do património geológico, geomorfológico, arqueológico, biológico, paisagístico e cultural das Terras da Açafa. Pretende-se conhecer os valores naturais, discutir a evolução do Tejo nos últimos 3 milhões de anos, reconhecer a sua importância nas actividades humanas desde o Paleolítico e sensibilizar para o valor cultural e cénico da paisagem.

Notas:

1) Almoço por conta dos participantes.
2) Levar vestuário e calçado para percurso de campo, chapéu, protector solar e água.
3) A palestra no auditório da Casa de Artes e Cultura do Tejo, sobre o Património Geológico e Geomorfológico da região de Ródão, com início pelas 14h30m, pode ser assistida por um público não inscrito na acção (participação limitada à capacidade máxima do auditório - 220 pessoas).


Título:

A Geologia e o Ambiente no Parque Natural da Serra da Estrela

Data:

28 de Julho às 08:00

Ponto de encontro:

Largo D. Dinis (Coimbra)

Localidade:

Manteigas-Seia / MANTEIGAS / GUARDA

Itinerário:

Coimbra-Seia-Penhas Douradas-Manteigas-Torre-São Romão-Coimbra

Número de participantes:

16

Duração:

10 h

Inscrição prévia:

SIM

Responsável pela acção:

António Luís de Almeida Saraiva

Descrição:

Observar, analisar e interpretar a paisagem do Parque Natural da Serra da Estrela numa perspectiva múltipla que envolva o ambiente passado e presente, a geologia, os recursos hídricos, a engenharia e a produção de electricidade nos aproveitamentos hidroeléctricos.

Notas:

Levar calçado adequado (botas).


ADENDA: O cartaz foi modificado em 13.07.2007 - link para o cartaz, em pdf, AQUI.

segunda-feira, julho 09, 2007

Geologia no Verão 2007



Pois é, já estão na Internet as actividades deste ano da Geologia no Verão 2007, inseridas na Ciência Viva no Verão da Unidade Ciência Viva.

Para saber mais e escolher as actividades é agora necessário uma inscrição on-line (muito fácil...) que depois dá direito a password (ligada ao e-mail) e que facilita a vida noutras inscrições.

Para escolher, ver e seleccionar as actividades clicar no seguinte link:
Geologia no Verão 2007

sábado, julho 07, 2007

Observação Astronómica da LPN


LPN-Liga para a Protecção da Natureza (Sede Nacional):

Estrada do Calhariz de Benfica, 187
1500-124 LISBOA

Telefone: 217 780 097 / 217 740 155 / 217 740 176
Telemóvel: 964 656 033 / 918 947 553
Fax: 217 783 208
Endereço electrónico: lpn.natureza@lpn.pt
Página electrónica: www.lpn.pt

sexta-feira, julho 06, 2007

Mestrado em Geografia Física, Ambiente e Ordenamento do Território

Está aberto o período de inscrições no Mestrado em Geografia Física, Ambiente e Ordenamento do Território que funcionará no próximo ano lectivo na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.

A estrutura curricular privilegia o enquadramento teórico da Geografia Física, seus fundamentos e aplicações, o desenvolvimento técnico/metodológico e, naturalmente, os saberes sectoriais, estabelecidas de acordo com as especialidades de investigação de cada um dos docentes, sendo os temas sempre tratados numa tripla perspectiva:

- Funcionamento dos geossistemas, incluindo as metodologias de análise e a cartografia dos resultados;

- Recursos naturais, impactes ambientais e riscos associados;

- Aplicações à Gestão Ambiental e ao Ordenamento do Território.



Mais informações estão disponíveis em:

www.uc.pt/geomorf/mestrado

Rocha Amiga

O Professor Doutor Mário Cachão, através da GEOPOR, solicita a divulgação desta actividade que recomendamos vivamente:


A todos os colegas professores do 7º ano do Ensino Básico:

O projecto pedagógico Rocha Amiga convida todas as Escolas do País a uma atenção especial para com a sua envolvente geológica ao mesmo tempo que irá promover a criação ou renovação de colecções didáticas de rochas do Continente e Ilhas.

Rocha Amiga insere-se nas comemorações do Ano Internacional do Planeta Terra 2008 (AIPT 2008) e resulta da colaboração entre várias Universidades de Portugal Continental e dos Arquipélagos da Madeira e dos Açores, com o apoio da Comissão Nacional UNESCO e da Agência Ciência Viva.

