terça-feira, setembro 11, 2007

Árvores de Interesse Público - Monumentos Vivos

Árvores de Interesse Público - Monumentos Vivos
2007-01-30 09:23:59Imagem relacionada com o assunto tratado

O que são árvores de interesse público?



São árvores que pelo seu porte, desenho, idade e raridade se distinguem dos outros exemplares. Também os motivos históricos ou culturais são factores a ter em conta.


Classificar é proteger.



Que condicionalismos e vantagens advêm da classificação?



A classificação de "interesse público" atribui ao arvoredo um estatuto similar ao do património construído classificado. Desta forma, as árvores e os maciços arbóreos classificados de interesse público constituem um património de elevadíssimo valor ecológico, paisagístico, cultural e histórico, em grande medida desconhecida da população portuguesa.


Dragoeiro - Quinta do Jardim, Oeiras


Uma árvore classificada de “interesse público” beneficia de uma zona de protecção de 50 metros de raio a contar da sua base.




Castanheiro, Vilar dos Ossos, Vinhais



Alameda dos Freixos, E.N. 246-1, Marvão


Toda a árvore de interesse público não poderá ser cortada ou desramada sem autorização prévia da Direcção-Geral dos Recursos Florestais, sendo todos os trabalhos efectuados sob sua orientação técnica.


Pineiro manso, Areias de S. João, Estoril


Pelo Decreto-Lei nº 28468 de 15/02/38, a Direcção-Geral dos Recursos Florestais classifica árvores que merecem a designação de “Interesse Público” com publicação na página da internet desta Direcção-Geral.



Sobreiro, Chaparral do Mendonça, Águas de Moura


Se conhece algum exemplar ou algum conjunto de árvores que julgue digno de serem preservados, dirija-se-nos, indicando a sua localização e, se possível, enviando fotografias.


Evite a destruição de algo insubstituível!


Esteja a tento!


Colabore!




Direcção-Geral dos Recursos Florestais


Divisão de Protecção e Conservação Florestal


Avenida João Crisóstomo, 28


1069-040 LISBOA


Telef: 21 312 48 00


E-mail info@dgrf.min-agricultura.pt



Informação retirada do site da Direcção-Geral dos Recursos Florestais - ver in situ.

Barreira para salvar o Mosteiro da Batalha

Barreira à poluição para salvar mosteiro

Helena Simão, Henriques da Cunha


Especialistas têm alertado para impacto dos gases e da trepidação dos milhares de veículos que passam diariamente junto do monumento





O impacto do Itinerário Complementar (IC) 2, com um corredor situado a escassos metros do Mosteiro da Batalha, vai ser analisado pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil. Os gases poluentes libertados e a trepidação causada pelos milhares de veículos, que diariamente passam junto ao monumento, classificado Património Mundial pela UNESCO, são preocupações antigas de inúmeros especialistas que realçam a fragilidade daquele templo. Os apoios comunitários, através do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), podem finalmente minimizar o problema.


O presidente do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR), Elísio Summavielle, confirmou, ao JN, que o assunto é considerado prioritário, adiantando estar a ser analisado em parceria com a Estradas de Portugal (EP). O ideal, defende, "é que seja construída o mais rapidamente possível uma nova variante naquela zona, que desvie o trânsito", projecto já concluído pela EP, mas ainda sem data para avançar.

Face às óbvias limitações financeiras, procuram-se alternativas mais baratas. O responsável pelo IGESPAR refere que "a possibilidade de criar barreiras (como a colocação de árvores) à poluição vai ser estudada. Em paralelo, a preservação deste monumento, a par com o Mosteiro de Alcobaça e o Convento de Cristo em Tomar, também classificados pela UNESCO, vai ser alvo de uma estratégia conjunta para captar financiamento do QREN, anunciou Elísio Summavielle.

O responsável garante que desta vez o assunto não vai ficar na gaveta, referindo-se a um estudo semelhante, elaborado na década de 80 e que já alertava para o "cancro" da pedra exterior do mosteiro, embora não tenha originado nenhuma intervenção.

O presidente da Câmara da Batalha, António Lucas, está a acompanhar o processo, revelando que, no que respeita à envolvente do monumento, "há uma série de projectos em curso". "Estamos a tentar chegar a um entendimento com o IGESPAR", disse, optando por não adiantar mais pormenores. Quanto à variante do IC2, o autarca espera que as obras se iniciem em breve, "sob pena de o mosteiro deixar de ser Património da Humanidade". "Foi uma exigência da UNESCO a retirada da estrada", lembrou.

