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terça-feira, julho 09, 2019
Courtney Love - 55 anos!
Courtney Michelle Love (nascida Courtney Michelle Harrison; São Francisco, 9 de julho de 1964) é uma cantora, compositora, atriz e pintora americana. Love ganhou notoriedade com sua banda Hole, que formou em 1989, com Eric Erlandson. O álbum de estreia da banda, Pretty on the Inside (1991), recebeu aclamação da crítica, e os Hole tornaram-se mundialmente conhecido com seus álbuns seguintes, Live Through This (1994) e Celebrity Skin (1998).
Love também é atriz e iniciou sua carreira interpretando pequenos papéis em filmes de Alex Cox em 1986. Em 1996, ela estrelou o filme The People vs. Larry Flynt, e foi nominada ao Globo de Ouro por melhor atriz coadjuvante. Mais tarde, em 2000, Love teve uma breve carreira solo após a dissolução do Hole, lançando um álbum, America's Sweetheart (2004) e teve diversos problemas com a lei e sentenças à clínicas de reabilitação até atingir a sobriedade. Em 2009, Love reformou o Hole com novos membros e lançou Nobody's Daughter (2010). Em 2012, ela estreou uma exposição de arte com uma coleção de suas próprias pinturas e desenhos intitulado And She's Not Even Pretty.
Nascida em São Francisco, Califórnia, Courtney é filha do escritor e ex-roadie da banda The Grateful Dead, Hank Harrison, e da psicoterapeuta Linda Carroll. É neta da escritora americana Paula Fox, que entregou a sua filha, mãe de Courtney, para adoção. A mesma foi criada por um casal italiano. Em 2006, ela escreveu uma biografia contando sobre as memórias dea sua mãe e da sua filha.
Após a separação dos pais, a batalha pela guarda de Courtney iniciou-se. Linda acusou Hank de ter dado LSD para a filha aos quatro anos de idade, o que foi negado por ele, e conseguiu a custódia da criança. Courtney mudou-se diversas vezes durante sua infância com sua mãe e os quatro maridos que ela viria a ter. Ela foi adotada por dois deles. Durante a infância, Love chegou a viver em comunidades hippies de Oregon. Aos 12 anos, a sua mãe casou-se novamente e mudou-se com todos os filhos para a Nova Zelândia, exceto Courtney, a quem deixou para trás, sob os cuidados de vizinhos e amigos próximos.
Courtney era uma criança perturbada e irascível. Durante a adolescência, passou diversos períodos em centros de detenção de menores e reformatórios, geralmente por furto. Um caso notório foi quando, aos doze anos de idade, roubou uma camiseta da banda Kiss. É dito que Courtney passou a interessar-se por música em uma das passagens por um dos reformatórios, quando um residente lhe emprestou fitas de bandas como Sex Pistols, The Clash e Pretenders. Ao sair da detenção, afastou-se da família. Aos dezasseis anos, foi emancipada com direito a uma pensão mensal de oitocentos dólares estabelecida pelos seus avós maternos adotivos e mudou-se para Portland, onde trabalhou como stripper. Love disse que não possuía "habilidades de socialização" durante a adolescência e que foi criada por seus amigos e drag queens em boates gays de Portland. Viajou para o Japão e para Taiwan como stripper.
Foi nesta época que Courtney iniciou o seu intenso uso de drogas. Fumava cigarros e bebia desde os doze, e acabou desenvolvendo uma preferência por barbitúricos, passando depois para a heroína quando se mudou para São Francisco. Em 1981, viajou para a Inglaterra, vivendo em Liverpool e estudou numa faculdade em Dublin, na Irlanda, durante dois semestres e tirou fotos para a Hot Press. Ela morou brevemente com o músico Julian Cope e desenvolveu uma amizade com Ian McCulloch, dos Echo and the Bunnymen. Love começou seu primeiro projeto musical no começo dos anos 80, e criou uma banda chamada Sugar Babydoll, que não rendeu nenhum material. O início da sua carreira musical foi quando ela foi a vocalista dos Faith No More. De acordo com Love, ela apareceu em um show da banda em São Francisco com um vestido de casamento e foi convidada para ser parte da banda. Ela só fez parte do grupo por um curto período, mas manteve uma amizade com Roddy Bottum.
