Em
1894, Alfred Dreyfus foi acusado de ter vendido segredos militares aos alemães. Foi preso a
15 de outubro de 1894 e, em
5 de janeiro do 1895, foi
degredado, sendo-lhe retirados os galões de
oficial numa cerimónia humilhante. Inicialmente condenado à
prisão perpétua na
Ilha do Diabo, na
Guiana Francesa, foi novamente julgado por um
tribunal militar, em
1899, e, de novo, condenado.
(...)
Em
13 de janeiro de
1898, no
jornal L'Aurore, Émile Zola escreveu a famosa
carta aberta ao
presidente, com o título
J'accuse! (Eu Acuso!), denunciando o Alto Comando Militar francês, os tribunais, enfim, todos os que condenaram Dreyfus, incendiando a
opinião pública nacional. O escritor apoiava-se no trabalho do chefe do
serviço secreto francês,
coronel Georges Picquart, que concluía que os documentos contra Dreyfus haviam sido falsificados.
Amnistiado por ordem do
Executivo, deixou a prisão e foi viver com uma das suas irmãs, em
Carpentras, e, mais tarde, em
Cologny.
Foi oficialmente reabilitado em
1906. Em
15 de outubro do mesmo ano, foi-lhe dado o comando da unidade de
artilharia de
Saint-Denis. Contudo o exército continuou sustentando a acusação contra Dreyfus, de ser um traidor ou, pelo menos, suspeito de traição.
Em
4 de junho de
1908, sofreu um atentado, sendo atingido por uma
bala, durante a cerimónia da transferência das cinzas de Émile Zola para o
Panteão de Paris, ficando ferido apenas num braço. O autor do atentado
Louis-Anthelme Grégori, foi absolvido da acusação de tentativa de
homicídio. Foi sepultado no
Cemitério do Montparnasse, em
Paris.