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terça-feira, março 20, 2012

O livro A cabana do Pai Tomás foi publicado há 160 anos

 Gravura de Harriet Beecher Stowe de 1872, de um quadro a óleo pintado por Alonzo Chappe

Uncle Tom's Cabin (em português: A cabana do Pai Tomás) é um livro da escritora norteamericana Harriet Beecher Stowe.
A cabana do Pai Tomás, apresenta, de forma romanceada, o conflito vivido entre os escravos norte-americanos e os ricos proprietários de terras no sul dos Estados Unidos, mostrando quão infame era a escravidão. A cabana do Pai Tomás é uma história de fé, coragem, determinação, perseverança e luta pela liberdade.
Harriet Beecher Stowe, que conheceu de perto a realidade do cenário que narra, passa ao leitor um sentimento de revolta e indignação ao apresentar detalhadamente o comércio "legal" de seres humanos e a forma brutal e selvagem com que os senhores tratavam os negros a fim de obterem mais lucros em suas propriedades. Este registo literário contribuiu intensamente para a abolição da escravatura. Basta observar que, dois anos depois de seu lançamento, surge o Partido Republicano, que abraçou a causa abolicionista. A autora chegou até mesmo a merecer do presidente norte-americano, Abraham Lincoln, esta consideração: "Foi a senhora que, com seu livro, causou essa grande guerra" (a guerra entre os estados). Clássico da literatura mundial que merece ser conhecido por sua contundente denúncia da escravatura norte-americana.


Uncle Tom's Cabin; or, Life Among the Lowly is an anti-slavery novel by American author Harriet Beecher Stowe. Published in 1852, the novel "helped lay the groundwork for the Civil War", according to Will Kaufman.
Stowe, a Connecticut-born teacher at the Hartford Female Academy and an active abolitionist, featured the character of Uncle Tom, a long-suffering black slave around whom the stories of other characters revolve. The sentimental novel depicts the reality of slavery while also asserting that Christian love can overcome something as destructive as enslavement of fellow human beings.
Uncle Tom's Cabin was the best-selling novel of the 19th century and the second best-selling book of that century, following the Bible. It is credited with helping fuel the abolitionist cause in the 1850s. In the first year after it was published, 300,000 copies of the book were sold in the United States; one million copies were sold in Great Britain. In 1855, three years after it was published, it was called "the most popular novel of our day." The impact attributed to the book is great, reinforced by a story that when Abraham Lincoln met Stowe at the start of the Civil War, Lincoln declared, "So this is the little lady who started this great war." The quote is apocryphal; it did not appear in print until 1896, and it has been argued that "The long-term durability of Lincoln's greeting as an anecdote in literary studies and Stowe scholarship can perhaps be explained in part by the desire among many contemporary intellectuals ... to affirm the role of literature as an agent of social change."
The book and the plays it inspired helped popularize a number of stereotypes about black people. These include the affectionate, dark-skinned "mammy"; the "pickaninny" stereotype of black children; and the "Uncle Tom", or dutiful, long-suffering servant faithful to his white master or mistress. In recent years, the negative associations with Uncle Tom's Cabin have, to an extent, overshadowed the historical impact of the book as a "vital antislavery tool."
(...)

Uncle Tom's Cabin first appeared as a 40-week serial in National Era, an abolitionist periodical, starting with the June 5, 1851, issue. Because of the story's popularity, the publisher John Jewett contacted Stowe about turning the serial into a book. While Stowe questioned if anyone would read Uncle Tom's Cabin in book form, she eventually consented to the request.
Convinced the book would be popular, Jewett made the unusual decision (for that time) to have six full-page illustrations by Hammatt Billings engraved for the first printing. Published in book form on March 20, 1852, the novel soon sold out its complete print run. A number of other editions were soon printed (including a deluxe edition in 1853, featuring 117 illustrations by Billings). 
In the first year of publication, 300,000 copies of Uncle Tom's Cabin were sold. At that point, however, "demand came to an unexpected halt... No more copies were produced for many years, and if, as is claimed, Abraham Lincoln greeted Stowe in 1862 as 'the little woman who wrote the book that made this great war,' the work had effectively been out of print for many years." Jewett went out of business, and it was not until Ticknor and Fields put the work back in print in November 1862 that demand began again to increase. 
The book was translated into all major languages, and in the United States it became the second best-selling book after the Bible. A number of the early editions carried an introduction by Rev James Sherman, a Congregational minister in London noted for his abolitionist views. Uncle Tom's Cabin sold equally well in Britain, with the first London edition appearing in May 1852 and selling 200,000 copies. In a few years over 1.5 million copies of the book were in circulation in Britain, although most of these were pirated copies (a similar situation occurred in the United States).

