domingo, setembro 02, 2007
Um olhar subterâneo
Seminário sobre Descontaminação de Solos e de Águas Subterrâneas
1º DIA – 10 de Setembro – CARACTERIZAÇÃO DE SITES CONTAMINADOS
09:00-10:00 - Contaminação de solos e águas subterrâneas – Políticas ambientais e enquadramento legal nacional e comunitário. Normativos adoptados.
10:00-11:00 - Metodologias de avaliação da contaminação de terrenos. Plano e fases de investigação.
11:15-12:30 - A avaliação de solos/águas contaminadas - métodos de prospecção e de amostragem.
13:30-15:00 - Elaboração de planos de amostragem de solos. Exercícios
15:15-18:00 - Recolha de amostras de solo com trado manual e contínuo.
2º DIA – 11 de Setembro – MODELAÇÃO GEOESTATÍSTICA
09:00-10:00 - Introdução à modelação geoestatística na avaliação de plumas de contaminação.
10:00-11:30 - Prática de variografia e ajustamento de modelos teóricos
11:45-12:00 - Formalismo da indicatriz
14:00-15:30 - Prática da indicatriz
15:30-16:30 - Simulação geoestatística solos e águas contaminadas
16:45-18:00 - Prática de Simulação
3º DIA – 12 Setembro – MODELAÇÃO HIDROGEOLÓGICA
09:00-10:00 - Introdução à modelação de águas subterrâneas
10:00-11:00 - Modelação das zonas vadosa e saturada
11:15-13:30 - Modelação de fluxo e transporte de poluentes em águas subterrâneas. Exercícios
14:30-15:30 - Plano de monitorização e amostragem de águas subterrâneas.
15:45-16:45 - Aspectos práticos e teóricos de Slug Tests e ensaios de bombagem
16:45-18:00 - Slug Tests e ensaios de bombagem. Exercícios
4º DIA – 13 Setembro – ANÁLISE DE RISCO E TECNOLOGIAS DE REMEDIAÇÃO
09:00-10:00 - Aspectos de análise de risco e ferramentas de análise de locais contaminados
10:00-11:30 - Análise de risco – critérios de limpeza e decisão. Exercícios
11:45-13:30 - Tecnologias de remediação de solos e águas subterrâneas
15:15-16:00 - Caso de estudo– Remediação de um local contaminado com metais pesados
16:15-17:15 - Atenuação natural e monitorização
17:15-18:00 - Caso de Estudo – Remediação de um local contaminado com compostos orgânicos
5º DIA – 14 Setembro – VISITAS DE ESTUDO
Dado que o elevado número de inscrições superou todas as expectativas, esgotando todas as vagas disponíveis para a edição do curso de Setembro de 2007, a organização encontra-se a preparar uma nova edição deste curso, para Novembro de 2007, em data a designar posteriormente, e caso o número de inscrições em lista de espera justifique essa realização. Se não conseguiu garantir a presença no curso de Setembro, pode ainda fazer a sua inscrição condicional e com a possibilidade de realização de novo curso em Novembro de 2007.
Mais informações, consultar o site da GEOTA - AQUI.
Diploma de Estudos Avançados e Doutoramento
O Diploma de Estudos Avançados em “Território, Ambiente e Desenvolvimento Sustentável”, com início no ano lectivo 2007-2008, resulta da adaptação ao processo de Bolonha do curso de Mestrado em “Ordenamento do Território e Planeamento Ambiental” (1990-2007).
A partir do ano lectivo de 2008-2009 a FCT/UNL terá também organizado a sua oferta de 3º Ciclo - Doutoramento. Os Estudos Avançados darão então equivalência à parte curricular dos 3º ciclos, quando existir. Está nos nossos planos tudo fazer para que esta evolução natural se concretize.
Flexibilidade - Diploma
O DEA é uma “pós-graduação” de qualidade, ao fim da qual obtêm um Diploma de 3º Ciclo - Diploma de Estudos Avançados em Território, Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.
O DEA não obriga nem garante totalmente o prosseguimento dos estudos para Doutoramento, mas, se mais tarde quiser prosseguir e se a oferta se concretizar na FCT/UNL, então tem essa possibilidade, dando-se equivalência à parte escolar do Doutoramento.
Objectivos
O curso proporciona formação complementar a profissionais que desejem actualizar os seus conhecimentos e aumentar as suas qualificações de modo a permitir-lhes melhores desempenhos e maior inserção no mercado de trabalho, ou prosseguir programas de investigação.
O curso está estruturado com o objectivo de permitir intervir de forma competente e inovadora nos problemas reais, procurando soluções eficazes, exequíveis e sustentáveis.
O DEA proporciona uma com visão integradora, de enfoque prático assente numa sólida formação teórica, nas áreas do Território, Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.
Destinatários e Regras de Admissão e Selecção
É um curso de banda larga e com forte aposta na multidisciplinaridade dos discentes e no trabalho em equipas diversificadas, aceitando todas as formações relacionadas com o território, a cidade, o ambiente, a governação e o desenvolvimento social e económico.
São admitidos os melhores 20 candidatos licenciados pré-Bolonha ou Mestres pós-Bolonha, com grau conferido por instituições de ensino superior nacionais e internacionais.
Na selecção dos candidatos atende-se às suas habilitações académicas e científicas. O currículo profissional é também tido em consideração sempre que seja relevante para o curso.
Horário tipo Pós-Laboral:
Formação presencial: as aulas formais decorrem Sextas-feiras de tarde (14:00 - 19:00H) e Sábados de manhã (9:00 - 13:00H)
Apoio Tutorial: em complemento às aulas formais disponibiliza-se apoio tutorial flexível aos Sábados de tarde e Sextas de manhã, para realizar trabalhos práticos e oficinas do território com carácter não regular.
Espaço dedicado: durante o resto da semana os alunos dispõem de espaço (sala equipada - 24horas) para trabalho independente sem apoio tutorial.
Plano Curricular
Está organizado em 2 Semestres, cada um com 14 semanas de aulas. Em cada Semestre existem 5 disciplinas. O Diploma de Estudos Avançados é concedido com a aprovação em todas as disciplinas. Não há tese.
Integrado em cada um dos Semestres existe um Workshop de Campo com imersão em Estudo de Caso, com estadia de 3 a 4 dias no local (custos básicos já incluídos nas propinas).
1. Ordenamento do Território e Planeamento Ambiental
- Fundamentos do planeamento e do ordenamento do território; origens, objectivos, principais conceitos e escolas de planeamento.
- Abordagem metodológica de um processo de planeamento.
- Principais instrumentos de ordenamento do território e planeamento ambiental: nacionais, sectoriais, gestão territorial (planos regionais de ordenamento do território, planos municipais e intermunicipais de ordenamento do território; planos especiais de ordenamento do território), recursos hídricos, agenda 21 local, reserva ecológica nacional, reserva agrícola nacional.
