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sexta-feira, abril 05, 2024

Descobertas lagoas andinas com estromatólitos vivos...

Cientistas encontram “janela” para o que era a Terra há mil milhões de anos

 

 

Num canto remoto da Puna de Atacama, na Argentina, cientistas revelaram um ecossistema raro e único que pode fornecer informações sobre as primeiras fases da vida na Terra, assemelhando-se a condições de há 3,5 mil milhões de anos.

Este ambiente extraordinário, descoberto pelo geólogo Brian Hynek e pela sua equipa da Universidade do Colorado é composto por uma rede de lagoas rodeadas por planícies salinas, criando um habitat semelhante ao passado distante da Terra e possivelmente parecido com o antigo Marte.

A descoberta é um testemunho das condições extremas em que a vida pode persistir. A Puna de Atacama é conhecida como um dos ambientes mais secos da Terra, onde a precipitação é escassa e a luz solar implacável cria um cenário inóspito.

No entanto, aqui dentro, os cientistas encontraram estromatólitos nas lagoas, comunidades microbianas complexas que criam grandes formações rochosas, comparáveis aos corais que constroem recifes.

As observações preliminares sugerem que estes estromatólitos se assemelham aos que existiram durante o Arcaico, um éon geológico que decorreu entre 4.000 e 2.500 milhões de anos atrás, quando a atmosfera da Terra tinha um nível mínimo de oxigénio.

“Esta lagoa pode ser um dos melhores exemplos modernos dos primeiros sinais de vida na Terra. É diferente de tudo o que eu já vi ou, na verdade, de tudo o que qualquer cientista já viu”, disse Hynek, citado pela ZME Science.

Os estromatólitos das lagoas do Atacama, embora comparáveis às formas modernas, apresentam características únicas. Ao contrário dos seus contemporâneos encontrados noutros locais da Terra, estas formações crescem ativamente e absorvem cálcio e dióxido de carbono da água, levando à precipitação de minerais.

As camadas rochosas consistem principalmente em gesso, um mineral normalmente encontrado em fósseis de estromatólitos da antiguidade, mas raro nos estromatólitos atuais.

A formação destes estromatólitos sugere que os micróbios estão ativamente envolvidos na construção dos montes rochosos, um processo que faz lembrar os antigos estromatólitos.

Estas descobertas têm um significado potencial para a nossa compreensão de Marte. Hynek propõe que, se a vida existiu em Marte e atingiu a fase de fossilização, pode ter apresentado semelhanças com os antigos estromatólitos descobertos na Argentina.

“Todo este ecossistema único pode desaparecer numa questão de anos”, alerta o Hynek. Isto porque a urgência de estudar e proteger este ecossistema único é aumentada pela ameaça iminente de um projeto de mineração de lítio na área.

Os resultados do estudo foram apresentados o ano passado na conferência da União Geofísica Americana, em São Francisco.

 

in ZAP

sábado, agosto 06, 2011

Descobertos estromatólitos de água doce em grutas!



FIRST OF ITS KIND: Lundberg explaining about the formation of stromatolites.

KUCHING: The presence of stromatolites have been detected in Deer Cave, revealed visiting speaker Professor Joyce Lundberg from Carleton University, Ottawa, Canada, yesterday.

The presence of stromatolites have been detected in Deer Cave, revealed visiting speaker Professor Joyce Lundberg from Carleton University, Ottawa, Canada, yesterday.
A suite of distinctive freshwater stromatolites developed in the low light zone close to the northeastern entrance of the cave located in Gunung Mulu National Park, is the first of their kind reported in the world.
Deer Cave is already famous for its huge passages and vast bat population.
According to Joyce, stromatolites are layered sedimentary fossilised structures formed from layers of cyanobacteria, calcium carbonate and trapped sediments.
“These stromatolites grow in a series of horizontal narrow shelves up a part of the cave wall that is exposed to low light, vertically underneath the guano-laden shelf washed by fresh water from a shower head above,” she explained in a technical talk given at the Tun Abdul Razak Hall yesterday.
The talk titled “Freshwater Stromatolites in Deer Cave, Sarawak – A Unique Geobiological Cave Formation” is part of a regular series of heritage talks organised by the Sarawak Museum Department.
About 40 people, comprising of students, academicians and officers from relevant government bodies, attended the talk.

