terça-feira, novembro 20, 2007

Ano Internacional do Planeta Terra - Site Oficial


O que é o AIPT

Em 22 de Dezembro de 2005, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou a Resolução 60/192 proclamando 2008 como Ano Internacional do Planeta Terra (AIPT). O slogan escolhido “Ciências da Terra para a Sociedade” é bem elucidativo do principal objectivo desta iniciativa: promover a importância das Ciências da Terra em todos os domínios da Sociedade, destacando o seu papel na resolução de muitos dos problemas que afectam a Humanidade.

As comemorações do AIPT, a nível internacional, estão organizadas em duas vertentes distintas: um programa científico centrado em dez temas principais e um programa de divulgação (mais informações em www.esfs.org). Embora centradas em 2008, as comemorações do AIPT irão decorrer durante o triénio 2007–2009.

Temas principais que serão abordados durante o AIPT:
  • Água Subterrânea
  • Desastres naturais
  • Terra e Saúde
  • Alterações climáticas
  • Recursos
  • Megacidades
  • O interior da Terra
  • Oceano
  • Solo
  • Terra e Vida

Site oficial português do Ano Internacional do Planeta Terra (AIPT)


Organização em Portugal

O AIPT tem o Alto Patrocínio de Sua Excelência o Presidente da República Portuguesa.

O Comité Português para o AIPT foi criado sob a égide da Comissão Nacional da UNESCO e enquadra-se na Década das Nações Unidas da Educação para o Desenvolvimento Sustentável (2005-2014), estando organizado em três Comissões.

Comissão de Honra

  • Primeiro-Ministro
  • Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
  • Ministra da Cultura
  • Ministro da Economia e da Inovação
  • Ministra da Educação
  • Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações
  • Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros
  • Ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Desenvolvimento Regional
  • Presidente do Governo Regional da Madeira
  • Presidente do Governo Regional dos Açores
  • Secretário de Estado do Ambiente
  • Secretário de Estado do Ordenamento do Território e das Cidades
  • Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação
  • Presidente da Fundação Calouste Gulbenkian
  • Presidente da Fundação para a Ciência e a Tecnologia
  • Presidente do Grupo de Parlamentares Conexo da UNESCO
  • Secretário Executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa
  • Presidente da Fundação Mário Soares


Comissão de Representantes *

  • Academia de Ciências de Lisboa
  • Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica - Ciência Viva
  • Agência Portuguesa do Ambiente (ex -Instituto do Ambiente)
  • Almargem - Associação de Defesa do Património Cultural e Ambiental do Algarve
  • Associação Bandeira Azul da Europa (secção portuguesa da Foundation for Environmental Education, ABAE/FEEP)
  • Associação para a Defesa e Divulgação do Património Geológico do Alentejo e Algarve - DPGA
  • Associação Portuguesa de Geógrafos
  • Associação Portuguesa de Geólogos
  • Associação Portuguesa de Meteorologia e Geofísica
  • Biocant - Centro de Inovação em Biotecnologia
  • Câmara Municipal da Figueira da Foz
  • Câmara Municipal da Lourinhã
  • Câmara Municipal da Maia
  • Câmara Municipal da Póvoa do Varzim
  • Câmara Municipal da Trofa
  • Câmara Municipal de Águeda
  • Câmara Municipal de Alcanena
  • Câmara Municipal de Aljezur
  • Câmara Municipal de Alvaiázere
  • Câmara Municipal de Arouca
  • Câmara Municipal de Arronches
  • Câmara Municipal de Arruda
  • Câmara Municipal de Baião
  • Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto
  • Câmara Municipal de Caminha
  • Câmara Municipal de Cantanhede
  • Câmara Municipal de Carrazeda de Ansiães
  • Câmara Municipal de Castro Verde
  • Câmara Municipal de Coimbra
  • Câmara Municipal de Esposende
  • Câmara Municipal de Faro
  • Câmara Municipal de Figueiró dos Vinhos
  • Câmara Municipal de Fronteira
  • Câmara Municipal de Guimarães
  • Câmara Municipal de Loulé
  • Câmara Municipal de Manteigas
  • Câmara Municipal de Montemor-o-Novo
  • Câmara Municipal de Montemor-o-Velho
  • Câmara Municipal de Moura
  • Câmara Municipal de Nisa
  • Câmara Municipal de Ourém
  • Câmara Municipal de Peniche
  • Câmara Municipal de Ponta Delgada
  • Câmara Municipal de Ponte de Lima
  • Câmara Municipal de Ponte de Sor
  • Câmara Municipal de Portimão
  • Câmara Municipal de Santarém
  • Câmara Municipal de Seia
  • Câmara Municipal de Sever do Vouga
  • Câmara Municipal de São Roque do Pico (Açores)
  • Câmara Municipal de Sever do Vouga
  • Câmara Municipal de Sintra
  • Câmara Municipal de Vila do Conde
  • Câmara Municipal de Viseu
  • Câmara Municipal do Alandroal
  • Câmara Municipal do Alvito
  • Câmara Municipal do Barreiro
  • Centro de Estudos da Macaronésia (Univ. da Madeira)
  • Centro de Interpretação da Serra da Estrela (Câmara Municipal de Seia)
  • Centro de Interpretação Geológica de Canelas - Arouca
  • Centro de Investigação Marinha e Ambiental da Universidade do Algarve (CIMA)
  • Centro de Recursos Minerais, Mineralogia e Cristalografia (Creminer - Lab. Associado ISR)
  • Clube Literário do Porto
  • Comissão Nacional do Programa MAB - UNESCO
  • Direcção Regional do Ambiente e do Mar dos Açores
  • E.Value – Estudos e Projectos de Ambiente e Economia, Lda
  • EMAFEL - Empresa Municipal de Ambiente de Felgueiras
  • Galopim de Carvalho (Prof.)
  • Geoparque Naturtejo da Meseta Meridional
  • GEOTA - Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente
  • Instituto da Água
  • Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB)
  • Instituto de Meteorologia
  • Instituto de Oceanografia - Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa
  • Instituto dos Museus e da Conservação
  • Instituto Hidrográfico
  • Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação (INETI)
  • Instituto Politécnico de Castelo Branco (Escola Superior de Educação)
  • Instituto Politécnico de Coimbra (Escola Superior de Educação)
  • Instituto Politécnico de Viseu (escola Superior de Tecnologia)
  • Instituto Superior Técnico - Depto. de Engenharia Civil e Arquitectura
  • Instituto Superior Técnico - Depto. de Engenharia de Minas e Geo-recursos
  • Instituto Superior Técnico - Depto. de Física
  • 2º Jardim-Escola João de Deus de Coimbra
  • Kiwanis Clube da Figueira da Foz
  • Liga para a Protecção da Natureza (LPN)
  • LUDICOM - Comunicação e Marketing, Lda.
  • Museu da Ciência (Universidade de Coimbra)
  • Museu de Arte Pré-Histórica de Mação / Instituto Politécnico de Tomar
  • Museu Nacional de História Natural (Mineralogia e Geologia)
  • ProGEO Portugal
  • QUERCUS
  • Sociedade de Geografia de Lisboa
  • Sociedade Geológica de Portugal
  • Sociedade Portuguesa de Geotecnia
  • Tapada Nacional de Mafra
  • Universidade de Aveiro: Depto. de Ambiente e Ordenamento
  • Universidade de Aveiro: Depto. de Didáctica e Tecnologia Educativa
  • Universidade de Aveiro: Depto. de Geociências
  • Universidade de Coimbra: Depto. de Ciências da Terra
  • Universidade de Coimbra: Depto. de Engenharia Civil
  • Universidade de Coimbra: Reitoria
  • Universidade de Évora: Reitoria
  • Universidade de Lisboa: Reitoria
  • Universidade de Lisboa: Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação
  • Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro: Depto. de Geologia
  • Universidade do Algarve: Reitoria
  • Universidade do Algarve: Área Departamental do Ambiente e das Ciências da Terra da Faculdade de Ciências do Mar e do Ambiente
  • Universidade do Minho: Depto. de Ciências da Terra
  • Universidade do Minho: Reitoria
  • Universidade do Porto: Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação
  • Universidade dos Açores: Depto. de Geociências - Centro de Vulcanologia e Avaliação de Riscos Geológicos
  • Universidade Nova de Lisboa: Faculdade de Ciências e Tecnologia

