quarta-feira, fevereiro 08, 2006
Descoberto dinossauro saurópode na Lourinhã
terça-feira, fevereiro 07, 2006
Fotos da Astrofesta
Esta actividade, organizada pelo Núcleo de Astronomia Galileu Galilei da Escola EB 2.3 Dr. Correia Mateus, Clube de Astronomia do Colégio Conciliar de Maria Imaculada (Cruz da Areia) e Clube de Astronomia da Escola EB 2.3 D. Dinis, teve a presença de cerca de 40 pessoas que, durante cerca de hora e meia (a partir das 10.00 horas alguma alta nebulosidade impediram uma observação com qualidade, para além do facto de temperatura convidar à partida...) puderam observar a Lua, Marte, Saturno, diversas constelações e estrelas, a nebulosa de Orion (esta mal, por causa da atmosfera) e outros.
Aqui fica uma pequena amostra fotográfica do que vimos:
Palestras na Lourinhã
“Dinosaurios de Teruel (Jurásico Superior-Cretácico Inferior) (España)”
(Rafael Royo Torres)
Rafael Royo Torres é um dos paleontólogos e responsáveis pelo complexo Dinopolis, em Teruel, Espanha. É doutorado em Paleontologia, especialista em dinossauros saurópodes. Estudou o saurópode de Peñarroya de Tantavins do Cretácico Inferior e tem publicado vários artigos sobre saurópodes de Espanha.
Teruel tem um registo amplo e que inclui várias idades do Jurássico Inferior ao Cretácico Médio. Na área foram descobertos ovos, pegadas e esqueletos e são conhecidos saurópodes (dois géneros), terópodes, estegossauros e ornitópodes.
“Dinópolis (Teruel, España) una experiencia educativa y de desarrollo local desde la paleontología”
(Alberto Cobos)
Alberto Cobos é um dos paleontólogos e responsáveis pelo complexo Dinopolis, em Teruel, Espanha. Especialista de património como recurso turístico e social. Estuda dinossauros de Teruel. Publicou sobre pegadas e valorização de jazidas.
Porquê um projecto como Dinopolis? Teruel está numa zona deprimida e o projecto Dinopolis faz desenvolver os recursos paleontológicos da província já que lá existe um amplo registo paleontológico em fósseis de diferentes seres vivos do passado do que faz Teruel um local ideal para dar a conhecer a Vida na Terra.
domingo, fevereiro 05, 2006
Observação astronómica em Leiria
Esta decorrerá das 20.30 às 22.30 horas e é organizada pelo Núcleo de Astronomia Galileu Galilei da Escola EB 2.3 Dr. Correia Mateus, Clube de Astronomia do Colégio Conciliar de Maria Imaculada (Cruz da Areia) e Clube de Astronomia da Escola EB 2.3 D. Dinis.
A actividade está aberta a todas as pessoas, sem ser necessário inscrição e haverá vários telescópios e binóculos disponíveis para ver Marte, Saturno, Lua, contelações, nebulosas, estrelas duplas e outros astros.
Ficamos à vossa espera...
Para ver o Cartaz, clicar aqui...
O DCT e Bolonha
Estiveram presentes, além de mim, os Mestres Luís Costa, Soares Pinto (o nosso ex-professor) e Mário (destacado na Figueira pelo Sindicato dos Professores da FNE), bem como os Professores Doutores Ana Neiva e António Luís Saraiva.
Depois de um bom almoço no Zé Carioca (na Avenida Sá da Bandeira) decorreu a reunião de trabalho, na sala onde funcionou a Biblioteca no Departamento durante muito tempo. Pudemos ainda ver uma exposição sobre a Geologia de Moçambique e, em seguida, ir a Cruz dos Mourouços até ao Café Gomes, ver o Sr. Raúl e esposa, antigos concessionários do Bar do Departamento, recordar os bons tempos...
Aqui ficam algumas fotos:
Eclipse do Sol de 29.03.2006
O primeiro será penumbral (em linguagem de leigos - um porcaria de eclipse - não se recomenda que se divulgue o evento, para ninguém reclamar depois...). Já o 2º será interessante, dado ser um Eclipse Total do Sol, sobretudo para quem puder ir para certos locais, como uma pequena parte do Brasil (Natal, no Rio Grande do Norte), África (faixa que vai do Togo até fronteira líbio-egípcia) e Ásia (Turquia, Cazaquistão e Rússia).
