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quarta-feira, agosto 14, 2013

Há 77 anos ocorreram os massacres de Badajoz, onde imensos oliventinos lusofalantes foram asssassinados

Capa do Diário de Lisboa do sábado 15 de Agosto de 1936. A manchete diz: "Badajoz foi entregue aos legionários e regulares marroquinos.""Cenas de horror e desolação na cidade conquistada pelos rebeldes." A crónica a assinatura Mário Neves e inclui a entrevista com Juan Yagüe, onde informa que já há 2.000 fuzilados.
  
O massacre de Badajoz ocorreu nos dias posteriores à Batalha de Badajoz, durante a Guerra Civil Espanhola, e foi o resultado da repressão exercida pelo exército sublevado contra civis e militares defensores da Segunda República, após a tomada da cidade de Badajoz pelas forças sublevadas contra a Segunda República, em 14 de agosto de 1936.
Constitui um dos acontecimentos mais controversos desta guerra, pois o número de vítimas desta matança varia ostensivamente, dependendo dos historiadores que a investigaram. Além disso, ao resultar vencedor da contenda o bando sublevado, nunca houve uma pesquisa oficial em relação ao sucedido na cidade da  Estremadura. Em qualquer caso, as estimativas mais comuns indicam que entre 2.000 e 4.000 pessoas foram executadas, em factos tipificados por várias associações de direitos humanos como crimes contra a humanidade. Também é considerado provado que foi cometido genocídio, e desde 2007 existem várias denúncias interpostas para tal consideração.
No comando das tropas que perpetraram o massacre de Badajoz encontrava-se o general Juan Yagüe, que, após a guerra civil, foi designado Ministro da Aviação pelo general Franco. A partir destes factos, Yagüe passou a ser conhecido como o carniceiro de Badajoz.
Segundo o último censo, Badajoz tinha 41.122 habitantes em 1930, pelo qual, se for correta o total de 4.000 executados, a percentagem dos assassinados atingiria 10% da população.