Aos 20 anos, em 1984, conheceu Kat Bjelland em Portland, no clube noturno Satyricon. As duas se tornaram amigas, fazendo algumas experiências musicais com Jennifer Finch, uma baixista. Love e Bjelland se mudaram para São Francisco no ano seguinte e formaram uma banda chamada The Pagan Babies, com Deidre Schletter e Janis Tanaka, mas a banda dissolveu-se em 1985, após a gravação de uma demo, em grande parte devido à luta e problemas envolvendo o abuso de drogas. Love tocou baixo brevemente na banda de Kat, Babes in Toyland em Minneapolis, mas foi expulsa da banda. Ela continuou na cidade e trabalhou promovendo shows de rock, mas viajou para Los Angeles logo a seguir.
Durante esse tempo, Love estudou na Portland State University, e também na San Francisco State University. Também estudou no Instituto de Artes de São Francisco, onde teve aulas de cinema, dadas por George Kuchar e estrelou um curta metragem dirigido por ele. Mais tarde, ela fez dois filmes dirigidos por Alex Cox no fim dos anos 80, mas, insatisfeita com a sua atuação, resolveu voltar a trabalhar como stripper, onde ela foi reconhecida e fotografada num bar em Oregon. Love então mudou-se para o Alasca por alguns meses, onde ela continuou a despir-se para se manter financeiramente.
Hole
Em 1989, Love aprendeu a tocar guitarra sozinha e mudou-se para Los Angeles. Ela colou um panfleto em Flipside, dizendo: "eu quero começar uma banda. Minhas influências são Big Black, Sonic Youth e Fleetwood Mac" e obteve uma resposta de Eric Erlandson. Após vários testes, eles escolheram Jill Emery como baixista e Caroline Rue como baterista, formando a banda que eles resolveram chamar de Hole. O primeiro show da banda foi em novembro de 1989, em Hollywood, após três meses de ensaios. Logo depois, eles lançaram singles pela gravadora independente Sympathy for the Record Industry. O primeiro single deles, "Retard Girl", foi lançado na primavera de 1990. O DJ Rodney Bingenheimer disse, em tom de brincadeira, que Courtney passou a "persegui-lo" em um restaurante, mostrando-lhe o single da banda e insistindo que ele deveria tocar a música na sua estação de rádio, KROQ-FM. Um ano depois, a banda lançou o seu segundo single, "Dicknail", através da gravadora Sub Pop Records, ganhando público em Los Angeles, e eventualmente fazendo uma turnê nacional por clubes.
Influenciados por bandas de no wave, Love conseguiu que Kim Gordon, da banda Sonic Youth, produzisse o primeiro álbum do Hole, Pretty on the Inside, lançado em setembro de 1991 pela gravadora Caroline Records, que alcançou a 59ª posição no UK Albums Chart em outubro de 1991. Uma das críticas referia-se ao álbum como "o melhor de 1991", e a revista Spin o colocou na lista de 20 melhores álbuns do ano.
Love saiu em turnê com os Hole para promover o álbum em shows na Europa e nos Estados Unidos.
Os Hole gravaram o seu segundo álbum, Live Through This, no outono de 1993, em Atlanta, e o lançou em 1994, apenas quatro dias depois do marido de Courtney, Kurt Cobain, ter cometido suicídio. O álbum agora tinha Kristen Pfaff como baixista e Patty Schemel como baterista. Pouco menos que dois meses depois do lançamento do álbum, no dia 16 de junho de 1994, Kristen Pfaff foi encontrada morta por uma overdose de heroína. Love então recrutou a até então baixista de 22 anos Melissa Auf der Maur para a turnê da banda que estava por vir. Durante os meses anteriores à turnê, Love era raramente vista em público, passando o tempo dela em casa ou em mosteiros budistas em Nova York.
As apresentações ao vivo dos Hole em 1994 e 1995 chamaram atenção pelo estado emocional de Courtney. Durante a turnê, ela mudava as letras das canções e as dedicava para Kristen e Kurt, provocava fãs e batia com as guitarras na plateia. Descontente com um grupo de fãs dos Nirvana que a acusavam de ter assassinado Cobain, ela chegou a jogar cartuchos de espingarda neles.