- Estudos de casos práticos para aplicação dos principais conceitos e ferramentas de planeamento e ordenamento do território.
2. Gestão Sustentável de Recursos e Economia Ambiental
- Enquadramento, principais conceitos e terminologia sobre gestão de recursos naturais.
- Aspectos metodológicos na gestão de recursos naturais.
- Gestão da água.
- Gestão do solo.
- Gestão de ecossistemas (e.g. zonas, húmidas, ambientes marinhos e costeiros, espaços florestais e agrícolas).
- Gestão da qualidade do ar e do clima.
- Economia dos recursos naturais.
3. Análise e Organização do Espaço
- A Organização do Territorial Europeu e Nacional.
- A Ecologia do Território e a análise do espaço (conceitos, modelos, actores, processos, forças motoras de transformação, interacções, escalas espaciais e temporais).
- Análise biofísica e social do território. Como fazer, como integrar e com quem.
- Estrutura Ecológica, Estrutura Ecológica Municipal e Corredores Verdes. Rotas e percursos no território. Estudos de caso e exemplos.
- Análise e Gestão da Artifcialização do Território. Os usos do solo, a gestão dos usos e a Paisagem. Metodologias para a sustentabilidade.
- Planeamento de espaços verdes. Os benefícios dos espaços verdes. Conceito de planos verdes. Exemplos.
- Gestão Sustentável de Zonas Costeiras e Oceanos.
4. Técnicas de Planeamento Territorial e Sistemas de Informação Geográfica
- Agenda 21 Local; desafios, oportunidades e factores de sucesso; conceitos base e situação internacional; como fazer e avaliar a A21L. As fases de elaboração, de implementação, de avaliação e de prosseguimento do processo. A aprendizagem social, a participação e as capacidades para gestão de processos de A21L.
- Métodos para o cálculo da capacidade de carga e de avaliação do potencial de um local. O método da Matriz de Capacidade Ambiental. Aplicação prática.
- O método do Balanço Ecológico; integração em projectos de ordenamento.
- O Método ABC – articulação entre usos do solo e níveis de acessibilidade.
- Técnicas e instrumentos inovadores: Benchmarking; Pegada ecológica; análise de riscos territoriais; EMAS em autarquias; etc.
- Introdução aos SIG’s e aplicações práticas.
5. Desenvolvimento Regional e Competitividade Territorial
- As regiões enquanto agentes globais de desenvolvimento e os factores chave de competitividade,
- Desafios, objectivos e prioridades para o período de programação comunitária 2007-2013.
- A Estratégia de Lisboa, o Plano Nacional de Acção para o Crescimento e o Emprego, o Plano Tecnológico. Análise e debate. Factores críticos para o desenvolvimento sustentável do País.
- Regiões de outros países europeus: cenários de diversidade, adaptabilidade e sustentabilidade.
- Análise de casos temáticos e de boas práticas e exercício e práticas de planeamento regional.
1. Avaliação Ambiental Estratégica e Avaliação de Impactes
- Avaliação de Impacte Ambiental (projectos) e Avaliação Ambiental Estratégica (políticas, planos e programas):
- Origens, objectivos, conceitos fundamentais e âmbito de aplicação
- Relação da avaliação de impactes de projectos com a avaliação estratégica
- Processo e enquadramento legal de avaliação de impactes
- Critérios, técnicas/metodologias de identificação, predição, avaliação, mitigação e monitorização e gestão de impactes
- Estudos de casos práticos para aplicação dos principais conceitos e ferramentas de avaliação de impactes
2. Cidades Sustentáveis e Inovação Urbana
- O ambiente urbano e a sustentabilidade das cidades. As estratégias e políticas urbanas da EU e Nacionais. A Carta de Leipzig.e os Compromissos de Aalborg. O Programa Polis XXI.
- As auditorias aos aglomerados urbanos e os indicadores de sustentabilidade urbana.
- A certificação territorial de espaços urbanos.
- A requalificação e regeneração da cidade. O centro e os subúrbios. A cidade dispersa, a cidade compacta. Novos modelos. O novo urbanismo e o smart growth.
- Usos do solo e sistema de acessibilidades. A mobilidade urbana sustentável.
- As cidades criativas. As cidades na globalização e competitividade.
- A energia e a cidade.
- A construção e a arquitectura sustentável.
- O turismo e a cidade.
3. Gestão e Administração Local, Cidadania e Governancia.
- Atribuições e competências das autarquias.
- Gestão em Serviços Públicos.
- Os sistemas organizativos autárquicos e sua articulação com o exterior.
- A nova Lei de Finanças locais e alguns novos princípios aplicáveis ao ambiente.
- O novo regime das taxas das autarquias; aplicação da taxa como instrumento desincentivador de comportamentos indesejados.
- Novas formas de governança e de gestão participada.
- Participação e metodologias interactivas. Enquadramento normativo. Níveis de participação. Novos contextos. Dinâmicas de grupo.
4. Ordenamento das Infra-estruturas e Mobilidade Sustentável
- As infra-estruturas no ordenamento do território, no desenvolvimento e no ambiente.
- Os equipamentos estratégicos, as novas centralidades e a competitividade dos territórios.
- As infra-estruturas de transportes e o ordenamento do território.
- Métodos de avaliação de infra-estruturas (análise custo benefício, multicritério, project check, ex-post evaluation, avaliação do impacte ambiental, etc.).
- A aceitação social de infra-estruturas.
- Fundamentos sobre infra-estruturas de abastecimento de água, tratamento de águas residuais e tratamento e gestão resíduos sólidos.
- Transportes urbanos sustentáveis.
- As infra-estruturas de apoio ao tecido empresarial, à inovação e à qualificação.
5. Ordenamento e Ambiente do Espaço Rural e Natural
- Estratégias de sustentabilidade para o território rural, florestal e natural.
- Planeamento, ordenamento e gestão das áreas rurais, florestais e naturais.
- A natureza, a floresta, a agricultura e as oportunidades de desenvolvimento rural/local.
- Inovação e Novas agriculturas e consequências no ambiente e território
- O território português como produto e destino turístico;
- Turismo de Natureza e turismo em espaços naturais, florestais e rurais;
- Estratégia e Planeamento Turístico. Políticas, Programas e Planos de desenvolvimento turístico.
Corpo Docente
O coordenador do curso é o Prof. Doutor João Muralha Farinha.
O corpo docente é constituído por docentes doutorados da Universidade Nova de Lisboa com larga experiência.