Mais informações em terra.fc.ul.pt.

quinta-feira, julho 05, 2007

Curso Moodle


Foi-nos solicitada a divulgação de curso de formação a distância, interactivo, com tutoria on-line, que permite obter competências na utilização do Moodle em e-learning, portefólio e criação de comunidades virtuais.

9-20 de Julho (inscrições até 5 de Julho)

Se o e-Learning (aprendizagem por meio de redes electrónicas) é uma temática do seu interesse e pretende desenvolver competências em actividades de blended-learning (ensino misto), portefólio ou na dinamização de comunidades interactivas, inscreva-se neste curso e viva uma experiência enriquecedora de aprendizagem partilhada e de valorização pessoal.

segunda-feira, julho 02, 2007

Conferência STEA


STEA - Sociedade Torrejana de Espeleologia e Arqueologia
Quinta da Lezíria
2350 – 439 TORRES NOVAS
Tel. 249 812 692
Telm. 967 711 361 (Pedro Souto)

Sismo sentido em Portugal continental

Abalo terá sido sentido pela população
Sismo de magnitude cinco registado ao largo do Algarve
01.07.2007 - 22h45 PUBLICO.PT

Um sismo de magnitude cinco na escala de Richter foi registado, ao início da noite, ao largo da costa sul portuguesa. O abalo não provocou danos, mas foi sentido nos distritos de Setúbal, Lisboa e Porto.

Segundo o Instituto de Meteorologia, o abalo registou-se às 20h03, com epicentro localizado no Atlântico, 300 quilómetros a oeste de Vila do Bispo, tendo sido sentido pela população.

Já o Instituto de Vigilância Sismológica dos EUA atribuiu ao sismo uma magnitude de 4,8 na escala aberta de Richter, com epicentro situado a 385 quilómetros a Oeste-Sudoeste de Faro.

Em declarações ao PUBLICO.PT, o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Faro disse que o abalo não foi sentido no Algarve, mas houve chamadas da população para os serviços de emergência nos distritos de Setúbal, Lisboa e Porto.

in Público - ver notícia



Dado do Instituto de Meteorologia (mas por que raio desapareceu a Geofísica do nome...?):

DATA (TU): 2007-07-01 19:03

Latitude/Longitude:36.50 / -12.02

Magnitude: 5.2

Epicentro: Banco de Gorringe

Grau (Escala de Mercalli Modificada): IV (Local - Lisboa)


NOTA - Este é o Post 600º do Blog Geopedrados...!

domingo, julho 01, 2007

Gosto muito de te ver, Leãozinho...!

101 é muito ano - Esforço, Dedicação, Devoção e Glória!

sexta-feira, junho 29, 2007

(Mais um) Sismo sentido em S. Miguel...


Foi sentido um sismo na ilha de S. Miguel às 12:44h (hora local) do dia 28 de Junho, com epicentro localizado a cerca de 19 km a N dos ilhéus das Formigas. O evento foi sentido com intensidade máxima II (Escala de Mercalli Modificada) em Água Retorta e Faial da Terra.

Este evento enquadra-se na actividade sísmica que tem sido registada na região dos ilhéus das Formigas na sequência do sismo ocorrido no dia 5 de Abril.


Fonte - CVARG

quinta-feira, junho 28, 2007

Geologia de Leiria - Actividade

Estava previsto para 4 de Julho uma actividade na minha Escola (Correia Mateus, em Leiria), com um antigo professor dos Geopedrados, Doutorado em Geologia, professor da Universidade de Coimbra e actualmente a residir em Leiria, que sofreu alteração de data...

Assim o Professor Doutor Jorge Dinis, do Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Coimbra, vai realizar uma actividade intitulada A Geologia da região de Leiria, no dia 10.07.2007 (3ª-feira) com uma sessão teórica na manhã (09.30 - 12.30), um Almoço na Cantina da Escola Correia Mateus e uma saída de campo à tarde (das 14.30 às 17.30, recorrendo aos carros dos participantes) e que estará aberta a todos os docentes de Leiria, preferencialmente dos grupos de Biologia/Geologia, Ciências da Natureza e Geografia (mas naturalmente, aberta a todos os interessados de outros grupos ou áreas...).

