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sexta-feira, fevereiro 02, 2024
Talleyrand nasceu, provavelmente, há 270 anos
Charles-Maurice de Talleyrand-Périgord, mais conhecido por Talleyrand (Paris, 2 de fevereiro de 1754 - Paris, 17 de maio de 1838) foi um político e diplomata francês.
Talleyrand demonstrou admirável capacidade de sobrevivência política,
ao ocupar altos cargos no governo revolucionário francês, sob Napoleão, durante a restauração da monarquia dos Bourbons e sob o Rei Luís Filipe.
Embora de ascendência aristocrática, não pôde seguir a carreira
militar por causa de um defeito físico (pé boto), e, opcionalmente, foi preparado
para a carreira religiosa e, como seminarista, estudou teologia e leu a
obra dos filósofos progressistas contemporâneos.
Expulso do seminário, em 1775, por não seguir as regras do celibato, mesmo assim recebeu as ordens menores e o Rei nomeou-o Abade de Saint-Denis, em Reims (1776). Ordenado (1779),
foi nomeado vigário-geral pelo tio Alexandre, arcebispo de Reims e, um
ano depois, tornou-se agente geral do clero junto do governo da França.
Defensor dos privilégios eclesiásticos, as suas atividades puseram-no em
contato direto e frequente com os ministros da coroa, o que lhe permitiu
adquirir experiência parlamentar e ser consagrado, em 1788, como Bispo de Autun.
Durante o período pré-revolucionário, foi membro do Clube dos Trinta.
Apoiou depois a nacionalização dos bens da igreja e conseguiu a adoção
da constituição civil do clero que, sem o apoio papal, permitiu a
reorganização completa da Igreja francesa ao serviço do Estado.
Excomungado pelo Papa e eleito administrador do departamento de Paris (1791), abandonou a Igreja Católica. Foi enviado pela Assembleia Geral à Grã-Bretanha (1792), para tentar convencer os ingleses a não se aliarem com a Áustria e a Prússia contra a França. O fracasso das negociações e a execução de Luís XVI obrigaram-no a fugir para os Estados Unidos (1794).
Após a queda de Robespierre e o fim do Terror (1796), regressou à França e, no ano seguinte, o tornou-se ministro das Relações Exteriores. Acusado de corrupção (1799), foi demitido, mas após o golpe de estado de Napoleão e o estabelecimento do Consulado, recuperou o cargo.
Com o objetivo da pacificação da Europa, esforçou-se por articular
uma política de alianças com as principais potências europeias e
promoveu a reconciliação de Napoleão com o resto da Europa. No entanto, por discordar do projeto de conquistas do Imperador, demitiu-se (1807). Apoiado pelo Czar Alexandre I da Rússia, organizou a oposição a Napoleão e preparou a restauração dos Bourbons.
Com a entrada da liga antinapoleónica em Paris (1814), persuadiu o Senado a estabelecer um governo provisório e a declarar Napoleão deposto. O novo governo imediatamente convocou Luís XVIII, que o nomeou ministro das Relações Exteriores. No Congresso de Viena (1814-1815), representou a França e expôs as suas habilidades diplomáticas, mas prejudicou a França em termos territoriais, pois aceitou ceder à Prússia a maior parte da margem esquerda do rio Reno.
Após os cem dias napoleónicos,
assumiu o cargo de presidente do Conselho de Estado, porém o seu
passado
revolucionário levou-o a ser demitido, em setembro do mesmo ano. Aliado
dos liberais, participou de forma ativa na ascensão ao trono de Luís Filipe de Orleans (1830). Embaixador em Londres (1830-1834), teve participação fundamental nas negociações entre França e Reino Unido, como na criação do reino da Bélgica e na assinatura da aliança entre França, Reino Unido, Espanha e Portugal (1834).
Acusado em vida de cínico e imoral, alegava servir à França e não aos regimes políticos. Foi, ao lado de Fouché, uma das figuras mais polémicas da França.
Armas do Príncipe de Talleyrand durante o I Império
in Wikipédia
Postado por Fernando Martins às 00:27 0 bocas
Marcadores: Bourbons, Congresso de Viena, Igreja Católica, Luís XVIII, Napoleão, Orleães, Rei Luís Filipe, Revolução Francesa, Talleyrand
quarta-feira, fevereiro 02, 2022
Talleyrand nasceu há 268 anos
Charles-Maurice de Talleyrand-Périgord, mais conhecido por Talleyrand (Paris, 2 de fevereiro de 1754 - Paris, 17 de maio de 1838) foi um político e diplomata francês.