* Lista de Entidades Participantes ainda em construção

Comissão Executiva

  • Professor Doutor António Ribeiro (Sociedade Geológica de Portugal)
  • Professor Doutor Artur Sá (Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro)
  • Dra. Elizabeth Silva (Comissão Nacional da UNESCO; Técnica Superior responsável pelo Sector da Ciência; Ponto Focal para a Década das Nações Unidas da Educação para o Desenvolvimento Sustentável - DEDS)
  • Professora Doutora Delminda Moura (Universidade do Algarve)
  • Emb. Fernando Andresen Guimarães (Presidente da Comissão Nacional da UNESCO)
  • Professor Doutor José Brilha (Universidade do Minho; Associação Portuguesa de Geólogos; ProGeo Portugal)
  • Dra. Manuela Galhardo (Secretária Executiva da Comissão Nacional da UNESCO)
  • Professora Doutora Maria Helena Paiva Henriques - Coordenadora (Universidade de Coimbra; membro da IUGS)
  • Professor Doutor Mário Cachão (Universidade de Lisboa; membro do Grupo Português da ProGEO)
  • Professor Doutor Miguel Ramalho (Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação - INETI)

Observadores

  • Drª. Fernanda Sepúlveda (Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior/FCT)
  • Dr. António Silva (Ministério do Ambiente/Instituto Geográfico Português)
  • Drª. Raquel Mota (Ministério da Educação/Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular)

Site oficial português do Ano Internacional do Planeta Terra (AIPT)

Geocultura - semar para colher

Geocultura: Semear para colher

Eventos da Semana da Ciência e Tecnologia 2007 no GeoFCUL

Que ciência se faz em Portugal?
Quem são os nossos cientistas?
Como trabalham?
O que investigam?
Que resultados obtêm?

Todos os anos, em Novembro, durante a Semana da Ciência e da Tecnologia, sob os auspícios da Agência Ciência Viva, instituições científicas, universidades, escolas, associações e museus abrem as portas para que estas e outras perguntas possam ser respondidas, dando a conhecer as actividades que desenvolvem, através de um contacto directo com o público.

No âmbito da Semana da Ciência e Tecnologia 2007, este ano, no GeoFCUL, realiza-se um ciclo de palestras sob a designação geral de:

Geocultura: semear para colher
Todas as palestras se realizam no edifício C6 da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, ao Campo Grande (Metro Cidade Universitária ou Campo Grande).
Entrada livre.

Programa do Ciclo

Dia 20 de Novembro
16.00 - Sala 6.2.56 - Álvaro Pinto: O Reino dos Minérios

Dia 21 de Novembro
10.00 - Sala 6.2.53 - Nuno Pimentel: A Geologia do Petróleo

Dia 22 de Novembro
10.30 - Sala 6.2.56 - César Andrade: A erosão na Costa da Caparica: problemas e soluções
14.00 - Sala 6.2.56 - Isabel Moitinho: A Geologia do Túnel do Rossio

Dia 23 de Novembro
11.00 - Sala 6.2.56 - Isabel Ribeiro da Costa: Portugal ao Microscópio
14.00 - Sala 6.2.56 - Maria do Rosário Carvalho e Maria Catarina Silva: A água que não se vê: Como se protege?
16.00 - Sala 6.2.56 - Fernando Barriga: Jazigos submarinos de metais básicos: onde estão os exemplos actuais?



Fonte - Blog Profundezas

O Triste Caso das Ladeiras Misteriosas

Via Blog De Rerum Natura, publicamos o seguinte post:



Quem já não ouviu falar de estradas em que os carros em ponto morto sobem onde deveriam descer? Pessoalmente nunca vi, mas já ouvi falar de uma ladeira misteriosa no Algarve perto de Boliqueime, e de outra no Minho, perto de Braga. Este vídeo, legendado em português pelo professor de Ciências Físico-Químicas Carlos Portela (o seu blog sobre vídeos de ciência está aqui e uma lista de vídeos por ordem de número de visualizações está aqui), mostra que se trata de uma mera ilusão de óptica.

segunda-feira, novembro 19, 2007

Semana da Ciência e Tecnologia 2007 - Tertúlia on-line I


Tertúlia On-Line de Comemoração da Semana da Ciência e Tecnologia e do Aniversário do Nascimento de Rómulo de Carvalho

Na semana em que se comemoram os 101 anos do nascimento de Rómulo Vasco da Gama de Carvalho, nome do cientista e pedagogo também conhecido pelo pseudónimo literário de António Gedeão, o Blog associa-se às comemorações da Semana da Ciência e Tecnologia e do Dia Nacional da Cultura Científica, promovidas pela Ciência Viva, através da divulgação de alguma poesia deste autor.



Pedra filosofal

Eles não sabem que o sonho
é uma constante da vida
tão concreta e definida
como outra coisa qualquer,
como esta pedra cinzenta
em que me sento e descanso,
como este ribeiro manso
em serenos sobressaltos,
como estes pinheiros altos
que em verde e oiro se agitam,
como estas aves que gritam
em bebedeiras de azul.

Eles não sabem que o sonho
é vinho, é espuma, é fermento,
bichinho álacre e sedento,
de focinho pontiagudo,
que fossa através de tudo
num perpétuo movimento.
Eles não sabem que o sonho
É tela, é cor, é pincel,
base, fuste, capitel,
arco em ogiva, vitral
pináculo de catedral
contraponto, sinfonia,
máscara grega, magia,
que é retorta de alquimista,
mapa do mundo distante,
rosa-dos-ventos, Infante,
caravela quinhentista,
que é Cabo de Boa Esperança,
ouro, canela, marfim,
florete de espadachim,
bastidor, passo de dança,
Columbina e Arlequim,
passarola voadora,
pára-raios, locomotiva,
barco de proa festiva,
alto-forno, geradora,
cisão do átomo, radar,
ultra-som, televisão,
desembarque em foguetão
na superfície lunar.

Eles não sabem nem sonham,
que o sonho comanda a vida.
Que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança.

in Movimento Perpétuo, 1956

Semana da Ciência e da Tecnologia - Actividade do nosso Blog II


Tertúlia On-Line de Comemoração da Semana da Ciência e Tecnologia e do Aniversário do Nascimento de Rómulo de Carvalho

Pretendemos fazer a comemoração on-line da Semana da Ciência e Tecnologia 2007, com publicação de textos e poemas alusivos à temática, neste e noutros Blogues. Neste momento (23.30 horas de 18.11.2007) os Blogues participantes inscritos são:

Ficamos à espera de mais adesões...

Semana da Ciência e da Tecnologia - Actividade do nosso Blog


Tertúlia On-Line de Comemoração da Semana da Ciência e Tecnologia e do Aniversário do Nascimento de Rómulo de Carvalho

É, para além da observação astronómica que adiámos, a nossa actividade deste ano para esta semana tão especial. Pretendemos fazer a comemoração on-line da Semana da Ciência e Tecnologia 2007, com publicação de textos e poemas alusivos à temática, no Blog Geopedrados (e com outros que se associem ao evento). Para já os Blogues participantes inscritos são:

Observação Astronómica - ADIADA


A actividade de hoje (Observação Astronómica, no âmbito da Semana da Ciência e Tecnologia) foi anulada, pelo mau tempo (chuva, chuva e mais chuva...).

