Úrano foi descoberto em 1781 por William Herschel, que notou que um objeto brilhante havia se movido em relação a outras estrelas.
Já Neptuno foi descoberto em 1846 por Urbain Le Verrier, que percebeu uma discrepância entre a órbita prevista de Úrano e a sua órbita real. Le Verrier sugeriu a existência de outro planeta além de Úrano, o que levou à descoberta de Neptuno.
A procura pelo Planeta Nove foi impulsionada em 2015, quando dois astrónomos do Caltech encontraram provas de que seis objetos, além da órbita de Neptuno, estavam agrupados de uma maneira que sugeria a influência de um grande objeto com forte gravidade.
Agora, segundo o IFL Science, essa mesma equipa reduziu ainda mais os possíveis locais onde o Planeta Nove poderia estar, embora ainda não tenha sido encontrado.
Num novo estudo publicado no The Astronomical Journal, os investigadores usaram dados do Pan-STARRS1 para descartar 78% dos locais anteriormente considerados como possíveis esconderijos do Planeta X. O facto de terem reduzido a área de procura é um progresso significativo.
Algumas áreas de interesse incluem regiões próximas ao plano galáctico, que serão investigadas pelo futuro Observatório Vera Rubin. A equipa também considerou possíveis razões para não terem encontrado o Planeta Nove ainda.
“Uma possibilidade é que o Planeta Nove simplesmente não exista“, disseram os investigadores. “Até que tenhamos explicações alternativas para os fenómenos observados no Sistema Solar exterior, continuamos a considerar o Planeta Nove como a explicação mais provável”.
Outra possibilidade é que o Planeta X esteja mais distante e seja mais massivo do que se pensava anteriormente, o que dificultaria a sua deteção.
No entanto, os astrónomos acreditam que o Planeta Nove é a melhor explicação para as órbitas peculiares observadas nos confins do Sistema Solar.
in ZAP
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