Live Through This foi um grande sucesso comercial e critico. As revistas Spin e Village Voice chegaram a elegê-lo como álbum do ano e, em novembro, o álbum recebeu o certificado de disco de ouro. Em abril de 1995, ele recebeu disco de platina.
As músicas do álbum tratavam de assuntos como gravidez, violação, abuso infantil e suicídio. Live Through This entrou na lista de melhores álbuns de todos os tempos feita pela Rolling Stone em 2003.
Após o sucesso do mesmo, o Hole anunciou um hiatus em 1996. Nessa época, Love atuou em diversos filmes. Em 1997, a banda lançou uma compilação, My Body, The Hand Grenade através da gravadora City Slang, que continha material da banda lançado entre 1989 até 1995.
Enquanto o álbum era lançado, os Hole estavma no estúdio, gravando Celebrity Skin, cujo estilo seguia uma linha voltada para o pop rock. Lançado em setembro de 1998, Celebrity Skin foi notado pelas influências do pop. A Rolling Stone deu quatro em cinco estrelas para o álbum. O álbum recebeu certificado de multi-platina. A Spin classificou-o como o melhor do ano. Eric Erlandson continuava como guitarrista da banda, enquanto Melissa Auf der Maur fazia coros e era baixista, enquanto a baterista Patty Schemel tinha sido substituída por Samantha Maloney. O álbum foi o primeiro a dar um hit número 1 para a banda com a canção Celebrity Skin.
A divulgação do álbum consistiu em uma turnê pela Austrália em 1999, depois shows nos Estados Unidos, com Marilyn Manson. As duas bandas brigavam nos shows, tendo os Hole resolvido sair da turnê.
A solo
Enquanto os Hole estavma tendo desentendimentos, Love começou uma banda de punk rock chamada Bastard, durante o outono de 2001, formada por Patty Schemel, ex-baterista do Hole, Louise Prost, do Veruca Salt e a baixista Gina Crosley, indicada por Prost. Love chegou a convidar Kat Bjelland, que havia acabado de sair do Babes in Toyland, no entanto, esta não aceitou. Mais tarde, ela afirmou: "eu e Courtney fazemos boa música juntas, mas não teria dado certo naquela época".
No dia 24 de maio de 2002, Eric Erlandson e Love anunciaram o fim dos Hole.
A vida de Courtney foi conturbada em 2003. Durante aquele ano, ela enfrentou diversos problemas com drogas. Em 2004, ela lançou um álbum solo, America's Sweetheart, com composições dela e Linda Perry.
O álbum vendeu 86 mil cópias nos primeiros três meses, com os singles Mono e Hold on to Me. Anos mais tarde, Courtney disse se arrepender do álbum, chamando ele de "um álbum de merda" e atribuindo isso aos seus problemas com drogas na época.
Em 2006, Courtney começou a gravar o que seria seu segundo álbum a solo, que levaria o nome de How Dirty Girls Get Clean e contava com colaborações de Linda Perry e Billy Corgan. Love compôs diversas canções, incluindo uma canção anti-cocaína, chamada "Loser Dust", enquanto esteve internada em uma clínica de reabilitação.
Regresso dos Hole
Em 17 de junho de 2009, surgiram vários rumores de que os Hole estaria voltando para se reunir. O guitarrista original da banda, Eric Erlandson, negou e disse que a banda nunca poderia voltar sem ele. Courtney o respondeu em seu twitter, dizendo: "ele está louco. Hole é minha banda, meu nome, minha marca registada".
Love chegou a anunciar que Melissa Auf der Maur, continuaria sendo a baixista da banda, o que foi negado por ela. Mais tarde, Love disse: "Melissa é uma querida, e está em turnê agora, mas seria ótimo tê-la na banda novamente".
Nobody's Daughter foi lançado mundialmente em abril de 2010. A nova formação contava com Micko Larkin na guitarra, Shaw Dailey no baixo e Stu Fisher como baterista. O álbum possuía, em grande parte, materiais escritos por Courtney na época em que ela estava prestes a lançar o seu segundo álbum a solo, que acabou sendo cancelado. As canções, no entanto, foram reproduzidas com Larkin.
O primeiro single do álbum foi Skinny Little Bitch, que foi a canção de rock alternativo mais pedida em março de 2010. A banda se apresentou no The Late Show with David Letterman e no Jimmy Kemmel Live!.