Uma outra observação será feita noutra data em substituição desta - então obrigadinho, ó S. Pedro...

domingo, novembro 18, 2007

XIII Feira Internacional de Minerais, Gemas e Fósseis de Coimbra

Esta irá decorrer de 30 Novembro a 2 de Dezembro de 2007, no Museu Mineralógico e Geológico, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, sito no Largo Marquês de Pombal em Coimbra.

Horário: 10.00 às 20.00 horas (todos os dias).

Ficamos à espera da confirmação do aqui exposto e do respectivo cartaz por parte dos responsáveis do DCT/FCTUC...


Fonte: Blog mineraissilvio.

XXI Feira Internacional de Minerais, Gemas e Fósseis de Lisboa


A Feira Internacional de Minerais Gemas e Fósseis de Lisboa cumpre este ano, de 6 a 9 de Dezembro, a sua vigésima primeira edição.

Este ano o tema central da feira são os carbonatos, minerais de grande importância em numerosos processos geológicos e que, com frequência, produzem exemplares mineralógicos de grande beleza, como alguns que são exibidos na edição deste ano da feira.

Este certame, que também integra as componentes cultural, científica e pedagógica, reúne aficionados e comerciantes de minerais, gemas e fósseis, oriundos de diversos países da Europa, bem como um vasto público que tem aqui oportunidade de comprar, vender ou trocar exemplares do seu interesse. No âmbito desta feira, terão lugar, como vem sendo hábito, um conjunto de actividades complementares de carácter pedagógico e de divulgação científica destinadas a jovens e adultos.


XXI FEIRA INTERNACIONAL DE MINERAIS, GEMAS E FÓSSEIS

6 a 9 Dezembro de 2007

Horário:
6 de Dezembro - das 15.00 às 20.00 horas

8 de Dezembro - das 10.00 às 20.00 horas

9 de Dezembro - das 10.00 às 18.00 horas

Local:

Rua da Escola Politécnica, 60 1250-102 Lisboa

Contactos:
Telefone: 21 392 18 36;

Fax: 21 390 58 50;


Imperdível!!!!


Via Blog GeoLeiria - post de Sofia Reboleia

sábado, novembro 17, 2007

Aulas de CN para Presidente

Cavaco Silva recebe aula de Ciências Naturais
16-11-2007 19:09:00


O Presidente da República recebeu uma verdadeira aula sobre Ciências Naturais dada por dezenas de alunos no Centro de Ciência Viva, em Faro, uma iniciativa inserida no Roteiro para a Ciência.

Depois de escutar atentamente as explicações de David Silva, 10 anos, aluno da Escola Básica 2/3 de Santo António, sobre a evolução do globo terrestre, esta sexta-feira, Aníbal Cavaco Silva confessou ficar sempre surpreendido com as ciências naturais.

"São os mistérios da natureza e como eu sou de ciências sociais fico sempre surpreendido", disse o Presidente da República (PR), confessando que entrou pela primeira vez num Centro de Ciência Viva, e o eleito foi o do Algarve.

Cavaco Silva visitou durante cerca de meia hora a recente exposição dedicada ao 'Mar', uma área em que o Presidente tem pedido acções governamentais urgentes para valorizar os recursos marítimos.

Pesca acessória, prados marinhos, triângulo das Bermudas, tornados, globos terrestres com 200 milhões de anos foram alguns dos "aperitivos" que o Presidente da República viu no CCVA, numa visita incluída no último dia do Roteiro para a Ciência, dedicada às Ciências e Tecnologias do Mar.

O Presidente da República voltou hoje à estrada - numa espécie de Presidência Aberta - para mais um roteiro, de Sines a Faro, dedicado à ciência, em que o objectivo é mostrar "bons exemplos" de investigação marinha e de projectos entre universidades e empresas.

Depois de ter estado de manhã em Sines, onde defendeu o pacto para a justiça, assinado entre o Governo e o PSD, e aconselhou os partidos a "sentarem-se à mesa" para resolver eventuais divergências levantadas por Luís Filipe Menezes, Cavaco Silva termina esta tarde no Algarve, na terra Natal, o roteiro para a ciência.

Em Olhão, o Presidente visita o Instituto de Investigação das Pescas e do Mar (IPIMAR), para conhecer projectos de biologia pesqueira e uma estação piloto de piscicultura, no Parque Natural da Ria Formosa.

O Presidente deslocou-se ainda à Universidade do Algarve, em Faro, com os seus 28 centros de investigação, para ficar a saber mais sobre projectos de investigação em curso, incluindo um de robótica para desenvolver bóias podem servir para estudar a propagação das ondas.


Fonte: Observatório do Algarve - ver notícia

Mar algarvio monitorizado

Ao ler, como faço regularmente, o Blog terra que gira, deparei-me com um post que remetia para a seguinte notícia:

Mar algarvio monitorizado
31-10-2007 16:19:00
No mês em que se assinalam 252 anos sobre o terramoto que devastou Lisboa e o Algarve fica completa a primeira rede de sismómetros colocada no fundo do mar algarvio para estudar a actividade sísmica da região.

Durante um ano, 24 sismómetros colocados entre o Golfo de Cadiz e o Banco de Gorringe vão medir a actividade sísmica da área onde se pensa que tiveram origem os terramotos de 1755 e 1969, este menos devastador, mas que também gerou um tsunami.

Segundo disse à Lusa Maria Ana Baptista, responsável pelo projecto e especialista em tsunamis, o objectivo não é detectar a ocorrência de sismos, mas medir fenómenos de pequena intensidade para obter dados referentes àquela área.

Esta é a primeira experiência do género a acontecer no Algarve, mas já aconteceu noutras zonas do país, nomeadamente em Peniche, nos Açores e na costa alentejana.

A rede de sismómetros, que fica completa em Novembro, começou a ser instalada em Setembro na zona compreendida entre o local onde está a estação "Geostar" e o Banco de Gorringe (complexo de montes submarinos).

Aquela estação piloto - localizada a cerca de 150 quilómetros da ponta de Sagres, perto do Golfo de Cadiz - é a primeira vocacionada para o alerta precoce de tsunamis e permite detectar a ocorrência de grandes sismos.

O terramoto de 01 de Novembro de 1755, sobre o qual passam quinta-feira 252 anos, arrasou dois terços da cidade de Lisboa, mas teve também efeitos muito devastadores na região algarvia, tendo deixado submersas povoações inteiras.

Por ser menos habitada que Lisboa, a região acabou por não registar tantas vítimas, mas o terramoto abalou severamente o Barlavento (parte ocidental do Algarve), sobretudo a cidade de Lagos, embora tenha também causado fortes estragos em Faro.

Segundo a investigadora do Instituto Superior de Engenharia de Lisboa (ISEL), a onda gigante que sucedeu ao terramoto destruiu todas as construções que se erguiam nas ilhas barreira da Ria Formosa, entre Loulé e Tavira.

"Se a onda gigante galgou a Ilha de Faro, cuja altura actual é de dez metros, o seu tamanho teria de ter sido superior", observa a especialista, que explica que a massa de água que a formava deveria ter cerca de 100 quilómetros de dimensão.

"Normalmente a massa de água forma-se ao longo do comprimento da falha que origina o tsunami", explica Maria Ana Baptista, que sublinha que estas ondas "são muito diferentes" das causadas pelo vento.

O tsunami que se seguiu ao terramoto de 1755 deixou muitas vilas algarvias submersas, algumas delas acabaram por ser reconstruídas por detrás da linha de costa, mais longe do mar do que na sua localização original.

