sexta-feira, junho 17, 2011

Soares, Sócrates, PS, bom senso, honestidade e inteligência


Soares: "Saída de Sócrates foi acto de bom senso"

Mário Soares diz que agora o PS tem dois candidatos a líder inteligentes e honestos.

No espaço de opinião que regularmente preenche na revista “Visão”, o antigo Presidente da República escreve hoje sobre o rescaldo das eleições legislativas antecipadas.

Sublinha que o novo Governo de “direita conservadora e neoliberal” tem pela frente uma tarefa que “todos sabemos, não vai ser nada fácil”, devendo aplicar um programa que integra exigências “demasiado monetaristas, embora necessárias”, a troco de um empréstimo ao qual ficaram associados “os altos juros com que a troika nos brindou”.

Falando sobre o PS, começa por frisar que este ainda é, no plano político, “a grande força da oposição”, “mas menos – diga-se – no plano social” o que “deve ser corrigido”.

Mário Soares saúda de seguida a saída voluntária de José Sócrates como um “acto de bom senso”, dizendo que este “abriu a porta a dois candidatos a líder que têm a vantagem de ser pessoas inteligentes, experientes e honestas”.

Sobre Francisco Assis e António José Seguro pouco mais escreve e, mantendo sempre a equidistância, diz apenas acreditar que, qualquer que seja o resultado, “não se irão zangar” e “julgo até que serão capazes de colaborar”.

Para o seu partido, lança ainda o desafio para que aproveite este “intervalo salutar do poder” para se unir e fazer uma “refundação política e ideológica”, que diz ser “um imperativo” para que o PS “sobreviva” às fortes mudanças – as que chegaram e as que estão para chegar.

Ainda sobre os resultados das eleições, Mário Soares destaca os resultados da “esquerda radical” que “parece ter perdido o rumo e os horizontes políticos” com o seu “irrealismo”. Ao contrário de Jerónimo de Sousa, o PCP de Álvaro Cunhal teria falado com a troika, diz Soares.



NOTA: só Mário Soares é que conseguia chamar desonesto e burro a José Sócrates com a elegância que lhe conhecemos. O nosso obrigado por mais este bom serviço para a preservação da democracia e do bom senso em Portugal, caro Doutor Soares.

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