As canções do álbum falam, em sua maioria, sobre os problemas pessoas de Courtney entre 2003 e 2007. A banda fez uma turnê pela Europa, pelo Japão e pelos Estados Unidos, promovendo o álbum na primavera e no verão de 2010, terminando a turnê em Seattle.
Em 12 de abril de 2012, Courtney Love, Patty Schemel, Melissa Auf der Maur e Eric Erlandson reuniram-se por uma noite, tocando Miss World e Over the Edge.
Em outubro de 2012, Courtney contou para a revista Rolling Stone que planeava retomar sua carreira a solo e que havia acabado de gravar um single, "This is War", produzido por James Iha, e que este estava programado para ser lançado em fevereiro de 2013.
Atriz
Courtney trabalhou com o diretor Alex Cox nos seus dois primeiros filmes. Ela ganhou uma pequena participação no filme Sid and Nancy, de 1986, uma biografia de Sid Vicious. Logo depois, atuou em "Direto para o Inferno", em 1987. No mesmo ano, ela apareceu na série Andy Warhol's Fifteen Minutes, com Robbie Nevil, num episódio chamado "C'est la Vie".
Quase uma década depois, em 1996, ela fez pequenos papéis em Basquiat e Feeling Minnesota, antes de ser a co-estrela do filme The People vs. Larry Flynt, interpretando a esposa de Larry Flynt. Com o filme, ela recebeu aclamação crítica, uma nominação para o globo de ouro, na categoria de melhor atriz. O crítico Roger Ebert disse: "Courtney provou não ser uma estrela do rock fingindo atuar, mas sim uma verdadeira atriz".
Em 1999, atuou ao lado de Jim Carrey no filme Man on the Moon. Em 2001, participou de Julie Johnson, como sendo a amante lésbica de Lili Taylor. No ano seguinte, trabalhou no filme Trapped.
Vida pessoal
Quando Courtney tinha 17 anos, ela namorou o músico Rozz Rezabek, da banda Theatre of Sheep. Os dois se conheceram num clube chamado The Metropolis, em Portland, Oregon, onde Love ocasionalmente trabalhava como DJ. Os dois usavam drogas juntos e terminaram pouco tempo depois.
Durante três meses em 1989, Courtney foi casada com Falling James Moreland, vocalista do The Leaving Trains, e mais tarde disse que Moreland era um travesti e que o casamento foi "uma piada", sendo anulado.
Love também namorou Billy Corgan, da banda Smashing Pumpkins, no começo de 1991, mas a relação mais conhecida dela foi, sem dúvidas, com Kurt Cobain, dos Nirvana. Não há certezas sobre a data em que eles se conheceram. Alguns dizem que os dois se conheceram em janeiro de 1989 em um clube noturno, mas Love disse que a primeira vez que eles estiveram juntos foi em janeiro de 1988 em um show do Dhama Bums. Os dois tornaram-se amigos após serem apresentados por Jennifer Finch, que na época namorava o baterista do Nirvana, Dave Grohl. Love e Cobain começaram a namorar oficialmente em 1991, e casaram-se em 24 de fevereiro de 1992 na praia de Waikiki em Honolulu, Havaí. A única filha do casal, Frances Bean Cobain, nasceu seis meses mais tarde, em 18 de agosto de 1992. Em abril de 1994, Kurt Cobain cometeu suicídio na casa deles em Seattle.
Em 1996, Love começou a namorar o ator Edward Norton. Os dois conheceram-se no set de filmagens de The People vs. Larry Flynt, e chegaram a ficar noivos, mas terminaram o relacionamento em 1999. Love namorou o comediante britânico Steve Coogan em 2000.
Love perdeu a guarda da filha, Frances Bean, em 2003, mas retomou-a em 2005. Em 2009, Frances pediu uma ordem de restrição contra a mãe e decidiu morar com a avó materna, Wendy Cobain. Atualmente, as duas parecem ter retomado a relação e falam regularmente.