"A vila de Armação de Pêra e Quarteira ficaram totalmente devastadas e tiveram de ser reconstruídas", exemplifica, explicando tratar-se de zonas extremamente vulneráveis, por estarem muito expostas.

No caso da capital algarvia, a vulnerabilidade a um possível tsunami é menor, por estar protegida pela Ilha de Faro, o mesmo acontecendo com as povoações que têm ilhas à sua frente, como Olhão ou Tavira.

A instalação da rede de sismómetros é financiada pela União Europeia e está integrada num projecto mais abrangente, o NEAREST, que se dedica à investigação sobre potenciais fontes de tsunamis localizadas perto da costa.

Fonte: Observatório do Algarve - ver notícia

sexta-feira, novembro 16, 2007

IV aniversário do Núcleo de Montanheiros da ilha do Pico

Nos próximos dias 16 e 17 de Novembro, o Núcleo de Montanheiros da Ilha do Pico comemora o seu quarto aniversário.

Os sócios poderão acompanhar a comemoração através do seguinte programa:

16 de Novembro

Centro Multimédia de São Roque
Professor Doutor João Pedro Barreiros (Universidade dos Açores)

20.30 horas - Palestra "Espécies marinhas de interesse comercial nos Açores“

21.00 horas – Apresentação do livro “Animais marinhos dos Açores. Perigosos e Venenosos”


17 de Novembro

Porto da Madalena

09.30 horas – Passeio Pedestre no Porto da Madalena – Porto do Calhau (observação da orla costeira, com cerca de 5 km, integrado nas campanhas do projecto Coastwatch).

Gruta das Torres

14.30 horas – Visita à Gruta das Torres (troço a montante, não aberto ao público).

17.00 horas – Beberete comemorativo


Notícia: Os Montanheiros (via Blog Profundezas)

Judgment Day: the Day After

Na sequência do nosso post A fé que não tem coragem de se mostrar, publicamos outro post, do Blog De Rerum Natura, de autoria da Doutora Palmira F. da Silva:



No dia 19 de Outubro de 2004, o conselho de área escolar do distrito de Dover (Pensilvânia, EUA) votou favoravelmente por 6-3 a inclusão do «desenho inteligente», DI, no currículo das escolas da zona. A decisão unilateral do conselho escolar de Dover mereceu protestos veementes dos professores de ciência locais, que, como seria expectável, consideram que o DI não é ciência.


Em 26 de Setembro de 2005 iniciou-se na pequena cidade de Harrisburg, Pensilvânia, o julgamento que ficou conhecido como o julgamento de Kitzmiller, de Tammy Kitzmiller (um dos 11 pais que apresentaram a queixa) et al contra o conselho de área escolar de Dover. Os queixosos, que incluíam ainda as associações laicas American Civil Liberties Union e Americans United for the Separation of Church and State, assentaram o processo no facto de o DI ser religião e ensinar religião como se fosse ciência nas escolas públicas é uma clara violação da Constituição americana.


Em meados de Dezembro do mesmo ano, foi conhecida a decisão do juíz John Jones, um juíz nomeado por Bush e como tal dificilmente acusável de ser um militante (esquerdista) ateu, em relação ao caso. Numa decisão crucial, especialmente se considerarmos o sistema judicial americano em que decisões anteriores sobre um dado tema são utilizadas na determinação de sentenças posteriores, o juiz federal decidiu que o ensino do desenho (pouco) inteligente é inconstitucional já que viola a separação da Igreja e do Estado preconizada na Constituição americana.

Que o DI não passa de religião é explicado pelo juíz na sua opinião de 139 páginas (pdf disponível), muito bem fundamentada e que não deixa margem de manobra ou apelo aos DIistas, «Nós concluímos que não é [ciência] e para além disso que o DI não se consegue separar dos seus antecedentes criacionistas e como tal religiosos».

Podemos ler ainda a opinião do juíz sobre os membros do Conselho de educação que segundo ele disfarçaram os seus verdadeiros motivos (religiosos) para introduzir o DI nos curricula de ciências do distrito de Dover, decisão classificada de «inanidade de tirar a respiração»: «Nós concluímos que os motivos seculares utilizados pelo Conselho não são mais que um pretexto para o verdadeiro objectivo do Conselho, que era a promoção da religião nas salas de aulas públicas».

O juiz, evidenciando que de facto ouviu os muitos cientistas que testemunharam no julgamento e percebeu os motivos religiosos de, por exemplo, Michael Behe - que admitiu que a plausibilidade do DI depende de se acreditar em deus -, declarou que:

«Na realidade a teoria da evolução de Darwin é imperfeita. No entanto, o facto de que uma teoria científica não consegue ainda explicar todos os pontos não deveria ser usado como pretexto para impingir nas salas de aulas de ciências uma hipótese alternativa não falseável e baseada em religião ou para denegrir propostas científicas bem estabelecidas».

Está disponível em português na Crítica, Revista de Filosofia e Ensino, um artigo que conta alguns pormenores da história, escrito por um cientista da Universidade de Chicago, Jerry Coyne, «A fé que não tem coragem de se mostrar», cuja leitura recomendo.

A PBS NOVA realizou um documentário, Judgment Day que foi para o ar ontem, sobre o acontecido. PZ Myers, que analisa a reacção ao documentário dos fundamentalistas do Discovery Institute, indica que essencialmente o documentário deixa claro que o DI não é ciência, é religião pura e dura. Ken Miller, um biólogo (católico) da Universidade Brown, resume na página da PBS a sua apreciação : «[O DI] basicamente pretende trazer o sobrenatural para a ciência. E isso acabaria destruindo quer a ciência quer a religião».

Durante o julgamento, foi ouvido John Haught, professor de teologia na Universidade de Georgetown, chamado a depôr para esclarecer as diferenças filosóficas entre ciência e religião, já que a tarefa (impossível) do advogado de defesa do Conselho Escolar, Richard Thompson, consistiu em (tentar) argumentar que o DI é ciência e não religião.

O testemunho foi completamente contraproducente para o efeito até porque algumas perguntas de Thompson foram autênticos tiros no pé, nomeadamente quando alvitrou que Deus poderia ter feito o genoma dos homens e «macacos» parecer semelhante e, como tal, o conceito de que estamos relacionados por um ancestral comum é «mera conjectura»! Ou seja, a pergunta de Thompson estabeleceu claramente a diferença entre realidade factual e ficção mitológica, entre uma teoria genuinamente científica (fundamentada em factos) e uma explicação religiosa (essa sim mera conjectura sem qualquer suporte experimental).

Se a vida evoluiu segundo uma padrão hierárquico em que novas espécies derivam de espécies já existentes preservando variabilidade genética, então deveremos encontrar os mesmos padrões a nível genético em espécies próximas nesta hierarquia. Se o homem e o chimpazé partilham um ancestral comum devem apresentar genomas semelhantes, como apresentam de facto. Se recuarmos na cadeia ancestral (usando as árvores filogenéticas propostas por dados anatómicos, genéticos e fósseis) devemos encontrar genomas cada vez mais diferentes à medida que recuamos na árvore da evolução, uma vez que os genomas tiveram mais tempo para divergir e acumular diferenças.

E é exactamente o que encontramos. A teoria da evolução é consistente com todos os dados disponíveis e é portanto falsificável. O ancestral comum para o homem e o chimpanzé caíria por terra se a análise genética das espécies não o corroborasse. O DI teria exactamente a mesma resposta se, por acaso, os genomas do homem e do chimpanzé fossem radicalmente diferentes: os desígnios insondáveis do deus«designer»! Desígnios que são «corroborados» por quaisquer dados e os seus opostos já que são insondáveis (aka não falsificáveis)... isto é, assentes em lucubrações/conjecturas teológicas e não em ciência, aliás são a antítese da ciência!