Em Portugal iremos vê-lo como parcial, (com o Sol ocultado a cerca de 20% pela Lua) o que sempre é melhor do que nada...
Para saber mais recomendamos os seguintes sites:
http://astrosurf.com/
http://sunearth.gsfc.nasa.gov/
http://www.imcce.fr/
sábado, fevereiro 04, 2006
Acção de Astronomia
Os assuntos a tratar serão os seguintes:
1. Aspectos teóricos (Introdução: História da Astronomia, Coordenadas Celestes e Movimentos aparentes e reais dos Planetas; Movimentos da Terra, da Lua e Eclipses; Noções de Astrofísica; O Sol e Sistema Solar; Estrelas e Galáxias; Origem e evolução do Universo; Astronomia e sua ligação com outras áreas científicas)
2. Astronomia e Orientação (Introdução ao uso de objectos celestes para orientação)
3. Criação, planificação e utilização de modelos astronómicos e outros materiais (Modelos Sol/Terra/Lua; Modelos do Sistema Solar e Modelos Galácticos; Criação de Relógios de Sol, Analemas, Projectores do Sol e Mapas/Cartas Celestes)
4. Observações astronómicas (Introdução à prática da observação astronómica e iniciação à astrofotografia; Material usado em observações astronómicas; Observações astronómicas diurnas; Observação de eclipses do Sol; Observação e características do Céu de Inverno; Observação e características do Céu de Verão)
5. Astronomia e Visitas de Estudo (Roteiros e Objectivos de Visitas de Estudo relacionadas com a Astronomia; Eventos, Observatórios, Planetários, Centros Ciência Viva e Museus visitáveis em Portugal e no Mundo; Visita de Estudo)
6. Astronomia e Informática (Programas informáticos com interesse para o Ensino; Internet e Astronomia)
Eu, na minha qualidade de possível formanda, disponibilizo o formulário da Acção de Formação (com uma Bibliografia em português bastante completa) aqui...
LINK
Calendário (quase) perpétuo...
Para o seu download, cicla AQUI.
(Ou usar o botão do lado direito e guardar...)
quinta-feira, fevereiro 02, 2006
Imagens de Vulcões
Por enquanto (hoje) só tem o vulcão Santa Helena. Espera-se que para meados da próxima semana tenha mais de 15 vulcões.
segunda-feira, janeiro 30, 2006
Este tempo maluco (e não só...)
1. Mudanças climáticas
Esquecemo-nos muitas vezes que a nossa vida é curta e a nossa escala para medir a natureza é diminuta. Os homens medem aspectos da meteorologia há pouco mais de uma centúria e, quando comparada com dados obtidos do gelo dos pólos, sedimentos ou dos anéis anuais das árvores, a nossa visão do Clima na Terra é muito restrito - basta pensar que há três séculos atrás houve uma pequena idade do gelo, com Invernos rigorosissímos, que uma simples erupção de um vulcão pode provocar vários Verões com neve (ou a ausência aparente de Verão...). Não temos ainda dados suficientes sobre o funcionamento do nosso Sol, os seus ciclos e como estes interferem no clima terrestre, embora
Disto tudo quero tirar duas conclusões: primo, o homem ainda não sabe como é de facto (a uma escala de tempo razoável) o clima da Terra; secundo, o homem está a abrir uma caixa de Pandora, sem que se saiba ainda o que sairá dela...
2. Neve em Lisboa, Figueira da Foz e Leiria...!
Dentro dos modelos actuais (sem se necessitar de socorrer de novos padrões climáticos) há anos em pode quase não chover, ou até nevar em locais onde este fenómeno já não acontecia há muito tempo. Eu, que estava ausente de Leiria, não vi o espesso manto de neve que cobriu a minha cidade, deliciando miúdos e graúdos (aliás, tendo nascido no distrito da Guarda, já tive a minha quota de neve). Mas, na verdade, os últimos anos têm sido muito estranhos: cheias, secas, vagas de calor, frio extremo, tudo tem afectado o nosso país nos últimos tempos... Cá em Leiria, por exemplo, têm ocorrido, nos últimos 4 anos, temperaturas mínimas que fazem corar de inveja muitas cidades do interior, tal o frio que se atinge todos os Invernos... E sem ninguém que pense em falar um pouco deste enigma...