Contactada, a EP não forneceu quaisquer esclarecimentos.

in JN - ver notícia



"Monumento é bastante sensível"


Todas as conclusões dos especialistas apontam no sentido de que a poluição está a deteriorar o mosteiro, não só a pedra, como também os vitrais, que são de extrema importância, e as madeiras. Os impactos negativos não são causados unicamente pelos veículos que passam no IC2, e que libertam gases e causam vibrações, mas também pelo tráfego aéreo, pelo ruído, que pode ter origem em festas, e até pelo lançamento de foguetes. Há uma série de factores que põem em causa a longevidade do mosteiro, que todos queremos que continue de pé nos próximos séculos. Estes são os humanos, mas há os naturais, como o vento a que está exposta sobretudo a ala Norte e o salitre, devido à proximidade do mar. O monumento é bastante sensível.

in
JN - ver notícia

Conto: O menino que atirava pedras à lua

Do amigo contista Paulo Kellerman, com a devida vénia, publicamos o seguinte conto.

O menino que atirava pedras à lua

Paulo Kellerman

Havia na Floresta das Borboletas um menino que todas as noites se escondia atrás das árvores e atirava pedras à lua. Não o fazia por maldade mas apenas porque sentia curiosidade e queria ver o que acontecia. Mas claro que não aconteceu nada; e ele fartou-se de atirar pedras.

Foi então que, um dia, enquanto toda a família jantava, começaram a falar da lua na televisão; disseram que um astronauta, o primeiro que por lá passeava (chamava-se senhor Neil), tinha descoberto muitas pedras, pequeninas e redondas, espalhadas por todo o lado; e o que era mais curioso, explicou o senhor da televisão, é que as pedras eram iguaizinhas às que havia no planeta Terra.

Nessa noite, o menino foi para a cama muito preocupado, e até com algum receio. Porque sabia que as pedras que o senhor Neil encontrou estavam lá porque ele as atirou; ficou mesmo com medo, a tentar imaginar o castigo que os pais lhe arranjariam quando descobrissem que ele estragara a lua, à pedrada.


Post em estereofonia com o Blog AstroLeiria.

Ciência ao Natural - os trabalhos (de campo...) de um Paleontólogo

No Blog Ciência ao Natural, do paleontólogo Luís Azevedo Rodrigues, foram publicados quatro posts sobre os seus trabalhos de campo na Patagónia que merecem uma leitura atenta e uma cuidada observação das fotografias. O último desses posts começa assim:

"Iniciámos hoje a prospecção na vertente norte. Íamos a caminho quando fomos chamados via rádio. “Los portugueses están por allí?”, alguém do Museo de Zapala tinha encontrado aquilo que pareciam ser pegadas de dinossáurio e pediam ajuda à única especialista presente – Vanda Santos.
Dirigimo-nos para o local, a cerca de 30 minutos de caminho. Chegados ao ponto indicado pensámos: “Mas como é que eles lá foram parar?”. Cem metros abaixo, numa vertente com uma inclinação enorme víamos os nossos companheiros que nos acenavam. Iniciámos a longa descida, fazendo lentos e demorados ziguezagues para evitarmos a queda certa. Vanda só me lembrava que nem quando esteve suspensa por cabos a estudar as pegadas do Cabo Espichel teve tanto medo …"

Ler mais em:

Pelos caminhos do “Partimónio”

Do Blog Grande Loja do Queijo Limiano (que merece da minha parte leitura diária...) publicamos o seguinte post, de autoria do blogger Gomez, que ilustra perfeitamente o estado a que chegámos:


Em Reguengos de Monsaraz alargou-se uma estrada. Obra bonita e de préstimo. O diabo é que, pelos vistos, o milenar Menir de Santa Margarida estava no sítio errado. Para não interferir com a circulação dos veículos, a solução foi a que está à vista. Obra asseada, com um corte perfeito, na vertical da extremidade da via. As autoridades do Partimónio estão de consciência tranquila. Afinal, o menir até já tinha sido classificado como Imóvel de Interesse Público...

segunda-feira, setembro 10, 2007

Vulcão dos Capelinhos - 27.09.1957

Faltam 16 dias...!

