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quarta-feira, janeiro 08, 2014

Notícia sobre paleontologia na península arábica

Dinossauros da Península Arábica identificados pela primeira vez

Um esqueleto de um titanossauro (fonte Wikipédia)

Um esqueleto de abelissauro, uma família de ceratossauros terópodes (fonte Wikipédia)

Investigadores indicaram esta terça-feira que uma equipa internacional de paleontólogos identificou pela primeira vez duas espécies de dinossauros que viveram na actual Península Arábica.

Estes investigadores encontraram ossadas de cerca de 72 milhões de anos no noroeste da Arábia Saudita, na costa do Mar Vermelho, informou a Universidade de Uppsala, em comunicado.

Essa região, actualmente desértica, era localizada na época na costa de África, e possuía um clima equatorial, enquanto que «a massa terrestre da Arábia estava principalmente sob a água».

Os ossos são das vértebras caudais do titanossauro, um herbívoro da família dos saurópodes que media «aproximadamente mais de 20 metros de comprimento», e dentes de Abelisauridae, um bípede carnívoro da família de terópodes de cerca de seis metros.

«Estes são os primeiros dinossauros de taxonomia reconhecível a serem relatados na Península Arábica», explicou o paleobiólogo australiano da Universidade de Uppsala, Benjamin Kear, no comunicado.

«Os fósseis de dinossauros são excepcionalmente raros na Península Arábica, com apenas um punhado de ossos altamente fragmentados na literatura até ao momento», acrescentou.

Isto é devido à escassez de rochas sedimentares transportadas pelos rios nesta região na era dos dinossauros.

«Dinossauros semelhantes foram encontrados no norte de África, em Madagáscar e tão distante como na América do Sul», lembrou a universidade.

A descoberta, feita por peritos suecos, australianos e da Arábia Saudita durante escavações realizadas sob os auspícios das autoridades sauditas, é descrita numa edição da revista PLOS ONE, lançada no final de dezembro.


NOTA: É pena que a notícia seja ilustrada com um não dinossáurio - um réptil aquático, um plesiossáurio... Os jornalistas continuam a escrever sem terem em atenção que os pormenores, mesmo os científicos, contam. E até o meu filho, com menos de seis anos, percebia um bocadinho mais de dinossáurios para não deixar de se rir da ilustração da notícia, que nos recusamos a publicar.