3. Filme "O Núcleo"
Deu ontem, na TVI, um filme de ficção científica, da corrente apocalíptica, intitulado O Núcleo, mas com aspectos ligados com o Ambiente e a Geologia interessantes... De resto, se Júlio Verne ainda fosse vivo, de certo veria com agrado tal filme. Embora muitos aspectos sejam bastante ficcionados, tem algumas partes em que a Geologia é bem divulgada e permite depois usar esses aspectos em contexto de aula. Mas as perguntas que nos fazem, depois do filme, é se o campomagnético da Terra pode desaparecer (e a resposta, dizem as rochas, é que sim, pois já aconteceu temporariamente no passado...) e se, caso desapareça o campo magnético terrestre, irão acontecer as desgraças apresentadas no filme (e a resposta é talvez, pois há diversas extinções biológicas ligadas com o desaparecimento e/ou inversões do campo magnético).
Com tantas desgraças, convem mesmo é ser optimista...!
sexta-feira, janeiro 27, 2006
VII Congresso Nacional de Geologia (cont.)
Conferências & Simpósios
Durante os dias do Congresso serão realizadas quatro conferências por convite, a cargo de especialistas de reconhecido prestígio nacionais e estrangeiros que abordarão aspectos relacionados com as temáticas do Congresso.
Está prevista a realização durante o Congresso de uma série de simpósios, alguns dos quais serão coordenados pelos grupos de especialidade da Sociedade Geológica de Portugal.
Sessões Científicas
O Congresso está aberto à apresentação de comunicações em todas as áreas das Ciências da Terra e afins.
As temáticas das sessões científicas foram divididas em dois grandes grupos que por sua vez se encontram divididos em subtemas. No primeiro grupo é dada ênfase particular à evolução geodinâmica de Portugal vista do ponto de vista pluridisciplinar, enquanto que no segundo grupo as comunicações distribuem-se pelos grandes temas em que tradicionalmente são subdivididas as Ciências da Terra.
Embora só após a recepção dos trabalhos a apresentar no congresso (bem como de eventuais sugestões que venham a ser feitas) seja possível apresentar a lista definitiva dos temas, avançamos desde já com um esquema organizativo provisório.
I- Evolução geodinâmica de Portugal
I.1. O ciclo varisco
I.1.1. a herança pré-câmbrica
I.1.2. a extensão do Paleozóico inferior
I.1.3. a colisão do Paleozóico superior
I.1.4. por uma visão de conjunto
I.2. O ciclo alpino
I.2.1. do Varisco ao Alpino
I.2.2. o ciclo de Tethys
I.2.3. o ciclo atlântico
I.2.4. por uma visão de conjunto
II- Temas genéricos
II.1. Geodinâmica Interna
II.1.1. Mineralogia, Geoquímica e Petrologia
II.1.2. Geologia Estrutural e Tectónica
II.1.3. Geofísica
II.2. Geodinâmica Externa
II.2.1. Geologia do ambiente
II.2.2. Geologia marinha
II.2.3. Geoquímica de processos superficiais
II.2.4. Hidrogeologia
II.2.5. Sedimentologia
II.2.6. Estratigrafia
II.2.7. Geomorfologia
II.3. Paleontologia
II.4. Áreas de fronteira
II.4.1. Geologia de Engenharia
II.4.2. História e Ensino da Geologia
II.4.3. Património Geológico e Paleontológico
II.4.4. Recursos Geológicos
II.4.5. Aplicação dos Sistemas de Informação Geográfica e da Detecção Remota às Geociências
EXCURSÕES
Para este congresso foi previsto um amplo leque de excursões que, em conjunto abrangem os aspectos mais significativos da evolução geodinâmica do território português. Na programação destas excursões houve o cuidado de se conseguir um esquema que seja o mais flexível possível. As excursões serão realizadas com um número mínimo de 5 pessoas. Mais detalhes serão divulgados com a 2ª circular.
Os preços definitivos das excursões serão anunciados posteriormente, embora se preveja um valor diário que no máximo deverá rondar os 65 Euros/dia, podendo ser bastante inferior para as excursões com um número significativo de participantes.
