Nicolau Maquiavel (em italiano: Niccolò di Bernardo dei Machiavelli; Florença, 3 de maio de 1469 - Florença, 21 de junho de 1527) foi um historiador, poeta, diplomata e músico italiano do Renascimento. É reconhecido como fundador do pensamento e da ciência política moderna, pelo fato de ter escrito sobre o Estado e o governo
como realmente são e não como deveriam ser. Os recentes estudos do
autor e da sua obra admitem que seu pensamento foi mal interpretado
historicamente.
Desde as primeiras críticas, feitas postumamente pelo cardeal inglês Reginald Pole, as opiniões, muitas vezes contraditórias, acumularam-se, de forma que o adjetivo maquiavélico, criado a partir do seu nome, significa esperteza, astúcia, aleivosia, maldade.
Maquiavel viveu a juventude sob o esplendor político da República Florentina durante o governo de Lourenço de Médici
e entrou para a política aos 29 anos de idade no cargo de Secretário da
Segunda Chancelaria. Nesse cargo, Maquiavel observou o comportamento de
grandes nomes da época e a partir dessa experiência retirou alguns
postulados para sua obra. Depois de servir em Florença durante catorze
anos foi afastado e escreveu suas principais obras. Conseguiu também
algumas missões de pequena importância, mas jamais voltou ao seu antigo
posto como desejava.
Como renascentista, Maquiavel se utilizou de autores e conceitos da Antiguidade clássica de maneira nova. Um dos principais autores foi Tito Lívio, além de outros lidos através de traduções latinas, e entre os conceitos apropriados por ele, encontram-se o de virtù e o de fortuna.
(...)
O Príncipe
O "Príncipe" é provavelmente o livro mais conhecido de Maquiavel e foi
completamente escrito em 1513, apesar de publicado postumamente, em
1532. Teve origem com a união de esforços de Juliano de Médici e do Papa Leão X, com a qual Maquiavel viu a possibilidade de um príncipe finalmente unificar a Itália e defendê-la contra os estrangeiros, apesar de dedicar a obra a Lourenço II de Médici, mais jovem, de forma a estimulá-lo a realizar esta empreitada. Outra
versão sobre a origem do livro, diz que ele o teria escrito numa
tentativa de obter favores dos Médici, contudo ambas as versões não se auto
excluem.
Está dividido em 26 capítulos. No início apresenta os tipos de principado
existentes e expõe as características de cada um deles. A partir daí,
defende a necessidade do príncipe de basear as suas forças em exércitos
próprios, não em mercenários e, após tratar do governo propriamente dito
e dos motivos por trás da fraqueza dos Estados italianos, conclui a obra fazendo uma exortação a que um novo príncipe conquiste e liberte a Itália.
in Wikipédia
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