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sexta-feira, julho 26, 2013

Mais um grande fadista (e uma excelente guitarrista...) a despontarem

Prémios Amália escolhem disco de Rodrigo Costa Félix para álbum do ano
Nuno Pacheco - 26.07.2013

Fados de Amor, segundo disco de Rodrigo Costa Félix, foi escolhido pelo júri dos Prémios Amália como álbum de fado de 2012.

Rodrigo Costa Félix com a guitarrista Marta Pereira da Costa

O júri do Prémio Amália escolheu o disco Fados de Amor, de Rodrigo Costa Félix, como melhor álbum do ano.
Lançado em 2012, Fados de Amor, segundo disco do jovem fadista, é dedicado às mulheres e também o primeiro CD na história do Fado onde a guitarra portuguesa é entregue a uma mulher, Marta Pereira da Costa.
Justificando a escolha do disco, composto por 15 fados, o júri referiu à agência Lusa “a evolução do intérprete”, a “cuidadosa escola do repertório poético e musical” e também o facto de a revista norte-americana The Atlantic ter apontado o tema que serviu de apresentação ao disco, Amigo aprendiz, fado com música de Tiago Bettencourt sobre poema de Fernando Pessoa, como “uma das melhores baladas do ano de 2012”.
Presidido por Tiago Torres da Silva (escritor e autor de letras para canções, em particular para fado) e composto por Carlos Manuel Proença (músico e produtor discográfico), Ada de Castro (fadista), Francisco Simões (escultor) e Dina Isabel (locutora), o júri distinguiu outras personalidades e instituições em diversas áreas: Teresa Tarouca (carreira), Maria Bethânia (internacional, pela forma como tem divulgado a poesia portuguesa e a obra de Amália), Carlos Gonçalves, guitarrista que acompanhou Amália nos últimos (compositor), Gisela João (revelação), Maria da Nazaré (intérprete), Vasco Graça Moura (autor), Jaime Santos Jr (instrumentista) e a Rádio Alfa, de Paris na categoria de divulgação.
Nascido em Lisboa, a 20 de fevereiro de 1972, actuou em inúmeras casas de fado e espectáculos colectivos em Portugal, mas também no estrangeiro: Nova Iorque, Londres. Paris, Madrid, Luxemburgo, Estugarda, Toronto, Bolonha, Varsóvia, Baiona, Macau. Mas só em 2009, por ocasião do lançamento do seu disco de estreia (Fados d’Alma, gravado e lançado em 2007), teve um espectáculo inteiramente seu num palco lisboeta, a Sala Azul do Teatro Aberto, à Praça de Espanha, em Lisboa, a 12 de dezembro.
Nesse disco, podia ler-se esta frase: “Me encantei com Rodrigo Costa Félix quando o vi cantando no Clube de Fado, em Alfama, tempos atrás”. Assinava-a a compositora brasileira Adriana Calcanhotto, que no fado tem outras referências de eleição, como Amália e Camané. Ela viu-o cantar “para dentro” e concluiu: “Ainda nos vai emocionar muitíssimo”. O prémio que agora lhe foi atribuído confirma este pressentimento.
O agora premiado Fados de Amor foi lançado em maio de 2012 e estreado em palco a 11 de junho desse mesmo ano, no pequeno auditório do Centro Cultural de Belém, em Lisboa, com a participação de Kátia Guerreiro e Aline Frazão, que gravaram com ele no disco os duetos Morena e Fado Sentido. Em palco estiveram também os músicos que participaram nas gravações: Marta Pereira da Costa, na guitarra portuguesa; Rodrigo Serrão (produtor do disco), no contrabaixo; e Pedro Pinhal na viola de fado.
Os prémios Amália Rodrigues serão entregues no dia 2 de outubro, durante a VIII Gala Amália, que se realizará no Teatro Municipal de S. Luiz, em Lisboa.
in Público - ler notícia
   

Amigo aprendiz

Quero ser o teu amigo.
Nem demais e nem de menos.
Nem tão longe e nem tão perto.
Na medida mais precisa que eu puder.
Mas amar-te sem medida e ficar na tua vida,
Da maneira mais discreta que eu souber.
Sem tirar-te a liberdade, sem jamais te sufocar.
Sem forçar tua vontade.
Sem falar, quando for hora de calar.
E sem calar, quando for hora de falar.
Nem ausente, nem presente por demais.
Simplesmente, calmamente, ser-te paz.
É bonito ser amigo, mas confesso: é tão difícil aprender!
E por isso eu te suplico paciência.
Vou encher este teu rosto de lembranças,
Dá-me tempo de acertar nossas distâncias.
NOTA: tive a informação de que Amigo aprendiz, fado com música de Tiago Bettencourt, não feito com um poema de Fernando Pessoa (embora isso não menorize o poema, que é excelente...) e que esse lapso já terá sido referido por Rodrigo Costa Félix...