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quinta-feira, dezembro 28, 2023

Ravel morreu há 86 anos...

  
      
Joseph-Maurice Ravel (Ciboure, 7 de março de 1875Paris, 28 de dezembro de 1937) foi um compositor e pianista francês, conhecido sobretudo pela subtileza das suas melodias instrumentais e orquestrais, entre elas, o Bolero, que ele considerava trivial e descreveu como "uma peça para orquestra sem música".
   

 


quarta-feira, dezembro 28, 2022

Ravel morreu há 85 anos...

      
Joseph-Maurice Ravel (Ciboure, 7 de março de 1875Paris, 28 de dezembro de 1937) foi um compositor e pianista francês, conhecido sobretudo pela subtileza das suas melodias instrumentais e orquestrais, entre elas, o Bolero, que ele considerava trivial e descreveu como "uma peça para orquestra sem música".
   

 


sábado, março 07, 2015

Ravel nasceu há 140 anos

Joseph-Maurice Ravel (Ciboure, 7 de março de 1875Paris, 28 de dezembro de 1937) foi um compositor e pianista francês, conhecido sobretudo pela subtileza das suas melodias instrumentais e orquestrais, entre elas, o Bolero, que considerava trivial e descreveu como "uma peça para orquestra sem música".
Começou a manifestar interesse pela música aos 7 anos. Desde então, dedicou-se ao estudo do piano, mas só começou a frequentar o Conservatório de Paris aos 14. Posteriormente, em 1895, passou a estudar só e retornou ao Conservatório em 1898, quando estudou composição com Gabriel Fauré. Concorreu no Prix de Rome, mas não foi bem sucedido.
Foi influenciado significativamente por Claude Debussy, mas também por compositores anteriores, como Mozart, Liszt e Strauss, mas logo encontrou seu próprio estilo, que ficou, porém, marcado pelo Impressionismo.
É mundialmente conhecido pelo seu Bolero, ainda hoje a obra musical francesa mais tocada no mundo. A composição foi encomendada pela bailarina Ida Rubinstein e estreou na Ópera de Paris em 1928.
Faleceu das consequências de uma doença cerebral orgânica, PiD, agravada por um acidente de táxi ocorrido em 1932. Durante o período que precedeu a sua morte, havia perdido parte da sua capacidade de compor devido às lesões cerebrais causadas pelo acidente. A sua inteligência sempre se manteve intacta mas o seu corpo já não respondia adequadamente, por causa de graves problemas motores.
  
Casa onde nasceu Ravel, em Ciboure

Uma infância feliz
Em 1875, a Terceira República Francesa de Patrice Mac-Mahon curava-se das feridas causadas pela derrota na Guerra Franco-Prussiana. Contudo, respirava um ressurgimento espiritual, a França seria testemunha de um período bastante fecundo na Artes. Quatro dias após a fria estreia de Carmen de Bizet, nasceu Ravel, em 7 de março, na casa número 12 do Quai de la Nivelle, em Ciboure (Ziburu em basco), comuna dos Pirineus Atlânticos, parte do País Basco francês. O seu pai, Joseph Ravel (1832-1908), era um engenheiro civil de renome, de ascendência suíça e da Saboia (Ravez). A sua mãe, Marie Delouart-Ravel (1840-1917), era de origem basca, descendente de uma antiga família espanhola (Deluarte ou Eluarte). Teve um irmão, Édouard Ravel (1878-1960), com quem manteve em toda a sua vida uma forte relação afetiva.
Poucos meses depois, em junho de 1875, a família Ravel se mudou para Paris. As afirmações insistentes de que a influência da Espanha sobre o imaginário musical de Maurice Ravel está vinculada a suas origens bascas são, então, exageradas, ainda mais porque o músico não retornou ao País Basco antes dos 25 anos. Entretanto, mais tarde regressaria regularmente para residir em Saint-Jean-de-Luz, para passar as férias ou trabalhar.
A infância de Ravel foi feliz. Os seus pais, atentos e cultos, frequentavam o meio artístico, fomentando os primeiros passos de seu filho que tão logo se revelou um talento musical excepcional. Começou os estudos de piano aos seis anos, sob a guia de Henry Ghys. Criança ajuizada, ainda que também caprichoso e teimoso, logo demonstrou o seu talento natural para a música, ainda que, para desespero de seus pais e professores, reconheceu mais tarde ter adicionado aos seus numerosos talentos «a mais extrema preguiça.» De facto, no início seu pai, para obrigá-lo a praticar o piano, tinha que lhe prometer pequenos pagamentos. Em 1887, recebeu precocemente aulas de Charles René (harmonia, contraponto e composição). O clima artístico e musical prodigiosamente fértil de Paris do fim do século XIX não podia, senão, estimular o desenvolvimento do jovem.
Cquote1.svg Toda criança é sensível à música - a todo tipo de música. O meu pai, muito mais culto nesta arte que a maioria dos aficionados, soube desenvolver meus gostos e estimular precocemente a minha paixão. Cquote2.svg
- Ravel, Esquisse autobiographique, 1928

Um futuro promissor
Ao ingressar no Conservatório de Paris em 1889, Ravel foi aluno de Charles de Bériot. Ali conheceu o pianista espanhol Ricardo Viñes, que acabou sendo um grande amigo e o intérprete escolhido para suas melhores obras. Os dois participariam do grupo conhecido como Les Apaches que causou agitação na estreia de Pelléas et Mélisande de Claude Debussy, em 1902. Impressionado com a música do Extremo Oriente na Exposição Universal de 1889, entusiasmado com a dos rebeldes Emmanuel Chabrier e Erik Satie, admirador de Mozart, Saint-Saëns e Debussy, influenciado pela leitura de Baudelaire, Edgar Poe, Condillac, Villiers de L’Isle-Adam e, sobretudo, de Stéphane Mallarmé, Ravel manifestou precocemente um caráter firme e um espírito musical muito independente. As suas primeiras composições provavam que eram já demonstrações de uma personalidade e uma mestria tal que seu estilo só evoluiria com o tempo: Ballade de la reine morte d’aimer (Balada da rainha morta de amor, 1894), Sérénade grotesque (Serenata grotesca, 1894), Menuet antique (1895), Habanera (1895 - para dois pianos).
Em 1897, Ravel entrou para a classe de contraponto de André Gedalge. Nesse mesmo ano, Gabriel Fauré foi também seu professor. Este julgou o compositor benevolente e o saudou como «muito bom aluno, laborioso e pontual» e sua «sinceridade que desarma». No final de seus estudos compôs a Abertura para Shéhérazade (cuja estreia ocorreu em maio de 1899, entre os assobios do público) e a famosa Pavane pour une infante défunte (Pavana para uma infanta defunta) de título curioso, que continua sendo a sua obra para piano mais tocada pelos melómanos aficionados, ainda que o seu autor não a tivesse em muita estima.