Ken Miller, um comunicador fabuloso, explica neste vídeo em detalhe o tiro no pé do advogado do Discovery Institute. Os interessados podem assistir no YouTube a uma palestra (de cerca de duas horas) de Ken Miller sobre o DI na Case Western University.

Observação Astronómica em Leiria - 19.11.2007



No próximo dia 19 de Novembro de 2007 inicia-se a 10ª edição da Semana da Ciência e da Técnica, que integra o Dia Nacional da Cultura Cientifica (24 de Novembro, data do nascimento do professor Rómulo de Carvalho e do seu alter-ego António Gedeão). Como não podia deixar de ser, este Blog associa-se ao evento, promovendo duas actividades (a que referimos no título deste post e outra que mais tarde divulgaremos...).

Assim estão desde já convidados para a observação astronómica, a realizar em 19.11.2007 (2ª-feira) na Escola Correia Mateus em Leiria, entre as 21.00 e as 24.00 horas. Não é preciso inscreverem-se, basta trazerem roupa quente (gorro, cachecol, luvas e roupa interior...) e, se quiserem ou puderem, comida/bebida para partilhar (e aquecer a alma, como diz um amigo meu...) e meios de observação astronómica (mapas, binóculos, telescópios, etc).

Agradece-se a divulgação deste evento...


Link para o CARTAZ - AQUI.

quinta-feira, novembro 15, 2007

A fé que não tem coragem de se mostrar

Da revista on-line Crítica, dedicada à divulgação, ensino e investigação filosófica e dirigida pelo filósofo Desidério Murcho, publicamos o início de um artigo sobre criacionismo e ID:

O processo contra o "desígnio inteligente"
Jerry Coyne
Universidade de Chicago

Exactamente oitenta anos após o processo de Dayton, Tennessee, que ficou conhecido como o John Scopes "monkey trial", a história está prestes a repetir-se. Numa sala de audiências em Harrisburg, Pennsylvania, desde fins de Setembro cientistas e criacionistas travam uma luta para saber se e como os estudantes do liceu, em Dover, irão aprender a respeito da evolução biológica. Poder-se-ia presumir que estas batalhas tinham acabado mas isso seria subestimar o furor (e a ingenuidade) dos criacionistas escarnecidos.

O julgamento Scopes dos dias de hoje — Kitzmiller e outros contra Distrito Escolar da Zona de Dover e outros — começou de forma inócua. Na primavera de 2004, a comissão de revisão do manual escolar do distrito recomendou que um novo manual escolar comercial substituísse o obsoleto manual de biologia. Na reunião do conselho de instrução, em Junho, o presidente da comissão curricular, William Buckingham, queixou-se de que o livro proposto para revisão estava "estreitamente ligado ao Darwinismo". Depois de desafiar a audiência para que recuasse nas suas origens até ao macaco sugeriu que um manual mais apropriado deveria incluir a teoria bíblica da criação. Quando foi questionado sobre se isso poderia ofender aqueles que professassem outras crenças, Buckingham retorquiu: "Este país não foi fundado sobre as crenças muçulmanas ou sobre a evolução. Este país foi fundado a partir da Cristandade e os nossos estudantes devem ser ensinados como tal". Uma semana mais tarde, defendendo o seu ponto de vista, Buckingham alegadamente argumentou: "Há dois mil anos alguém morreu numa cruz. Será que ninguém pode defendê-lo?". E acrescentou: "Em lado algum a Constituição exige a separação entre a igreja e o estado".

Depois de um verão de discussões acaloradas mas inconclusivas, em 18 de Outubro de 2004 o conselho de instrução de Dover aprovou, por seis votos a favor e três contra, uma resolução que diz: "Os estudantes serão postos ao corrente dos problemas/lacunas existentes na teoria de Darwin bem como de outras teorias da evolução incluindo, mas não só, o desígnio inteligente. Nota: A Origem da Vida não é ensinada". Decorrido um mês, o distrito escolar de Dover emitiu uma nota de imprensa divulgando a forma como a alternativa do "desígnio inteligente" devia ser exposta. Antes de começar a ensinar a evolução, os professores de biologia teriam de ler aos seus alunos do nono ano uma declaração que incluísse as seguintes palavras:

Os Padrões Académicos da Pennsylvania exigem que os estudantes aprendam a Teoria da Evolução de Darwin e que, em tempo oportuno, se submetam a um teste estandardizado do qual a evolução faz parte.
Porque a Teoria de Darwin é uma teoria, continua a ser testada à medida que são descobertas novas evidências. A Teoria não é um facto. Na Teoria existem lacunas para as quais não há provas… O desígnio inteligente é uma explicação sobre a origem da vida que difere da perspectiva de Darwin. A obra de consulta, Of Pandas and People, é útil para que os estudantes vejam se gostariam de explorar esta perspectiva num esforço para alcançar uma compreensão do que implica, de facto, o desígnio inteligente. Tal como acontece com qualquer teoria, os estudantes são encorajados a manter o espírito aberto.

Embora previsíveis, os resultados foram dramáticos. Dois membros do conselho de instrução demitiram-se. Os oito professores de ciências do Liceu de Dover enviaram uma carta ao inspector escolar salientando que "o desígnio inteligente não é ciência. Não é biologia. Não é uma teoria científica aceite". Os professores de biologia pediram para serem dispensados de ler a declaração, alegando que fazê-lo significaria "deturpar, com conhecimento e intencionalmente, as matérias ou o curriculum", uma violação das normas do seu código profissional. E assim, em Janeiro deste ano, todas as turmas de biologia do nono ano foram visitadas pelo próprio inspector auxiliar, que leu o aviso obrigatório enquanto os professores e alguns alunos abandonaram a sala.

Para ler o resto texto (que é fantástico) clicar AQUI.

Peixes e tugas

O Blog Ciência ao Natural continua ímpar - os textos do Luís Azevedo Rodrigues fazem-nos cada vez mais recordar o saudoso Stephen Jay Gould. Vejam só a delícia (também baco-gastronómica) deste post:



(Publicado no jornal O Primeiro de Janeiro a 15/11/2007)

Pela segunda vez num curto espaço de tempo, a nomenclatura zoológica ocupa este espaço, depois de “Chernes e ornitorrincos”.

Explico: num hilariante artigo de Ferreira Fernandes no DN, soube da troca de galhardetes, entre o colunista Tony Parsons, do Daily Mirror e o embaixador português em Londres. Por motivos que aqui não repetirei, o cronista britânico dirigiu-se ao representante luso nos seguintes termos: "Feche a sua estúpida boca de comedor de sardinhas." Não terá tomado muito chá este Tony Parsons.



O provérbio português afirma que “A mulher e a sardinha nem a maior nem a mais pequenina”, apoiando que o ponto médio da distribuição de tamanhos da sardinha será a melhor em termos gastronómicos. Quanto às mulheres talvez não seja tão verdade como isso. Ao jornalista inglês faltou um pouco de meio-termo, pois ansiava que o embaixador tivesse afastado a brasa da sua sardinha e, já agora se possível, sem a comer…

Peixe não puxa carroça, mas neste caso o cronista do Daily Mirror sem dúvida que a puxou …

Estes mimos zoo-gastronómicos acordaram outras memórias da relação cultural dos portugueses com os peixes.



Em visita familiar ao Brasil, e para além de habitual repertório de anedotas sobre lusitanos, foi avisado de que os nossos conterrâneos eram frequentemente chamados de “papa-bacalhau” devido à nossa paixão por aquele peixe.