Contactos
Informação sobre número de vagas, propinas, datas de candidatura e documentação necessária, deverão ser obtidas na:
Dra. Felicidade Ferreira
Secretaria de Mestrados e Pós-Graduações do Departamento de Ciências e Engenharia do Ambiente
Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa
Tel: 21 294 83 99
Campus da Caparica
2829-516 Caparica
http://www.fct.unl.pt
e-mail: dea.tads@fct.unl.pt
Ou, para informação adicional:
Coordenador do Curso: DEA-TADS
Prof. Doutor João Muralha Farinha
Departamento de Ciências e Engenharia do Ambiente
FCT/UNL
e-mail: jrf@fct.unl.pt
Tel. 21 294 96 64
Concurso para doutores em Geografia e Cências da Terra
Caros colegas,
O Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra tem aberto, até ao próximo dia 31 de Agosto, candidaturas para 2 lugares de investigador doutorado para desenvolver trabalho na linha de investigação em “Novos Riscos Públicos”. Dada a importância que os Riscos Naturais assumem neste contexto, penso que é uma excelente oportunidade para trabalho de jovens doutores em Geografia e em Geologia.
Para mais informação visitar:
Sistema Solar com escala correcta em Estremoz
Objectivos:
Isto é possível pois este Sistema Solar não ficará confinado nem a um edifício, nem mesmo à cidade de Estremoz, antes se irá desenvolver por todo o concelho de Estremoz. A escala escolhida (1:414 000 000) foi obtida tendo em consideração a necessidade de colocar o Sol em frente ao CCVEstremoz e Plutão em Evoramonte; deste modo, os planetas internos ficam localizados no perímetro urbano da cidade de Estremoz, enquanto que os planetas externos orbitam em torno desta.
Mais dados no site do CCVEstremoz - AQUI.
quinta-feira, agosto 23, 2007
Cursos de Astronomia
Centro de Astronomia e Astrofísica da Universidade de Lisboa
Inscrições durante o mês de Setembro de 2007.
Este curso destina-se a todos aqueles que possuem interesse pelos fenómenos celestes, requerendo apenas um mínimo de formação científica. É adequado a qualquer pessoa mas em particular para estudantes de qualquer área científica e ainda aos professores do ensino básico e secundário.
Pretende-se com este curso familiarizar os interessados com os conceitos e terminologia da Astronomia e Astrofísica modernas, bem como as grandes questões actuais que se colocam aos astrónomos, mostrando sempre as bases científicas do conhecimento corrente.
O curso é constituído por uma parte teórica, distribuída por doze aulas de 2h30m, num total de 30 horas.
O curso contém ainda quatro aulas práticas (três nocturnas e uma diurna), onde se aprende a conhecer o céu nocturno, fazer orientação pelas estrelas principais e a reconhecer os movimentos e ângulos de posição fundamentais. Explora-se a utilização de telescópios, começando com a sua montagem básica e alinhamento polar, o uso de oculares, até à iniciação de técnicas mais avançadas. Durante uma tarde faz-se a observação do Sol usando diversas técnicas e filtros.
As pessoas interessadas devem contactar:
Eugénia Carvalho (gena@oal.ul.pt)
Gabinete de Relações Públicas e Comunicação
Para mais informações, consulte:
http://www.oal.ul.pt/docs/CursoAstroOALOut07.pdf
II. 2ª ESCOLA DE VERÃO DE ASTRONOMIA PARA PROFESSORES DO EB-S
Inscrições nos dias 3, 4 e 5 de Setembro de 2007.
No âmbito das iniciativas de formação científica e de apoio aos professores das Escolas Básicas e Secundárias, o Observatório Astronómico de Lisboa (da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa) volta a organizar a Escola de Verão de Astronomia para professores do EB-S.
Este curso terá lugar nos edifícios do OAL (Tapada da Ajuda) e da FCUL (Campo Grande), nos dias 6, 7 e 8 de Setembro de 2007. O Curso tem um total de 21+9 horas diurnas/nocturnas distribuídas por 3 dias. Será orientado especificamente para professores, procurando explicitar os conceitos astronómicos fundamentais de modo a facilitar uma compreensão ampla da Astronomia que permita responder às perguntas dos estudantes, tendo em particular consideração o programa de ensino em vigor.
O Curso funcionará com duas classes: uma destinada aos professores das áreas de ciências exactas (CE), como Matemática, Física e Química, com um maior aprofundamento físico-matemático das matérias mais relevantes, e uma classe destinada aos professores das Outras áreas Científicas (OC). Em cada classe admitir-se-ão até 20 professores.
Os docentes/investigadores a dar esta formação serão:
- Prof. Dr. João Lin Yun (seminários OC)
- Doutor José Afonso
- Prof. Dr. Paulo Crawford
- Prof. Dr. Rui Agostinho
A participação na 2ª-EVA-OAL carece do pagamento de uma pequena propina cujo valor (ainda a decidir) deverá ser inferior aos 85 Euros. Serão distribuídos alguns materiais de estudo aos participantes que os auxiliarão nas suas próprias aulas do EB-S.
Para mais informações relativas ao programa e logística das aulas, consulte:
http://www.oal.ul.pt/index.php?link=destaque&id=75
Contactos: Eugénia Carvalho (gena@oal.ul.pt)
Gabinete de Relações Públicas e Comunicação
domingo, agosto 19, 2007
Notícia do Público sobre a Astrofesta
19.08.2007
A Astrofesta, uma iniciativa do Museu de Ciência de Lisboa, tem lugar este ano no observatório astronómico do Centro de Ciência Viva (CCV) de Constância. Uma oportunidade para os curiosos do céu conviverem com astrónomos profissionais e amadores.
O evento começou na sexta-feira, com um minicurso de Astronomia. Galáxias, nublosas, enxames ou estrelas cadentes deixaram de ser conceitos estranhos para os cerca de 50 participantes. "O objectivo do curso é prepararmos a observação para esta noite e para todas as noites ao longo da vida em que tenhamos a curiosidade de olhar o céu", lembra Máximo Ferreira, director do CCV de Constância e responsável pela dinamização do curso.
A Astronomia ao vivo acontece à noite. Não demora muito até que os olhos se habituem ao céu, até porque só são permitidas pequenas lanternas de luz vermelha. O observatório astronómico enche-se de telescópios e os corpos celestes deixam de ser teorias e imagens dos livros. "A Astronomia é muito motivadora, é uma área perfeita para mostrar alguns conceitos que, matemática e fisicamente, parecem muito complexos, mas que na realidade, e aplicados à Astronomia, se tornam simples, acessíveis e intuitivos. As coisas estão lá, são visíveis", diz João Vieira, representante da Orion, Sociedade Científica de Astronomia do Minho.
Para quem quer entrar no mundo da Astronomia, encontros como a Astrofesta, com sessões explicativas e observações acompanhadas por especialistas, são a melhor opção, dizem os dois astrónomos. "As pessoas devem começar por gostar do céu, identificar algumas constelações, saber em que direcção estão os objectos. Só depois é que se deve sentir a necessidade de comprar um telescópio", diz Máximo Ferreira.
in Público - ver notícia
Adenda: Post em estereofonia com o Blog AstroLeiria.