Courtney teve problemas com drogas durante anos de sua vida. Ela admitiu ter usado cannabis durante a adolescência e ter sido "apresentada" a drogas mais pesadas aos 16 anos, enquanto vivia em Taiwan, usando heroína após a confundir com cocaína. Ela revelou ter usado cocaína pela primeira vez aos 19 anos, com sua amiga Jennifer Finch. Courtney referiu-se ao ocorrido como "uma situação não muito agradável". De acordo com ela, Finch teve uma overdose, e Love, que não sabia dirigir, a colocou no carro e a levou para o hospital. "Eu fiquei com muito medo das drogas após aquilo", afirmou.
Em 1992, Courtney disse, durante uma entrevista para a Vanity Fair, que havia usado heroína antes de saber que estava grávida. A revista distorceu suas palavras, gerando uma grande confusão, o que fez com que ela e Kurt Cobain perdessem a guarda de Frances, a recuperando em 1993. Em 1996, Courtney parou de usar drogas e levava um estilo saudável de vida. No entanto, em 2004, voltou a usá-las.
No dia 17 de março de 2004, Love, claramente alterada, foi entrevistada por David Letterman, tendo a entrevista terminado com ela se apoiando na mesa de Letterman e mostrando os seus seios. Naquela noite, Love foi presa por posse de substâncias controladas. Ela protestou, dizendo que as drogas que ela carregava eram remédios expirados. A polícia, no entanto, alegou posse de ocitocina e hidrocodona sem prescrição médica.
Em 2005, Love foi internada num centro de reabilitação, para tratar o seu vício em cocaína. Ela terminou o tratamento em 2006 e tem estado sóbria desde então.
Postado por Fernando Martins às 00:55 0 bocas
Marcadores: Courtney Love, drogas, grunge, Hole, Kurt Cobain, Letter to God, música, punk, Reasons to be Beautiful, Rock alternativo
terça-feira, julho 09, 2013
Courtney Love - 49 anos
Courtney Michelle Love (nascida Courtney Michelle Harrison; São Francisco, 9 de julho de 1964) é uma cantora, compositora, atriz e pintora americana. Love ganhou notoriedade com sua banda Hole, que formou em 1989, com Eric Erlandson. O álbum de estreia da banda, Pretty on the Inside (1991), recebeu aclamação da crítica, e os Hole tornaram-se mundialmente conhecido com seus álbuns seguintes, Live Through This (1994) e Celebrity Skin (1998).
Love também é atriz e iniciou sua carreira interpretando pequenos papéis em filmes de Alex Cox em 1986. Em 1996, ela estrelou o filme The People vs. Larry Flynt, e foi nominada ao Globo de Ouro por melhor atriz coadjuvante. Mais tarde, em 2000, Love teve uma breve carreira solo após a dissolução do Hole, lançando um álbum, America's Sweetheart (2004) e teve diversos problemas com a lei e sentenças à clínicas de reabilitação até atingir a sobriedade. Em 2009, Love reformou o Hole com novos membros e lançou Nobody's Daughter (2010). Em 2012, ela estreou uma exposição de arte com uma coleção de suas próprias pinturas e desenhos intitulado And She's Not Even Pretty.
Nascida em São Francisco, Califórnia, Courtney é filha do escritor e ex-roadie da banda The Grateful Dead, Hank Harrison, e da psicoterapeuta Linda Carroll. É neta da escritora americana Paula Fox, que entregou a sua filha, mãe de Courtney, para adoção. A mesma foi criada por um casal italiano. Em 2006, ela escreveu uma biografia contando sobre as memórias dea sua mãe e da sua filha.
Após a separação dos pais, a batalha pela guarda de Courtney iniciou-se. Linda acusou Hank de ter dado LSD para a filha aos quatro anos de idade, o que foi negado por ele, e conseguiu a custódia da criança. Courtney mudou-se diversas vezes durante sua infância com sua mãe e os quatro maridos que ela viria a ter. Ela foi adotada por dois deles. Durante a infância, Love chegou a viver em comunidades hippies de Oregon. Aos 12 anos, a sua mãe casou-se novamente e mudou-se com todos os filhos para a Nova Zelândia, exceto Courtney, a quem deixou para trás, sob os cuidados de vizinhos e amigos próximos.
