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sexta-feira, outubro 03, 2008

Os prémios IgNobel 2008

Todos os anos a revista humorística “Annals of Improbable Research” atribui uns famosos prémios a que chamou de IgNobel. Nesta 18ª edição há estudos premiados muito interessantes:

NUTRITION PRIZE

Massimiliano Zampini of the University of Trento, Italy and Charles Spence of Oxford University, UK, for electronically modifying the sound of a potato chip to make the person chewing the chip believe it to be crisper and fresher than it really is.

REFERENCE: "The Role of Auditory Cues in Modulating the Perceived Crispness and Staleness of Potato Chips," Massimiliano Zampini and Charles Spence, Journal of Sensory Studies, vol. 19, October 2004, pp. 347-63.


PEACE PRIZE

The Swiss Federal Ethics Committee on Non-Human Biotechnology (ECNH) and the citizens of Switzerland for adopting the legal principle that plants have dignity.

REFERENCE: "The Dignity of Living Beings With Regard to Plants. Moral Consideration of Plants for Their Own Sake" http://www.ekah.admin.ch/en/topics/dignity-of-creation/index.html


ARCHAEOLOGY PRIZE

Astolfo G. Mello Araujo and José Carlos Marcelino of Universidade de São Paulo, Brazil, for measuring how the course of history, or at least the contents of an archaeological dig site, can be scrambled by the actions of a live armadillo.

REFERENCE: "The Role of Armadillos in the Movement of Archaeological Materials: An Experimental Approach," Astolfo G. Mello Araujo and José Carlos Marcelino, Geoarchaeology, vol. 18, no. 4, April 2003, pp. 433-60.


BIOLOGY PRIZE

Marie-Christine Cadiergues, Christel Joubert,, and Michel Franc of Ecole Nationale Veterinaire de Toulouse, France for discovering that the fleas that live on a dog can jump higher than the fleas that live on a cat.

REFERENCE: "A Comparison of Jump Performances of the Dog Flea, Ctenocephalides canis (Curtis, 1826) and the Cat Flea, Ctenocephalides felis felis (Bouche, 1835)," M.C. Cadiergues, C. Joubert, and M. Franc, Veterinary Parasitology, vol. 92, no. 3, October 1, 2000, pp. 239-41.


MEDICINE PRIZE

Dan Ariely of Duke University, USA, for demonstrating that high-priced fake medicine is more effective than low-priced fake medicine.

REFERENCE: "Commercial Features of Placebo and Therapeutic Efficacy," Rebecca L. Waber; Baba Shiv; Ziv Carmon; Dan Ariely, Journal of the American Medical Association, March 5, 2008; 299: 1016-1017.


COGNITIVE SCIENCE PRIZE

Toshiyuki Nakagaki of Hokkaido University, Japan, Hiroyasu Yamada of Nagoya, Japan, Ryo Kobayashi of Hiroshima University, Atsushi Tero of Presto JST, Akio Ishiguro of Tohoku University, and Ágotá Tóth of the University of Szeged, Hungary, for discovering that slime molds can solve puzzles.

REFERENCE: "Intelligence: Maze-Solving by an Amoeboid Organism," Toshiyuki Nakagaki, Hiroyasu Yamada, and Ágota Tóth, Nature, vol. 407, September 2000, p. 470.


ECONOMICS PRIZE

Geoffrey Miller, Joshua Tybur and Brent Jordan of the University of New Mexico, USA, for discovering that a professional lap dancer's ovulatory cycle affects her tip earnings.

REFERENCE: "Ovulatory Cycle Effects on Tip Earnings by Lap Dancers: Economic Evidence for Human Estrus?" Geoffrey Miller, Joshua M. Tybur, Brent D. Jordan, Evolution and Human Behavior, vol. 28, 2007, pp. 375-81.


PHYSICS PRIZE

Dorian Raymer of the Ocean Observatories Initiative at Scripps Institution of Oceanography, USA, and Douglas Smith of the University of California, San Diego, USA, for proving mathematically that heaps of string or hair or almost anything else will inevitably tangle themselves up in knots.

REFERENCE: "Spontaneous Knotting of an Agitated String," Dorian M. Raymer and Douglas E. Smith, Proceedings of the National Academy of Sciences, vol. 104, no. 42, October 16, 2007, pp. 16432-7.


CHEMISTRY PRIZE

To Sharee A. Umpierre of the University of Puerto Rico, Joseph A. Hill of The Fertility Centers of New England (USA), Deborah J. Anderson of Boston University School of Medicine and Harvard Medical School (USA), for discovering that Coca-Cola is an effective spermicide, and to Chuang-Ye Hong of Taipei Medical University (Taiwan), C.C. Shieh, P. Wu, and B.N. Chiang (all of Taiwan) for discovering that it is not.

REFERENCE: "Effect of 'Coke' on Sperm Motility," Sharee A. Umpierre, Joseph A. Hill, and Deborah J. Anderson, New England Journal of Medicine, 1985, vol. 313, no. 21, p. 1351.

