27 Dezembro 2008 - 00h30
Actividade solar: Um ano sem manchas
O ano ‘mais branco’ do Sol ameaça a Terra
O Sol, a estrela que nos aquece e ilumina, atravessa um inquietante período de acalmia. Há perto de três anos que poucas manchas e raras erupções solares caracterizam um astro que se tem revelado em constante mutação, sujeito às perturbações mais extremas. Só no início do passado mês, o Sol parece ter timidamente despertado da sua letargia com umas escassas e pequenas manchas, mas foi ‘sol de pouca dura’. Dizem os cientistas que, por enquanto, está tudo dentro das normas históricas do ciclo solar.
De facto, sabe-se que o Sol apresenta ciclos de actividade com uma periodicidade média de 11 anos (o período não é perfeitamente regular e pode oscilar entre os nove e os 14 anos) e parece que um novo ciclo solar poderá estar a começar. O seu período de mínimo solar está a durar mais tempo do que devia, mas para os físicos solares que analisam rotineiramente esses ciclos desde há séculos, ainda não é grave: o mínimo mais prolongado de que se tem registo é o Mínimo de Maunder (1645-1715), que durou um incrível período de 70 anos. Este longo período de acalmia coincidiu com uma Pequena Idade do Gelo, uma série de Invernos extraordinariamente duros no Hemisfério Norte da Terra, sobretudo na Europa.
Por razões que ninguém entende, o ciclo de manchas solares voltou no início do séc. XVIII e continuou desde então com o familiar período de 11 anos. Porque os físicos solares não compreendem o que motivou o Mínimo de Maunder ou exactamente como influiu no clima da Terra, há o receio de que um período semelhante esteja a acorrer de novo .
Existe um estudo controverso, proposto pela primeira vez em 1997 por investigadores dinamarqueses, que liga a quantidade de raios cósmicos à quantidade de nuvens na Terra: o bombardeamento de raios cósmicos na nossa atmosfera favorece a criação de nuvens. Se a heliosfera enfraquecer demasiado, é isso que vai acontecer: aumento de raios cósmicos e de nuvens. Aumentar a capa de nuvens significa bloquear a quantidade de raios solares que penetram a atmosfera. O topo das nuvens reflecte a luz do Sol de volta ao espaço e, consequentemente, a Terra arrefeceria.
LUZ SOLAR EMPURRA ASTERÓIDES
Novos estudos mostram como a luz solar realmente aumenta a rotação de asteróides, podendo desviá--los na direcção de planetas.
A luz é composta por minúsculas partículas, os fotões, e embora não tenham massa, ao tocarem numa determinada superfície e serem reflectidos, transmitem uma pequena energia de movimento, ou seja, empurram a superfície destes corpos celestes.
VENTO SOLAR NUNCA ESTEVE TÃO FRACO COMO AGORA
Desde que a intensidade do vento solar começou a ser observada, há uns 50 anos, no começo da era espacial, nunca esteve tão baixa (menos 20% desde meados da década de 90). O vento solar é responsável por criar uma bolha de proporções colossais, chamada heliosfera, que envolve e protege todo o Sistema Solar dos raios cósmicos de alta energia provenientes do restante Universo. Com essa perda de potência, a heliosfera encolhe e fica mais fina, facilitando a passagem dos raios cósmicos. O vento solar parece ser também o responsável por ‘arrancar’ a atmosfera de Marte, retirando-lhe uma enorme quantidade de ar.
ERUPÇÕES SOLARES GIGANTES
Uma erupção solar corresponde à libertação de uma enorme quantidade de energia – raios X, radiações ultravioleta, protões, electrões e iões pesados – que inicialmente se encontra armazenada sob a forma de energia magnética e que chega a ter o comprimento de meio milhão de quilómetros. E mesmo ‘em repouso’ emite sem parar milhares de toneladas de partículas magnéticas.
NOTAS
ESFERA IMPERFEITA
Durante os anos de alta actividade, o Sol desenvolve uma delgada pele de melão (protuberâncias brilhantes organizadas em forma de rede), o magnetismo de superfície, que aumenta significativamente o seu aparente achatamento, podendo afectar a atracção gravitacional sobre Mercúrio.
PORTAIS
Os investigadores, através das naves ‘Cluster’ e ‘Themis’, acabam de descobrir portais magnéticos que se formam muito acima da Terra e que podem ligar durante pouco tempo o nosso planeta ao Sol.
in CM on-line - ler notícia
NOTA: é uma pena que as notícias científicas não tenham revisão científica, pois esta notícia padece de algumas imperfeições: a figura que a ilustra fala da morte do Sol daqui a 7.590 milhões de anos, a parte da "esfera imperfeita" e dos "portais" parece ficção científica...
ADENDA: Faz hoje 10 anos que caiu um meteorito em Ourique, no Alentejo - sobre isto, nada...