As inscrições para a actividade estarão abertas até à véspera às 12.00 horas (para a Escola encomendar os almoços...) e terá como custo apenas a senha de refeição de FP (penso que é 3,60€, pago no momento do Almoço). Logo que saiba o que vamos comer, referirei aqui.

Podem inscrever-se da seguinte maneira:
  1. Na Folha de Inscrições na Sala dos Professores da Escola Correia Mateus;
  2. Na Folha de Inscrições na Sala dos Professores da Escola Francisco Rodrigues Lobo;
  3. Através de E-mail (fernando.oliveira.martins@gmail.com) ou Fax (244 845 019) e, nestes dois casos, indicar: Nome do Professor, Escola, Grupo Escolar e referir que é uma inscrição na actividade intitulada "A Geologia da região de Leiria".

ADENDA - Link para CARTAZ...

quarta-feira, junho 27, 2007

Sismo sentido em S. Miguel

Foi registado um sismo sentido na ilha de S. Miguel às 16:29h de 26.06.2007, com o epicentro a 6 km a SE da Ribeira Quente.

De acordo com a informação disponível até ao momento, o evento foi sentido com intensidade máxima III (Escala de Mercalli Modificada) na Ribeira Quente. Foi igualmente sentido com intensidade II nas Furnas e Povoação.

Fonte: Centro de Vulcanologia e Avaliação de Riscos Geológicos (CVARG) - Universidade dos Açores

ADENDA: Já dias antes tinha havido alguma actividade sísmica - vide este comunicado do CVARG:

Sismos sentidos em S. Miguel
(16/06/2007 - 03:00)

Na sequência do incremento de actividade sísmica verificado a partir das 01:15 na região do Fogo-Congro foram sentidos três sismos, às 01:33h, 01:41h e 01:45h, com epicentro na zona da Lagoa do Fogo, ilha de S. Miguel.

De acordo com a informação disponível até ao momento, os eventos foram sentidos na ilha de S. Miguel com intensidade máxima II (Escala e Mercalli Modificada) nas Gramas.

domingo, junho 24, 2007

Até que a morte nos separe

Do Blog Sorumbático, que leio quase quotidianamente e muito aprecio, com a devida vénia, publicamos o seguinte post:


Por leitora devidamente identificada


UMA JUNTA MÉDICA DA CAIXA GERAL DE APOSENTAÇÕES obrigou uma professora, de 63 anos de idade e mais de 30 de ensino, doente de leucemia, a interromper o seu atestado médico e a retomar o trabalho, durante “31 dias de agonia, entre vómitos e desmaios em plena aula”, como testemunha o seu colega J. Sousa Dias (Público, 16 /06/07), vindo a morrer pouco depois.

A decisão desta Junta Médica da Caixa Geral de Aposentações, fazendo tábua rasa dos documentos, relatórios e atestados de outros médicos e especialistas – prática generalizada e constante deste organismo –, pela sua desumanidade, repugnante e criminosa, veio mostrar com toda a crueza o procedimento brutal e arbitrário a que centenas de profissionais são sujeitos, mas que tem tido pouca visibilidade por se passar na privacidade de um gabinete, entre o doente (que está sozinho e vulnerável) e os três médicos que compõem a Junta.

Conhecendo todos os dados profissionais do requerente e o historial da sua doença ou incapacidade, comprovada por relatórios e atestados médicos exigidos, a decisão da Junta deve ser tomada a partir dessas informações, segundo uma “tabela” oficial que quantifica o grau de incapacidade do doente, tabela reformulada há pouco tempo de modo a dificultar ao mais alto grau, a aposentação por motivos de doença.

Conheço apenas um caso com um final feliz, porém abundam as histórias de muitos colegas que, tal como eu, foram tratados como vigaristas, insultados e humilhados por essas Juntas, em alguns casos com tal grosseria e brutalidade que mais parecia estar o doente num interrogatório de torcionários, do que diante de médicos que fizeram um juramento humanitário. O processo, o método e a postura destes profissionais parece obedecer a um esquema encenado – há um que não fala, outro que insulta e o terceiro que ri.

