Fotografia de um iceberg na vizinhança do local do naufrágio do Titanic, tirada a 15 de abril de 1912 pelo camareiro chefe do Prinz Adalbert, que disse que o iceberg possuía tinta vermelha igual à do casco do Titanic
Ao anoitecer de domingo, 14 de abril, a temperatura tinha caído para quase congelamento e o oceano estava calmo. A Lua não estava visível (faltavam dois dias para a Lua Nova), e o céu estava limpo. O Capitão Smith, em resposta aos avisos de icebergs
recebidos pelo rádio nos dias anteriores, traçou um novo curso que
levava o navio um pouco mais o sul. Às 13.45 daquele dia, uma mensagem
do Amerika avisou que grandes icebergs estavam no caminho do Titanic,
porém, já que Jack Phillips e Harold Bride, os operadores do
dispositivo Marconi de rádio, eram empregados da Marconi e pagos para
retransmitir mensagens de e para os passageiros, eles não estavam
focados em retransmitir mensagens "não essenciais" de gelo para a
ponte. Mais tarde naquela noite, outro aviso de um grande número de
icebergs, desta vez do Mesaba, não chegou a ponte.
Às 23.40, enquanto navegavam a 640 km dos Grandes Bancos da Terra Nova,
os vigias do mastro, Frederick Fleet e Reginald Lee, avistaram um
iceberg bem em frente do navio. Fleet imediatamente tocou o sino de
alerta do mastro três vezes e ergueu o comunicador para falar com a
Ponte. Preciosos segundos se perderam até que o comunicador foi atendido
pelo Sexto Oficial Paul Moody onde Fleet gritou "Iceberg logo à
frente". O Primeiro Oficial William Murdoch
deu ao timoneiro Robert Hitchens a ordem de "tudo a estibordo" e
ajustou as máquinas para ré ou para parar, o testemunho dos
sobreviventes é conflituoso. A proa do navio começou a deslocar-se do
obstáculo e 47 segundos após o avistamento do iceberg, não conseguindo
evitar a colisão. O iceberg arranhou o lado estibordo (direito) do
navio, deformando o casco e soltando vários rebites debaixo de água
numa distância de 90 metros. Enquanto a água entrava nos compartimentos
dianteiros, Murdoch acionou o encerramento das portas a prova de água.
Apesar do navio conseguir ficar a flutuar com quatro compartimentos
inundados, os seis primeiros compartimentos foram abertos e estavam
metendo água. Os compartimentos inundados faziam a proa do navio ficar
mais pesada, permitindo que mais água inundasse o navio. 20 minutos
após a colisão, a proa já começava a inclinar-se. Além disso, 130
minutos após a colisão, a água começou a sair do sexto para o sétimo
compartimento sobre a antepara que as dividia. O Capitão Smith,
alertado pelo solavanco do impacto, chegou à ponte e ordenou paragem
total. Pouco depois das zero horas de 15 de abril, após um inspeção
feita por oficiais do navio e por Thomas Andrews, foi ordenado que os botes fossem preparados para lançamento e que sinais de socorro começassem a ser enviados.
in Wikipédia
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