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sexta-feira, março 10, 2023

Boris Vian nasceu há 103 anos

         
Boris Paul Vian (Ville-d'Avray, 10 de março de 1920 - Paris, 23 de junho de 1959), foi um polimata (engenheiro, escritor, poeta, tradutor e cantautor francês), identificado com o movimento surrealista e ao anarquismo enquanto filosofia política. Hoje em dia é sobretudo lembrado pelos seus romances e canções. O seu estilo caracterizou-se por ser altamente individual, com numerosas palavras inventadas e enredos surrealistas passados sempre num universo muito próprio do autor. Como exemplo, o seu romance Outono em Pequim não se passa nem no Outono nem em Pequim!
Para além da sua veia literária, Vian foi também um membro muito influente no Jazz francês, servido de elemento de ligação em Paris de Hoagy Carmichael, Duke Ellington e Miles Davis. Escreveu inúmeros artigos para as revistas de Jazz Le Jazz hot e Paris Jaz e até mesmo em revistas norte-americanas da especialidade.
Escreveu muitas canções que alcançaram e continuam a alcançar uma grande notoriedade, fazendo hoje parte do património cultural francês como Le Déserteur, La Java des bombes atomiques. Chegou a ter uma banda de jazz, formada por si e pelos seus dois irmãos, que tocava no famoso clube de jazz do Quartier Latin Le Tabou. Vian foi o responsável pelo lançamento de vários interpretes da canção francesa, nomeadamente Serge Reggiani e Juliette Gréco.
   
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A 23 de junho de 1959, no cinema Marbeuf, Boris Vian morre, de enfarte do miocárdio, durante uma projeção privada do filme Irei cuspir-vos nos túmulos, durante a qual Vian se exaltou com os desvios que o filme tinha em relação à sua obra, recusando que o seu nome aparecesse no genérico.