segunda-feira, setembro 07, 2009

Notícia(s) no DN sobre Estromatólitos - II



Uma equipa argentina descobriu, em lagos dos planaltos andinos, estromatólitos "vivos". Durante muito tempo, estas estruturas foram a principal manifestação da vida na Terra. Actualmente, são raras e esta é a primeira vez que são encontradas a mais de 3600 metros de altitude, num ambiente extremo, parecido com o que existia depois da formação do planeta.

A 4000 metros de altitude, no deserto de Puna de Salta, nos Andes argentinos, o oxigénio escasseia e as lagunas têm uma concentração de sal tão grande que se torna complicado mergulhar. Mas foi nestas águas cristalinas que os cientistas encontraram um ecossistema único, com estromatólitos "vivos". Um ecossistema que pode ajudar a compreender o princípio da vida na Terra... e no espaço.

Os estromatólitos são estruturas construídas por bactérias. Os mais antigos datam de há 3 500 milhões de anos, pouco tempo depois (em termos geológicos, pelo menos) da formação do planeta - são portanto os primeiros vestígios da existência de vida na Terra. Actualmente, existem apenas algumas destas estruturas vivas e em construção, em ambientes hipersalinos da Austrália, Chile e México.

María Eugenia Farías, directora do Laboratório de Investigação Microbiológica das Lagunas Andinas (LIMLA), compara estes sistemas a uma central de produção de energia em miniatura e muito arcaica: as algas fazem a fotossíntese e absorvem o dióxido de carbono; as bactérias reciclam os nutrientes minerais e o processo fica completo com a libertação de oxigénio. "Foram estes microorganismo extremófilos [capazes de sobreviver em condições extremas] e outros semelhantes que criaram a nossa atmosfera, rica em ozono, e permitiram o aparecimento de formas mais complexas de vida", explicou a bióloga, em declarações ao jornal espanhol El Mundo.

Os estromatólitos descobertos na laguna de Socompa distinguem-se porque sobrevivem a uma altitude superior a 3600 metros, expostos a uma forte radiação ultravioleta. Ou seja, num ambiente muito parecido com o que existia na Terra no início, pensam os cientistas.

Para a investigadora argentina, no entanto, estas lagunas não são apenas janelas para o passado, são sobretudo portas para o futuro. "O estudo destes fósseis vivos permite recriar os processos que intervieram na criação da vida na Terra. E pensar na existência de organismo semelhantes em outros planetas. O deserto de Atacama e nas lagunas salgadas são dois ambientes extremos, parecidos com o planeta Marte", explica a bióloga argentina.

O projecto que María Eugenia Farías dirige desde 2003 tem como objectivo procurar formas primitivas de vida, mas a investigadora acredita que o estudo dos estromatólitos pode trazer outros benefícios para a vida na Terra: através de aplicações práticas na produção de plásticos biodegradáveis ou de ingredientes para cosméticos.

Para a investigadora, que aprendeu a mergulhar nos recifes de coral australianos, este trabalho trouxe outro desafio. "Mergulhar nas lagunas de Puna é mais arriscado. A água é fria e devido à concentração de sais é necessário um duplo lastro para conseguir chegar ao fundo", conta.

in DN - ler texto

Notícia(s) no DN sobre Estromatólitos

Estrelas da paleontologia


Os estromatólitos são estruturas construídas por cianobactérias, que fixam o carbonato de cálcio do meio onde vivem, criando verdadeiras rochas orgânicas, como os corais. Aliás, o nome provém do grego stroma, que significa "o que cobre" ou "cama", e de lithos, que significa rocha. Durante muito tempo, as actividades destas bactérias foram a principal manifestação da vida na Terra - há estromatólitos com mais de 3000 milhões de anos. E devemos a esta actividade à transformação da atmosfera terrestre. Há estruturas mais recentes, consideradas "fósseis vivos", porque ainda estão em construção, em lagoas hipersalinas.

in DN - ler texto