Um terramoto de magnitude 6,2 atingiu a região central da Itália a 24 de agosto de 2016 às 03.36 CEST (01.36 GMT), próximo do município de Nórcia, 75 km a sudeste de Perúgia e 45 km ao norte de Áquila, numa área de tríplice fronteira entre as regiões da Úmbria, do Lácio e das Marcas. A defesa civil italiana confirmou ao menos 299 mortos (só em Amatrice foram encontrados 224 corpos) e cerca de 368 feridos.
O terramoto inicial foi seguido de ao menos 200 tremores secundários (réplicas), um dos quais com magnitude 5,5. Minutos depois do primeiro tremor, outro sismo de magnitude 4,6 atingiu Rieti, na mesma região. O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) informou inicialmente que o terremoto teria ocorrido a uma profundidade de 10 km, com magnitude 6,4. A magnitude foi posteriormente corrigida pelo USGS para 6,2 enquanto que o Centro Sismológico Euro-Mediterrânico informou que a magnitude foi de 6,1.
Os primeiros relatórios indicavam graves danos em Amatrice, próximo do epicentro, e em Accumoli e Pescara del Tronto. O maior tremor e as suas réplicas foram percebidos em grande parte da região central da Itália, incluindo Roma, Nápoles e Florença. Esse foi o maior sismo desde 2009, quando um terremoto próximo de Áquila, na região dos Abruzos, deixou mais de 300 mortos e desalojou cerca de 65 mil pessoas.
O prefeito de Amatrice, Sergio Pirozzi, afirmou que "Amatrice já não está aqui, metade da cidade está destruída." Fotografias da destruição mostravam um enorme amontoado de escombros no centro da cidade, restando em pé apenas algumas estruturas na periferia. Estimativas oficiais do governo italiano calcularam os prejuízos em cerca de 7 mil milhões de euros, mas esse valor pode ser ainda maior, pois não leva em conta os estragos causados pelos terramotos de outubro.
Terramotos não são raros na Itália, pois o país está localizado na junção da placa eurasiática com a sub-placa do Mar Adriático. Foi desse choque que surgiram os Montes Apeninos.
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