Talleyrand demonstrou admirável capacidade de sobrevivência política,
ao ocupar altos cargos no governo revolucionário francês, sob Napoleão, durante a restauração da monarquia dos Bourbons e sob o Rei Luís Filipe.
Embora de ascendência aristocrática, ele não pôde seguir a carreira
militar por causa de um defeito físico, e, opcionalmente, foi preparado
para a carreira religiosa e, como seminarista, estudou teologia e leu a
obra dos filósofos progressistas contemporâneos.
Expulso do seminário, em 1775, por não seguir as regras do celibato, mesmo assim recebeu as ordens menores e o Rei nomeou-o Abade de Saint-Denis, em Reims (1776). Ordenado (1779),
foi nomeado vigário-geral pelo tio Alexandre, arcebispo de Reims e, um
ano depois, tornou-se agente geral do clero junto do governo da França.
Defensor dos privilégios eclesiásticos, as suas atividades puseram-no em
contato direto e frequente com os ministros da coroa, o que lhe permitiu
adquirir experiência parlamentar e ser consagrado, em 1788, como Bispo de Autun.
Durante o período pré-revolucionário, foi membro do Clube dos Trinta.
Apoiou depois a nacionalização dos bens da igreja e conseguiu a adoção
da constituição civil do clero que, sem o apoio papal, permitiu a
reorganização completa da Igreja francesa ao serviço do Estado.
Excomungado pelo Papa e eleito administrador do departamento de Paris (1791), abandonou a Igreja Católica. Foi enviado pela Assembleia Geral à Grã-Bretanha (1792), para tentar convencer os ingleses a não se aliarem com a Áustria e a Prússia contra a França. O fracasso das negociações e a execução de Luís XVI obrigaram-no a fugir para os Estados Unidos (1794).
Após a queda de Robespierre e o fim do Terror (1796), regressou à França e, no ano seguinte, o tornou-se ministro das Relações Exteriores. Acusado de corrupção (1799), foi demitido, mas após o golpe de estado de Napoleão e o estabelecimento do Consulado, recuperou o cargo.
Com o objetivo da pacificação da Europa, esforçou-se por articular
uma política de alianças com as principais potências europeias e
promoveu a reconciliação de Napoleão com o resto da Europa. No entanto, por discordar do projeto de conquistas do Imperador, demitiu-se (1807). Apoiado pelo Czar Alexandre I da Rússia, organizou a oposição a Napoleão e preparou a restauração dos Bourbons.
Com a entrada da liga antinapoleónica em Paris (1814), persuadiu o Senado a estabelecer um governo provisório e a declarar Napoleão deposto. O novo governo imediatamente convocou Luís XVIII, que o nomeou ministro das Relações Exteriores. No Congresso de Viena (1814-1815), representou a França e expôs as suas habilidades diplomáticas, mas prejudicou a França em termos territoriais, pois aceitou ceder à Prússia a maior parte da margem esquerda do rio Reno.
Após os cem dias napoleónicos,
assumiu o cargo de presidente do Conselho de Estado, porém o seu
passado
revolucionário levou-o a ser demitido, em setembro do mesmo ano. Aliado
dos liberais, participou de forma ativa na ascensão ao trono de Luís Filipe de Orleans (1830). Embaixador em Londres (1830-1834), teve participação fundamental nas negociações entre França e Reino Unido, como na criação do reino da Bélgica e na assinatura da aliança entre França, Reino Unido, Espanha e Portugal (1834).
Acusado em vida de cínico e imoral, alegava servir à França, e não aos regimes políticos. Foi, ao lado de Fouché, uma das figuras mais polémicas da França.
Armas do Príncipe de Talleyrand durante o I Império
Armas do Príncipe de Talleyrand (monarquia restaurada)
in Wikipédia
Postado por Fernando Martins às 00:26 0 bocas
Marcadores: Bourbons, Congresso de Viena, Igreja Católica, Luís XVIII, Napoleão, Orleães, Rei Luís Filipe, Revolução Francesa, Talleyrand
quinta-feira, fevereiro 13, 2014
Talleyrand nasceu, provavelmente, há 260 anos
Charles-Maurice de Talleyrand-Périgord, mais conhecido por Talleyrand (Paris, 13 ou 2 de fevereiro de 1754 - Paris, 17 de maio de 1838) foi um político e diplomata francês.
