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Manuel Ribeiro de Pavia (Pavia, Mora, 19 de março de 1907 - Lisboa, 19 de março de 1957) foi um pintor e ilustrador português, neo-realista.
Morreu no seu aniversário, aos 50 anos.
A broncopneumonia e o corpo debilitado pela fome crónica e pelo
orgulho sorbebo cortaram a meio a obra do mais estimado ilustrador
português.
No quarto da pensão onde vivia, na Rua Bernardim Ribeiro, em Lisboa,
acompanharam o seu último alento alguns escritores para quem
generosamente desenhava os livros que vieram a constituir o coração do Neorrealismo português dos anos 40 e 50 do século passado.
Avesso à pintura de cavalete e aos circuitos de validação do
mundo das artes plásticas, criou algumas das mais belas capas daqueles
anos para o escol da intelectualidade da época, de Alves Redol a Namora,
de Antunes da Silva a Domingos Monteiro, de Tolstoi a Dostoievski, e
para emblemáticas editoras como a Portugália, a Guimarães, a Inquérito e
a Sociedade de Expansão de Cultura. O feitio esquivo e a obsessão pelo
Alentejo natal fizeram dele, sobretudo a partir da sua morte, um ícone
para os oposicionistas do Estado Novo, que grafaram na revista Vértice
uma rara homenagem, criando uma linda imortal à volta do artista a quem José Gomes Ferreira apelidava carinhosamente de " Príncipe Sem Vintém".
in Wikipédia
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