Jacques de Molay (Vitrey,
1243/
1244 ou
1249/
1250 -
Paris,
18 de
março de
1314) nasceu no
Condado da
Borgonha e pertencia a uma família da pequena
nobreza franca.
(...)
Esta manobra régia impedira o inquérito pontifício pedido pelo próprio
grão-mestre, o qual interno à
Igreja, discreto e desenvolvido com base no direito canónico, emendaria a ordem das suas faltas promovendo a sua reforma interna.
A
prisão, as
torturas,
as confissões do grão-mestre, criam um conflito diplomático com a
Santa Sé, sendo o papa o único com autoridade para efetuar esta ação.
Depois de uma
guerra diplomática face ao processo instaurado contra a ordem entre
Filipe, o Belo e
Clemente V, chegam a um impasse, pois estando o
grão-mestre e o
Preceptor da
Normandia, Geoffroy de Charnay sob custódia dos agentes do
rei, estão no entanto protegidos pela imunidade sancionada pelo
papa e absolvidos não podendo ser considerados
heréticos.
Em
1314 o
rei
pressiona para uma decisão relativa à sorte dos prisioneiros. Já num
estado terminal da sua doença, com violentas hemorragias internas que o
impedem de sair do leito,
Clemente V
ordena que uma comissão de bispos trate da questão. As suas ordens
seriam a salvação dos prisioneiros ficando estes num regime de prisão
perpétua sob custódia apostólica e assegurando ao
rei
que a temida recuperação da ordem não será efetuada. Perante a
comissão Jacques de Molay e Geoffroy de Charnay proclamam a inocência
de toda a ordem face às acusações dirigidas a ela, a comissão para o
processo e decide consultar a vontade do papa neste assunto.
Ao ver que o processo estava ficando fora do seu controle e estando a absolvição da ordem ainda pendente,
Filipe, o Belo
decide um golpe de mão para que a questão templária fosse terminada,
ordena o rapto de Jacques de Molay e de Geoffroy de Charnay, então sob
a custódia da comissão de bispos, e ordena que sejam queimados na
fogueira na
Ile de la Cité pouco depois das vésperas em
18 de
março de
1314.
(...)
Jacques
DeMolay, durante a sua morte na fogueira, intimou aos seus três
carrascos a comparecer diante do tribunal de Deus, amaldiçoando os
descendentes do Rei da França, Filipe o Belo. O primeiro a morrer foi o
Papa Clemente V, logo em seguida o Chefe da Guarda e conselheiro real,
Guilherme de Nogaret, e no dia 27 de novembro de 1314 morreu o rei
Filipe IV, com 46 anos de idade.