Inaugurado Observatório Solar em Constância
Primeiro observatório solar português inaugurado ontem em Constância
19.08.2007 - 14h22 , Marta Ferreira Reis
O primeiro observatório solar da península Ibérica, dirigido ao ensino e divulgação, foi inaugurado ontem à tarde no Centro de Ciência Viva de Constância, o único do país dedicado à Astronomia e que, este fim-de-semana, recebe a Astrofesta 2007.
Quando se entra no laboratório de heliofísica, a primeira coisa que se vê é uma mesa comprida, com uma objectiva, espelhos, prismas e feixes de luz. É assim que tudo acontece. Um espelho instalado no terraço em cima da sala, sempre apontado ao sol, absorve a luz solar, que é projectada para o interior através de um pequeno buraco. Recolhida a matéria-prima, há três pontos de observação: uma projecção em tela, onde se vê a imagem do sol como se se estivesse a olhar directamente para ele (mas sem os riscos da observação directa), uma projecção em computador filtrada por hidrogénio-alfa, que permite assistir em directo à formação de protuberâncias no sol (uma espécie de labaredas, mas com um comprimento maior do que o tamanho da Terra) e a decomposição da luz solar nas cores do arco-íris, para conhecer melhor os componentes do sol.
Além de se poder ver em directo, ou quase em directo, o que se passa no sol, os dados são gravados e podem vir a ser utilizados em projectos científicos. "Não vamos viver tempo suficiente para perceber se o sol muda muito, mas podemos perceber se os estudos que estão a ser feitos sobre o seu funcionamento estão ou não correctos e perceber se esse funcionamento se relaciona com os ciclos climáticos da Terra", disse Máximo Ferreira, director do Centro de Ciência Viva de Constância.
O objectivo principal é despertar os alunos e a população em geral para a ciência. "Os alunos vão poder ver, por exemplo, imagens das manchas solares e perceber como elas se alteram. Ligamos a Astronomia à Física e à Matemática, falamos de elementos químicos. O que fazemos é a aplicação prática daquilo que é aprendido na escola", acrescenta Ferreira.
"As pessoas têm aqui uma oportunidade única de ver aquilo que, no seu dia-a-dia, é praticamente impossível. Quando um professor na escola fala no sol e mostra umas fotografias às crianças, elas duvidam, pensam se o sol estará a uma distância muito grande. Aqui há a oportunidade de explicar tudo, porque as pessoas estão a olhar para uma coisa que está ali", diz João Vieira, da Orion, Sociedade Científica de Astronomia do Minho.
No Centro de Ciência Viva de Constância, todos os equipamentos servem o mesmo propósito, aproximar os jovens da ciência. O truque parece ser o mesmo para todos os cientistas ligados ao ensino. "A Astronomia é uma das áreas mais privilegiadas para fazer a aproximação das pessoas às ciências, porque é uma ciência que está relacionada com quase todas", diz Nuno Crato, matemático e conferencista na Astrofesta.
Situado no Alto de Santa Bárbara, a três quilómetros do centro da vila, o parque astronómico reúne um conjunto de equipamentos pensados para explicar de forma simples e interactiva o funcionamento dos astros. Uma réplica do alinhamento dos planetas do sistema solar, uma esfera celeste com aros que permitem perceber fenómenos como a rotação ou os equinócios, um carrossel onde as crianças podem experimentar a translação ou observar as diferentes posições das principais luas de Júpiter, são algumas das plataformas disponíveis e construídas com preocupações científicas: estão orientadas a norte, quando é caso disso, e reproduzem à escala algumas distâncias ou a duração dos principais movimentos.
A ligação da vila à astronomia nasceu em 1996, com um protocolo com a Faculdade de Ciências de Lisboa. "Lembro-me de, em pequeno, vir a Constância para ver o Tejo. Agora vimos a Constância também para ver e experimentar ciência", lembrou o secretário de Estado da Ciência, Manuel Heitor, que presidiu à inauguração do observatório solar.
"No Observatório Astronómico da Universidade de Coimbra (OAUC) a fotosfera e a cromosfera solar são estudadas desde 1926, através de observações feitas com um tipo clássico de espectroheliógrafo. Devido às boas condições climatéricas o espectroheliógrafo é usado quase diariamente em observações fotográficas monocromáticas, da totalidade do disco solar nas componentes da risca do cálcio ionizado, K3 e K1V e ainda, na risca do hidrogénio, H-alfa. O espectroheliograma na componente K1V dá informação à cerca dos fenómenos de actividade solar que se verificam na fotosfera (como as manchas solares). O espectroheliograma na componente K3 e na risca H-alfa revelam a actividade da cromosfera (ex: regiões faculares, filamentos, proturberâncias e erupções).
Com o espectroheliógrafo do OAUC obtem-se em média cerca de 240 a 260 observações por ano, será provavelmente, a melhor prestação quantitativa que se consegue actualmente obter na Europa.
Nos últimos anos o Grupo de Física Solar do OAUC tem desenvolvido trabalho científico relevante, com base nas observações efectuadas com o espectroheliógrafo, em colaboração com diferentes grupos e intituições espalhadas pelo mundo (Goddard Space Flight Center,NASA, Observatório de Paris,Meudon, Rep. Checa, Hungria, etc.). Sendo de destacar a a participação no projecto SOHO como observatório terrestre."
Haja bom senso e não se exagere...
NOTA: Post em estereofonia com o Blog AstroLeiria.
sexta-feira, agosto 17, 2007
Astrofesta 2007
A vila de Constância vai ter o primeiro observatório solar da Península Ibérica, dedicado ao ensino e à divulgação. A inauguração é já este fim-de-semana, e é um dos pontos altos do programa da Astrofesta 2007, uma iniciativa do Museu de Ciência da Universidade de Lisboa, este ano em parceria com o Centro de Ciência Viva (CCV) de Constância.
Um laboratório equipado com um espelho no exterior para a captação diária de luz solar é o novo espaço do Centro de Ciência Viva de Constância — o único do país dedicado à astronomia. Para além de uma componente pedagógica, o objectivo é aumentar o volume dos registos sobre a actividade do Sol, que poderão vir a ser utilizados em investigações científicas.
"Não vamos viver tempo suficiente para perceber se o Sol muda muito, mas podemos perceber se os estudos que estão a ser feitos sobre o seu funcionamento estão ou não correctos e perceber se esse funcionamento se relaciona com os ciclos climáticos da terra", disse ao PUBLICO.PT Máximo Ferreira, director do Centro de Ciência Viva de Constância.
O laboratório de heliofísica vai estar aberto ao público a partir de sábado, com visitas especiais para escolas. Vai ser possível mexer em alguns dos equipamentos (como prismas e lentes) — experiências para conhecer melhor a actividade do Sol e a sua composição.
