Poster da propaganda de guerra britânica sobre Lídice
Lídice (Lidice em língua checa, Liditz em alemão) é um pequena cidade da antiga Checoslováquia, hoje República Checa, famosa durante a Segunda Guerra Mundial quando foi totalmente destruída e a grande maioria de seus habitantes assassinados pelos alemães como vingança pela morte de seu comandante e segunda maior autoridade nas SS nazis, Reinhard Heydrich.
Massacre e genocídio
Em 27 de maio de 1942, Heydrich, então designado como Protetor do Reich na Boémia e Morávia, área ocupada pelas tropas nazis há mais de três anos, dirigia-se da villa onde morava para seu escritório no centro de Praga, capital do país. Numa esquina perto de seu local de destino, o carro em que viajava foi emboscado a tiros por dois integrantes da resistência checa, treinados na Inglaterra e lançados de pára-quedas sobre a Checoslováquia. Atingido pelos tiros no atentado, o oficial da SS protegido de Himmler e Hitler e um dos mais cruéis da SS, um dos idealizadores da Solução Final, morreria uma semana depois de infecção generalizada no hospital.
Enraivecido pela morte de um de seus seguidores mais leais, Hitler ordenou ao substituto de Heydrich que fizesse de tudo e não poupasse vidas para achar os responsáveis pela morte do oficial nazista e se vingar dos tchecos.
Seguiu-se uma retaliação sangrenta e generalizada das tropas nazis contra a população civil checa. Em 10 de junho, aconteceria aquela que se tornaria a mais tristemente famosa por sua crueldade. A pequena vila de Lídice, uma comunidade dedicada à extração de minério, perto da capital, foi cercada por tropas nazis, impedindo a saída de seus moradores. Todos os habitantes homens com mais de quinze anos foram separados de mulheres e crianças, colocados em um celeiro e fuzilados em pequenos grupos no dia seguinte. As mulheres e crianças da cidade foram todas enviadas para o campo de concentração feminino de Ravensbruck, onde a grande maioria viria a morrer de tifo e exaustão pelos trabalhos forçados. Após o assassinato e o desterro de toda a população, a cidade inteira foi demolida por explosivos e deixada apenas em terra, aplainada por tratores. Os alemães espalharam grãos e cevada pelo chão de toda a área para transformá-la em pasto e a riscaram dos mapas da Europa. Cerca de 340 habitantes de Lídice morreram no massacre alemão, 173 homens, 60 mulheres e provavelmente 88 crianças. Uma outra pequena aldeia de Lezaky, a este de Praga, também foi destruída e seus habitantes executados.
A vingança alemã causou perto de 1.500 mortes em toda a Checoslováquia e se estendeu a parentes e amigos de resistentes, integrantes da elite do país suspeitos de deslealdade e fatos como o de Lídice, que foi escolhida para o massacre por ser reconhecidamente uma vila hostil aos conquistadores e suspeita de ser ponto de reunião dos assassinos de Heydrich (que acabariam se suicidando em Praga, quando estavam prestes a serem presos pela SS).
Diferente de outros crimes de guerra que os nazis cometiam na época e mantinham em segredo, a propaganda alemã fez questão de anunciar publicamente ao mundo os eventos de Lídice, como uma ameaça e um aviso à população cativa da Europa então ocupada pela Alemanha. A notícia causou uma onda de terror e indignação mundial e a propaganda britânica aproveitou o fato para alardear os crimes do III Reich e fez um filme sobre o genocídio, “A Vila Silenciosa”.
Em 27 de maio de 1942, Heydrich, então designado como Protetor do Reich na Boémia e Morávia, área ocupada pelas tropas nazis há mais de três anos, dirigia-se da villa onde morava para seu escritório no centro de Praga, capital do país. Numa esquina perto de seu local de destino, o carro em que viajava foi emboscado a tiros por dois integrantes da resistência checa, treinados na Inglaterra e lançados de pára-quedas sobre a Checoslováquia. Atingido pelos tiros no atentado, o oficial da SS protegido de Himmler e Hitler e um dos mais cruéis da SS, um dos idealizadores da Solução Final, morreria uma semana depois de infecção generalizada no hospital.
Enraivecido pela morte de um de seus seguidores mais leais, Hitler ordenou ao substituto de Heydrich que fizesse de tudo e não poupasse vidas para achar os responsáveis pela morte do oficial nazista e se vingar dos tchecos.
Seguiu-se uma retaliação sangrenta e generalizada das tropas nazis contra a população civil checa. Em 10 de junho, aconteceria aquela que se tornaria a mais tristemente famosa por sua crueldade. A pequena vila de Lídice, uma comunidade dedicada à extração de minério, perto da capital, foi cercada por tropas nazis, impedindo a saída de seus moradores. Todos os habitantes homens com mais de quinze anos foram separados de mulheres e crianças, colocados em um celeiro e fuzilados em pequenos grupos no dia seguinte. As mulheres e crianças da cidade foram todas enviadas para o campo de concentração feminino de Ravensbruck, onde a grande maioria viria a morrer de tifo e exaustão pelos trabalhos forçados. Após o assassinato e o desterro de toda a população, a cidade inteira foi demolida por explosivos e deixada apenas em terra, aplainada por tratores. Os alemães espalharam grãos e cevada pelo chão de toda a área para transformá-la em pasto e a riscaram dos mapas da Europa. Cerca de 340 habitantes de Lídice morreram no massacre alemão, 173 homens, 60 mulheres e provavelmente 88 crianças. Uma outra pequena aldeia de Lezaky, a este de Praga, também foi destruída e seus habitantes executados.
A vingança alemã causou perto de 1.500 mortes em toda a Checoslováquia e se estendeu a parentes e amigos de resistentes, integrantes da elite do país suspeitos de deslealdade e fatos como o de Lídice, que foi escolhida para o massacre por ser reconhecidamente uma vila hostil aos conquistadores e suspeita de ser ponto de reunião dos assassinos de Heydrich (que acabariam se suicidando em Praga, quando estavam prestes a serem presos pela SS).
Diferente de outros crimes de guerra que os nazis cometiam na época e mantinham em segredo, a propaganda alemã fez questão de anunciar publicamente ao mundo os eventos de Lídice, como uma ameaça e um aviso à população cativa da Europa então ocupada pela Alemanha. A notícia causou uma onda de terror e indignação mundial e a propaganda britânica aproveitou o fato para alardear os crimes do III Reich e fez um filme sobre o genocídio, “A Vila Silenciosa”.
O local onde se situava a vila de Lídice, hoje um campo santo e um memorial nacional
Lídice hoje
Lídice tornou-se um símbolo da crueldade nazi durante a guerra e diversos países batizaram cidades e vilas com o seu nome, para que ela jamais fosse esquecida, como era a intenção de Adolf Hitler, inclusive no Brasil, no estado do Rio de Janeiro. Mulheres nascidas no pós-guerra também foram batizadas com o nome de Lídice por seus pais.
Mesmo tendo sido totalmente apagada do mapa, Lídice foi novamente reconstruída e ampliada em 1949, a setecentos metros da área onde havia o lugar destruído pelos nazis, mantido virgem como um campo santo e o terreno onde existiu é marcado apenas por um memorial - onde arde uma chama eterna - oficialmente denominado como monumento nacional pelo governo checo.
in Wikipédia