Courtney era uma criança perturbada e irascível. Durante a adolescência, passou diversos períodos em centros de detenção de menores e reformatórios, geralmente por furto. Um caso notório foi quando, aos doze anos de idade, roubou uma camiseta da banda Kiss. É dito que Courtney passou a interessar-se por música em uma das passagens por um dos reformatórios, quando um residente lhe emprestou fitas de bandas como Sex Pistols, The Clash e Pretenders. Ao sair da detenção, afastou-se da família. Aos dezasseis anos, foi emancipada com direito a uma pensão mensal de oitocentos dólares estabelecida pelos seus avós maternos adotivos e mudou-se para Portland, onde trabalhou como stripper. Love disse que não possuía "habilidades de socialização" durante a adolescência e que foi criada por seus amigos e drag queens em boates gays de Portland. Viajou para o Japão e para Taiwan como stripper.
Foi nesta época que Courtney iniciou o seu intenso uso de drogas. Fumava cigarros e bebia desde os doze, e acabou desenvolvendo uma preferência por barbitúricos, passando depois para a heroína quando se mudou para São Francisco. Em 1981, viajou para a Inglaterra, vivendo em Liverpool e estudou numa faculdade em Dublin, na Irlanda, durante dois semestres e tirou fotos para a Hot Press. Ela morou brevemente com o músico Julian Cope e desenvolveu uma amizade com Ian McCulloch, dos Echo and the Bunnymen. Love começou seu primeiro projeto musical no começo dos anos 80, e criou uma banda chamada Sugar Babydoll, que não rendeu nenhum material. O início da sua carreira musical foi quando ela foi a vocalista dos Faith No More. De acordo com Love, ela apareceu em um show da banda em São Francisco com um vestido de casamento e foi convidada para ser parte da banda. Ela só fez parte do grupo por um curto período, mas manteve uma amizade com Roddy Bottum.
Aos 20 anos, em 1984, conheceu Kat Bjelland em Portland, no clube noturno Satyricon. As duas se tornaram amigas, fazendo algumas experiências musicais com Jennifer Finch, uma baixista. Love e Bjelland se mudaram para São Francisco no ano seguinte e formaram uma banda chamada The Pagan Babies, com Deidre Schletter e Janis Tanaka, mas a banda dissolveu-se em 1985, após a gravação de uma demo, em grande parte devido à luta e problemas envolvendo o abuso de drogas. Love tocou baixo brevemente na banda de Kat, Babes in Toyland em Minneapolis, mas foi expulsa da banda. Ela continuou na cidade e trabalhou promovendo shows de rock, mas viajou para Los Angeles logo a seguir.
Durante esse tempo, Love estudou na Portland State University, e também na San Francisco State University. Também estudou no Instituto de Artes de São Francisco, onde teve aulas de cinema, dadas por George Kuchar e estrelou um curta metragem dirigido por ele. Mais tarde, ela fez dois filmes dirigidos por Alex Cox no fim dos anos 80, mas, insatisfeita com a sua atuação, resolveu voltar a trabalhar como stripper, onde ela foi reconhecida e fotografada num bar em Oregon. Love então mudou-se para o Alasca por alguns meses, onde ela continuou a despir-se para se manter financeiramente.
Hole
Em 1989, Love aprendeu a tocar guitarra sozinha e mudou-se para Los Angeles. Ela colou um panfleto em Flipside, dizendo: "eu quero começar uma banda. Minhas influências são Big Black, Sonic Youth e Fleetwood Mac" e obteve uma resposta de Eric Erlandson. Após vários testes, eles escolheram Jill Emery como baixista e Caroline Rue como baterista, formando a banda que eles resolveram chamar de Hole. O primeiro show da banda foi em novembro de 1989, em Hollywood, após três meses de ensaios. Logo depois, eles lançaram singles pela gravadora independente Sympathy for the Record Industry. O primeiro single deles, "Retard Girl", foi lançado na primavera de 1990. O DJ Rodney Bingenheimer disse, em tom de brincadeira, que Courtney passou a "persegui-lo" em um restaurante, mostrando-lhe o single da banda e insistindo que ele deveria tocar a música na sua estação de rádio, KROQ-FM. Um ano depois, a banda lançou o seu segundo single, "Dicknail", através da gravadora Sub Pop Records, ganhando público em Los Angeles, e eventualmente fazendo uma turnê nacional por clubes.
