sábado, dezembro 21, 2024
Nostradamus nasceu há 521 anos
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quinta-feira, dezembro 21, 2023
Nostradamus nasceu há 520 anos
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quarta-feira, dezembro 21, 2022
Nostradamus nasceu há 519 anos
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terça-feira, dezembro 21, 2021
Nostradamus nasceu há 518 anos
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segunda-feira, dezembro 21, 2020
Nostradamus nasceu há 517 anos
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quarta-feira, dezembro 14, 2011
Nostradamus nasceu (provavelmente) há 508 anos
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quarta-feira, maio 11, 2011
Hoje era dia para fugir de Roma
Postado por Pedro Luna às 22:28 0 bocas
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sábado, outubro 04, 2008
Como se escreve (por linhas tortas) o fracasso escolar de uma criança
No primeiro dia de aulas, o professor profetiza: "Esses vão ter sucesso; aqueles não". Começa aí uma das mais perigosas práticas educacionais que se desenvolvem na escola. Conheça-a de perto.
Basta um olhar, um terrível e conclusivo olhar. Com ele, o professor abarca a sua turma logo no primeiro dia de aulas e profetiza: "Esses alunos vão ter sucesso; aqueles não". E, como se estivesse munido de uma bola de cristal, determina, quase sempre sem errar, o futuro escolar daquelas crianças.
Aparentemente, a adivinhação do professor poderia não passar de um jogo de previsões baseado na sua experiência profissional. Afinal, como diz Adélia, 50 anos, vinte como professora de escola pública: "Depois de um tempo de Magistério, é fácil, olhando a turma, saber quem vai ser aplicado e quem não vai. É uma espécie de sexto sentido que a gente vai desenvolvendo". Parece normal.
Mas, na verdade, por detrás do inocente palpite do professor esconde-se uma das práticas mais perigosas - e mais comuns - exercidas na escola: a da chamada profecia auto-realizadora. Através dela, o destino do aluno é selado de forma implacável e, na maioria das vezes, irreversível.
Ao contrário do palpite, que pode dar certo ou não, a profecia tem como característica principal o facto de que, na imensa maioria dos casos, ela se realizará. Pior: ela realizar-se-á sem que a criança tenha qualquer possibilidade de mudar o prognóstico do professor. Por uma simples e terrível razão: porque o professor quer que ela se realize. A partir desse desejo, ele pautará o seu relacionamento com os alunos de maneira que o seu julgamento inicial se concretize no final do ano. Aqueles para quem ele previu um destino de fracasso fracassarão. Aqueles a quem ele profetizou sucesso serão bem sucedidos. Tem que acontecer. E acontece.
(Continua AQUI...)
Publicado no Correio Pedagógico nº 16, Março 1988; exclusivo Nova Escola/Correio Pedagógico
in Blog terrear - post de José Matias Alves