Sugestão - consultar:


Eclipse de amanhã

Do Blog AstroLeiria publicamos o seguinte post:

Amanhã, dia 11.09.2007, ocorre um eclipse parcial do Sol do qual já falámos. Para quem não puder ir ao Chimico em Coimbra, sugere-se a visita ao site da Asociación Argentina "Amigos de la Astronomía", que transmitirá on-line o eclipse (se não chover lá, como parece que irá acontecer...). Para seguirem o eclipse no seu site é só irem à seguinte página, com filme ao vivo e publicação de fotos:

http://www.aaaa.org.ar/eclipse/index.html

domingo, setembro 09, 2007

Página da Internet da AESDA

Aqui fica a informação: há uma interessante página nova na Internet de um grupo de Espeleologia (da AESDA - Associação de Estudos Subterrâneos e Defesa do Ambiente, com sede em Torres Vedras) da qual publicamos alguns textos (ver a página AQUI):


Fundada em 1992, a AESDA (Associação de Estudos Subterrâneos e Defesa do Ambiente) é uma entidade associativa, sem fins lucrativos, destinada ao desenvolvimento de actividades relacionadas com a Espeleologia e a Defesa do Ambiente.

O principal objectivo desta Associação consiste em pesquisar e estudar as cavidades subterrâneas, em particular as de génese natural (grutas, algares) mas também as resultantes da acção humana, tais como minas ou criptas. Defender o património natural e construído, em particular no que se relaciona com o meio subterrâneo, é outro dos preceitos fundamentais que regem a actuação da AESDA. Pretende-se, igualmente, contribuir para o desenvolvimento das diversas disciplinas técnicas e científicas ligadas à actividade espeleológica.

A componente de intervenção social é também valorizada no âmbito da AESDA. Recorrendo ao meio subterrâneo, são promovidas acções pedagógicas e de sensibilização dirigidas a todos os interessados, mas sobretudo a estudantes e a grupos sociais de risco complementando projectos de integração social ou de prevenção à marginalidade.


BREVE HISTORIAL DA AESDA

Os primeiros tempos

Antes da existência da AESDA, os elementos que a viriam a constituir promoviam, há já alguns anos, actividades de Espeleologia, então sob a égide do Espeleo Clube de Torres Vedras (ECTV). De entre os espeleólogos mais activos destacou-se um grupo que acarinhava ideias e objectivos espeleológicos bem definidos e que pretendia reunir as condições necessárias para a exequibilidade dos projectos preconizados, que poderiam realizar-se no quadro de um novo espaço associativo subordinado à actividade espeleológica. A AESDA foi oficialmente fundada no dia 11 de Setembro de 1992, formando-se, assim, a entidade jurídica que viria a possibilitar a realização dos projectos almejados (DR – III série, n.º 255, de 04/11/1992).

As conquistas iniciais

Os anos iniciais foram marcados por grandes dificuldades, mas, também, por importantes descobertas. Sem uma sede oficial nem equipamento colectivo, a AESDA era mantida apenas com os recursos dos associados. O facto de ter surgido uma nova associação de espeleologia em Torres Vedras, onde já se encontrava solidamente implantado outro organismo do mesmo tipo, dificultava a obtenção dos necessários apoios da parte dos poderes locais e de outros potenciais financiadores. No entanto, rapidamente se deram importantes aquisições humanas que vieram reforçar o contingente associativo e a capacidade de trabalho. Os resultados não se fizeram esperar. Nesta fase inicial fizeram-se importantes recolhas bioespeleológicas, sendo de destacar a conclusão do trabalho que havia sido iniciado ainda no ECTV sobre ectoparasitas dos morcegos (7). De entre os invertebrados recolhidos, um tisanuro (Coletinia mendesi) mereceu particular atenção. Proveniente da Gruta de Colaride (Cacém), foi entregue para estudo no Centro de Zoologia do Instituto de Investigação Científica Tropical. Trata-se de uma espécie que, até então, tinha sido referenciada apenas no Algarve e em Córdoba (3).

Em Junho de 1993, na sequência de uma série de prospecções espeleológicas desenvolvidas na Serra de Montejunto, foram localizadas e desobstruídas diversas cavidades até então desconhecidas. Uma destas revelou-se de grande importância ao nível arqueológico, atendendo ao seu aproveitamento como necrópole em período Neolítico (6). Os testemunhos arqueológicos aí existentes, com perto de cinco mil anos de antiguidade, correspondem às ossadas de mais de 120 indivíduos acompanhados de inúmeros artefactos de pedra polida ou lascada, de osso, de concha e alguma cerâmica. Esta descoberta levou ao estabelecimento de colaborações com o Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR) e com o Instituto Português de Arqueologia (IPA). A partir de 1994, estas instituições (primeiro o IPPAR e depois o IPA) promoveram sucessivas campanhas de trabalhos arqueológicos na gruta, contando com a participação efectiva de elementos da AESDA (1 e 2).

Ainda nesses primeiros anos de 1992/93, foi realizado o inventário e levantamento topográfico das grutas dos Cucos, em Torres Vedras. Prosseguiram também os trabalhos de exploração e topografia subterrânea nas minas auríferas romanas de Valongo. As pesquisas nestas minas levaram à descoberta de um conjunto de galerias com mais de seiscentos metros, cuja existência se pensava lendária.