Influenciados por bandas de no wave, Love conseguiu que Kim Gordon, da banda Sonic Youth, produzisse o primeiro álbum do Hole, Pretty on the Inside, lançado em setembro de 1991 pela gravadora Caroline Records, que alcançou a 59ª posição no UK Albums Chart em outubro de 1991. Uma das críticas referia-se ao álbum como "o melhor de 1991", e a revista Spin o colocou na lista de 20 melhores álbuns do ano.
Love saiu em turnê com os Hole para promover o álbum em shows na Europa e nos Estados Unidos.
Os Hole gravaram o seu segundo álbum, Live Through This, no outono de 1993, em Atlanta, e o lançou em 1994, apenas quatro dias depois do marido de Courtney, Kurt Cobain, ter cometido suicídio. O álbum agora tinha Kristen Pfaff como baixista e Patty Schemel como baterista. Pouco menos que dois meses depois do lançamento do álbum, no dia 16 de junho de 1994, Kristen Pfaff foi encontrada morta por uma overdose de heroína. Love então recrutou a até então baixista de 22 anos Melissa Auf der Maur para a turnê da banda que estava por vir. Durante os meses anteriores à turnê, Love era raramente vista em público, passando o tempo dela em casa ou em mosteiros budistas em Nova York.
As apresentações ao vivo dos Hole em 1994 e 1995 chamaram atenção pelo estado emocional de Courtney. Durante a turnê, ela mudava as letras das canções e as dedicava para Kristen e Kurt, provocava fãs e batia com as guitarras na plateia. Descontente com um grupo de fãs dos Nirvana que a acusavam de ter assassinado Cobain, ela chegou a jogar cartuchos de espingarda neles.
Live Through This foi um grande sucesso comercial e critico. As revistas Spin e Village Voice chegaram a elegê-lo como álbum do ano e, em novembro, o álbum recebeu o certificado de disco de ouro. Em abril de 1995, ele recebeu disco de platina.
As músicas do álbum tratavam de assuntos como gravidez, violação, abuso infantil e suicídio. Live Through This entrou na lista de melhores álbuns de todos os tempos feita pela Rolling Stone em 2003.
Após o sucesso do mesmo, o Hole anunciou um hiatus em 1996. Nessa época, Love atuou em diversos filmes. Em 1997, a banda lançou uma compilação, My Body, The Hand Grenade através da gravadora City Slang, que continha material da banda lançado entre 1989 até 1995.
Enquanto o álbum era lançado, os Hole estavma no estúdio, gravando Celebrity Skin, cujo estilo seguia uma linha voltada para o pop rock. Lançado em setembro de 1998, Celebrity Skin foi notado pelas influências do pop. A Rolling Stone deu quatro em cinco estrelas para o álbum. O álbum recebeu certificado de multi-platina. A Spin classificou-o como o melhor do ano. Eric Erlandson continuava como guitarrista da banda, enquanto Melissa Auf der Maur fazia coros e era baixista, enquanto a baterista Patty Schemel tinha sido substituída por Samantha Maloney. O álbum foi o primeiro a dar um hit número 1 para a banda com a canção Celebrity Skin.
A divulgação do álbum consistiu em uma turnê pela Austrália em 1999, depois shows nos Estados Unidos, com Marilyn Manson. As duas bandas brigavam nos shows, tendo os Hole resolvido sair da turnê.
A solo
Enquanto os Hole estavma tendo desentendimentos, Love começou uma banda de punk rock chamada Bastard, durante o outono de 2001, formada por Patty Schemel, ex-baterista do Hole, Louise Prost, do Veruca Salt e a baixista Gina Crosley, indicada por Prost. Love chegou a convidar Kat Bjelland, que havia acabado de sair do Babes in Toyland, no entanto, esta não aceitou. Mais tarde, ela afirmou: "eu e Courtney fazemos boa música juntas, mas não teria dado certo naquela época".
No dia 24 de maio de 2002, Eric Erlandson e Love anunciaram o fim dos Hole.
A vida de Courtney foi conturbada em 2003. Durante aquele ano, ela enfrentou diversos problemas com drogas. Em 2004, ela lançou um álbum solo, America's Sweetheart, com composições dela e Linda Perry.
O álbum vendeu 86 mil cópias nos primeiros três meses, com os singles Mono e Hold on to Me. Anos mais tarde, Courtney disse se arrepender do álbum, chamando ele de "um álbum de merda" e atribuindo isso aos seus problemas com drogas na época.
