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sexta-feira, janeiro 04, 2013

O quarto Rei de Portugal morreu há 765 anos

D. Sancho II de Portugal (cognominado O Capelo por haver usado um enquanto criança; alternativamente conhecido como O Pio ou O Piedoso), quarto rei de Portugal, nasceu em Coimbra em 8 de setembro de 1209, filho do rei D. Afonso II de Portugal e de D. Urraca de Castela, e faleceu, exilado e sem poder, em Toledo, no Reino de Castela, a 4 de janeiro de 1248.

(...)

A 16 de agosto de 1234, D. Sancho II é excomungado, pelo mesmo comité de juízes pontifícios que lançara o Interdito em 1231, reunido em Ciudad Rodrigo. Era a consequência natural da Bula Si quam horribile do ano anterior. O eterno e cada vez mais omnipotente chanceler de D Sancho, Mestre Vicente, é enviado em missão à Cúria Pontifícia, conseguindo assim minorar os efeitos da excomunhão sobre a autoridade de D Sancho II, prolongando assim o seu reinado.

O isolamento político de Sancho II começa provavelmente em 1232, estando o reino com conturbações internas; Afonso de Castela entra nesse ano pelo Norte do reino em defesa de Sancho II. Resigna também em Roma o bispo de Coimbra, Pedro, aliado de Sancho.
Afonso, irmão mais novo de Sancho, denuncia em 1245 o casamento de Sancho com Mécia. Nesse mesmo ano a Bula Inter alia desiderabilia prepara a deposição de facto do monarca. O papado, através de duas Breves, aconselha Afonso, Conde de Bolonha, a partir para a Terra Santa em Cruzada e também que passe a estar na Hispânia, fazendo aí guerra ao Islão. A 24 de Julho, a Bula Grandi non immerito depõe oficialmente Sancho II do governo do reino, e Afonso torna-se regente. Os fidalgos levantam-se contra Sancho, e Afonso cede a todas as pretensões do clero no Juramento de Paris, uma assembleia de prelados e nobres portugueses, jurando que guardaria todos os privilégios, foros e costumes dos municípios, cavaleiros, peões, religiosos e clérigos seculares do reino. Abdicou imediatamente das suas terras francesas e marchou sobre Portugal, chegando a Lisboa nos últimos dias do ano.
Em 1246, Afonso segura Santarém, Alenquer, Torres Novas, Tomar, Alcobaça e Leiria; Sancho II fortifica-se em Coimbra. A Covilhã e a Guarda ficam nas mãos de Afonso. Sancho II procura a intervenção castelhana na guerra civil, depois da conquista de Jaén. Assim, o infante Afonso de Castela entra em Portugal por Riba-Côa a 20 de dezembro, tomando a Covilhã e a Guarda e devastando o termo de Leiria, derrotando a 13 de janeiro de 1247 o exército do Conde de Bolonha. Apesar de não ter perdido nenhuma das batalhas contra o irmão do Rei de Portugal, Afonso de Castela decide abandonar a empresa, levando consigo para Castela El-Rei D. Sancho II, visto que a pressão da Santa Sé aumentava. Embora no Minho continuem partidários de Sancho II e fiquem no terreno as guarnições castelhanas no castelo de Arnoia, o caso encontra-se perdido. D. Sancho II redige o seu segundo e último testamento enquanto exilado em Toledo a 3 de janeiro de 1248, e morre a 4 desse mesmo mês. Julga-se que os seus restos mortais repousem na catedral de Toledo.
Afonso III declara-se Rei de Portugal em 1248, já após a morte do seu irmão mais velho, Sancho.

sábado, setembro 08, 2012

El-Rei D. Sancho II nasceu (provavelmente) há 803 anos


Armoiries Portugal 1180.svg

D. Sancho II de Portugal (cognominado O Capelo por haver usado um enquanto criança; alternativamente conhecido como O Pio ou O Piedoso), quarto rei de Portugal, nasceu em Coimbra, provavelmente em 8 de setembro de 1209, filho do rei D. Afonso II de Portugal e de D. Urraca de Castela.

(...)