Estes preços deverão descer significativamente no caso de excursões com um elevado número de participantes.
ias | Excursões | ||
29/6 | ExA | | |
30/6 | ExJ | ExG | |
1/7 | |||
| |||
| ExB | ExE | |
3/7 | | ||
4/7 | | ||
5/7 | | VII Congresso Nacional Geologia | |
6/7 | | ExH | |
ExH | | ||
7/7 | | ||
8/7 | ExC | ExF | ExI |
9/7 | |||
| |||
10/7 | |||
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11/7 | |||
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12/7 | ExD | ExL | |
13/7 | |||
ExM | |
- Estrutura interna do complexo de mantos parautóctones, sector de Murça - Mirandela - J. Rodrigues (INETI), E. Pereira (INETI) e A. Ribeiro (GeoFCUL e LATTEX)
- Unidades alóctones do maciço de Morais - A. Ribeiro (GeoFCUL e LATTEX), E. Pereira (INETI), L. Ribeiro (INETI) e P. Castro (INETI)
ExB - Bacia lusitaniana - J. C. Kulberg (CIGA-UNL), R. Bordalo Rocha (CIGA-UNL) e A. Ferreira Soares (UCoimbra)
ExC - Geotransversal no Varisco do Sul de Portugal - coordenação geral de A. Araújo (UÉvora e CGE)
- Os sectores central e sul da Zona de Ossa-Morena; estrutura e estratigrafia - A. Araújo (UÉvora e CGE), J. Piçarra Almeida (INETI) e J. Borrego (CGE)
- O complexo ofiolítico de Beja-Acebuches e a faixa piritosa ibérica - J. C. Pedro (UÉvora e e CG-FCUL), J. Munhá (GeoFCUL e CG-FCUL), P. Fonseca (GeoFCUL e LATTEX), J. T. Oliveira (INETI) e J. Relvas (GeoFCUL e CREMINER)
- Dos últimos incrementos da orogenia varisca ao rejogo alpino precoce; o litoral sudoeste de Portugal - R. Dias (UÉvora e CGE)
ExE - Jazigos filonianos hidrotermais e jazigos pegmatíticos espacialmente associados a granitos (Norte de Portugal) - F. Noronha, A. Lima, H. Sant'Ovaia, P. Nogueira, H. C. Martins, A. Almeida, M. A. Ribeiro e A. Dória (GIMEF - CGUP)
ExF - Origem e instalação de granitóides variscos na zona Centro-Ibérica - M. R. Azevedo, B. V. Aguado e A. Esteves (UAveiro e ELMAS)
ExG - Processos holocénicos - C. Andrade (GeoFCUL) e L. Rebelo (INETI)
ExH - Exploração de Mármores da região de Estremoz - L. Lopes (UÉVORA e CGE)
ExI - Sintra - Arrábida - P. Terrinha (GeoFCUL e LATTEX) e J. C. Kullberg (CIGA-UNL)
ExJ - Os complexos vulcano-sedimentares de Toca da Moura e da faixa piritosa em termos de evolução tectonostratigráfica e de mineralizações associadas - J. T. Oliveira (INETI) e J. Relvas (GeoFCUL e CREMINER)
ExL - Os processos dinâmicos de circulação de segregações de fundidos em migmatitos (terrenos de alto-grau metamórfico de Évora, Zona de Ossa-Morena) - M. Pereira (UÉvora e CGE), M. Chichorro (CGE), C. Fernandez (UHuelva), M. D. Azpiroz (USevilha), P. Moita (UÉvora e CGE), J. F. Santos (UAveiro e ELMAS), J. Brandão Silva (GeoFCUL e LATTEX)
ExM - A transição do arco magmático cadomiano para o rifting do Paleozóico inferior (Nordeste Alentejo, Zona de Ossa-Morena) - M. Pereira (UÉvora e CGE), M. Chichorro (CGE), K. Drost (Dresden Museum), U. Linnemann (Dresden Museum) e J. Brandão Silva (GeoFCUL e LATTEX)
quinta-feira, janeiro 26, 2006
VII Congresso Nacional de Geologia
O VII Congresso Nacional de Geologia, realizado sob a égide da Sociedade Geológica de Portugal, será organizado pelo Departamento de Geociências e pelo Laboratório de Investigação de Rochas Industriais e Ornamentais da Universidade de Évora e decorrerá de 29 de Junho a 13 de Julho de 2006, no Pólo de Estremoz da Universidade de Évora. A par das temáticas tradicionais em eventos desta natureza, o VII Congresso dará ênfase especial à evolução geodinâmica do território nacional, à interdependência entre os processos geológicos e ao debate entre geocientistas de diferentes especialidades.
