Mostrar mensagens com a etiqueta expansão dos fundos oceânicos. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta expansão dos fundos oceânicos. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, fevereiro 22, 2024

A tectónica de placas explicada suavemente - versão Atlântico...

O Atlântico está a aumentar 4 centímetros por ano. Os cientistas descobriram porquê

 

 

Crista Média-Atlântica, a laranja escuro, captada pelo Earth Observatory da NASA

 

Há décadas que a expansão do Atlântico desorienta os cientista, uma vez que este oceano não tem o tipo de densas placas tectónicas em movimento que marcam o fundo do Pacífico.

De acordo com um estudo publicado em 2021 na revista Nature, esta expansão está relacionada com a Crista Média Atlântica (CMA), cadeia de montanhas submarinas localizada a meio do oceano.

Nesta formação, concluiu o estudo, material anormalmente quente do núcleo da Terra, a cerca de 660 quilómetros abaixo da superfície, está a subir, empurrando as placas tectónicas e afastando-as.

A crosta terrestre está fragmentada em placas tectónicas que se encaixam como um puzzle. A CMA separa a placa da América do Norte da placa da Eurásia, e a placa da América do Sul da placa Africana.

Estas placas interagem - movendo-se juntas, afastadas, ou deslizando umas sob as outras -  originando vários fenómenos geológicos, como as erupções de vulcões e expansão do fundo do mar.

Anteriormente, pensava-se que o material que aflora sob fronteiras tectónicas como a CMA tinha origem perto da superfície da Terra.

No entanto, o estudo descobriu que a CMA é um ponto quente de convecção, onde magma e rocha das profundezas do manto podem chegar à superfície.

Esta descoberta ajudou a resolver o enigma: por que motivo as placas que circundam o Oceano Atlântico se movem sem que a força da gravidade esteja a puxar partes mais densas das placas para o interior da Terra.

Os investigadores colocaram 39 sismómetros debaixo de água para medir a atividade geológica, e observaram que, inesperadamente, as temperaturas na zona de transição do manto eram mais altas do que o esperado sob a CMA, permitindo que o material subisse mais facilmente.

“Este resultado emocionante foi completamente inesperado”, disse o geólogo Matthew Aguis, investigador da Universidade de Southampton e corresponding author do estudo, citado pelo Insider.

Segundo a geofísica Catherine Rychert, também investigadora da Universidade de Southampton, este processo começou há 200 milhões de anos.

A taxa de expansão pode mudar ao longo de milhões de anos, mas, diz a cientista, é de esperar que permaneça a mesma - cerca de 3.8 centímetros por ano - durante toda a nossa vida.

 

in ZAP