Segundo Máximo Ferreira, em termos pedagógicos o projecto destina-se aos alunos a partir do 3º ciclo do ensino básico — quando começa a disciplina de Físico-Química —, mas pode vir a ser utilizado para os primeiros anos dos cursos científicos, nomeadamente da área da Física.
"Os alunos vão poder ver, por exemplo, imagens das manchas solares e perceber como elas se alteram. Ligamos a astronomia à física e à matemática, falamos de elementos químicos. O que fazemos é a aplicação prática daquilo que é aprendido na escola", disse o responsável.
No Ano Internacional da Heliofísica e com um observatório solar para inaugurar, o Centro de Ciência Viva de Constância era o melhor local para a realização da Astrofesta 2007, o evento que todos os anos aproxima astrónomos, amadores e profissionais, da população.
"Os especialistas trazem os seus equipamentos, os telescópios e metem-nos à disposição do público, vêm com o intuito de explicar as coisas de forma simples", disse Máximo Ferreira.
No programa estão palestras, sessões de planetário, observações astronómicas e solares, que fazem adivinhar um fim-de-semana cheio de ciência, para um público que o director do CCV de Constância diz muito diversificado. "Vão ser actividades para pessoas que tenham pelo menos um bocadinho de curiosidade".
A Astrofesta 2007 decorre de 17 a 19 de Agosto no Alto de Santa Bárbara, em Constância.
Tsunamis e Algarve
Não há mecanismo que permita avisar rapidamente
Estação de alerta de tsunamis vai ser colocada ao largo do Algarve
17.08.2007 - 11h39 Teresa Firmino
Se sentir um sismo forte e estiver numa praia do Algarve, deve continuar descontraído a apanhar sol e tomar banho? Ou deve sair da praia e refugiar-se numa zona alta, para o caso de virem ondas gigantes causadas pelo sismo?
Um sistema de alerta precoce de tsunamis daria uma resposta aos banhistas em poucos minutos, o problema é não existir nenhum nesta zona do Atlântico. Mas estão a dar-se os primeiros passos nesse sentido: uma equipa de cientistas parte de Faro, hoje ou amanhã, no navio italiano Urania, para colocar, pela primeira vez, uma estação de alerta de tsunamis a 100 quilómetros a sudoeste de Sagres.
A estação vai ficar numa zona conhecida por gerar grandes sismos e tsunamis, que atingem a Península Ibérica e o Norte de Marrocos. "É uma das zonas da Europa com mais potencial de geração de tsunamis", diz Maria Ana Baptista, do Centro de Geofísica da Universidade de Lisboa, que participa neste projecto.
O terramoto de 1755 nasceu ali. Com uma magnitude estimada de 8,7 e 8,8 na escala de Richter, foi um dos mais fortes de que há memória e provocou um tsunami que se abateu sobre o Algarve, o golfo de Cádis, o Norte de Marrocos e Lisboa.
A sudoeste de Portugal foi também a origem do sismo 1969, com magnitude de 7,3 a 7,8. Ou de Fevereiro deste ano, o maior em Portugal continental dos últimos 37 anos (com 5,8 a 6,1 de magnitude). "Se o sismo de 2007 fosse em Agosto, as pessoas teriam de saber o que fazer. A protecção civil teria de ter informação suficiente para dizer se seria preciso evacuar as praias", diz a geofísica. "Mesmo que a maior parte dos sismos possa não ser tsunamigénico, os turistas têm de se sentir num sítio vigiado."
Evitar muitas mortes
A equipa de Nevio Zitellini, do Instituto de Ciência Marinha, em Itália, já anda de olho na região do sismo de 1755 desde os anos 90, quando identificou a localização provável da sua origem, uma falha a 100 quilómetros a oeste do Cabo de São Vicente.
O tsunami no Sudoeste asiático, a 26 de Dezembro de 2004, tornou evidente como um sistema de alerta, então inexistente no Índico, pode evitar muitas mortes. Terão morrido 226 mil pessoas.
Depois desta catástrofe, a União Europeia financiou vários projectos dedicados aos tsunamis. Um deles é o Nearest, coordenado por Zitellini, que pretende fazer observações de fontes de tsunamis perto da costa, para se desenvolver um sistema de alerta. Além de italianos e portugueses (da Universidade de Lisboa e do Instituto de Meteorologia), participam cientistas espanhóis, alemães, franceses e marroquinos.
Eficácia ainda em teste
Uma parte do projecto é a colocação da estação a sudoeste de Sagres. Ficará no fundo do mar durante um ano, numa estrutura metálica que funciona como um observatório de grande profundidade - o Geostar, onde podem instalar-se diversos tipos de instrumentos.
No caso da estação de alerta de tsunamis, vai colocar-se sismómetros e sensores de pressão, para determinar variações de altura na coluna de água e assim detectar a ocorrência de uma onda.
Mas esta estação é um protótipo, por isso ainda é preciso testá-la. Os cientistas têm de demonstrar que é possível mantê-la no mar, detectar tsunamis e tratar os dados. A ideia é ver se tudo funciona. A probabilidade de ocorrer um sismo com um tsunami durante a experiência é pequena, mas a estação não deixará de ser testada por isso. Tem de ser capaz, igualmente, de dizer aos cientistas que um pequeno sismo não provocou uma onda destruidora, para evitar falsos alertas.
Só depois de passar neste teste a estação poderá fazer parte de um futuro sistema de alerta de tsunamis. A UNESCO já tem em marcha um sistema para o Atlântico Nordeste e o Mediterrâneo, pelo que esta estação poderá vir a integrá-lo daqui a quatro anos. Até lá, só se manterá no mar, se houver vontade política e interesse dos vários Estados em torno desta zona do Atlântico, diz Maria Ana Baptista. O dinheiro comunitário, acrescenta, só dá para o funcionamento da estação durante um ano, que custa 50 mil euros.
Até tudo ficar operacional, se estiver na praia durante um sismo, sem saber se o epicentro foi em terra ou no mar, os cientistas deixam-lhe um conselho: vá-se embora.
Como funciona a Estação de Vigilância - Adobe Flash Player do Público
quinta-feira, agosto 16, 2007
Sismo no Peru
Earthquake Details
Magnitude | 8.0 |
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Date-Time |
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Location | 13.353°S, 76.510°W |
Depth | 39 km (24.2 miles) set by location program |
Region | NEAR THE COAST OF CENTRAL PERU |
Distances | 40 km (25 miles) WNW of Chincha Alta, Peru 105 km (65 miles) NW of Ica, Peru 150 km (95 miles) SSE of LIMA, Peru 200 km (125 miles) SW of Huancayo, Peru |
Location Uncertainty | horizontal +/- 5.2 km (3.2 miles); depth fixed by location program |
Parameters | Nst=271, Nph=271, Dmin=155.1 km, Rmss=0.84 sec, Gp= 29°, M-type=moment magnitude (Mw), Version=9 |
Source |
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Event ID | us2007gbcv |
Earthquake Summary
The following is a release by the United States Geological Survey, National Earthquake Information Center: An earthquake occurred NEAR THE COAST OF CENTRAL PERU, about 45 km (25 miles) west-northwest of Chincha Alta or about 145 km (90 miles) south-southeast of Lima at 5:40 PM MDT, Aug 15, 2007 (6:40 PM local time in Peru).