Há cinco anos atrás, encontrava-me a trabalhar no American Museum of Natural History, quando outra referência ao fiel-amigo e os portugueses, foi-me introduzida por uma zoóloga canadiana. Durante a nossa apresentação, fui brindado com “Ah, vocês comem muito bacalhau, não comem? É que os stocks estão quase a desaparecer por vossa causa!” Depois do aperto-de-bacalhau literal, tentei argumentar que o bacalhau era muito mais do que um mero alimento em Portugal, que o papel deste peixe na vida dos portugueses não se limitava apenas a satisfazer a gula de uma qualquer refeição. Como castigo desta argumentação, pouco tempo depois andava eu, desesperado de desejo, pelos supermercados mexicanos de Brooklyn à procura de uma mísera posta de bacalhau…



Continuando em ambiente
ictiológico, sempre que num congresso ou numa revista científica um grande especialista opina, é habitual que os colegas portugueses o designem por truta. Não imagino a origem de tal designação nem o porquê de sermos um povo que apesar de venerar dois peixes de mar – o bacalhau e a sardinha – utilizarmos um peixe de rio como sinónimo de perito.

Paradoxalmente ao que se diz no ambiente académico, aprendi que “A truta e a mentira, quanto maior melhor”. Resta-me apenas continuar a aprender com os trutas da minha área…já agora, de todas as áreas.



Apesar de se poder cair na brejeirice, a alusão piscícola que mais me agrada, é a proferida pela comunidade masculina sempre que se avista uma representante do sexo feminino de bela morfologia: “Mas que faneca!”.

Concluindo só me resta concordar com o dito “O peixe deve nadar três vezes: em água, em molho e em vinho.”

Imagens:
EGEAC
Pieter Bruegel - "Les gros poissons mangent les petits" (1557)
Prato de bacalhau com grão
Cate Blanchett, actriz de "Little Fish"
Gustave Klimt - "The Blood of Fish" (1898)

Ultima Patagonia 2008

Do Blog GeoLeiria publicamos, de Sofia Reboleira, o seguinte post:


De Janeiro a Fevereiro de 2008 irá ter lugar na Ilha "Madre de Dios", na Patagónia Chilena a expedição espeleológica "Ultima Patagonia 2008".

O arquipélago da Madre de Dios oferece um excepcional terreno para a investigação científica, em virtude da sua paisagem virgem e da sua posição geográfica, situada na confluência de influências polares e marítimas.

Este meio hostil, frio e hiper-húmido permitiu a evolução de um deslumbrante modelado cársico, sem comparação na face da Terra.

Ao longo das expedições de 2000 e 2006, foram recolhidas informações científicas sobre este arquipélago, que serão utilizadas para compreender e preservar este extraordinário património. A informação, relativa às duas expedições prévias encontra-se compilada no relatório do ano passado (Relatório 2006).

O projecto científico "Ultima Patagonia 2008" conjuga organizações públicas e privadas que irão trabalhar num quadro de cooperação com a equipa Franco-Chilena.

Podem consultar o site oficial da expedição em: Centre de Terre

Chuva de estrelas deste fim-de-semana

ENXAME DE METEOROS DAS LEÓNIDAS

Neste momento a Terra cruza a órbita do Cometa Tempel-Tuttle e são os restos deste cometa os responsáveis pelo enxame de estrelas que decorre anualmente entre 14 e 20 deste mês, o enxame das Leónidas.

As noites de 17, 18 e 19, são as datas de máxima intensidade desta chuva. O número de estrelas cadentes observado por hora não é muito elevado, mas há boas esperanças que, pelo facto de o cometa ter passado pelo Sol há pouco tempo, haja este ano um aumento significativo de meteoros.

Os apaixonados por este tipo de fenómenos, e os curiosos em geral, poderão nas próximas noites perder algumas horas de sono para apreciar este belo espectáculo.

Os cálculos mostram que em Portugal a observação do pico das Leónidas, será na madrugada do próximo dia 18 de Novembro de 2007, domingo, pelas 02.46 horas muito antes da alvorada. Só nos resta esperar boas condições meteorológicas

O nome deste enxame resulta de os traços das suas estrelas cadentes nos parecerem sair dum ponto da constelação do Leão (o radiante). Como esta constelação só começa a nascer lá para a meia-noite, as observações deverão iniciar-se na 2ª metade da noite.

Conselhos: ir para um local escuro, fora das luzes dos centros populacionais, com um horizonte desimpedido; esperar que os olhos se habituem à obscuridade (cerca de 15 minutos); ir agasalhado e, para maior comodidade, levar uma cadeira (do tipo de cadeira de bordo ou de praia) para poder olhar bem para o alto.

Se o céu se apresentar límpido terá uma maravilhosa visão do céu... Ver-se-á Saturno (mesmo na constelação do Leão) e as maravilhosas estrelas e constelações de Inverno já aparecerão em todo o seu esplendor: Aldebarã e as Pleiades do Touro, a linda Capela muito alta, a brilhante Sirius, Procyon, os Gémeos Castor e Polux, e baixa, a estrela Arcturus.

Não oferecendo perigo para a Terra, estes meteoros poderão eventualmente danificar os inúmeros satélites, científicos e de comunicações, que orbitam a Terra.

Para obter mais informação sobre os "Enxames de Meteoróides" consulte no nosso site a página Almanaques/Outros elementos

Para ver uma imagem que representa o céu às 03h na madrugada do dia 18 de Novembro, consulte:

http://www.oal.ul.pt/index.php?link=destaque&id=88

Palestra no Observatório Astronómico de Lisboa

PALESTRA PÚBLICA - 23 de Novembro

A Investigação em Astronomia e Astrofísica no OAL

O Observatório Astronómico de Lisboa (OAL) retomou as suas Palestras públicas mensais, que como habitualmente têm lugar no Edifício Central, pelas 21h30 da última sexta-feira de cada mês.

A próxima sessão fugirá a esta regra e decorrerá no dia 23 de Novembro tendo como título:

A Investigação em Astronomia e Astrofísica no OAL

Prof. João Lin Yun e Doutor José Afonso (CAAUL)

Palestra sobre a Investigação em Astronomia e Astrofísica realizada no Observatório Astronómico de Lisboa. Esta sessão será apresentada pelo Prof. Doutor Paulo Crawford, coordenador do Centro, e terá a participação do Prof. Doutor João Lin Yun que falará da investigação sobre "A Origem das Estrelas e Planetas" e do Doutor José Afonso, que falará da pesquisa no âmbito das "Galáxias e Evolução do Universo".

A palestra terá videodifusão ao vivo na internet no endereço:
http://live.fccn.pt/oal/

A entrada na Tapada da Ajuda faz-se pelo portão da Calçada da Tapada, em frente ao Instituto Superior de Agronomia.

No final de cada palestra, e caso o estado do tempo o permita, fazem-se observações dos corpos celestes com telescópio. Convida-se o público a trazer os seus binóculos ou mesmo pequenos telescópios caso queiram realizar as suas próprias observações ou ser ajudados com o seu funcionamento.

Ante-estreia do Filme Científico em Estremoz

CONVITE

19 de Novembro de 2007

Teatro Bernardim Ribeiro, Estremoz, às 17.30 horas

com a presença do Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior José Mariano Gago

De 19 a 25 de Novembro comemora-se em todo o país a SEMANA DA CIÊNCIA E DA TECNOLOGIA.

Neste âmbito, o Centro Ciência Viva de Estremoz gostaria de contar com a sua presença para a ante-estreia do Filme Científico Jangada de Pedra; uma visita ao passado mais remoto, integrado no projecto o Centro Ciência Viva de Estremoz & a Cidade - Estremoz Cidade de Ciência.

