Joaquim Agostinho começou a praticar ciclismo no
Sporting Clube de Portugal, equipa que o descobriu ao treinar perto de
Casalinhos de Alfaiata
em Torres Vedras, começando a praticar já com 25 anos de idade, mas
ainda conseguiu evoluir de tal forma que é usualmente referido como o
melhor ciclista português de todos os tempos.
A sua carreira internacional começou em 1968, depois de ter sido observado pelo director desportivo
francês Jean de Gribaldy, obtendo resultados de destaque na
Volta a Espanha, vários dias de amarelo e um segundo lugar final, distando apenas 11 segundos da vitória, e na
Volta a França onde terminou duas vezes no pódio e venceu a mítica etapa do
Alpe d'Huez.
A 30 de abril de 1984, quando liderava a X
Volta ao Algarve, na 5ª etapa, a 300 metros da meta, um cão atravessou-se no seu caminho, o que o fez cair, provocando-lhe uma
fractura craniana - algum tempo depois afirmou-se que as consequências deste acidente poderiam ser menores se Joaquim levasse
capacete.
Levantou-se, voltou a montar na bicicleta e terminou a etapa, com a
ajuda de dois colegas. As dores persistentes na cabeça levaram-no a
ingressar no hospital de Loulé, onde o seu estado de saúde se agravou
drasticamente. Foi evacuado de emergência, fazendo 300 km de ambulância
(na altura não havia
helicópteros
para transporte de doentes em Portugal, nem serviço de neurocirurgia
no Algarve), para ser operado no hospital da CUF, em Lisboa. Após 10
intervenções cirúrgicas, de ser dado clinicamente morto, 48 horas depois
da queda, e de permanecer 10 dias em coma, faleceu a
10 de maio de
1984, poucos minutos antes das 11.00 horas. Foi enterrado na sua terra natal.