segunda-feira, junho 10, 2024
Poema alusivo à data...
Postado por Pedro Luna às 22:22 0 bocas
Marcadores: A Minha Querida Pátria, Dia de Portugal, Mário Viegas, Mário-Henrique Leiria, poesia
terça-feira, janeiro 09, 2024
Mário-Henrique Leiria morreu há quarenta e quatro anos...
(imagem daqui)
Mário Henrique Baptista Leiria (Lisboa, 2 de janeiro de 1923 - Cascais, 9 de janeiro de 1980) foi um escritor surrealista português.
Vida
Foi aluno na Escola Superior de Belas Artes, donde foi expulso em 1942 por motivos políticos. Participou nas atividades do Grupo Surrealista de Lisboa, entre 1949 e 1951 e em 1962. Depois de ser preso pela PIDE aquando da "Operação Papagaio", instalou-se no Brasil onde desenvolveu várias atividades, como a de encenador e de diretor literário da Editora Samambaia. Regressou a Portugal em 1970.
Colaborou, com pequenos contos, no suplemento Fim-de-semana, do jornal República, e no semanário humorístico "Pé de Cabra". Chefiou a redação de O Coiso, semanário impresso nas oficinas do jornal República, durante 13 semanas, em 1975.
Aderiu em 1976 ao PRP - Partido Revolucionário do Proletariado.
Alguns textos seus, escritos em colaboração, foram recolhidos na Antologia Surrealista do Cadáver Esquisito (1961), organizada por Mário Cesariny.
in Wikipédia
escuta amor
talvez um dia
em que de mim já nada mais exista
te lembres de dois braços
que te abraçaram convulsivamente
nessa altura
deixa que os lábios te sangrem
deixa que o sangue
te corra pelo peito
e as mãos
essas abandona-as…
Mário-Henrique Leiria
Postado por Fernando Martins às 00:44 0 bocas
Marcadores: literatura, Mário-Henrique Leiria, poesia, Surrealismo
terça-feira, janeiro 02, 2024
Mário-Henrique Leiria nasceu há cento e um anos
(imagem daqui)
Mário Henrique Baptista Leiria (Lisboa, 2 de janeiro de 1923 - Cascais, 9 de janeiro de 1980) foi um escritor surrealista português.
Vida
Foi aluno na Escola Superior de Belas Artes, donde foi expulso em 1942 por motivos políticos. Participou nas atividades do Grupo Surrealista de Lisboa, entre 1949 e 1951 e em 1962. Depois de ser preso pela PIDE aquando da "Operação Papagaio", instalou-se no Brasil onde desenvolveu várias atividades, como a de encenador e de diretor literário da Editora Samambaia. Regressou a Portugal em 1970.
Colaborou, com pequenos contos, no suplemento Fim-de-semana, do jornal República, e no semanário humorístico "Pé de Cabra". Chefiou a redação de O Coiso, semanário impresso nas oficinas do jornal República, durante 13 semanas, em 1975.
Aderiu em 1976 ao PRP - Partido Revolucionário do Proletariado.
Alguns textos seus, escritos em colaboração, foram recolhidos na Antologia Surrealista do Cadáver Esquisito (1961), organizada por Mário Cesariny.
in Wikipédia
Eu vos afirmo
Eu vos afirmo
Eu sou o maldito
o único que conhece
a maldição de não existir
existindo
o único único
que é acompanhado
por outro que conhece a maldição
que é também maldito
que é também o único
eu sou
eu sou
porque somos
o único vários só
solitário de ser acompanhado
solitários de sermos verdadeiros
talvez sabendo
talvez conhecendo
a solidão que formo
formamos
só único
sós únicos.
Mário-Henrique Leiria
Postado por Fernando Martins às 01:01 0 bocas
Marcadores: literatura, Mário-Henrique Leiria, pintura, poesia, Surrealismo
segunda-feira, janeiro 09, 2023
O escritor Mário-Henrique Leiria morreu há 43 anos
(imagem daqui)
Mário Henrique Baptista Leiria (Lisboa, 2 de janeiro de 1923 - Cascais, 9 de janeiro de 1980) foi um escritor surrealista português.
Vida
Foi aluno na Escola Superior de Belas Artes, donde foi expulso em 1942 por motivos políticos. Participou nas atividades do Grupo Surrealista de Lisboa, entre 1949 e 1951 e em 1962. Depois de ser preso pela PIDE aquando da "Operação Papagaio", instalou-se no Brasil onde desenvolveu várias atividades, como a de encenador e de diretor literário da Editora Samambaia. Regressou a Portugal em 1970.
Colaborou, com pequenos contos, no suplemento Fim-de-semana, do jornal República, e no semanário humorístico "Pé de Cabra". Chefiou a redação de O Coiso, semanário impresso nas oficinas do jornal República, durante 13 semanas, em 1975.
Aderiu em 1976 ao PRP - Partido Revolucionário do Proletariado.
Alguns textos seus, escritos em colaboração, foram recolhidos na Antologia Surrealista do Cadáver Esquisito (1961), organizada por Mário Cesariny.
in Wikipédia
escuta amor
talvez um dia
em que de mim já nada mais exista
te lembres de dois braços
que te abraçaram convulsivamente
nessa altura
deixa que os lábios te sangrem
deixa que o sangue
te corra pelo peito
e as mãos
essas abandona-as…
Mário-Henrique Leiria
Postado por Fernando Martins às 00:43 0 bocas
Marcadores: literatura, Mário-Henrique Leiria, poesia, Surrealismo
segunda-feira, janeiro 02, 2023
O surrealista Mário-Henrique Leiria nasceu há um século...!
(imagem daqui)
Mário Henrique Baptista Leiria (Lisboa, 2 de janeiro de 1923 - Cascais, 9 de janeiro de 1980) foi um escritor surrealista português.
Vida
Foi aluno na Escola Superior de Belas Artes, donde foi expulso em 1942 por motivos políticos. Participou nas atividades do Grupo Surrealista de Lisboa, entre 1949 e 1951 e em 1962. Depois de ser preso pela PIDE aquando da "Operação Papagaio", instalou-se no Brasil onde desenvolveu várias atividades, como a de encenador e de diretor literário da Editora Samambaia. Regressou a Portugal em 1970.
Colaborou, com pequenos contos, no suplemento Fim-de-semana, do jornal República, e no semanário humorístico "Pé de Cabra". Chefiou a redação de O Coiso, semanário impresso nas oficinas do jornal República, durante 13 semanas, em 1975.
Aderiu em 1976 ao PRP - Partido Revolucionário do Proletariado.
Alguns textos seus, escritos em colaboração, foram recolhidos na Antologia Surrealista do Cadáver Esquisito (1961), organizada por Mário Cesariny.
in Wikipédia
esperar-te
esperar-te
esperar-te da mesma maneira solitária
com que se tem
saudades da paisagem numa vista
ficar incerto
– talvez desconhecido –
olhando as mãos vazias e inúteis
um cigarro somente
enquanto passam minúsculos animais
e o fumo te espera também
esperar
esperar apenas e não já esperar-te
esperar qualquer coisa
um rio que corra lentamente
um grande desastre de automóveis
o desmoronar da torre antiquíssima
um corpo que apareça de súbito
esperar
só por esperar
tanto pode ser que venhas
com que não venhas
que nunca venhas
depois
quando chegares
já eu parti.
Mário-Henrique Leiria
Postado por Fernando Martins às 00:01 0 bocas
Marcadores: literatura, Mário-Henrique Leiria, pintura, poesia, Surrealismo