Felt Reports
At least 400 people killed and 1500 injured in the Ica-Lima-Pisco area. Extensive damage at Chincha Alta, Ica and Pisco. Widespread communications and power outages ocurred in the area. Relief efforts were hindered by cracks in the Panamerican Highway.
Tectonic Summary
This earthquake occurred at the boundary between the Nazca and South American tectonic plates. The two plates are converging at a rate of 77 mm per year. The earthquake occurred as thrust-faulting on the interface between the two plates, with the South American plate moving up and seaward over the Nazca plate.
Coastal Peru has a history of very large earthquakes. The August 15 shock originated just south of the source region of the magnitude 8.1 earthquake of October 1974 and just north of the source regions of major earthquakes that occurred in August 1942 (magnitude 7.7) and 1996 (magnitude 7.7). The largest coastal Peru earthquake of the last two centuries was the magnitude 9 earthquake of 1868, which was centered about 700 km southeast of the August 15 earthquake. The 1868 shock produced a tsunami that killed several thousand people along the South American coast and also caused damage in Hawaii.
Earthquake Information for Peru
quarta-feira, agosto 15, 2007
"Monstros Marinhos" e rigor científico
A exposição está dividida em quatro cenários distintos que apresentam a Terra, em termos geológicos, enquanto planeta em constante mudança e os seus mecanismos de evolução."
A análise e revisão feitas estão sistematizadas em seguida.
A exposição é constituída por diversos painéis com breve descrição de criaturas marinhas – a maioria extinta – de grande tamanho: o principal critério unificador.
Não existem fósseis ou réplicas dos exemplares apresentados, apesar de estes serem, na sua maioria, unicamente conhecidos pelo registo fóssil.
Uma das ideias mais promissoras e com “valor de mercado” é a intitulada Cultura Pop – Percepções Culturais e a sua relação com conceitos científicos, neste caso num contexto de criaturas marinhas.
Este conceito, apesar de promissor, não foi suficientemente aproveitado, sendo a sua abordagem limitada a um painel em que é referida, introdutoriamente, a influência daquelas criaturas no imaginário colectivo.
De realçar a excelente qualidade gráfica das ilustrações, sempre com escala humana, que muito contribuem para o aspecto geral, agradável e apelativo.
Revisão/Análise científica
Descrevo seguidamente, de forma que não pretende ser exaustiva, algumas das várias incorrecções/omissões/falhas científicas detectadas, documentadas por fotos.
- Critérios pouco uniformes na designação científica dos exemplares, por exemplo: nomes de grupos genéricos (“Notossauro”, “Ictiossauro”) misturados com espécies, uma vezes identificadas (Thalassomedon haningtoni) outras vezes não, apenas pelo género (Dakosaurus, Henodus, Platypterigius).
- Na parte final (em termos do movimento do público) é apresentada num painel representativo, de forma resumida e cronológica, a história, quer geológica, quer biológica, da Terra. Este painel poderia explorar os intervalos temporais relativos de cada uma das fases da História da Terra, ou seja, cada um dos sub-painéis poderia ter um tamanho proporcional à sua amplitude temporal.
- Estando os períodos temporalmente mais próximos do presente antropomorficamente sobreavaliados, poderia ter-se feito um destaque, com painel isolado, revelando pormenores biológicos/geológicos destes períodos.
- “primeiros tetrapódios” – deveria ser primeiros tetrápodes ou Tetrapoda
- “Pangea” e “Pangeia” – utilizados de forma não coerente: deveria ter-se utilizado Pangeia.
- Thalassomedon haningtoni, assim designada em inglês, surge como Thalassomedon hanington em português, o que dá a sensação de que o nome da espécie se altera do português para inglês.
- "Plioceno" em vez de Pliocénico – todas as referências deveriam ser Pliocénico (período geológico entre os 5.3 e 1.8 milhões de anos).
- "Paleoceno" em vez de Paleocénico - todas as referências deveriam ser Paleocénico (período geológico entre os 65 e 55 milhões de anos).
- "Triássico" em vez de Triásico – todas as referências deveriam ser Triásico (período geológico entre os 251 e 200 milhões de anos).
- "Carbonífero" em vez de Carbónico – todas as referências deveriam ser Carbónico (período geológico entre os 359 e 299 milhões de anos).
- Dunkleosteus, mencionado como primeiro animal com reprodução sexuada e com comportamento canibal.
Em relação ao facto de ser canibal, faltaria acrescentar a informação de que este comportamento foi inferido a partir de marcas de mandíbulas encontradas num crâneo de Dunkleosteus. Uma vez que este animal seria o maior predador da época, os paleontólogos deduziram que só outro elemento daquela espécie poderia ter infligido tal marca – faltaria adicionar, de forma breve, esta inferência paleontológica.
No que diz respeito à afirmação de que seria o primeiro animal com reprodução sexuada, qualquer pessoa com um mínimo de formação biológica sabe que esta afirmação carece de qualquer sentido. Quereriam os autores referir-se a primeiros animais com dimorfismo sexual?
Uma das ilustrações Dunkleosteus tem como texto de suporte “…comia tudo o que via.” Esta afirmação, apesar de talvez apelativa, parece-me exagerada do ponto de vista biológico, podendo cair facilmente na especulação não-científica.
- “Eric leptocleidus” – esta espécie não existe, tendo sido confundido o nome informal “Eric” dado a um exemplar do género Leptocleidus, descoberto na Austrália.
“Período Câmbrico”
- “…maioritariamente organismos marinhos” – toda a vida existente neste período da Terra era exclusivamente marinha, uma vez que a “invasão” terrestre só aconteceu muito mais tarde.
- A frase, geradora de confusão, é contradita pelo cartaz “Ordovícico”, onde se afirma “vida apenas nos mares…” (ver comentários a esta afirmação em “Período Ordovícico”)
- “Trilobites – fósseis indicadores” – é verdade, mas falta referir de que é que são indicadores – de idade geológica, de ambiente ou de que outro tipo de informação.
- “Myllokunmingia” – faltaria acrescentar o nome completo (Myllokunmingia fengjiaoa, a sua idade (530 milhões de anos) e a proveniência (China, província de Kunming)
“Período Ordovícico”
-“…começa com clima não muito intenso e alta humidade” – a aparente falta de sentido desta frase somente pode ser justificada pela má tradução de “milder” para “não muito intenso”.
-“vida apenas nos mares com, inicialmente, níveis muito altos” – níveis muito altos de quê?
- É representada uma trilobite designada por “Trilobite Gigante”, enquanto um escorpião-marinho já é apresentado como Megalograptus – faltaria a designação científica desta espécie.
“Período Triásico”
-“…anfíbios labirintóides” – os anfíbios pertencentes ao grupo Labyrinthodontia têm como designação em português Labirintodontes. Para além disto, é referido que este grupo de anfíbios se extingue no final do Triásico: esta afirmação é incorrecta, uma vez que se conhece pelo menos uma espécie deste grupo – o Koolasuchus cleelandi, do Cretácico inferior da Austrália, prolongando-se, assim, o registo paleontológico dos Labirintodontes (cerca de 55 milhões de anos mais tarde do que referido).
-“dinossauros dominam depois da extinção” – até ao final do Triásico, as faunas dominantes eram outros grupos, que não os dinossauros – por exemplo, os grupos Rhynchosauria, répteis herbívoros, os Aetosauria, também herbívoros, e os carnívoros Phytosauria, entre outra fauna.
- traduziu-se “ferns” por abetos, quando deveria ser fetos.
- é referido, no painel deste período, que teria surgido o primeiro tubarão, quando o primeiro representante conhecido do grupo dos tubarões, Doliodus problematicus, data do Devónico inferior (cerca de 200 milhões de anos mais cedo do que referido).
Conclusão
Esta exposição tem como ponto mais positivo apresentar o tema (raramente abordado no contexto de exposições em Portugal) do registo de vertebrados marinhos mesozóicos - leia-se fauna contemporânea dos dinossáurios mas mas não pertencendo a este grupo.
Se se tivesse tido o mesmo cuidado na apresentação e descrição das espécies passadas como o que o Oceanário tem nas espécies presentes, esta exposição poderia constituir um marco idêntico aos das exposições que esta instituição tem levado a cabo no passado.
Faltou-lhe mais formação paleontológica...
P.S. - o Oceanário de Lisboa inaugurou, no passado dia 15 de Junho de 2007, a exposição "Monstros Marinhos"; este texto foi enviado ao Oceanário de Lisboa, a 10 de Julho de 2007, não tendo tido eu, até ao momento, qualquer resposta.
terça-feira, agosto 14, 2007
Curso "Análise de riscos naturais em ambiente SIG"
Análise de riscos naturais em ambiente SIG
Módulo I - Apresentação do curso de formação – Análise de riscos naturais em ambiente SIG
Módulo II – Conceitos gerais relacionados com os riscos naturais - problematização
O risco sísmico; de erosão dos solos; de cheia e de incêndios florestais
Módulo III – Modelação em ambiente ArcGIS 9x da susceptibilidade de ocorrência de cheias
3.1- Introdução à análise e modelação de susceptibilidades ambientais em ambiente ArcGis – apresentação de um caso de estudo de susceptibilidade de ocorrência de cheias
3.2- Problematização das principais questões metodológicas que envolvem a avaliação da susceptibilidade de ocorrência de cheias
3.3- Apresentação/ contacto com o software ArcGis 9x
3.4- Aquisição, criação, edição e gestão de dados cartográficos e base de dados associadas
3.5- Análise espacial
3.6- Modelação espacial
Módulo IV - Modelação em ambiente ArcGIS 9x da susceptibilidade de ocorrência de sismos
4.1 - Problematização das principais questões metodológicas que envolvem a avaliação da susceptibilidade de ocorrência de sismos
4.2 - Modelação da distribuição da susceptibilidade de ocorrência de sismos
Módulo V - Modelação em ambiente ArcGIS 9x da susceptibilidade de ocorrência de erosão dos solos
5.1- Problematização das principais questões metodológicas que envolvem a avaliação da susceptibilidade de ocorrência de erosão dos solos
5.2- Modelação da distribuição da susceptibilidade de ocorrência de erosão dos solos
Módulo VI - Modelação em ambiente ArcGIS 9x da susceptibilidade de ocorrência de incêndios florestais
6.1- Problematização das principais questões metodológicas que envolvem a avaliação da susceptibilidade de ocorrência de incêndios florestais
6.2- Modelação da distribuição da susceptibilidade de ocorrência de incêndios florestais
Este curso de formação, que decorrerá nas instalações da GEOPOINT, na Rua da Artilharia 1 em Lisboa, foi desenvolvido em parceira entre a empresa GEOPOINT – Geografia, Formação e Marketing L.da e a empresa GEOSFERA - Gabinete de Estudos de Ordenamento SIG Formação e Riscos Ambientais L.da. Terá o seu início a 22 de Outubro de 2007. O curso foi desenvolvido para oito formandos, pelo que se aconselha os interessados a realizarem a sua inscrição o mais brevemente possível.
Valores para inscrição e frequência do curso:
- 525 € (base)
- 420 € (estudantes)
Rua da Artilharia 1, 67 1º E Amoreiras
1250-038 Lisboa
Telf. 213 714 330
www.geopoint.pt
PS - Atingimos finalmente o post 750...!
segunda-feira, agosto 13, 2007
Percurso Pedestre do NEL - Mata da Curvachia
Por motivos alheios à organização do NEL, não haverá autocarro para os participantes, sendo gerido o transporte de acordo com os participantes inscritos.
Local de Partida: Igreja St.º Agostinho (Leiria)
Hora de saída: 08.30 horas
Hora de Chegada (prevista): 13.00 horas
Dificuldade: Baixa (Distância: 9Km | Desnível altimétrico: 40 metros)
Recomenda-se o uso de roupa e calçado adequados a esforço físico, assim como o uso de protectores solares eficazes: Chapéu/boné, óculos de Sol ou protecção equivalente e protector solar para a pele. Sugere-se ainda que os participantes levem consigo água potável e comida para refeição ligeira.
domingo, agosto 12, 2007
Perseidas
Podcast RL sobre o tema
Cometa de Origem: 109/P Swift-Tuttle
Período de Actividade: 17/07 a 24/08
Classe: I (Quanto menor for a classe, mais pronunciadamente visível é a chuva)
Pico de Actividade: 13/08 entre as 05:30 TU e as 07:00 TU (06:30 e 8:00 hora portuguesa). Outro pico encontra-se previsto para o mesmo dia, às 15:00 TU (16:00 hora portuguesa). Aconselha-se sempre também a observação na noite anterior à aqui referenciada, e na noite seguinte.