REFERENCE: "The Spermicidal Potency of Coca-Cola and Pepsi-Cola," C.Y. Hong, C.C. Shieh, P. Wu, and B.N. Chiang, Human Toxicology, vol. 6, no. 5, September 1987, pp. 395-6. [NOTE: THE JOURNAL LATER CHANGED ITS NAME. NOW CALLED "Human & experimental toxicology"]


LITERATURE PRIZE

David Sims of Cass Business School. London, UK, for his lovingly written study "You Bastard: A Narrative Exploration of the Experience of Indignation within Organizations."

REFERENCE: "You Bastard: A Narrative Exploration of the Experience of Indignation within Organizations," David Sims, Organization Studies, vol. 26, no. 11, 2005, pp. 1625-40.


FONTE: Jornal Público

quarta-feira, outubro 01, 2008

Notícia sobre dinossáurios no Público

Bípede carnívoro vivia na Argentina
Descoberto dinossauro com sistema respiratório parecido com o das aves
30.09.2008 - 16h10 Nicolau Ferreira

A representação do dinossauro, mostra o interior do animal

Ossos-de-ar-do-rio-Colorado não parece um nome muito ameaçador para uma nova espécie de dinossauro predador. Mas o nome, a tradução do latim Aerosteon riocoloradensis, funciona perfeitamente para o mais recente elo entre os “lagartos terríveis” do Mesozóico e as aves.

As ossadas do novo dinossauro foram encontradas no rio Colorado na província de Mendoza, na Argentina. “Este dinossauro fornece como mais nenhum as evidências directas dos pulmões que estão na origem da respiração das aves”, explica Ricardo Martinez da Universidade do Nacional de San Juan, na Argentina e co-autor do estudo publicado na revista científica "Public Library of Science One” (PLoS One).

Os fósseis do dinossauro foram estudados durante anos e revelaram a existência de sacos aéreos dentro da cavidade corporal do Aeroston. Os ossos têm bolsas e uma textura de esponja que provam que eram invadidos pelos sacos, o que permitia que o ar percorresse o interior das estruturas ósseas como acontece nas aves, que têm os chamados ossos pneumáticos.

Os cientistas acham que estes dinossauros tinham um sistema respiratório parecido com os das aves, em que os sacos aéreos bombeavam o ar para os pulmões. No resto dos vertebrados, os pulmões expandem-se e contraem-se para manter o fluxo de ar.

Segundo as datações, o Aerosteon viveu durante o período Cretácico, há 85 milhões de anos, 20 milhões de anos antes de os dinossauros desaparecerem. Apesar de ser um carnívoro bípede, os investigadores explicam que esta espécie é de uma linhagem diferente dos carnívoros que viveram na mesma altura. “O Aerosteon (...) representa uma linhagem que sobreviveu isoladamente na América do Sul. O seu primo mais próximo na América do Norte, é o Alossauro, que se extinguiu milhões de anos antes e foi substituído pelo Tiranossauro”, diz Paul Sereno o primeiro autor do artigo, que é da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos.

A espécie media 10 metros de comprimento, pesava o mesmo que um elefante grande e, segundo os cientistas, tinha penas. O sistema respiratório e os ossos ocos por onde corre o ar aumentam a eficiência respiratória e tornam as aves mais leves ajudando no voo, mas qual é a necessidade deste sistema no Aerosteon?

Paul Sereno aponta que os sacos aéreos do dinossauro estão em locais pouco comuns. “Eles vêm desde a parte superior do corpo até às costelas da barriga. Parece que o animal tinha um sistema de tubos de ar por baixo da pele”, disse. A equipa tem três explicações para isto, o sistema tornava os pulmões mais eficientes, poderia reduzir o peso da massa do corpo do bípede ou o sistema de ossos ocos ajudava a libertar o excesso de calor do corpo.

Actualmente, a maioria dos paleontólogos acredita que as aves evoluíram a partir de dinossauros carnívoros pequenos com penas - as primeiras aves que se conhece são muito parecidas com estes dinossauros.


in Público - ler notícia

NOTA: foi ao ler o Blog Dino-Geológico que deparei com a notícia - os nossos parabéns à amiga Ana Rola por manter activo este Blog de Ciência...!

terça-feira, setembro 30, 2008

Telescópio Hubble - notícia no Público

Lançamento da Atlantis que iria actualizar o telescópio foi adiado
Telescópio Hubble "está doente"
30.09.2008 - 11h47 Inês Subtil
A avaria impossibilita o Hubble de formatar ou armazenar dados dos seus instrumentos e transmitir informação para a Terra

Uma falha grave no telescópio Hubble forçou a NASA a atrasar a missão da "Atlantis" para actualizar o observatório espacial pelo menos até Fevereiro de 2009. Este adiamento vai permitir que se teste e prepare o aparelho que irá reparar o problema agora detectado, que impossibilita o Hubble de formatar ou armazenar dados dos seus instrumentos e transmitir informação para a Terra.

A agência espacial norte-americana tinha planeado mandar o satélite (SIC) Atlantis para reparar e actualizar o telescópio em Outubro, mas foi detectada uma anomalia no Hubble no sábado, que vai implicar que o lançamento ocorra nos próximos meses para que uma caixa electrónica de substituição seja preparada.