Actividade solar: Um ano sem manchas
O ano ‘mais branco’ do Sol ameaça a Terra
O Sol, a estrela que nos aquece e ilumina, atravessa um inquietante período de acalmia. Há perto de três anos que poucas manchas e raras erupções solares caracterizam um astro que se tem revelado em constante mutação, sujeito às perturbações mais extremas. Só no início do passado mês, o Sol parece ter timidamente despertado da sua letargia com umas escassas e pequenas manchas, mas foi ‘sol de pouca dura’. Dizem os cientistas que, por enquanto, está tudo dentro das normas históricas do ciclo solar.
De facto, sabe-se que o Sol apresenta ciclos de actividade com uma periodicidade média de 11 anos (o período não é perfeitamente regular e pode oscilar entre os nove e os 14 anos) e parece que um novo ciclo solar poderá estar a começar. O seu período de mínimo solar está a durar mais tempo do que devia, mas para os físicos solares que analisam rotineiramente esses ciclos desde há séculos, ainda não é grave: o mínimo mais prolongado de que se tem registo é o Mínimo de Maunder (1645-1715), que durou um incrível período de 70 anos. Este longo período de acalmia coincidiu com uma Pequena Idade do Gelo, uma série de Invernos extraordinariamente duros no Hemisfério Norte da Terra, sobretudo na Europa.
Por razões que ninguém entende, o ciclo de manchas solares voltou no início do séc. XVIII e continuou desde então com o familiar período de 11 anos. Porque os físicos solares não compreendem o que motivou o Mínimo de Maunder ou exactamente como influiu no clima da Terra, há o receio de que um período semelhante esteja a acorrer de novo .
Existe um estudo controverso, proposto pela primeira vez em 1997 por investigadores dinamarqueses, que liga a quantidade de raios cósmicos à quantidade de nuvens na Terra: o bombardeamento de raios cósmicos na nossa atmosfera favorece a criação de nuvens. Se a heliosfera enfraquecer demasiado, é isso que vai acontecer: aumento de raios cósmicos e de nuvens. Aumentar a capa de nuvens significa bloquear a quantidade de raios solares que penetram a atmosfera. O topo das nuvens reflecte a luz do Sol de volta ao espaço e, consequentemente, a Terra arrefeceria.
LUZ SOLAR EMPURRA ASTERÓIDES
Novos estudos mostram como a luz solar realmente aumenta a rotação de asteróides, podendo desviá--los na direcção de planetas.
A luz é composta por minúsculas partículas, os fotões, e embora não tenham massa, ao tocarem numa determinada superfície e serem reflectidos, transmitem uma pequena energia de movimento, ou seja, empurram a superfície destes corpos celestes.
VENTO SOLAR NUNCA ESTEVE TÃO FRACO COMO AGORA
Desde que a intensidade do vento solar começou a ser observada, há uns 50 anos, no começo da era espacial, nunca esteve tão baixa (menos 20% desde meados da década de 90). O vento solar é responsável por criar uma bolha de proporções colossais, chamada heliosfera, que envolve e protege todo o Sistema Solar dos raios cósmicos de alta energia provenientes do restante Universo. Com essa perda de potência, a heliosfera encolhe e fica mais fina, facilitando a passagem dos raios cósmicos. O vento solar parece ser também o responsável por ‘arrancar’ a atmosfera de Marte, retirando-lhe uma enorme quantidade de ar.
ERUPÇÕES SOLARES GIGANTES
Uma erupção solar corresponde à libertação de uma enorme quantidade de energia – raios X, radiações ultravioleta, protões, electrões e iões pesados – que inicialmente se encontra armazenada sob a forma de energia magnética e que chega a ter o comprimento de meio milhão de quilómetros. E mesmo ‘em repouso’ emite sem parar milhares de toneladas de partículas magnéticas.
NOTAS
ESFERA IMPERFEITA
Durante os anos de alta actividade, o Sol desenvolve uma delgada pele de melão (protuberâncias brilhantes organizadas em forma de rede), o magnetismo de superfície, que aumenta significativamente o seu aparente achatamento, podendo afectar a atracção gravitacional sobre Mercúrio.
PORTAIS
Os investigadores, através das naves ‘Cluster’ e ‘Themis’, acabam de descobrir portais magnéticos que se formam muito acima da Terra e que podem ligar durante pouco tempo o nosso planeta ao Sol.
in CM on-line - ler notícia
NOTA: é uma pena que as notícias científicas não tenham revisão científica, pois esta notícia padece de algumas imperfeições: a figura que a ilustra fala da morte do Sol daqui a 7.590 milhões de anos, a parte da "esfera imperfeita" e dos "portais" parece ficção científica...
ADENDA: Faz hoje 10 anos que caiu um meteorito em Ourique, no Alentejo - sobre isto, nada...
2 comentários:
Caro amigo, cá o espero, se a terra não esfriar muito.
Caro Desambientado: seria um prazer estar consigo em Abril quando for à Terceira na minha Acção de Formação - temos de combinar um almoço ou jantar...
E tem de me dar uma dicas sobre algumas coisas da sua maravilhosa ilha...!
Enviar um comentário