COMISSÃO ORGANIZADORA:
UNIVERSIDADE DE ÉVORA
António Alexandre Araújo
Ausenda Cáceres Balbino
Rui Dias
Isabel Leal Machado
José Mirão
SOCIEDADE GEOLÓGICA DE PORTUGAL
Rogério Bordalo da Rocha
António Ribeiro
António Galopim de Carvalho
Filomena Diniz
ENTIDADES ORGANIZADORAS
Sociedade Geológica de Portugal (SGP)
Departamento de Geociências da Universidade de Évora (DGUEvora)
Laboratório de Investigação de Rochas Industriais e Ornamentais da Universidade de Évora (LIRIO)
Centro de Geofísica de Évora
Mais informações em:
http://www.cge.uevora.pt/viicng/index.php
A busca da segunda Terra
Hoje é meu grande prazer trazer-vos uma notícia em primeira mão. Foi-me confirmado há pouco pelo The Particle Physics and Astronomy Research Council (friends in high places!) que foi descoberto o planeta mais parecido de sempre com a Terra. A notícia está embargada, e por isso é “secreta”, até ser publicada na edição de 26 de Janeiro da Nature (que é a razão do secretismo). Esperam-se imagens artísticas e animações!
Acerca do planeta. Tem cerca de 5 vezes a massa da Terra, e é por isso o planeta extrasolar mais leve alguma vez descoberto à volta de uma estrela “normal”. Este facto constitui uma descoberta revolucionária na busca de planetas parecidos com o nosso (até hoje os planetas descobertos são a maior parte da ordem de tamanho de Júpiter que é muito maior que a Terra). A estrela orbitada por esse planeta é uma anã-vermelha, com cerca de 1/5 a massa do nosso Sol, e está situada a cerca de 25 000 anos-luz da Terra, perto do centro da nossa Galáxia, a Via Láctea! O planeta foi baptizado OGLE-2005-BLG-390Lb (será que este vai ter um nome não-oficial? Qual será a série de TV que vai inspirar? Eu voto no filme Resident Evil ;-) ). Foi calculado que um ano desse planeta corresponde a 10 dos nossos. Demora então 10 anos a dar uma volta à sua estrela, e fá-lo a uma distância 3 vezes superior à da Terra ao Sol.
Infelizmente, desengane-se quem já imagina pequenos insectos, ou políticos a vaguear pelo novo planeta, pois a temperatura à superfície deverá rondar os 220ºC negativos. Por isso não é de esperar água no estado líquido, que se pensa ser necessária para a existência de vida. Outra característica provável é que o planeta esteja coberta por um oceano de gelo, e que a sua “verdadeira” superfície rochosa esteja debaixo desse gelo. Este conjunto de características que faz com que este planeta seja de facto mais parecido com Plutão do que com a Terra. Diga-se de passagem que veio mesmo a calhar! A sonda New Horizons partiu a semana passada em direcção a Plutão.
O planeta foi descoberto através de “microlentes” gravitacionais, um efeito previsto por Einstein em 1912 (este assunto fica para outra altura). Este método concerteza permitirá a descoberta de mais planetas do género.
É notável termos conseguido “caçar” um planeta só 5 vezes mais massivo que a Terra a uma distância considerável como esta! Quanto tempo faltará para encontrarmos um planeta muito semelhante ao nosso à volta de outra estrela? E quando encontrarmos, será que conseguiremos perceber se haverá vida por lá ou não? Será possível comunicar, caso esta o seja capaz? Perguntas para um post futuro. Para já, vamos ao espumante!
terça-feira, janeiro 24, 2006
Sistema Moodle - curso
http://www.dcsa.fct.unl.pt/geotic/
http://www.geopor.pt:16080/geotic/moodle/index.html
PROGRAMA RESUMIDO do Curso
Sessão prévia
- Criação de conta e registo no sistema (feito em colaboração com os formadores).