Paralelamente aos trabalhos de investigação, realizaram-se as primeiras actividades que ligaram a prática espeleológica à acção pedagógica e social, salientando-se a colaboração no Projecto Joventura, de prevenção à toxicodependência, apoiado pela Câmara Municipal de Lisboa e pela Freguesia de Benfica (5).

Um dos passos mais significativos para a evolução da AESDA deveu-se à boa vontade dos sócios da firma FAS – Francisco António da Silva, Imobiliária, S.A., que cederam, a título gracioso, instalações para a constituição da sede, através de um protocolo assinado em Janeiro de 1994. A cedência foi posteriormente reiterada, permitindo uma mais sólida implantação da AESDA e uma muito mais eficaz gestão dos recursos.

A consolidação

Os dois anos que se seguiram (1994/95) foram marcados pela continuação dos trabalhos já iniciados na Serra de Montejunto e nas minas de Valongo. A necrópole pré-histórica do Algar do Bom Santo foi alvo de um documentário produzido pela RTP, intitulado “Terra Humana” (1995), da autoria de Paulo Costa, que contou com a colaboração de associados. O ano de 1995 teve particular significado na história da AESDA, uma vez que corresponde à data de edição do primeiro número do Trogle, o tão ambicionado meio de edição e divulgação dos trabalhos realizados no âmbito desta Associação. Mais uma vez, tal etapa só foi atingida graças à oportuna solicitude de uma empresa torreense, desta vez a Sogratol – Sociedade Gráfica Torreense. Na realidade, a reduzida formação académica de então dos jovens autores não os fez recuar face ao imperativo da publicação dos trabalhos, para que não se tornassem infrutíferos os esforços até aí despendidos. Esta primeira edição permitiu afastar as dúvidas ainda existentes, particularmente ao nível dos poderes públicos, sobre a capacidade de trabalho da AESDA.

De seguida, registou-se um notável avanço na topografia das minas de Valongo onde, em Outubro de 1999, se deu um acidente grave mas com final feliz (9). Verificou-se a continuidade da colaboração nos trabalhos arqueológicos no Algar do Bom Santo e prosseguiram as tarefas de inventariação, prospecção e desobstrução na Serra de Montejunto e no Planalto das Cesaredas. Só em 1998 se reuniram as condições para lançar o segundo número do boletim Trogle, com os resultados dos trabalhos realizados em Valongo, no Algar do Bom Santo e, extraído da gaveta dos primeiros trabalhos, o inventário das grutas dos Cucos.

Os tempos mais recentes

Com a entrada no novo milénio notou-se um incremento muito significativo nas pesquisas. Prosseguiram as expedições às minas romanas de Valongo. Tendo em mente a continuação do inventário e cadastro das grutas de Torres Vedras, iniciou-se um levantamento topográfico nas pequenas lapas da Maceira, as quais se revelaram afinal um espantoso labirinto com cerca de 900 metros de galerias anastomosadas. Tal situação motivou a preparação de um estudo mais abrangente que incidiu sobre as componentes geológicas e arqueológicas do local (8 e 10).

A dinâmica atingida neste período possibilitou a edição dos números três e quatro do Trogle, em regime anual (2001 e 2002). Nestas edições, a revista foi prestigiada com participações externas à Associação, nomeadamente um artigo sobre morcegos cavernícolas (11) e outro referente à célebre Gruta do Frade (4).

As actividades da AESDA nas grandes grutas do Maciço Calcário Estremenho remontam aos tempos da fundação mas davam-se de modo pontual e raramente com perspectivas de trabalho continuado. No século XXI, estas saídas de campo começaram a tornar-se mais frequentes e enquadradas em perspectivas mais ambiciosas. Foram desobstruídas diversas cavidades totalmente inexploradas, frequentemente com poços verticais de algumas dezenas de metros, em alguns casos com espólio paleontológico (trabalho ainda inédito). Em 2003, no decurso de uma visita de reconhecimento ao mais profundo algar conhecido em Portugal, o Algar da Manga Larga, realizou-se um levantamento fotográfico. Entre as imagens obtidas no interior da gruta, algumas mostram em detalhe uma ossada de carnívoro. A análise pormenorizada das imagens permitiu perceber que se trata de um grande felídeo, conferindo anatomicamente com o leopardo, espécie que, segundo tudo indica, desapareceu da Europa há mais de 10.000 anos. A AESDA tomou de imediato as medidas necessárias para salvaguardar os raros testemunhos e promover o seu estudo à luz da ciência. A evolução deste trabalho tem sido divulgada no meio espeleológico nacional e internacional.