Sismo no Chile

Ocorreu, ontem, dia 14.11.2007, pelas 15.40 horas (UTC) no Chile um sismo com magnitude 7,7 que foi sentido em (quase) toda a América do Sul. O Instituto de Meteorologia, citando erradamente o NEIC, dá-lhe magnitude de 6,6... Esta Instituição refere efectivamente o valor por nós citado - 7,7 de magnitude.

Estão referidos nas últimas actualizações das notícias apenas dois mortos e um aumento do preço de mercado do cobre (na zona há minas deste metal e a quantidade de Cu é tanta que o sismo fez tremer Wall Street).

quarta-feira, novembro 14, 2007

Sucesso e Insucesso: Escola, Economia e Sociedade


CONFERÊNCIA INTERNACIONAL
SUCESSO E INSUCESSO: ESCOLA, ECONOMIA E SOCIEDADE

19 e 20 de Novembro, das 9h30 às 18h00, Auditórios 2 e 3


Especialistas nacionais e estrangeiros analisarão alguns dos principais factores envolvidos no sucesso ou insucesso dos processos de aprendizagem, na perspectiva da formação de «capital humano» e de «capital social» em Portugal. No primeiro painel, será abordada a contribuição das neuro-ciências; no segundo, serão discutidos os factores de sucesso e insucesso escolar individual e colectivo; no terceiro, será analisado o processo de formação do «capital humano»; no último painel, serão por fim discutidos os problemas da produção de «capital social».

A conferência de abertura será proferida por Alexandre Castro Caldas e a de encerramento por John Field.


A Conferência será transmitida em directo desde o site da Gulbenkian.

Para mais informações e o programa detalhado, consulte: www.gulbenkian.pt



Post originalmente publicado no Blog GeoLeiria, por Sofia Reboleira.

III Congresso Internacional da Montanha




III Congresso Internacional da Montanha
Desporto e Turismo de Aventura
23 a 25 de Novembro, 2007 - Estoril, Portugal




O cim2007 vai decorrer de 23 a 25 de Novembro de 2007 no auditório da Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril. Conta com a participação de conferencistas nacionais e internacionais, bem como outros especialistas e entidades ligados ao ambiente, turismo activo e desportos de aventura.

Tem como principal objectivo promover o debate sobre a montanha e a animação desportiva. A pertinência dos seus temas advém da crescente importância do turismo natureza e da difusão actual do desporto de aventura.

Programa Provisório (Out.2007) já disponível.

Site do congresso: http://www.cim-estoril.com/


Post originalmente publicado no Blog GeoLeiria, por Sofia Reboleira.

terça-feira, novembro 13, 2007

Site: Index to Creationist Claims


Sugestão de leitura para quem tem de discutir Evolução com criacionistas:

http://talkorigins.org/indexcc/list.html

Está lá tudo...

GEOMORFOLOGIA 2008 - IV Congresso Nacional de Geomorfologia


A Associação Portuguesa de Geomorfólogos (APGeom) organiza o IV Congresso Nacional de Geomorfologia (GEOMORFOLOGIA 2008), que irá decorrer em Braga, entre 16 e 18 de Outubro de 2008.

Depois do sucesso dos anteriores congressos, realizados em Lisboa (2002), Coimbra (2004) e Funchal (2006), convidam-se os interessados nas várias áreas de trabalho da Geomorfologia e áreas de fronteira, a estar presentes no mais importante evento da Geomorfologia portuguesa. A 1ª Circular do Congresso e outras informações podem ser encontradas na renovada página web da APGeom (http://www.apgeom.pt).


1ª CIRCULAR:
http://www.apgeom.pt/siteApgeom/apgeom/geom2008_files/GEOM2008_C1.pdf


Via mailing-list da GEOPOR.

segunda-feira, novembro 12, 2007

Um cometa estranho?

Do Blog Nos Cromos do Cosnos (visitar com cuidado, não recomendável a menores de 18 anos...) publicamos o seguinte post:

Foto Ivan Eder

O cometa 17P/Holmes tem tido um comportamento estranho. Não exactamente como o do pai da noiva depois de uns copos mas mesmo assim estranho. Em Novembro de 1892 e em Janeiro de 1893, Holmes sofreu uma erupção no seu brilho. Em 1984, o astrónomo Fred Whipple, avançou com uma ideia. Terá o cometa um satélite?

Analisando as observações dessas duas erupções, Whipple concluiu que os fenómenos são consistentes com um encontro, de raspão, entre um pequeno satélite e o núcleo do cometa em Novembro de 1892 e de um outro em Janeiro de 1893. Depois da primeira erupção o brilho diminuiu ligeiramente entre 7 e 30 de Novembro mas o mesmo processo foi muito mais rápido depois de segunda erupção, por isso, o astrónomo sugeriu que o encontro de raspão espalhou detritos de grande dimensão na vizinhança do núcleo, mantendo a actividade durante semanas.

Esta ideia, datada de 1984, pode aplicar-se aos acontecimentos observados agora. De tempos a tempos um fragmento pode atingir o núcleo do cometa causando uma nova erupção no brilho. É possível que seja assim: há asteróides que têm satélites porque não os cometas também? Além disso, fragmentos evoluindo em torno do núcleo irregular do cometa teriam órbitas muitos instáveis e de tempos a tempos muito naturalmente colidiriam com ele ou voariam para o Espaço. Mas tudo isto é uma especulação apenas, pois ninguém sabe ainda o que se passa com o cometa 17 P/Holmes.

Cometa 17P/Holmes


O cometa Holmes continua visível, no céu.

A cabeleira está maior, embora a sua magnitude tenha descido.

Isto é: perdeu intensidade, o seu brilho. Na carta celeste que mostramos, cortesia da revista de astronomia Sky and Telescope, mostramos a sua localização. Deve-se olhar para os céus altos na direcção de noroeste. Como ponto de referência procurar a constelação Cassiopeia, que é bem visível pois as suas estrelas parecem formar um W. Aproveitar este fim de semana, ao cair da noite, antes que a Lua venha por aí, de novo, a estragar tudo...


Post roubado ao Blog Astronomia-Algarve, de Vieira Calado.

Palestra no Planetário de Lisboa

No âmbito do Dia Nacional da Cultura Científica, 24 de Novembro próximo, haverá um evento especial no Planetário Calouste Gulbenkian (Lisboa), com os seguintes pontos:

Início das actividades: 15:30 horas

Final das actividades: 17:30 horas

Público - alvo: Público em geral


-Programa com entrada livre:
  • Exibição da sessão "HUBBLE VISION - Uma nova visão do Universo".
  • Visita à exposição fotográfica na galeria alusiva ao tema da sessão.
  • Palestra no auditório sobre Astronomia - "Visita guiada ao Céu" - proferida pelo Dr. Guilherme de Almeida.

No final o palestrante realiza uma sessão de autógrafos no seu livro ROTEIRO DO CÉU.

Yellowstone rising

Volcano inflating with molten rock at record rate

The Yellowstone “supervolcano” rose at a record rate since mid-2004, likely because a Los Angeles-sized, pancake-shaped blob of molten rock was injected 6 miles beneath the slumbering giant, University of Utah scientists report in the journal Science.
Volcano inflating with molten rock at record rate

“There is no evidence of an imminent volcanic eruption or hydrothermal explosion. That’s the bottom line,” says seismologist Robert B. Smith, lead author of the study and professor of geophysics at the University of Utah. “A lot of calderas [giant volcanic craters] worldwide go up and down over decades without erupting.”

View from Above Yellowstone

Caption: This digital elevation map of Yellowstone and Grand Teton national parks was overlaid with elevation change data (colors) from Global Positioning System receivers and satellite measurements. A University of Utah study of the data indicates the giant Yellowstone "supervolcano" is rising upward faster than ever observed. The red arrows pointing up represent uplift of the Yellowstone caldera, or volcanic crater, while the downward red arrows show sinking of the land near Norris Geyser Basin. The black arrows indicate lateral or horizontal ground movement. (A higher-resolution version of this image may be obtained from leesiegel@ucomm.utah.edu)

Credit: Adapted by Wu-Lung Chang, University of Utah, from E.V. Wingert in "Windows into the Earth," Smith and Siegel.

