Arthur Schopenhauer (Danzig, 22 de fevereiro de 1788 - Frankfurt, 21 de setembro de 1860) foi um filósofo alemão do século XIX. Ele é mais conhecido pela sua obra principal "O Mundo como Vontade e Representação"
(1819), em que caracteriza o mundo fenomenal como o produto de uma
cega, insaciável e maligna vontade metafísica. A partir do idealismo transcendental de Immanuel Kant, Schopenhauer desenvolveu um sistema metafísico ateu e ético que tem sido descrito como uma manifestação exemplar de pessimismo filosófico. Schopenhauer foi o filósofo que introduziu o pensamento indiano e alguns dos conceitos budistas na metafísica alemã. Foi fortemente influenciado pela leitura das Upanishads, que foram traduzidas pela primeira vez para o latim por Abraham Hyacinthe Anquetil-Duperron, no início do século XIX.
Misantropo, pessimista, solitário, individualista e crítico ferrenho da sociedade, Schopenhauer considerava o amor
apenas como vontade cega e irracional que todos os seres têm de se
reproduzir, dando assim continuidade à vida e, por conseguinte, ao
sofrimento. A sensação de felicidade que o amor traz é apenas a
interrupção temporária do querer, a fuga de uma dor imposta pela
vontade. Para Schopenhauer, somente o sofrimento é positivo, pois se faz
sentir com facilidade, enquanto que aquilo ao qual chamamos felicidade é
negativo, pois é a mera interrupção momentânea da dor ou tédio, sendo
estes últimos a condição inerente à existência.
Considerava esse impulso de reprodução, esse "génio da espécie", tão
forte como o medo da morte, daí que muitos amantes arriscam a vida e a
perdem obedecendo a este desejo. Apesar de ser, nos tempos
contemporâneos, mais conhecido pela sua obra magna (O Mundo como Vontade
e Representação), foi apenas com a publicação de "Parerga e Paralipomena",
no final de 1851, que ficou amplamente conhecido e famoso ainda em
vida. Nesta obra o filósofo discorre sobre uma multitude de assuntos que
vão desde temas relacionados com o ensino universitário, à escrita, à
sociedade em que vive, revê conceitos que outrora defendia e providencia
inúmeros conselhos aos leitores sobre como levar uma vida o mais isenta
de sofrimento possível.
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