As exposições subordinadas à Espeleologia e à fotografia subterrânea foram-se realizando regularmente ao longo da história da AESDA, em eventos como a Festa da Juventude (Instituto da Juventude), a Feira de S. Pedro (Torres Vedras) ou nas comemorações dos aniversários desta Associação. Em Novembro de 2003, na celebração do 11º aniversário, realizou-se um ciclo de palestras sobre os mais importantes trabalhos realizados, abrilhantado com uma exposição de fotografia subterrânea a que se deu o nome de: Modernos Trogloditas – uma década de explorações subterrâneas.

Os anos mais recentes denotam uma interrupção prolongada ao nível da edição do Trogle, cujo n.º 5 saiu apenas em 2007. Em contrapartida, a divulgação fez-se em eventos de Espeleologia nacionais e internacionais. A AESDA participou com três comunicações no 13º Congresso Internacional de Espeleologia, no Brasil (2001), e com uma comunicação sobre a ossada de leopardo do Algar da Manga Larga, no 14º Congresso Internacional de Espeleologia, na Grécia (2005). Ao nível nacional, este último trabalho foi sucessivamente apresentado no Espeleo Congresso 2003, no IV Congresso Nacional de Espeleologia e no já referido Ciclo de Palestras, juntamente com outros trabalhos.

O complexo cársico de Ibn Ammar, na foz do rio Arade, tem sido alvo dos mais recentes trabalhos de exploração, desobstrução e topografia. Este projecto marca uma importante expansão para sul da área geográfica de actuação da AESDA.

Um dos aspectos de maior relevância da actividade recente da AESDA tem a ver com os contactos inter-associativos entretanto estabelecidos. Têm-se realizado recentemente actividades de colaboração entre a AESDA e outras associações portuguesas de espeleologia.

Bibliografia citada:

1 - Duarte, Cidália (1998a) – Escavações arqueológicas no Algar do Bom Santo. Trogle, 2: 9-15.
2 - Duarte, Cidália (1998b) – Necrópole neolítica do Algar do Bom Santo (contexto cronológico e espaço funerário). Revista Portuguesa de Arqueologia, 1 (2): 107-118.
3 - Mendes, Luís F. (1996) – Further data on the Nicoletidae (Zygentoma), with description of a new species from Mauritius. Revue Suisse de Zoologie, 103 (3): 749-756.
4 - Mendes, José R. & Matos, Soraia, C.; NECA-Núcleo de Espeleologia da Costa Azul (2002) – Gruta do Frade – o tesouro da Costa Azul, um monumento a preservar. Trole, 4: 22-29.
5 - Regala, F. Tátá (1994) – Jovens de Lisboa descobrem a Serra de Montejunto. Badaladas, 07 de Janeiro: 4, Torres Vedras.
6 - Regala, F. Tátá (1995) – Montejunto revela necrópole neolítica de importância mundial. Trogle, 1: 14-15.
7 - Regala, F. Tátá & Mergulho, Rui (1995) – Notícia da recolha de exemplares do Ixodes (Eschatocephalus) vespertilionis (Acarina, Ixodidae). Trogle,1:16-18.

sábado, setembro 08, 2007

Eclipse Solar no Museu da Ciência - Coimbra

Informação recebida do Museu da Ciência da Universidade de Coimbra:

No dia 11 de Setembro de 2007, Terça-Feira,vai ocorrer um eclipse solar parcial, visível apenas em algumas zonas do Hemisfério Sul. O Museu da Ciência da Universidade de Coimbra vai transmitir o eclipse solar em directo, explicado e comentado por João Fernandes, do Departamento de Matemática e Observatório Astronómico da Universidade de Coimbra. Para os mais pequenos, vão decorrer ateliers de astronomia durante todo o dia.


Programa:

11H00 – 14H00 - Transmissão do eclipse parcial no anfiteatro do museu.

12H00 - Palestra sobre eclipses solares pelo Professor João Fernandes, do Departamento de Matemática e Observatório Astronómico da Universidade de Coimbra.

11H00 – 18H00 - Ateliers para crianças a partir dos 4 anos, relacionados com os temas dos eclipses e da astronomia.