The upward movement of the Yellowstone caldera floor – almost 3 inches (7 centimeters) per year for the past three years – is more than three times greater than ever observed since such measurements began in 1923, says the study in the Nov. 9 issue of Science by Smith, geophysics postdoctoral associate Wu-Lung Chang and colleagues.

“Our best evidence is that the crustal magma chamber is filling with molten rock,” Smith says. “But we have no idea how long this process goes on before there either is an eruption or the inflow of molten rock stops and the caldera deflates again,” he adds.

The magma chamber beneath Yellowstone National Park is a not a chamber of molten rock, but a sponge-like body with molten rock between areas of hot, solid rock.

Chang, the study’s first author, says: “To say if there will be a magma [molten rock] eruption or hydrothermal [hot water] eruption, we need more independent data.”

Calderas such as Yellowstone, California’s Long Valley (site of the Mammoth Lakes ski area) and Italy’s Campi Flegrei (near Naples) huff upward and puff downward repeatedly for decades to tens of thousands of years without catastrophic eruptions.

Smith and Chang conducted the study with University of Utah geophysics doctoral students Jamie M. Farrell and Christine Puskas, and with geophysicist Charles Wicks, of the U.S. Geological Survey in Menlo Park, Calif.

Yellowstone: A Gigantic Volcano Atop a Hotspot

Yellowstone is North America’s largest volcanic field, produced by a “hotspot” – a gigantic plume of hot and molten rock – that begins at least 400 miles beneath Earth’s surface and rises to 30 miles underground, where it widens to about 300 miles across. There, blobs of magma or molten rock occasionally break off from the top of the plume, and rise farther, resupplying the magma chamber beneath the Yellowstone caldera.

Previous research indicates the magma chamber begins about 5 miles beneath Yellowstone and extends down to a depth of at least 10 miles. Its heat powers Yellowstone’s geysers and hot springs – the world’s largest hydrothermal field.

As Earth’s crust moved southwest over the Yellowstone hotspot during the past 16.5 million years, it produced more than 140 cataclysmic explosions known as caldera eruptions, the largest but rarest volcanic eruptions known. Remnants of ancient calderas reveal the eruptions began at the Oregon-Idaho-Nevada border some 16.5 million years ago, then moved progressively northeast across what is now the Snake River Plain.

Yellowstone Magma Chamber Exposed

Caption: The orange shapes in this image represent the magma chamber -- a chamber of molten and partly molten rock -- beneath the giant volcanic crater known as the Yellowstone caldera, which is represented by the rusty-colored outline at the top. The red rectangular slab-like feature is a computer-generated representation of molten rock injected into the magma chamber since mid-2004, causing the caldera to rise at an unprecedented rate of almost 3 inches a year, according to a new University of Utah study. In reality, the injected magma probably is shaped more like a pancake than a slab. The two rusty circles within the caldera outline represent the resurgent volcanic domes above the magma chamber.

Credit: Wu-Lung Chang, University of Utah.

The hotspot arrived under the Yellowstone area sometime after about 4 million years ago, producing gargantuan eruptions there 2 million, 1.3 million and 642,000 years ago. These eruptions were 2,500, 280 and 1,000 times bigger, respectively, than the 1980 eruption of Mount St. Helens. The eruptions covered as much as half the continental United States with inches to feet of volcanic ash.

The most recent giant eruption created the 40-mile-by-25-mile oval-shaped Yellowstone caldera. The caldera walls have eroded away in many areas – although they remain visible in the northwest portion of the park. Yellowstone Lake sits roughly half inside and half outside the eroded caldera. Many smaller volcanic eruptions occurred at Yellowstone between and since the three big blasts, most recently 70,000 years ago. Smaller steam and hot water explosions have been more frequent and more recent.

Measuring a Volcano Getting Pumped Up

In the new study, the scientists measured uplift of the Yellowstone caldera from July 2004 through the end of 2006 with two techniques:
  • Twelve Global Positioning System (GPS) ground stations that receive timed signals from satellites, making it possible to measure ground uplift precisely.
  • The European Space Agency’s Envisat satellite, which bounces radar waves off the Yellowstone caldera’s floor, another way to measure elevation change.
The measurements showed that from mid-2004 through 2006, the Yellowstone caldera floor rose as fast as 2.8 inches (7 centimeters) per year – and by a total of 7 inches (18 centimeters) during the 30-month period, Chang says.

“The uplift is still going on today but at a little slower rate,” says Smith, adding there is no way to know when it will stop.

Smith says the fastest rate of uplift previously observed at Yellowstone was about 0.8 inch (2 centimeters) per year between 1976 and 1985.

He says that Yellowstone’s recent upward motion may seem small, but is twice as fast as the average rate of horizontal movement along California’s San Andreas fault.

The current uplift is faster than ever observed at Yellowstone, but may not be the fastest ever, since humans weren’t around for its three supervolcano eruptions.

Chang, Smith and colleagues conducted computer simulations to determine what changes in shape of the underground magma chamber best explained the recent uplift.

The simulations or “modeling” suggested the molten rock injected since mid-2004 is a nearly horizontal slab – known to geologists as a sill – that rests about 6 miles (10 kilometers) beneath Yellowstone National Park. The slab sits within and near the top of the pre-existing magma chamber, which resembles two anvil-shaped blobs expanding upward from a common base.

Smith describes the slab’s computer-simulated shape as “kind of like a mattress” about 38 miles long and 12 miles wide, but only tens or hundreds of yards thick.

In reality, he believes the slab resembles a large, spongy pancake formed as molten rock injected from below spread out near the top of the magma chamber.

The pancake of molten rock has an area of about 463 square miles, compared with 469 square miles of land for the City of Los Angeles.

Smith and colleagues believe steam and hot water contribute to uplift of the Yellowstone caldera, particularly during some previous episodes, but evidence indicates molten rock is responsible for most of the current uplift.

Chang says that when rising molten rock reaches the top of the magma chamber, it starts to crystallize and solidify, releasing hot water and gases, pressuring the magma chamber. But gases and steam compress more easily than molten rock, so much greater volumes would be required to explain the volcano’s inflation, the researchers say.

Also, large volumes of steam and hot water usually are no deeper than 2 miles, so they are unlikely to be inflating the magma chamber 6 miles underground, Smith adds.

Ups and Downs at Yellowstone

Conventional surveying of Yellowstone began in 1923. Measurements showed the caldera floor rose 40 inches during 1923-1984, and then fell 8 inches during 1985-1995.

GPS data showed the Yellowstone caldera floor sank 4.4 inches during 1987-1995. From 1995 to 2000, the caldera rose again, but the uplift was greatest – 3 inches – at Norris Geyser Basin, just outside the caldera’s northwest rim.

During 2000-2003, the northwest area rose another 1.4 inches, but the caldera floor itself sank about 1.1 inches. The trend continued during the first half of 2004. Then, in July 2004, the caldera floor began its rapid rate of uplift, followed three months later by sinking of the Norris area that continued until mid-2006.

Smith believes that uplift of the middle of the caldera decreased pressure within rocks along the edges of the giant crater, “so it allowed fluids to flow into the area of increased porosity.” That, in turn, triggered small earthquakes along the edge of the “pancake” of magma. The amount of hot water flowing out of the deflated Norris area is much smaller than the volume of magma injected beneath the caldera, Smith says.

Fonte: EurekAlert! -Science News - AQUI