ZHR: 100 meteoros/hora. Esta taxa indica-nos o número de meteoros, em teoria, se conseguirá descortinar em condições ideais de observação: céu escuro, sem nuvens, longe de poluição luminosa e radiante à altitude máxima no céu. O radiante é o ponto no céu de onde parecem provir os meteoros associados à chuva em questão. Quase sempre está associado ao nome da constelação onde se encontra. Neste caso, encontra-se na constelação de Perseu. A imagem acima mostra-nos a posição do radiante às 02:00 TU (03:00 hora portuguesa) de 13/08.
30/07 - Ar) 29º Dec) +54º
05/08 - Ar) 37º Dec) +56º
10/08 - Ar) 45º Dec) +57º
13/08 - Ar) 46º Dec) +58º
15/08 - Ar) 51º Dec) +58º
V: 59 km/s
Links:
Destaques do OAL - Chuva de meteoros das Perseidas
Live ZHR Profile from IMO
12 things you need to watch the perseid meteors Sunday night
2007 Perseid Meteors
Última actualização: 10/08 - 10:57 TU (11:57 hora portuguesa)
Crédito da informação: IMO - International Meteor Organization
Sismo na Península Ibérica
Comunicado do IM:
De acordo com a informação disponível, este sismo foi sentido, devendo em breve ser emitido novo comunicado com informação instrumental e macrossísmica actualizada.
Torga homenageado em Coimbra
Casa-Museu vai ser centro difusor da obra do escritor
A Casa-Museu Miguel Torga, a inaugurar dia 12 de Agosto em Coimbra, vai perpetuar a vida e obra do escritor, transformando a vivenda onde morou durante décadas num "centro difusor" da sua criação literária
Dão-se os últimos retoques no exterior da Casa-Museu
A inaugurar no dia do centenário do nascimento do autor de "Bichos", e abrindo ao público a 16 de Agosto, a Casa-Museu Miguel Torga - cuja conservadora é a vice-reitora da Universidade de Coimbra Cristina Robalo Cordeiro - vai albergar o espólio doado ao município pela filha do poeta, a professora universitária Clara Rocha.
Manuscritos e correspondência pessoal de Torga, a sua volumosa biblioteca, que inclui livros oferecidos ao poeta por outros reputados escritores, e os prémios e condecorações que recebeu ao longo da sua vida integram o acervo da instituição.
Obras de arte, algumas delas representando o próprio Torga, o mobiliário da sua casa, como a escrivaninha sobre a qual redigiu grande parte dos seus livros, e objectos pessoais como a máquina de escrever, a caneta de tinta permanente ou o seu relógio de bolso, fazem também parte do espólio do museu.
No jardim à entrada do imóvel, situado na Praceta Fernando Pessoa, nos Olivais, numa zona nobre da cidade, até a torga, designação de um arbusto característico de Trás-os-Montes que o escritor adoptou para o seu pseudónimo, se apresenta conservada.
"Queremos homenagear o escritor e perpetuar a sua vida e obra. Torga continua vivo na cidade onde escreveu", disse o vereador do pelouro da Cultura da Câmara de Coimbra, Mário Nunes.
Ao enaltecer a "filantropia cultural" de Clara Rocha ao doar este "legado extraordinário à cidade", Mário Nunes referiu que o novo espaço museológico "reforça a posição de Coimbra enquanto capital da cultura e do conhecimento" e contribui para a sua projecção internacional.
O vereador revelou ainda que uma segunda parte da valorização da Casa-Museu compreende a construção, no jardim, de um pequeno auditório onde funcionará o futuro Centro de Estudos Torguianos, projecto a divulgar no dia 12 de Agosto.
"Com a Casa-Museu, Coimbra passa a ser um centro difusor da obra de Miguel Torga", sublinhou o autarca.
Comprada pela Câmara de Coimbra por mais de 324 mil euros e com uma área coberta de cerca de 130 metros quadrados, a Casa-Museu é inaugurada com a estreia, na sua sala polivalente, de um filme biográfico sobre Torga produzido pelo Departamento de Cultura da autarquia.
A sua abertura e o conjunto de eventos agendados para 12 de Agosto são pontos altos de um vasto programa de homenagem e evocação do autor que a Câmara de Coimbra iniciou a 17 de Janeiro de 2005 (décimo aniversário da sua morte) e desenvolve até Dezembro de 2007.
O poeta Manuel Alegre, amigo de Torga, é uma das figuras que participa nas iniciativas do próximo dia 12, com uma intervenção na inauguração do monumento de homenagem ao escritor transmontano no Largo da Portagem, junto do seu antigo consultório médico.
Para esse dia estão também previstas, entre outras iniciativas, a abertura, no Edifício Chiado, de uma exposição retrospectiva da vida e obra de Miguel Torga, e o lançamento de um selo comemorativo do seu centenário.
Um congresso internacional sobre o escritor, um concurso literário nacional destinado às escolas e o lançamento, em Janeiro passado, do Troleicarro Miguel Torga, que, duas vezes por semana, realiza percursos pelos locais de Coimbra ligados ao escritor, foram outros dos eventos do programa.
Até ao desfecho das comemorações organizadas pela Câmara de Coimbra estão ainda previstas, entre outras acções, uns encontros de poesia e o lançamento das actas do congresso internacional, realizado em Maio.
Miguel Torga, pseudónimo de Adolfo Correia Rocha, nasceu a 12 de Agosto de 1907 em S. Martinho de Anta, concelho de Sabrosa, Vila Real, e morreu a 17 de Janeiro de 1995 em Coimbra, cidade onde se licenciou e se fixou a partir de 1941.
Considerado uma das figuras mais importantes da literatura portuguesa do Século XX, Miguel Torga escreveu poesia, ficção, teatro e os 16 volumes dos "Diários".
Traduzido em várias línguas, foi distinguido com diversos prémios, nacionais e estrangeiros.
in SIC On-line - ver notícia
Miguel Torga - 100 anos (III)
Miguel Torga - 100 anos (II)
REGRESSO
Regresso às fragas de onde me roubaram.
Ah! minha serra, minha dura infância!
Como os rijos carvalhos me acenaram,
Mal eu surgi, cansado, na distância!
Cantava cada fonte à sua porta:
O poeta voltou!
Atrás ia ficando a terra morta
Dos versos que o desterro esfarelou.
Depois o céu abriu-se num sorriso,
E eu deitei-me no colo dos penedos
A contar aventuras e segredos
Aos deuses do meu velho paraíso
S. Martinho de Anta, Natal de 1951 - Diário VI
Miguel Torga - 100 anos
Pátria
Serra!
E qualquer coisa dentro de mim se acalma…
Qualquer coisa profunda e dolorida,
Traída,
Feita de terra
E alma.
Uma paz de falcão na sua altura
A medir as fronteiras:
- Sob a garra dos pés e fraga dura,
E o bico a picar estrelas verdadeiras…
................................................................................
Gerês, Pedra Bela, 20 de Agosto de 1942 - Diário II