11H00- O que é um eclipse?
Quem tapou o Sol? Vem saber o que acontece durante um eclipse e por que razão ele não se vê em todo o Mundo.
Público-alvo: ≥ 4 anos

11H00- O Meu Sistema Solar
Os planetas serão todos iguais? Com plasticina e outros materiais, vem construir um Sistema Solar, conhecer as diferentes características dos astros e quais as distâncias que os separam do Sol.
Público-alvo: ≥ 4 anos

15H00- Pedro e o Quadrante
Como se orientavam os marinheiros no meio do mar? Vem construir um instrumento de navegação e saber como é que, com o Sol e outras estrelas, os marinheiros não perdiam o Norte.
Público-alvo: ≥ 6 anos

15H00- Que horas são?
Como ver as horas sem relógio? Com um astrolábio, uma bússola e um relógio de Sol, vem descobrir que horas são.
Público-alvo: ≥ 11 anos

Mais informações:
Museu da Ciência | Laboratorio Chimico | Largo Marquês de Pombal | 3000-272 Coimbra
Tel. 239.854350 | Fax 239.854359 | E-mail geral@museudaciencia.pt

Fonte: Blog De Rerum Natura

sexta-feira, setembro 07, 2007

As plantas e as pessoas


Ciclo de Palestras "As Plantas e as Pessoas"

Na segunda quarta-feira de cada mês de 2007, entre as 18:00 e as 19:00 horas, no Anfiteatro do Departamento de Botânica da Universidade de Coimbra, serão apresentados diversos acontecimentos e relacionamentos entre as plantas e as pessoas, de acordo com a agenda anexa:

As plantas bíblicas e as pessoas
Dia 12 de Setembro às 18 h.
Jorge Paiva (Departamento de Botânica - Universidade de Coimbra)


As plantas aromáticas e medicinais e as pessoas
10 de Outubro de 2007
Lígia Salgueiro (Faculdade de Farmácia - Universidade de Coimbra)


Cogumelos silvestres: relevância ecológica e gastronómica
14 de Novembro de 2007
Maria Teresa Gonçalves (Departamento de Botânica - Universidade de Coimbra)


O grão de pólen, as plantas e as pessoas
12 de Dezembro de 2007
António Pereira Coutinho & Augusto Dinis (Departamento de Botânica. - Universidade de Coimbra)


Fonte: Blog De Rerum Natura

Fossil Challenge – os Prémios finais


Vamos agora atribuir os prémios finais da actividade:

Prémio "Estromatólito de Ouro" e "Viva a Académica...!" - Professor Doutor António Ferreira Soares (in absentia entregue ao Doutor Pedro Callapez)

Prémio "Geoconservação" - Doutora Helena Henriques (in absentia entregue ao Doutor Pedro Callapez)

Prémio "Geometralha do Ano" - Doutor Pedro Calapez

Prémio "Futuro Paleontólogo" - João Martins

Prémio "Cidade com bom gosto a escolher nomes de Ruas" - Figueira da Foz

Prémio "Observadores de Luxo" - Doutores Saraiva e Regêncio Macedo

Prémio "Nunca tinha apanhado um fóssil..." - Luís Dias

Prémio "Simpatia" - todos os participantes do evento, em particular os que trouxeram queijo, vinho, cerveja e leitão...



Adenda: foi ainda feito um sorteio adicional e os Doutores Callapez, Regêncio Macedo e Saraiva (e respectivas famílias) ganharam ainda uma ida a Vila Franca das Naves, em regime de meia-pensão, para apreciar gastronomia, ver Aldeias Históricas e barragens. Há gente com sorte...!

Fossil Challenge – Fotos em S. Pedro de Moel








Fossil Challenge – Fotos na Serra da Boa Viagem

Vista da cidade da Figueira da Foz:


Vistas do Miradouro da Bandeira:



Almoço:



Laje com fósseis de amonites gigantes e belemnites:



Fossil Challenge – Fotos do Cabo Mondego

Escutando o Mestre, com o João armado em geólogo...?

Fósseis em tempestito?

Corais e outros fósseis
Parte do grupo

Escamas de peixe?

Camada de carvão


FOTOS ANTIGAS MINHAS (Visitas com alunos do ISLA LEIRIA):




Foto da Ana Rola da pegada perdida...

Fossil Challenge – I Safari fotográfico da rota dos fósseis perdidos

Participei, em 04.09.2007, com o meu filho e dois sobrinhos, na actividade da Geologia no Verão 2007 da Ciência Viva que dá nome a este post. O Fossil Challenge – I Safari fotográfico da rota dos fósseis perdidos, organizado pelo Professor Doutor (e amigo...) Pedro Callapez, do nosso Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Coimbra e agora nosso companheiro blogger, era assim descrito no site da Ciência Viva: "O extraordinário património natural da região centro litoral é aproveitado para um safari fotográfico nalguns dos locais mais emblemáticos do Jurássico, Cretácico e Cenozóico. Os participantes são convidados a desenvolver actividades e a observar fósseis, rochas e paisagens fantásticas, numa viagem ao passado e às profundas transformações ambientais que a Terra sofreu." Como nota era referido "A acção destina-se a grupos de participantes com recurso a viatura própria. Solicita-se também que venham munidos de máquina fotográfica."

