Sérgio Vieira de Mello (Rio de Janeiro, 15 de março de 1948 - Bagdad, 19 de agosto de 2003) foi um brasileiro funcionário da Organização das Nações Unidas (ONU) durante 34 anos e Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos
desde 2002. Morreu em Bagdad, juntamente com outras 21 pessoas, vítima
de atentado a bomba contra a sede local da ONU. A organização extremista
Al Qaeda assumiu a responsabilidade pelo ocorrido e afirmou que Mello era o alvo principal do ataque.
(...)
Em 1996 foi nomeado assistente do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, antes de ser enviado para Nova Iorque, em janeiro de 1998, como Secretário-geral-adjunto para Assuntos Humanitários das Nações Unidas.
Para muitos, o brasileiro era a personificação do que a ONU poderia e
deveria ser: com uma disposição fora do comum para ir ao campo de ação,
corajoso, carismático, flexível, pragmático e muito eficiente na
negociação com governos corruptos e ditadores sanguinários, em busca da
paz.
O secretário-geral da ONU, Kofi Annan,
afirmava que Vieira de Mello era "a pessoa certa para resolver qualquer
problema". Foi o primeiro brasileiro a atingir o alto escalão da ONU.
Como negociador da ONU atuou em alguns dos principais conflitos mundiais
- Bangladesh, Camboja, Líbano, Bósnia e Herzegovina, Kosovo, Ruanda e Timor-Leste, entre 1999 e 2002, quando se mostraria inflexível nas denúncias dos crimes indonésios.
Em maio de 2003, foi enviado como representante oficial do Secretário-geral das Nações Unidas para o Iraque, país que estava mergulhado num sangrento conflito. Em julho daquele ano, Sérgio fez parte de uma equipe que vistoriou a Prisão de Abu Ghraib antes do local ser reformado.
Foi na capital iraquiana, Bagdad, que acabou sendo morto em 2003 durante o ataque suicida ao Hotel Canal, com a explosão provocada por um camião-bomba.
O hotel era usado como sede da ONU em Bagdad havia mais de uma década.
Além dos 22 mortos, cerca de 150 pessoas ficaram feridas no ataque - o
mais violento realizado contra uma missão civil das Nações Unidas até
então. Abu Musab Zarqawi, chefe da organização terrorista Al Qaeda, assumiu a responsabilidade pelo atentado.
Segundo os autores do ataque, Mello foi assassinado pois ele era um
"cruzado" que teria ajudado a retirar uma parte (Timor Leste) do país
muçulmano que é a Indonésia. O atentado provocou a retirada dos funcionários estrangeiros da ONU do território iraquiano.
in Wikipédia
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