Obra
Foi um dos mais influentes intelectuais portugueses do século XX, com vasta obra de
ficção,
drama,
ensaio e
poesia,
além de importante epistolografia com figuras tutelares da literatura
portuguesa e brasileira. A sua obra de ficção mais famosa é o
romance autobiográfico
Sinais de Fogo, adaptado ao cinema em
1995 por
Luís Filipe Rocha. Grande parte da sua obra foi publicada postumamente pelos cuidados da viúva,
Mécia de Sena.
Prémios
Recebeu o Prémio Internacional de Poesia Etna-Taormina, pelo conjunto
da sua obra poética, e foi condecorado com a Ordem do Infante D.
Henrique, por serviços prestados à comunidade portuguesa. Recebeu,
postumamente, a Grã-Cruz da Ordem de Sant'iago. Em 1980, foi inaugurado o
Jorge de Sena Center for Portuguese Studies, na Universidade da Califórnia, em Santa Barbara.
“QUEM A TEM...”
Não hei-de morrer sem saber
qual a cor da liberdade.
Eu não posso senão ser
desta terra em que nasci.
Embora ao mundo pertença
e sempre a verdade vença,
qual será ser livre aqui,
não hei-de morrer sem saber.
Trocaram tudo em maldade,
é quase um crime viver.
Mas, embora escondam tudo
e me queiram cego e mudo,
não hei-de morrer sem saber
qual a cor da liberdade.
in Fidelidade, Poesia-II - Jorge de Sena
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