Talleyrand demonstrou admirável capacidade de sobrevivência política,
ao ocupar altos cargos no governo revolucionário francês, sob Napoleão, durante a restauração da monarquia dos Bourbons e sob o Rei Luís Filipe.
Embora de ascendência aristocrática, ele não pôde seguir a carreira
militar por causa de um defeito físico, e, opcionalmente, foi preparado
para a carreira religiosa e, como seminarista, estudou teologia e leu a
obra dos filósofos progressistas contemporâneos.
Expulso do seminário, em 1775, por não seguir as regras do celibato, mesmo assim recebeu as ordens menores e o Rei nomeou-o Abade de Saint-Denis, em Reims (1776). Ordenado (1779),
foi nomeado vigário-geral pelo tio Alexandre, arcebispo de Reims e, um
ano depois, tornou-se agente geral do clero junto do governo da França.
Defensor dos privilégios eclesiásticos, as suas atividades puseram-no em
contato direto e frequente com os ministros da coroa, o que lhe permitiu
adquirir experiência parlamentar e ser consagrado, em 1788, como Bispo de Autun.
Durante o período pré-revolucionário, foi membro do Clube dos Trinta.
Apoiou depois a nacionalização dos bens da igreja e conseguiu a adoção
da constituição civil do clero que, sem o apoio papal, permitiu a
reorganização completa da Igreja francesa ao serviço do Estado.
Excomungado pelo Papa e eleito administrador do departamento de Paris (1791), abandonou a Igreja Católica. Foi enviado pela Assembleia Geral à Grã-Bretanha (1792), para tentar convencer os ingleses a não se aliarem com a Áustria e a Prússia contra a França. O fracasso das negociações e a execução de Luís XVI obrigaram-no a fugir para os Estados Unidos (1794).
Após a queda de Robespierre e o fim do Terror (1796), regressou à França e, no ano seguinte, o tornou-se ministro das Relações Exteriores. Acusado de corrupção (1799), foi demitido, mas após o golpe de estado de Napoleão e o estabelecimento do Consulado, recuperou o cargo.
Com o objetivo da pacificação da Europa, esforçou-se por articular
uma política de alianças com as principais potências europeias e
promoveu a reconciliação de Napoleão com o resto da Europa. No entanto, por discordar do projeto de conquistas do Imperador, demitiu-se (1807). Apoiado pelo Czar Alexandre I da Rússia, organizou a oposição a Napoleão e preparou a restauração dos Bourbons.
Com a entrada da liga antinapoleónica em Paris (1814), persuadiu o Senado a estabelecer um governo provisório e a declarar Napoleão deposto. O novo governo imediatamente convocou Luís XVIII, que o nomeou ministro das Relações Exteriores. No Congresso de Viena (1814-1815), representou a França e expôs as suas habilidades diplomáticas, mas prejudicou a França em termos territoriais, pois aceitou ceder à Prússia a maior parte da margem esquerda do rio Reno.
Após os cem dias napoleónicos,
assumiu o cargo de presidente do Conselho de Estado, porém o seu passado
revolucionário levou-o a ser demitido, em setembro do mesmo ano. Aliado dos liberais, participou de forma ativa na ascensão ao trono de Luís Filipe de Orleans (1830). Embaixador em Londres (1830-1834), teve participação fundamental nas negociações entre França e Reino Unido, como na criação do reino da Bélgica e na assinatura da aliança entre França, Reino Unido, Espanha e Portugal (1834).
Acusado em vida de cínico e imoral, alegava servir à França, e não aos regimes políticos. Foi, ao lado de Fouché, uma das figuras mais polémicas da França.
Armas do Príncipe de Talleyrand durante o I Império
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Postado por Fernando Martins às 00:26 0 bocas
Marcadores: Bourbons, Congresso de Viena, Igreja Católica, Luís XVIII, Napoleão, Orleães, Rei Luís Filipe, Revolução Francesa, Talleyrand
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