terça-feira, dezembro 06, 2011

A Emenda que acabou com escravatura nos Estados Unidos foi aprovada há 146 anos

A Décima terceira Emenda da constituição dos Estados Unidos da América (em inglês: The Thirteenth Amendment to the United States Constitution) aboliu oficialmente e continua a proibir em território Americano a escravatura e a servidão involuntária, essa última excepto como punição por um crime. Foi aprovada pelo Senado em 8 de abril de 1864, aprovada pela Câmara em 31 de janeiro de 1865 e aprovado em 06 de dezembro de 1865. Foi então declarada por anúncio do Secretário de Estado William Seward, em 18 de dezembro. Foi a primeira das emendas da Reconstrução.
A emenda esta assim redigida:

Emenda XIII

Secção 1
Não haverá, nos Estados Unidos ou em qualquer lugar sujeito a sua jurisdição, nem escravidão, nem trabalhos forçados, salvo como punição de um crime pelo qual o réu tenha sido devidamente condenado.

Secção 2
O Congresso terá competência para fazer executar este artigo por meio das leis necessárias.

quinta-feira, setembro 09, 2010

Contributos para uma abolição de escravatura

mahayana está a ler...



Professores, os escravos do ministério

Ante o relatório da OCDE, José Sócrates esqueceu um pormenor: os nossos professores são escravos. E Sócrates continua a esquecer aquilo que não pode aparecer nesses relatórios da OCDE: um aluno de 12º ano não sabe escrever.


I. José Sócrates, o propagandista-que-por-acaso-é-o-nosso-primeiro-ministro, lançou por aí uns foguetes pedagógicos depois de ver um relatório da OCDE sobre a educação. Consta que a educação em Portugal melhorou. Pois claro, com um ministério da educação a fabricar falsas estatísticas através do facilitismo, eu aposto que Portugal ainda vai passar a Suécia. As nossas crianças não sabem escrever ou fazer uma simples conta, mas, força Sócrates, tu consegues.

II. Mas, enquanto a Ministra Alçada apanhava as canas do eng., outras pessoas fizeram outras contas. Por exemplo, Paulo Guinote viu aqui uma coisa: os professores portugueses trabalham mais 100 horas do que a média europeia. Não são 10. São 100. Eu não percebi se estas horas são apenas horas passadas nas salas de aula ou se já incluem as horas infindáveis que um professor gasta a preencher papéis e fichas para o ministério.

III. Em todo o caso, interessa fixar isto: se o excesso de trabalho fosse em prol dos alunos, o problema não seria grave. Mas, na verdade, o excesso de trabalho dos professores representa trabalho escravo, representa a subalternização do professor em relação aos pedagogos do ministério da educação. Como já escrevi 1234 vezes, o nosso maior problema é este centralismo do Ministério da Educação. E esse centralismo autoritário (e herdeiro de Salazar) é visível na forma como Lisboa controla as escolas no Fundão, Faro ou Bragança. Um absurdo intolerável. Mas este absurdo intolerável não se vê apenas nesta parte burocrática e administrativa. Também se vê na parte pedagógica. Os desgraçados dos professores têm de preencher fichas e fichinhas intermináveis. Para quê? Para que os pedagogos centralistas controlem tudo. Para que a senhora ministra tenha dados bonitinhos para apresentar à OCDE. Resultado? Sempre que se fala com um professora, a desilusão é sempre a mesma: "eu não sou uma professora, sou uma burocrata do ministério".

IV. Um partido que pretenda, de facto, resolver este assunto tem de atacar os pedagogos do ministério e não os professores que estão nas escolas. Temos de tirar poder ao ministério. Temos de dar esse poder às escolas e aos professores. É preciso retirar poder a estes pedagogos pós-moderninhos que têm mestrados e doutoramentos naquela pseudo-ciência (ciências da educação? É assim que se diz?) e que têm, acima de tudo, um cartão da cor política certa. Quantos boys and girls vivem nas catacumbas do ministério da educação? Quantas horas os professores perdem a preencher as fichinhas dos boys and girls que andam a destruir o futuro dos jovens portugueses há duas ou três décadas? Sem poder sobre o ministério, os professores nunca vão conseguir fazer aquilo que têm de fazer: ensinar sem facilitismos.