Com 62 anos de idade e 34 de descontos e de profissão devotada integralmente ao ensino e aos alunos, com um currículo que tem pouco a invejar seja a quem for e, tendo dado à escola, durante anos a fio, incontáveis horas de trabalho extra não remuneradas, além do meu horário, com raríssimas faltas e sem poupar energias, nem saúde, agravando a minha deficiência, porém insistindo e perseverando até ao limite das minhas capacidades, quando já não posso exercer esse trabalho com um mínimo de dignidade, sou confrontada com uma espécie de tribunal de acusação que me trata como criminosa e aos meus médicos, profissionais seríssimos (assim como aos médicos das Juntas da DREL que confirmaram a incapacidade), como vigaristas fraudulentos.

Desconhecerá a Ordem dos Médicos o que se passa nestes gabinetes, à porta fechada? Tendo os médicos da Junta o poder absoluto de recusar a aposentação, se não dizem sequer em presença do doente qual é sua decisão, porque se empenham então neste acto gratuito de humilhação? Por sadismo ou sensação mesquinha de poder? Por ordens superiores, a fim de desencorajar os pedidos?

Tratar-se-á de uma nova estratégia economicista do Governo, em que os velhos e doentes vão ser forçados a trabalhar até à morte, para o Estado não ter de lhes pagar a reforma? Peço, então, que se ponha na lei o direito à eutanásia e ao suicídio assistido, como alternativa.

Aposentação? Só quando a morte nos separe.

sábado, junho 23, 2007

Ciência nas Férias da "Ciência Viva"


Enquanto não chega a lista final das Actividades da Ciência Viva no Verão, aqui fica uma sugestão para as crianças grandes lá de casa (alunos de 10 a 12º Ano...):

Ocupação Científica - Gestão Ciência nas Férias 2007

Ciência nas Férias


Ciência nas Férias proporciona aos estudantes do ensino secundário uma oportunidade de aproximação à realidade do trabalho de investigação científica, através da participação em estágios científicos em laboratórios de diferentes instituições. Os estágios decorrem durante o período de férias escolares dos alunos, nos meses de Verão.


Edição de 2007
Inscrições abertas!

Cartaz "Ciência nas Férias" (pdf)


Estágios


LISTAGEM TOTAL DE ESTÁGIOS

Pesquisa por título, área científica, instituição, área geográfica


Estágios em laboratórios científicos em Espanha

LISTAGEM DE ESTÁGIOS EM ESPANHA

Em colaboração com a Fundación Española para la Ciencia y la Tecnología (FECYT).

Mais informação prática sobre os estágios que decorrem em Espanha será disponibilizada em breve.


NOTAS:
  • Os estágios destinam-se apenas a alunos do ensino secundário;
  • Decorrem durante os meses de Julho, Agosto e Setembro;
  • A duração é variável, em geral entre uma e duas semanas;
  • A selecção dos alunos é da responsabilidade das instituições que asseguram os estágios;
  • Esta selecção realiza-se após o final do prazo de inscrições.
  • No final do período de estágio, os alunos deverão preencher uma ficha de avaliação (on-line);
  • Cada aluno recebe um certificado de presença, no caso de frequência assídua, passado pela instituição que assegurou o estágio.

Dúvidas
Antes de colocar a sua questão, por favor, consulte as Perguntas Frequentes (FAQ)

Edições anteriores

in site da Ciência Viva

Instabilidade no solo de uma obra em Leiria matou duas pessoas

Construtores rejeitam estudos geológicos para diminuir custos


Dois operários morreram na quinta-feira passada, em Leiria, na sequência de uma derrocada numa obra. Embora ainda se desconheçam as causas do acidente, a Inspecção do Trabalho constatou que não estavam a ser cumpridas todas as normas de segurança. Técnicos ouvidos pelo JORNAL DE LEIRIA referem a importância de fazer estudos geológicos do solo para diminuir os riscos.

São poucos os construtores de obras privadas que realizam estudos geológicos antes de iniciarem os trabalhos. Uma derrocada matou, na sexta-feira, dois homens, numa construção na Rua Paulo VI, em Leiria. Ainda não está apurado o que falhou, nem se foram cumpridas todas as regras de segurança, mas em Fevereiro, já se tinha registado um desabamento de terra na mesma obra, sem vítimas a lamentar.

A legislação ainda não obriga e o custo adicional que os construtores teriam de despender para a realização de estudos de prospecção de solos e geológicos iria aumentar o preço final dos edifícios. Daí, que não sejam habituais cuidados preliminares.

