O
sismo de Sichuan de 2008 foi um violento
sismo que abalou a zona de
Wenchuan, na província de
Sichuan, na
República Popular da China às 14.28.04, hora local, (06.28.04
GMT) em
12 de maio de
2008. O terramoto teve magnitude 8,0 na
Escala de Richter, de acordo com o Centro de Pesquisas
Sismológicas da China e o
United States Geological Survey. O sismo foi sentido em localidades tão longínquas quanto
Beijing e
Xangai, onde edifícios de escritórios balançaram com o impacto,
Paquistão,
Tailândia, e na capital do
Vietname,
Hanói. A maior cidade próxima ao
epicentro do terremoto é
Chengdu, capital da província de
Sichuan.
Estima-se
que mais de 85.000 pessoas terão falecido e mais de 358.000 tenham
ficado feridas devido a este sismo, enquanto as buscas continuavam. Na
área de
Mianzhu, perto do epicentro do sismo, e da cidade de
Mianyang, houve um grande número de vítimas, assim como perto do condado de
Beichuan Qiang, onde 80% das construções foram destruídas.
Uma réplica de forte intensidade ocorreu em
18 de maio às 01.08 horas locais.
O governo decretou três dias de luto nacional pelas vítimas mortais do sismo.
Informação oficial
Os
números oficiais de vítimas eram, a 21 de maio, de 41.353 mortes
confirmadas, incluindo 40.854 só na província de Sichuan, e 274.683
feridos. O governo da República Popular da China alertou para a
possibilidade de o número total de vítimas mortais poder chegar às
50.000. Havia ainda milhares de desaparecidos e aproximadamente 14.000
pessoas soterradas, em oito províncias. Foi o mais forte e mortífero
sismo na China desde o
sismo de Tangshan de 1976, que matou mais de 250.000 pessoas.
Riscos ambientais
A descoberta de milhares de
toneladas de produtos químicos perigosos e as fortes chuvas agravam a ameaça representada por um
lago que se formou na cidade de
Tangjiashan após o terremoto, e pelas fugas de material
radioativo, provocadas pelo tremor de terra de 12 de maio. A província de Sichuan é a principal base de guarda do
arsenal nuclear chinês.
Cerca de 5.000 toneladas de produtos químicos, dentre os quais
ácido sulfúrico e
ácido clorídrico, estavam guardados em diferentes locais, a
jusante
do lago, e tiveram que ser transferidas para lugares seguros. As
autoridades também retiraram mais de 150.000 habitantes dessas áreas,
pois, segundo Alexander Densmore,
sismólogo da Universidade de
Durham na
Grã-Bretanha, havia grande possibilidade de rutura súbita do
reservatório,
com inundação de extensas áreas na região. "Esses lagos, formados pelo
deslizamento de terras, representam uma ameaça importante em regiões
montanhosas e em vales estreitos, onde um pequeno volume de material
pode provocar uma obstrução total."
Em Sichuan há um grande número de
barragens hidráulicas,
o que poderia significar a ocorrência de catástrofes em cadeia, se uma
retenção natural transbordasse ou se uma barragem, fragilizada pelo
sismo, se rompesse.