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quinta-feira, março 06, 2025

Morreu o poeta Affonso Romano de Sant'Anna...

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Affonso Romano de Sant'Anna (Belo Horizonte, 27 de março de 1937Rio de Janeiro, 4 de março de 2025) foi um escritor e poeta brasileiro.  


Nas décadas de 50 e 60 participou de movimentos de vanguarda poética. Em 1961 formou-se em letras neolatinas pela então Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da UMG, atual Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Em 1965 lecionou na Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), Estados Unidos, e em 1968 participou do Programa Internacional de Escritores da Universidade de Iowa, que agrupou 40 escritores de todo o mundo.

Em 1969 doutorou-se pela UFMG e, um ano depois, montou um curso de pós-graduação em literatura brasileira na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Foi Diretor do Departamento de Letras e Artes da PUC-Rio, de 1973 a 1976, realizando então a "Expoesia", série de encontros nacionais de literatura.

Ministrou cursos na Alemanha (Universidade de Colônia), Estados Unidos (Universidade do Texas e UCLA), Dinamarca (Universidade de Aarhus), Portugal (Universidade Nova) e França (Universidade de Aix-en-Provence).

Na sua tese de doutoramento fez uma análise da poética de Carlos Drummond de Andrade, com o título Drummond, um gauche no tempo, em que faz uma análise do conceito de gauche ao longo de sua obra literária.

Durante os anos de 1990-1996 foi presidente da Fundação Biblioteca Nacional, onde desenvolveu grandes ações de incentivo à leitura, como o Sistema Nacional de Bibliotecas.

Foi cronista no Jornal do Brasil (1984-1988), do jornal O Globo até 2005, do Correio Braziliense, de 1992 a 2008 e do jornal Estado de Minas até 2014. Foi casado com a também escritora Marina Colasanti, de quem se tornou viúvo em janeiro de 2025.

Morreu no dia 4 de março de 2025 aos 87 anos no Rio de Janeiro, vítima de Alzheimer, doença que enfrentava desde 2017. Foi enterrado no dia 5 de março no Cemitério da Penitência, na capital fluminense. 


in Wikipédia

 

Limites do amor

 

Condenado estou a te amar
nos meus limites
até que exausta e mais querendo
um amor total, livre das cercas,
te despeça de mim, sofrida,
na direção de outro amor
que pensas ser total e total será
nos seus limites da vida.

O amor não se mede
pela liberdade de se expor nas praças
e bares, em empecilho.
É claro que isto é bom e, às vezes,
sublime.
Mas se ama também de outra forma, incerta,
e este o mistério:

- ilimitado o amor às vezes se limita,
proibido é que o amor às vezes se liberta. 


Affonso Romano de Sant'Anna