“É raro fazerem-se sondagens. Os construtores não fazem ideia do tipo de solo que têm. Baseiam-se na experiência que conhecem das zonas circundantes e é feita apenas uma inspecção visual”, alerta João Veludo. O engenheiro civil de Leiria desconhece o que se passou na obra onde morreram duas pessoas, mas garante que em 90 ou 95 por cento dos casos não há um cálculo de solos. “Os empreiteiros não fazem estudos porque custa dinheiro.”

Esta é também a opinião de Nuno Cunha Lopes, delegado da Protecção Civil de Leiria, que admite ter havido uma “má apreciação ou apreciação incorrecta das condições geológicas do terreno”, o que terá provocado o deslizamento de terra. “Os responsáveis pela construção têm de acautelar as condições de segurança e devem ter mais cuidado. Mas, a obra sai mais barata se não fizerem estudos geológicos”, reconhece Cunha Lopes, que admite que acaba por haver algum facilitismo.

Os dois especialistas lamentam ainda a falta de fiscalização. João Veludo considera que essa é a “grande falha” a nível da construção. O engenheiro dá o exemplo da Câmara de Lisboa, que só emite licença se os projectos incluírem um estudo geológico.

A nova regulação do Eurocódigo de Projecto Geotécnico prevê a obrigatoriadade de fazer prospecção nos solos. A norma europeia ainda não está em vigor em Portugal (que não tem regulamentação), mas é uma ferramenta fundamental para a apreciação da estabilidade global dos solos que vão ser sujeitos a movimentações. “Se se souber as condições do solo, tomam-se precauções e este tipo de situações [derrocadas] podem ser precavidas. Um solo arenoso é diferente de um solo de argila”, exemplifica João Veludo.

Inspecção do Trabalho denuncia falta de segurança na obra

Vítimas de derrocada deixam filhos menores

O alerta ainda foi dado. Um trabalhador gritou “fujam”, mas para Júlio da Conceição Pereira, de 39 anos, residente em Ruivaqueira, Ortigosa, e Alberto Silva, de 44 anos, que vivia no Brejo, Monte Real, foi tarde de mais. Os homens foram soterrados quando procediam à cofragem de um muro para a construção de um prédio, perto das 13 horas de quinta-feira passada. A primeira vítima estava na empresa de cofragem há cerca de dez anos, enquanto a segunda estava a trabalhar à experiência para o dono da obra. Os operários deixam três filhos menores.
Um trabalhador, que não se quis identificar, conta que ouviu o aviso e fugiu. “Ainda fui apanhado de raspão por uma chapa, que me feriu o braço, mas consegui safar--me.” Apesar da chuva, afirma que nada fazia prever o sucedido. “A parede tinha rocha e pedra.” Alexandra Carvalho diz que a casa, onde vive com três filhos, tremeu toda no momento da derrocada, pelo que se sente insegura em permanecer no seu interior, facto que já comunicou à junta de freguesia e à Segurança Social. A instabilidade da habitação agravou-se desde o início da obra, pelo que receia que “aconteça o pior”.

A Inspecção-Geral de Trabalho (IGT) abriu um inquérito, que ainda está a decorrer, para apurar as causas da derrocada e mandou suspender os trabalhos até à conclusão do processo que, segundo Rosália Rosa, delegada do IGT, tem prioridade sobre todos os outros.
A responsável afirma que foram pedidos diversos documentos que ainda estão a ser entregues e só depois do processo completo é que o IGT pode apurar responsabilidades. Sem adiantar pormenores, Rosália Rosa admite que “em abstracto” e apesar de haver algumas preocupações, verificou-se que “havia falta de segurança no estaleiro”.

Em Fevereiro, o JORNAL DE LEIRIA noticiou a derrocada de parte da estrada nas traseiras do edifício. Os moradores reclamaram da falta de segurança da obra. A Protecção Civil esteve no local e alertou para os cuidados que o dono da obra deveria ter com a estrutura. Nuno Cunha Lopes afirma que as duas derrocadas se deram em locais diferentes das fundações e sublinha que a Protecção Civil fez o trabalho que lhe competia. “Alertámos para a necessidade de consolidar o solo. É o responsável pela construção que tem de acautelar as condições de segurança, através do coordenador nomeado para a função.” Apesar disso, o delegado considera que “não houve dolo, mas erro de apreciação técnica”.

O JORNAL DE LEIRIA tentou contactar o proprietário da obra, o construtor e o gerente da empresa de cofragem (que se sentiu mal após o acidente), mas até à hora do fecho da nossa edição tal não foi possível.