- Inscrição na página moodle que servirá de base de aprendizagem e de trabalho.
1ª sessão (20/Fev.)
Introdução ao sistema Moodle de gestão de ensino/aprendizagem e de trabalho colaborativo (conceitos gerais, página, níveis de utilização e administração, blocos-unidades estruturais da página, recursos e actividades):
- consulta de página-exemplo;
- visionamento de vídeo interactivo demonstrativo;
- documentação em língua portuguesa e em formato electrónico (em linha e/ou descarregável para computador — pdf , flash paper)
Estima-se duração de trabalho individual de 3h.
2ª sessão (21/Fev.)
- Criação (configuração e estruturação) e administração da página: inscrição de utilizadores, criação de grupos de trabalho, relatórios de actividade (estatisticas de acesso e utilização).
- Formatação e utilização dos blocos estruturais da página – calendário, últimas notícias, actividade recente, utilizadores online, etc.)
- Criação e formatação de recursos – etiqueta, página de texto, página web, apontador para ficheiro ou para página, arquivo/pasta)
Estima-se duração de trabalho individual de 3h.
3ª sessão (22/Fev.)
- Criação e formatação de actividades – chat, fórum, glossário, entrega de trabalhos, testes, wiki, questionários e referendos.
- Administração de notas e de escalas de classificação.
Estima-se duração de trabalho individual de 3h.
4ª sessão (23/Fev.)
Interacção entre formandos nos papeis de professor e de aluno.
Duração de trabalho individual de acordo com a disponibilidade do formando.
5ª sessão (24/Fev.)
Notas finais (manutenção: cópia de segurança e restauro de página).
Finalização de actividades.
Auto e hetero-avaliação.
Feedback.
Os formandos poderão continuar a utilizar o sistema após o curso.
Serã emitido certificado de participação no curso.
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Pré-inscrição, até 10 de Fevereiro
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Enviar e-mail para: jpsf@fct.unl.pt ou pal@fct.unl.pt indicando:
Subject: Pre-inscrição curso Moodle (GEOTIC)
Nome e Apelido
E-mail (para utilização durante o curso)
Contacto telefónico, skype ou messenger (facultativo)
Dúvidas/questões sobre o curso (facultativo)
Profissão e/ou instituição (facultativo)
segunda-feira, janeiro 23, 2006
Sismos (e mais sismos) em Portugal
1. Açores
A crise sísmica na região Fogo/Congro (mais exactamente a Caldeira do Fogo e a Lagoa do Congro, que marcam falha de direcção aproximada N-S) continua. Iniciada a crise a 10 de Maio de 2005, abundantemente relatada em post anteriores, continua a provocar pequenos sismos (04.10.2005, 21.12.2005 e 19.01.2006) e segundo o SIVISA:
"Recomenda-se a toda a população das freguesias da costa sul entre Lagoa e Ponta Garça e da costa norte entre Ribeira Grande e Maia que não permaneça em habitações que não ofereçam resistência à acção sísmica, nem circulem em estradas ou caminhos junto a taludes ou falésias instáveis. Também nas Furnas se torna necessário seguir as mesmas precauções."
2. Alentejo
Depois dos sismos de 29.12.2005, na proximidade de Mora (dois sismos, com magnitude de 4,2 e 4,4) e de um próximo de Arraiolos (2,9 de magnitude) em 26.12.2005, a Terra torna a tremer, agora em Espanha (e alguns portugueses, nomeadamente de Elvas, a sentir).
Texto publicado pelo IM:
"O Instituto de Meteorologia informa que no dia 22 / 01 / 2006 pelas 16 h 27 min (hora local) foi registado nas estações da Rede Sísmica do Continente, um sismo de magnitude 4,1 (Richter) e cujo epicentro se localizou a cerca de 56 km a SW de Mérida (ESP).
Este sismo, de acordo com a informação disponível até ao momento, não causou danos pessoais ou materiais e foi sentido com intensidade máxima III/IV (escala de Mercalli modificada) na região de Elvas."
