Toada do negro do banzo
(Letra de Murillo Araújo e música de Heckel Tavares)
Negro -
quando cava, quando cansa,
quando pula, quando tomba,
quando grita, quando dança,
quando brinca, quando zomba
sente gana de chorá...
Negro -
quando nasce, quando cresce,
quando luta, quando corre,
quando sobe, quando desce,
quando véve, quando morre
negro pena sem pará...
Negro, aponta o ponto -
ai Umbanda!
ginga tonto, tonto -
ai Umbanda!
Negro aponta: Oôu!
Negra nua, nua -
ai Umbanda!
toma a bença à lua -
ai Umbanda!
samba nua... Oôu!
Xangô!
Meu céu escureceu.
Exú me despachou...
Calunga me prendeu...
Xangô! Xangô! Xangô!
Meu rancho se acabou...
Meu reino - mar levou...
Meu bem morreu... morreu.
Negro -
negro chora, negro samba
na macumba do quilombo,
com malafo pra moamba
dando bumba no ribombo!
do urucungo e do ganzá!
Negro -
cai no congo, cai no congo,
dos mirongas ao muganga,
todo o bando nesse jongo...
roda, negro — roda a tanga
chora banzo no gongá.
Negro aponta o ponto -
ai Umbanda!
ginga tonto, tonto -
ai Umbanda!
Negro aponta: Oôu!
Se Xangô chegasse...
ai Umbanda!
E me carregasse -
ai Umbanda!
Coisa boa... Oôu!
Lúcia de Vasconcellos - soprano
Luiz Néri Pfützenreuter - piano
(Letra de Murillo Araújo e música de Heckel Tavares)
Negro -
quando cava, quando cansa,
quando pula, quando tomba,
quando grita, quando dança,
quando brinca, quando zomba
sente gana de chorá...
Negro -
quando nasce, quando cresce,
quando luta, quando corre,
quando sobe, quando desce,
quando véve, quando morre
negro pena sem pará...
Negro, aponta o ponto -
ai Umbanda!
ginga tonto, tonto -
ai Umbanda!
Negro aponta: Oôu!
Negra nua, nua -
ai Umbanda!
toma a bença à lua -
ai Umbanda!
samba nua... Oôu!
Xangô!
Meu céu escureceu.
Exú me despachou...
Calunga me prendeu...
Xangô! Xangô! Xangô!
Meu rancho se acabou...
Meu reino - mar levou...
Meu bem morreu... morreu.
Negro -
negro chora, negro samba
na macumba do quilombo,
com malafo pra moamba
dando bumba no ribombo!
do urucungo e do ganzá!
Negro -
cai no congo, cai no congo,
dos mirongas ao muganga,
todo o bando nesse jongo...
roda, negro — roda a tanga
chora banzo no gongá.
Negro aponta o ponto -
ai Umbanda!
ginga tonto, tonto -
ai Umbanda!
Negro aponta: Oôu!
Se Xangô chegasse...
ai Umbanda!
E me carregasse -
ai Umbanda!
Coisa boa... Oôu!
Lúcia de Vasconcellos - soprano
Luiz Néri Pfützenreuter - piano
NOTA: para os puristas, a versão original, de Heckel Tavares sobre o poema de Murillo Araújo, cantada por Osny Silva: