sexta-feira, novembro 18, 2011

O Massacre de Jonestown ocorreu há 33 anos

(imagem daqui)

O Massacre de Jonestown ocorreu 18 de novembro de 1978 na Guiana. Mais de 900 pessoas morreram neste evento, resultando na maior perda de vidas de civis norte-americanas em desastres não naturais até os ataques de 11 de setembro. O Peoples Temple (Templo dos Povos), com sede em San Francisco, EUA, era conduzido pelo líder religioso Jim Jones. O fanatismo religioso é visto como um caso extremo. O reverendo Jones veio ao Brasil em 1970 e depois decide se instalar na Guiana.
Após 25 anos do massacre foi realizada nos Estados Unidos uma solenidade em homenagem aos mortos. Estavam presentes dois filhos de Jim Jones no cemitério onde foram enterradas 400 pessoas.


O Templo do Povo
James Warren Jones nasceu em 13 de maio de 1931 em Ubduaba (Neui-Oeste), filho de um membro Ku Klux Klan. Na idade adulta ficou conhecido por suas ideias de direita, mas declarava-se "socialista" liberal e afirmava ser a reencarnação de Jesus Cristo e Lenine.
Em 1965, criou o Templo do Povo na localidade californiana de Ukiah. Pouco depois, a imprensa denunciou as mortes de sete pessoas que quiseram abandonar sua "igreja" e acusações de sequestro, espancamentos e abusos sexuais.
Fugindo do caso ele mudou-se para São Francisco, onde fez amizade com a militante esquerdista Angela Davis e personalidades do mundo político. Posteriormente, Jim Jones decidiu fundar a sua utopia multirracial agrícola em Jonestown, na Guiana. Com a aprovação do então presidente da Guiana, Forbes Burham, líder histórico do único país de fala inglesa da América do Sul, o reverendo Jones criou sua própria sociedade auto-suficiente na selva da Guiana. 

A história do massacre
A história do Templo do Povo acabou tragicamente no dia 18 de novembro de 1978, quando 913 pessoas, entre elas mais de 270 crianças, segundo estimativas oficiais, foram obrigadas a beber cianeto ou foram executadas, em um dos mais terríveis casos de suicídio-assassinato coletivo da história recente. O chamado "Dia do Julgamento Final" começou quando colaboradores de Jones mataram a tiros o congressista americano Leo Ryan, três jornalistas e um desertor.
Ryan e seus acompanhantes tinham chegado a Jonestown para comprovar denúncias de que vários membros da colónia, na sua maioria negros americanos, estavam proibidos de deixá-la. A senadora Jackie Speier, estava na Guiana quando ocorreu o massacre. Ela, que era assessora judicial de Ryan e só se salvou por milagre, conta que eles foram recebidos a tiros e que Ryan e seus acompanhantes morreram ainda no aeroporto. Speier se jogou na pista e assim permaneceu por 22 horas, sangrando e coberta de formigas, convencida de que havia morrido. Ele é uma das únicas sobreviventes do massacre que se seguiu.
Depois destes assassinatos, os seguidores de Jones se dirigiram para a área do Templo do Povo. Lá, o suicídio-assassinato acontecia na utópica colónia de Jones na selva. Alguns seguidores do reverendo que se recusaram a beber a poção mortal de cianeto foram executados com um tiro ou com injeções letais. 

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