Padrão comemorativo da Batalha das Linhas de Elvas
Guerra da Restauração | |||
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Data | 14 de janeiro de 1659 | ||
Local | Elvas | ||
Resultado | Vitória esmagadora Portuguesa | ||
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A Batalha das Linhas de Elvas, foi travada em 14 de janeiro de 1659, em Elvas, entre portugueses e espanhóis.
História
Em 1658, o exército espanhol, comandado por D. Luís de Haro, acampava na fronteira do Caia, com 14 000 homens de infantaria, 5 000 de cavalaria, 19 canhões (na verdade apenas 18 entraram em batalha, pois um perdeu uma roda no meio do caminho) 3 morteiros(155 mm.) de artilharia. Alguns dias decorreram em preparativos quer no lado espanhol para o cerco de Elvas, quer por parte dos portugueses
para defenderem a cidade. D. Luís de Haro distribuiu as suas tropas ao
longo de entrincheiramentos cercando a praça, dando ordem para que
fosse exercida apertada vigilância a fim de impedir que Elvas recebesse
mantimentos ou qualquer outra espécie de auxílio vindo do exterior, de
tal modo que só a chegada de um verdadeiro Exército poderia evitar
mais cedo ou mais tarde, a capitulação da praça. A rainha D. Luísa resolveu chamar D. António Luís de Meneses, conde de Cantanhede, para lhe entregar o comando geral das tropas portuguesas no Alentejo, e transferir para o mesmo teatro de operações D. Sancho Manuel,
que foi assumir as funções de Mestre-de-campo-general. As tropas
espanholas instaladas nas duas colinas mais próximas começaram a
bombardear a praça de Elvas, causando pânico e grandes baixas na
população. Mas o maior perigo era a peste que causava cerca de 300 mortes por dia.
Mediante tal situação, o conde de Cantanhede, D. António Luís de Meneses reuniu em Estremoz
um exército a fim de socorrer aquela praça do cerco espanhol. Apesar
de grandes dificuldades, que o obrigaram a organizar recrutamentos em Viseu e na ilha da Madeira, e reunir as guarnições de Borba, Juromenha, Campo Maior, Vila Viçosa, Monforte e Arronches,
o conde de Cantanhede conseguiu formar um exército de oito mil
infantes, dois mil e novecentos cavaleiros, guarnecidos por sete canhões.
Tendo ficado acordado, entre o conde de Cantanhede e D. Sancho Manuel,
que o ataque às linhas de Elvas se faria pelo sítio conhecido por Murtais, o exército português saiu de Estremoz e marchou sobre a praça cercada.
Os brigantinos ocuparam as colinas da Assomada, de onde se avistava a cidade de Elvas e as linhas inimigas, estas num majestoso arraial. No dia 14 de janeiro,
cerca das oito e quinze da manhã, os portugueses desencadearam o
ataque como estava previsto pelo sítio dos Murtais. Manteve-se indecisa
a vitória durante algum tempo, pois ao ataque respondiam os espanhóis
com vigorosa defesa, mas a certa altura as tropas do conde de
Cantanhede conseguiram romper irremediavelmente as linhas de
trincheiras dos espanhóis, que começaram por ceder terreno e não
tardaram a debandar.
As perdas sofridas pelas tropas filipinas nas linhas de Elvas foram
enormes. Dos dezanove mil homens comandados por D. Luís de Haro, apenas
cerca de cinco mil infantes e trezentos cavaleiros (sem contar com as
mortes por infecção ou doença) conseguiram alcançar Badajoz.
Nesta batalha distinguiu-se o conde de Cantanhede, que recebeu, entre outras mercês, o título de marquês de Marialva, por carta de lei de 11 de junho de 1661.
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