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sábado, julho 06, 2024

Notícia interessante sobre astronomia...

Vem aí uma explosão gigante no Espaço ainda este ano (e vai ser possível vê-la)

 


 

A explosão num sistema binário na constelação Corona Borealis vai acontecer numa data ainda por determinar nos próximos meses e poderá ser observada por astrónomos amadores.

Tanto os entusiastas amadores da astronomia como a comunidade científica estão entusiasmados com um acontecimento celeste raro, previsto para ocorrer até setembro.

Espera-se que uma enorme explosão, proveniente de um sistema estelar binário na constelação Corona Borealis, situada a 3.000 anos-luz da Terra, ilumine o céu noturno num espetáculo extraordinário.

Este acontecimento, conhecido como uma nova recorrente, será visível para os astrónomos amadores sem necessidade de equipamento sofisticado, oferecendo uma oportunidade única na vida para testemunhar uma raridade espacial desta magnitude, aponta o Science Alert.

O sistema binário em questão consiste em duas estrelas presas num abraço gravitacional, resultando numa explosão nuclear cíclica a cada aproximadamente 80 anos.

Este fenómeno cósmico provoca uma erupção de luz tão brilhante que rivaliza com a luminosidade da Estrela Polar, fazendo parecer que uma nova estrela surgiu subitamente no nosso céu durante um breve período.

De acordo com a NASA, este próximo evento marca pelo menos a terceira vez que a Humanidade terá a oportunidade de observar um tal espetáculo, com ocorrências anteriores documentadas em 1866 e 1946.

Sumner Starrfield, um astrónomo da Universidade do Estado do Arizona com um interesse de investigação de longa data na “Blaze Star” ou T Coronae Borealis, está a concluir um trabalho científico que visa prever os resultados do aparecimento da nova. “Pode acontecer hoje… mas espero que não”, afirma.

A singularidade deste acontecimento é atribuída à configuração rara do sistema binário, constituído por uma gigante vermelha fria e moribunda e uma anã branca densa. A imensa força gravitacional da anã branca retira matéria da sua companheira, levando à acumulação de massa equivalente à da Terra na superfície da anã branca.

Esta acumulação desencadeia uma reação termonuclear descontrolada, culminando numa explosão espetacular que aumenta significativamente a temperatura para entre 100 e 200 milhões de graus Celsius.

O Telescópio Espacial James Webb, entre outros instrumentos de observação, será direcionado para T Coronae Borealis para captar este acontecimento. No entanto, a beleza desta ocorrência astronómica é a sua acessibilidade; basta olhar para a constelação Corona Borealis para a testemunhar.

 

in ZAP

terça-feira, abril 16, 2024

É pena estes "estudos" não ponham no título quando é que a Terra é "engolida" pelo Sol...

A Terra vai ser engolida pelo Sol, diz novo estudo

 

A enorme gravidade de uma estrela atrai e rasga os seus planetas em pedaços cada vez mais pequenos

 

O Sol vai esgotar o seu combustível, expandir-se e “engolir” a Terra antes de morrer daqui a alguns milhares de milhões de anos, diz o novo estudo. Mercúrio e Vénus também não fogem à estrela que nos dá luz.

Muito antes de o Sol se tornar numa anã branca, um inevitável acontecimento cósmico que terá lugar daqui a milhares de milhões de anos, já cá não estaremos,  e não vamos assistir ao fim cataclísmico do nosso planeta. Resta aos cientistas prever o futuro da Terra e do nosso sistema solar.

Um estudo recente traz uma “triste notícia” para a Terra.

À medida que o Sol esgota o seu combustível nuclear e se expande, os corpos celestes no nosso sistema solar serão “engolidos” pela estrela que hoje nos dá luz, conclui uma equipa de investigadores da Universidade de Warwick e da Universidade de Naresuan.

“A triste notícia é que a Terra será provavelmente engolida por um Sol em expansão, antes de se tornar uma anã branca”, explica Boris Gaensicke, professor na Universidade de Warwick.

À medida que o Sol se aproxima do fim do seu ciclo de vida, aumentará significativamente de tamanho, uma fase durante a qual se prevê que engula não só a Terra, mas também os planetas interiores, Mercúrio e Vénus.

Os autores do estudo sugerem que a expansão do Sol e a sua transformação numa anã branca não só consumirá estes planetas, como também terá um impacto devastador em asteroides, luas e possivelmente até nos planetas exteriores - se estes se aventurarem demasiado perto. A imensa força gravitacional da anã branca poderá desintegrar estes corpos em pó fino.

“Para o resto do sistema solar, alguns dos asteroides situados entre Marte e Júpiter, e talvez algumas das luas de Júpiter, podem ser deslocados e viajar suficientemente perto da eventual anã branca para sofrerem o processo de trituração que investigámos”, explica Gaensicke em comunicado publicado no site da Royal Astronomical Society.

Os investigadores examinaram as alterações no brilho das estrelas durante mais de 17 anos, que revelaram o comportamento “caótico” e “desordenado” destes corpos perturbados: registaram o processo de destruição de corpos celestes pela intensa gravidade das anãs brancas, o que permitiu compreender o que poderá acontecer no nosso próprio sistema solar, diz o estudo publicado na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society (MNRAS).

“Investigações anteriores tinham mostrado que quando asteroides, luas e planetas se aproximam de anãs brancas, a enorme gravidade destas estrelas rasga estes pequenos corpos planetários em pedaços cada vez mais pequenos“, disse Amornrat Aungwerojwit, investigador principal da Universidade de Naresuan, na Tailândia.

A investigação alerta para este futuro em que a humanidade, caso avance para uma espécie interplanetária ou mesmo interestelar, terá de encontrar um novo lar para além do nosso sistema solar para escapar à trajetória destrutiva do Sol.

Para dar continuidade à vida tal como a conhecemos, temos de olhar para além do nosso sistema solar.

“Não é claro se a Terra pode ou não mover-se com rapidez suficiente antes que o Sol a apanhe e a queime, mas se o fizer a Terra perderia a sua atmosfera e oceano e não seria um lugar muito agradável para viver“, concluiu Gaensicke.

E esta “aterradora profecia” é apenas uma previsão: o destino final da Terra pode ser “muito mais complexo do que alguma vez poderíamos ter imaginado”, avisam os autores.

 

in ZAP