A parte que sofreu a avaria tem duas cópias, a chamada unidade de controlo ou formatador dos dados científicos. Foi o lado A que deixou de funcionar, mas os engenheiros esperam que o lado B fique operacional nas próximas semanas para continuar as actividades científicas do Hubble.

Apesar disso, é crucial que esta unidade seja reparada, senão o telescópio ficará sem substituto para o seu sistema essencial. “Queremos ter a certeza que deixamos o Hubble o mais saudável possível”, afirmou Ed Weiler, administrador associado para a ciência da NASA, citado pela “New Scietist”.

“Meados de Fevereiro parece ser o período mais razoável para efectuar a reparação”, afirmou, por seu lado, Preston Burch, o administrador do Hubble no Centro de voos espaciais Goddard, citado pela BBC.

A missão da “Atlantis”, o quinto lançamento ao serviço do telescópio, estava prevista durar onze dias e pretendia reparar e instalar novos aparelhos no observatório espacial posto em órbita em 1990.

Na semana passada, tinha sido anunciado o primeiro adiamento da partida da “Atlantis”, marcada para 10 de Outubro. A passagem do furacão Ike provocou danos no controlo das operações do Centro Johnson de Voos Espaciais, em Houston. Este é, portanto, um segundo adiamento sem data definitiva prevista.


in Público - ler notícia

sábado, setembro 06, 2008

Um OTN (Objecto Trans-Neptuniano) maluco...

Do Blog AstroLeiria publicamos a seguinte notícia:


O 2008 KV42 pode ser o elo perdido da origem dos cometas
Descoberto asteróide a orbitar o Sol “ao contrário”
05.09.2008 - 12h56 PÚBLICO

Os astrónomos detectaram um asteróide curioso, que anda à volta do Sol no sentido inverso aos dos restantes corpos do Sistema Solar. A descoberta pode ajudar a explicar a origem da família de cometas como o Halley e pode ser o elo perdido que há muito se procurava.

O ‘novo’ asteróide foi baptizado 2008 KV42, encontra-se na cintura de Kuiper, um anel de corpos gelados além de Neptuno, a descrever uma órbita que é quase perpendicular às órbitas dos planetas, com uma inclinação de 104 graus.

Os investigadores do grupo de Investigação Franco-Canadiana do Plano Eliptíco (IFPE) detectaram, pela primeira vez, o corpo ‘rebelde’ a 31 Maio, enquanto procuravam corpos trans-neptunianos em órbita com inclinação elevada usando, para o efeito, o telescópio Canadá-França-Havai.

As primeiras observações permitiram concluir que possuía 50 quilómetros de diâmetro e que descrevia uma órbita invulgar, mas será necessário recorrer a outros telescópios para confirmar que esta descoberta pode ser o elo que faltava entre a Nuvem de Oort e os cometas do tipo do Halley.

O elo perdido

Continua a não ser claro de onde vêm os cometas desse tipo. Os modelos de computador sugerem que há duas hipóteses para os locais de origem: a cintura de Kuiper (onde o 2008 KV42 foi agora descoberto) ou a distante Nuvem de Oort, uma região de corpos gelados a uma distância entre 20 mil UA e 200 mil UA do Sol (uma UA - Unidade Astronómica equivalente à distância média entre a Terra e o Sol).

A órbita do 2008 KV 42 parece estar estável há centenas de milhares de anos, mas os astrónomos acreditam que as suas características particulares podem indicar que foi trazido para o Sistema Solar a partir da Nuvem de Oort. Caso fosse esta realmente a origem do 2008 KV42, seria finalmente possível mostrar como ocorre a transição de corpos celestes até que se tornem em cometas como os do tipo do Halley.

Para Brett Gladman, um dos investigadores do IFPE o ‘novo’ corpo apresenta grandes semelhanças com este tipo de cometas, que também viajam “ao contrário” e apresentam órbitas de inclinação acentuada.

Uma descoberta única

Até agora as órbitas dos asteróides na região para lá da órbita de Neptuno têm fornecido importantes pistas sobre como o exterior do Sistema Solar tomou forma e evoluiu. Os corpos celestes descobertos são novas pistas para traçar a história do início do Sistema Solar e desafiam até algumas teorias já aceites.

O 2008 KV42 promete fazer isso mesmo. Um dos investigadores do projecto, JJ Kavelars, reforça a importância deste achado “apesar de estarmos especificamente à procura de corpos trans-neptunianos já há algum tempo, nunca esperámos encontrar um que descrevesse uma órbita ao contrário.” Até agora este é o primeiro corpo celeste na região para lá de Neptuno a ‘seguir naquela direcção’.

A equipa que o descobriu já o apelidou de Drac, diminutivo de Drácula, pois a órbita ‘lateral’ deste corpo celeste dá a impressão que pode andar pelas paredes e que, além de um carácter ‘rebelde’, tem poderes mágicos tal como os vampiros.

in Público - ler notícia

PS - sugere-se ainda a leitura do seguinte post - O testículo esquerdo - do Blog Chornal do Inacreditável...