3. Banco Josephine e Golfo de Cádiz
O limite entre a Placa Africana e a Placa Euroasiática continua a mexer, embora menos e com menores magnitudes, o que, de facto, é bom (a energia vai-se dissipando pouco a pouco). Continuam os valores díspares entre o IM (Portugal) e o IGN (Espanha) sem que se percebe o porque das diferenças...
Sismo de 19.01.2006, pelas 15:20 horas, a W do Cabo de S. Vicente (que o IM de Portugal não registou e a que o IGN de Espanha deu magnitude 3,6...).
TPC - Sugestões de Leitura:
LIMA, Fernando Vidal Quadros Corte Real (1998) - Introdução à Sismologia, Universidade de Aveiro, 155 p., Aveiro.
LEVY, Matthys & SALVADORI, Mario (2001) - Porque treme a Terra - Terramotos e Vulcões, Editorial Notícias, 247 p., s.l. .
ADENDA:
De um anónimo bem informado (ver comentários) recebemos o seguinte texto:
"A Lagoa do Fogo e a Lagoa do Congro estão inseridas na região sismogénica, não são a região.
O alinhamento da Lagoa do Fogo e da Lagoa do Congro não fazem um alinhamento N-S, mas sim NW-SE."
Os nossos agradecimentos pela leitura do Blog, pelos comentários e pela precisão do mesmo (note-se que o meu objectivo quando falo nas lagos é de situar no mapa os dos pontos de referência e não de restringir a falha ou a zona em risco sísmico e que digo da direcção da falha"aproximada N-S").
quinta-feira, janeiro 19, 2006
Partiu...!
quarta-feira, janeiro 18, 2006
Sonda adia partida
Nova horário de partida para 19.01.2006: entre as 18.08 e as 20.07 horas...
Objectivos da Missão " New Horizons"
- Realização de Mapa da composição superficial de Plutão e Caronte
- Caracterização da Geologia e Morfologia ("aspecto") de Plutão e Caronte
- Caracterização da Atmosfera de Plutão e sua taxa de decaimento
- Pesquisa de uma eventual Atmosfera a rodear Caronte
- Realização de Mapas das Temperaturas superficiais de Plutão e Caronte
- Pesquisa de outros Satélites de Plutão
Centro Ciência Viva de Constância
A segunda parte da visita, planeada e preparada por mim, levou-nos então até ao Centro Ciência Viva de Constância, Parque Temático de Astronomia. Por uns míseros1,40€ os alunos puderam fabricar o seu próprio Relógio de Sol, ir à Loja do Centro, ver a Esfera Armilar, Relógio do Sol e modelos da Terra, do Sistema Solar e do Sistema Sol-Terra-Lua, bem como ir ao Planetário do Centro, simples mas interessantíssimo (usa a máquina dos Mini-Planetários insufláveis mas a projecção é feita numa estrutura subterrânea muito engraçada).
É um local excelente para visitar, as pessoas são simpáticas e pode-se até marcar observações astronómicas nocturnas em certos dias.
Recomenda-se a visita...!
Para ver mais fotos, consultar em:
http://setimo-e.blogspot.com/
terça-feira, janeiro 17, 2006
Partida da Sonda "New Horizons"
http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1245090
Miguel Torga
Miguel Torga – Adolfo Correia Rocha
S. Martinho de Anta (12.08.1907) – Coimbra (17.01.1995)
Faz hoje 11 anos que este Poeta (Transmontano, Conimbricense e Português) nos deixou. Mas as suas palavras são eternas.
Já estudante em Coimbra, decide adoptar o pseudónimo de Torga. Não escolhe o nome por acaso. A Torga, ou urze, é uma planta silvestre, humilde e espontânea, vivendo no chão agreste por todo o Portugal, mas particularmente nas serranias dos seus Trás-os-Montes e Alto Douro. Nunca deixará de demonstrar o seu amor pela Natureza, seja ela animal, vegetal ou mineral.
Aqui fica uma amostra do seu lirismo...
Mineração
Tenho o oiro e não posso
Arrancá-lo do cerne da montanha!
O filão de lirismo é um verso esquivo
Que atravessa a dureza do granito.
Rompo, perfuro dia e noite, e apenas
Cavo mais funda a própria sepultura...
Toupeira cega, mas obstinada,
Vou morrendo na luta
Que desejava ver iluminada.
in Penas do Purgatório (1954)