Depois de um atraso de 25 minutos, lá chegámos à entrada da Marina da Figueira da Foz, onde encontrámos os outros participantes. Aqui tivemos as primeiras surpresas: duas ex-alunas da ESEL (Escola Superior de Educação de Leiria) do colega geólogo Mário Acácio e ainda o Doutor Carlos Regêncio Macedo, Professor Associado Reformado do DCT/UC e o Professor Doutor António Luís Almeida Saraiva, nossos ex-professores e amigos destas andanças da Geologias, também se tinham inscrito (e assim o meu Joãozinho pode mais uma vez conviver com o Doutor Saraiva...). Fomos de seguida até ao Cabo Mondego, onde, à sombra da Fábrica de Cal, recebemos as nossas t-shirt's oficiais do evento - viva o luxo...! A explicação da geologia local levou-nos até à beira-mar, passando pela camada com muitos fósseis de bivalves, pela camada com corais e pela camada com carvão, até ao molde da pegada de Megalossaurus. Foi um sucesso - ninguém partiu uma perna, apesar das manhosas algas escorregadias...! As restantes pegadas foram por nós observadas já perto dos carros.


Depois fomos às compras de almoço (parámos na Rua Paul Choffat...!) e seguimos para o Miradouro da Bandeiro, almoçando de seguida num parque de merendas próximo. Em seguida fomos em direcção à Figueira da Foz, da qual tirámos fotografias esplêndidas a partir de um Miradouro na Serra, apanhámos fósseis em um talude com gigantescas Amonites e num local com imensas amonites e outros fósseis. Pulámos a Salmanha (pelo calor seria difícil de fazer...) e fomos para a Praia Norte de S. Pedro de Moel, onde vimos falhas/dobras, fósseis de estromatólitos e camadas riquíssimas em fósseis. Depois foi-nos posto um último desafio, antes de recebermos o diploma de Paleontólogo de campo (que suscitou algumas dúvidas, pois não se sabe se teria sido aprovado pelas autoridades competentes na matéria...). Foi um dia fantástico...!

Outras fotos serão colocadas nos seguintes posts, complementadas com outras fotos antigas minhas e por outras que me enviem (falta-me uma boa da pegada de Megalossaurus que fomos ver e outra das duas pegadas que vimos junto à fábrica...). Haja para aí uma alma caridosa...

4th European Speleological Congress

Grouped registration before 31st of October to Vercors 2008 for Clubs and Federations :

4th European Speleological Congress

23-30 August 2008 – Lans-en-Vercors (France)

Before speaking below about the SpeleoBar, as you might already know, Vercors 2008 will be the big European meeting of the year 2008 which will combine a friendly and festive spirit with quality exchanges, presentations and round-tables. With its dozen of European-wide events, its 25 themes of sessions, the numerous animations and the 1500 cavers expected from more than 30 European countries, Vercors 2008 is a unique event that one lives only once in life (all the details on www.vercors2008.eu ).

In order to enable the largest number of cavers to participate to this big European meeting, at the best price, we invite every clubs, local committees and national federations or commissions to book in advance, as soon as possible, their grouped registrations a the lowest fare (25 and 38 euros for the whole week), before the 31st of October 2007. You can book right now the registrations by bank card, or international transfer : all the details on the fares and payment on : http://vercors2008.eu/registration.htm or by email at contact.vercors2008@ffspeleo.fr

This enables to the Clubs, Local Committees, National Commissions and Federations to book registrations at the best fare for their members in a non-naming way. As soon as you know which members will come, you just have to send us an email to contact.vercors2008@ffspeleo.fr with the proper information (name, email and full or reduced fare) for the cavers having confirmed their participation.

And if someone can not come, it is possible to transfer freely the registration to another person indicating who replace who. It is also possible to register individually, and the same rules of free transfer apply in case of no possibility to come.


SPELEOBAR: Coming directly from Casola, one of the biggest place of Vercors 2008 will of course be the famous SpeleoBar. In order to share the solid and liquid « Cuisine » of your country with the 1500 European cavers expected, and also to fill the purse of your club, we invite you to book your SpeleoBar stand when you register. On your stand you’ll propose all the hot and cold dishes you like to prepare, saling them to the participants at a price between 2 to 5 euros for the dishes and 0.50 to 2 euros for the beverages. The price for a SpeleoBar stand is 75 euros for the week (or 40 euros for the half week). Everything is planned for heating, refrigerating and their is even a supermarket at 5 minutes from the village. And if you wish, you can gather 2 or several clubs to held your Cuisine stand. You prepare food and beverages for the cavers of Vercors 2008, you make exchanges and meet people, you try beverages that came from elsewhere … In a word, holding a stand at the SpeleoBar, it’s an unforgettable experience … All the details on http://vercors2008.eu/stands.htm#stands

The Organisation Committee of Vercors 2008 wish you a nice autumn full of explorations.