Cronologia
Outubro/2005 - A derrocada de um edifício no Centro Histórico de Leiria provocou seis feridos.
Fevereiro/2007 - Queda de azulejos num edifício, junto à Rua Marquês de Pombal, pôs em risco a segurança dos peões.
Estrada cortada na Rua Arnaldo Cardoso e Cunha, devido à derrocada de parte da via após trabalhos na construção de um edifício na Rua Paulo VI, em Leiria.
Abril/2007 - A degradação de um prédio na Avenida do Vidreiro, na Marinha Grande, põe em risco peões.
Junho/2007 - Transversal da Praça Rodrigues Lobo, em Leiria, interdita devido a prédio que ameaça ruir.


Textos: Elisabete Cruz
elisabetecruzjl@gmail.com
Foto: Ricardo Graça
ricardograca.jl@gmail.com


sexta-feira, junho 22, 2007

Feira do Granito arranca hoje

Indústria representa 30 milhões de contos de rendimento por ano

Vila Pouca de Aguiar abre hoje portas a mais uma Feira do Granito. É uma forma de promover a indústria da rocha granítica, que está prestes a ganhar um novo fôlego. A autarquia quer criar uma zona cativa para licenciar as pedreiras ilegais.

Em Vila Pouca de Aguiar o granito é ouro. É esta a pedra que faz girar a economia local, mas a extracção da rocha granítica nem sempre foi pacífica.

Durante anos, proliferaram pedreiras ilegais em zonas de reserva ecológica. Uma situação que tem os dias contados com a criação da zona cativa da Falperra. É uma zona que compreende uma área de 1700 héctares. Para os proprietários das pedreiras, esta é a oportunidade de verem a actividade reconhecida.

A indústria do granito oferece dois mil empregos directos na região. Representa 30 milhões de contos de rendimento por ano para o concelho. A importância da actividade é este ano uma vez mais reconhecida na 6ª edição da Feira do Granito de Vila Pouca de Aguiar.
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quinta-feira, junho 21, 2007

Museu do quartzo em Viseu quase pronto


Galopim de Carvalho diz ser único no Mundo

O edifício do Museu do Quartzo, o único no mundo dedicado a este mineral, em construção no Monte de Santa Luzia, em Viseu, está praticamente concluído, anunciou hoje o presidente da autarquia, Fernando Ruas. Orçado em cerca de um milhão de euros, o Museu do Quarto está a ser construído desde Setembro de 2006 num local onde durante décadas existiu uma exploração daquele mineral, ao qual a Câmara de Viseu pretende dar vida. Numa visita realizada ao Monte de Santa Luzia em finais de Janeiro, o coordenador científico do museu, o geólogo Galopim de Carvalho, tinha referido que este estaria pronto a 01 de Junho.

Apesar de tal não se ter concretizado, Fernando Ruas garantiu hoje aos jornalistas que o museu está mesmo na fase final em termos da estrutura física. "O que nos preocupa mais agora são os conteúdos. Fizemos as gavetas, agora o trabalho mais complicado é enchê-las com os conteúdos", frisou o autarca social-democrata. Segundo Fernando Ruas, já há uma equipa a fazer esse trabalho, tendo mesmo a autarquia admitido "uma engenheira de minas que vai trabalhar no equipamento".

"Da nossa parte temos tudo mais ou menos preparado para o pôr a funcionar. Está mesmo na fase final, agora vamos, com a Ciência Viva, escolher os conteúdos para o encher", acrescentou. Galopim de Carvalho tem-se referido ao Museu do Quartzo de Viseu como sendo "único à escala mundial", já que "não há em qualquer cidade do mundo um único museu dedicado a uma espécie de mineral".

Segundo o que explicou o geólogo no dia da visita, num primeiro momento o museu será "muito virado para o público em geral e escolas, de interesse vocacionado para a pedagogia e cultura". No entanto, o futuro poderá passar também por "encontrar parcerias com as universidades do país e constituir ali o centro da comunhão da investigação científica do quartzo ao nível nacional".

"Se houver apoios e grandes patrocínios de instituições industriais interessadas no quartzo, (numa terceira fase) poderemos vir a ter aqui a sede de um centro internacional de investigação do quartzo, onde a comunidade científica internacional possa vir sempre que entender para fazer as suas reuniões", acrescentou.