Afonso, irmão mais novo de Sancho, denuncia em 1245 o casamento de Sancho com Mécia. Nesse mesmo ano a Bula Inter alia desiderabilia prepara a deposição de facto do monarca. O papado, através de duas Breves, aconselha Afonso, Conde de Bolonha, a partir para a Terra Santa em Cruzada e também que passe a estar na Hispânia, fazendo aí guerra ao Islão. A 24 de julho, a Bula Grandi non immerito depõe oficialmente Sancho II do governo do reino, e Afonso torna-se regente. Os fidalgos levantam-se contra Sancho, e Afonso cede a todas as pretensões do clero no Juramento de Paris, uma assembleia de prelados e nobres portugueses, jurando que guardaria todos os privilégios, foros e costumes dos municípios, cavaleiros, peões, religiosos e clérigos seculares do reino. Abdicou imediatamente das suas terras francesas e marchou sobre Portugal, chegando a Lisboa nos últimos dias do ano.
Em 1246, Afonso segura Santarém, Alenquer, Torres Novas, Tomar, Alcobaça e Leiria; Sancho II fortifica-se em Coimbra. A Covilhã e a Guarda ficam nas mãos de Afonso. Sancho II procura a intervenção castelhana na guerra civil, depois da conquista de Jaén. Assim, o infante Afonso de Castela entra em Portugal por Riba-Côa a 20 de dezembro, tomando a Covilhã e a Guarda e devastando o termo de Leiria, derrotando a 13 de janeiro de 1247 o exército do Conde de Bolonha. Apesar de não ter perdido nenhuma das batalhas contra o seu irmão, Afonso de Castela decide abandonar a empresa, levando consigo para Castela Sancho II, visto que a pressão da Santa Sé aumentava. Embora no Minho continuem partidários de Sancho II e fiquem no terreno as guarnições castelhanas no castelo de Arnoia (seu grande apoiante e anticlerical), o caso encontra-se perdido. Sancho II redige o seu segundo e último testamento enquanto exilado em Toledo a 3 de janeiro de 1248, e morre a 30 desse mesmo mês. Julga-se que os seus restos mortais repousem na catedral de Toledo.
Afonso III declara-se Rei de Portugal em 1248, já após a morte do seu irmão mais velho, Sancho.


quinta-feira, fevereiro 16, 2012

Há 733 anos morreu o rei D. Afonso III e começou o longo e próspero reinado de D. Dinis

D. Afonso III de Portugal (Coimbra, 5 de Maio de 1210 – id., 16 de Fevereiro de 1279), cognominado O Bolonhês por ter sido casado com a condessa Matilde II de Bolonha, foi o quinto Rei de Portugal. Afonso III era o segundo filho do rei Afonso II e da sua mulher Urraca de Castela, e sucedeu ao seu irmão Sancho II em 1248.



D. Dinis I de Portugal (Lisboa [?], 9 de Outubro 1261 - Santarém, 7 de Janeiro de 1325) foi o sexto rei de Portugal, cognominado o Lavrador pela imputação da plantação do pinhal de Leiria ou o Rei-Poeta devido à sua obra literária.
Filho de D. Afonso III de Portugal e da infanta Beatriz de Castela. Foi aclamado em Lisboa em 1279, tendo subido ao trono com 17 anos. Em 1282 desposou Isabel de Aragão, que ficaria conhecida como rainha santa.
Ao longo de 46 anos a governar o Reino de Portugal e o Reino do Algarve foi um dos principais responsáveis pela criação da identidade nacional e o alvor da consciência de Portugal enquanto estado-nação: em 1297, com a conclusão da Reconquista, definiu as fronteiras de Portugal no Tratado de Alcanizes, prosseguiu relevantes reformas judiciais, instituiu a língua Portuguesa como língua oficial da corte, libertou as Ordens Militares em território nacional de influências estrangeiras e prosseguiu um sistemático acréscimo do centralismo régio. A sua política centralizadora foi articulada com importantes acções de fomento económico - como a criação de inúmeros concelhos e feiras. D. Dinis ordenou a exploração de minas de cobre, prata, estanho e ferro e organizou a exportação da produção excedente para outros países europeus. Em 1308 assinou o primeiro acordo comercial português com a Inglaterra. Em 1312 fundou a marinha Portuguesa, nomeando 1º Almirante de Portugal, o genovês Manuel Pessanha, e ordenando a construção de várias docas.
Foi grande amante das artes e letras. Tendo sido um trovador famoso, cultivou as Cantigas de Amigo, de Amor e a sátira, contribuindo para o desenvolvimento da poesia trovadoresca. Pensa-se ter sido o primeiro monarca português alfabetizado, tendo assinado sempre com o nome completo. Culto e curioso das letras e das ciências, terá impulsionado a tradução de muitas obras para português, entre as quais se contam os tratados de seu avô Afonso X, o Sábio. Foi o responsável pela criação da primeira Universidade portuguesa, inicialmente instalada na zona do actual Largo do Carmo, em Lisboa. Transferida pela primeira vez para Coimbra em 1308. Esta universidade foi transferida várias vezes entre as duas cidades, estando definitivamente instalada em Coimbra desde 1537, por ordem de D. João III.
Após a sua morte em 1325 foi sucedido pelo seu filho legitimo Afonso IV de Portugal, apesar da oposição do seu filho natural Afonso Sanches.