Should have any questions, please let us know at : contact.vercors2008@ffspeleo.fr and see you soon at Vercors 2008.


Organisation Committee of Vercors 2008

Contact :

Olivier Vidal

Tel : +33 (0)6 81 61 16 70

Email : contact.vercors2008@ffspeleo.fr

Website Vercors 2008 : http://www.vercors2008.eu

1° Circular : http://www.vercors2008.eu/presentation.htm#circulars

Forums : http://fsue.org/forums/

Percurso Pedestre Pedrogão/Lagoa da Ervedeira



Última chamada para o percurso pedestre deste Sábado...

De acordo com o programa previsto , realiza-se este Sábado mais um percurso pedestre do NEL - Núcleo de Espeleologia de Leiria, entre o Pedrógão e a Lagoa da Ervideira.

Local de partida e de chegada: Igreja St.º Agostinho
Hora de saída: 08.30 horas
Hora de Chegada (prevista): 13.30 horas
Dificuldade: Baixa/média (Distância: 13Km | Desnível altimétrico:25 metros)

Recomenda-se o uso de roupa e calçado adequados a esforço físico, assim como o uso de protectores solares eficazes: Chapéu/boné, óculos de Sol ou protecção equivalente e protector solar para a pele. Sugere-se ainda que os participantes levem consigo água potável e comida para refeição ligeira.

Sugere-se ainda a indumentária necessária para um banho na Lagoa ou no mar... a meteorologia promete!

ADENDA: pra fazer o download do folheto (pdf) clicar AQUI.

Palestra sobre o Tsunami de Banda Aceh

Recebemos, via mailing-list da GEOPOR, um pedido de divulgação de actividade geológica:


Informam-se os interessados para uma palestra sobre Estudos Sedimentológicos dos sedimentos associados ao Tsunami de Banda Aceh (Samatra, Indonésia) a realizar no próximo dia 11 de Setembro (Terça-feira) na FCUL.


Imagem original AQUI.

Centro de Ciência Júnior à distância de um click

Recebemos o pedido de divulgação de uma Instituição que nos parece bastante interessante para visitas de estudo das nossas Escolas:

O Centro de Ciência Júnior vai iniciar as suas actividades com o começo deste ano lectivo. O nosso objectivo é promover o ensino experimental das Biociências desde o 1º ciclo do ensino básico.

Foi lançado o site www.centrocienciajunior.com. Ou www.biocas.net, em homenagem às nossas mascotes, a dupla de Biocas. Desde os mais pequenos aos mais crescidos, todos vão encontrar algo novo e divertido para aprender. E os professores vão poder consultar aqui as actividades do Centro e fazer as suas reservas.

É ainda de notar que as actividades são gratuitas...!

quinta-feira, setembro 06, 2007

IV Workshop Comunicar Ciência


De 19 a 22 de Setembro de 2007 vai realizar-se no Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) e no Museu de Ciência, em Coimbra, o quarto workshop “Comunicar Ciência”. Este workshop é dirigido a cientistas portugueses de todas as áreas de investigação e tem como objectivo principal melhorar a comunicação entre os investigadores científicos portugueses, os meios de comunicação e o público.

Este ano, o Comunicar Ciência seguirá os mesmos moldes dos seus antecessores, que tiveram lugar no IGC, em Setembro de 2003 e 2005 e no IBMC em 2006. Desta feita, a organização mantém-se a cargo de Sofia J. Araújo, Mónica Bettencourt Dias e Ana Godinho, e também de Susana Lamas (Setepés, Comunicar Ciência), Sílvio Mendes (Associação Viver a Ciência, Comunicar Ciência) e Cláudia Pereira (CNC, Coimbra).

16 cientistas portugueses participarão em três dias e meio de actividades abrangendo as várias vertentes da comunicação de Ciência para audiências não técnicas. Em suma, aprenderão a escrever comunicados de imprensa e notícias científicas, como preparar/agir durante uma entrevista e como comunicar e organizar actividades para/com vários públicos. Analisarão também várias formas de comunicar situações de risco em ciência.

As inscrições estão abertas até ao final do dia de hoje (prazo alargado) e podem ser feitas através do envio de um CV e curta carta de motivação para info@comunicar-ciencia.org.


Fonte: Blog De Rerum Natura