Em 2006, Courtney começou a gravar o que seria seu segundo álbum a solo, que levaria o nome de How Dirty Girls Get Clean e contava com colaborações de Linda Perry e Billy Corgan. Love compôs diversas canções, incluindo uma canção anti-cocaína, chamada "Loser Dust", enquanto esteve internada em uma clínica de reabilitação.
Regresso dos Hole
Em 17 de junho de 2009, surgiram vários rumores de que os Hole estaria voltando para se reunir. O guitarrista original da banda, Eric Erlandson, negou e disse que a banda nunca poderia voltar sem ele. Courtney o respondeu em seu twitter, dizendo: "ele está louco. Hole é minha banda, meu nome, minha marca registada".
Love chegou a anunciar que Melissa Auf der Maur, continuaria sendo a baixista da banda, o que foi negado por ela. Mais tarde, Love disse: "Melissa é uma querida, e está em turnê agora, mas seria ótimo tê-la na banda novamente".
Nobody's Daughter foi lançado mundialmente em abril de 2010. A nova formação contava com Micko Larkin na guitarra, Shaw Dailey no baixo e Stu Fisher como baterista. O álbum possuía, em grande parte, materiais escritos por Courtney na época em que ela estava prestes a lançar o seu segundo álbum a solo, que acabou sendo cancelado. As canções, no entanto, foram reproduzidas com Larkin.
O primeiro single do álbum foi Skinny Little Bitch, que foi a canção de rock alternativo mais pedida em março de 2010. A banda se apresentou no The Late Show with David Letterman e no Jimmy Kemmel Live!.
As canções do álbum falam, em sua maioria, sobre os problemas pessoas de Courtney entre 2003 e 2007. A banda fez uma turnê pela Europa, pelo Japão e pelos Estados Unidos, promovendo o álbum na primavera e no verão de 2010, terminando a turnê em Seattle.
Em 12 de abril de 2012, Courtney Love, Patty Schemel, Melissa Auf der Maur e Eric Erlandson reuniram-se por uma noite, tocando Miss World e Over the Edge.
Em outubro de 2012, Courtney contou para a revista Rolling Stone que planeava retomar sua carreira a solo e que havia acabado de gravar um single, "This is War", produzido por James Iha, e que este estava programado para ser lançado em fevereiro de 2013.
Atriz
Courtney trabalhou com o diretor Alex Cox nos seus dois primeiros filmes. Ela ganhou uma pequena participação no filme Sid and Nancy, de 1986, uma biografia de Sid Vicious. Logo depois, atuou em "Direto para o Inferno", em 1987. No mesmo ano, ela apareceu na série Andy Warhol's Fifteen Minutes, com Robbie Nevil, num episódio chamado "C'est la Vie".
Quase uma década depois, em 1996, ela fez pequenos papéis em Basquiat e Feeling Minnesota, antes de ser a co-estrela do filme The People vs. Larry Flynt, interpretando a esposa de Larry Flynt. Com o filme, ela recebeu aclamação crítica, uma nominação para o globo de ouro, na categoria de melhor atriz. O crítico Roger Ebert disse: "Courtney provou não ser uma estrela do rock fingindo atuar, mas sim uma verdadeira atriz".
Em 1999, atuou ao lado de Jim Carrey no filme Man on the Moon. Em 2001, participou de Julie Johnson, como sendo a amante lésbica de Lili Taylor. No ano seguinte, trabalhou no filme Trapped.
Vida pessoal
Quando Courtney tinha 17 anos, ela namorou o músico Rozz Rezabek, da banda Theatre of Sheep. Os dois se conheceram num clube chamado The Metropolis, em Portland, Oregon, onde Love ocasionalmente trabalhava como DJ. Os dois usavam drogas juntos e terminaram pouco tempo depois.
Durante três meses em 1989, Courtney foi casada com Falling James Moreland, vocalista do The Leaving Trains, e mais tarde disse que Moreland era um travesti e que o casamento foi "uma piada", sendo anulado.
Love também namorou Billy Corgan, da banda Smashing Pumpkins, no começo de 1991, mas a relação mais conhecida dela foi, sem dúvidas, com Kurt Cobain, dos Nirvana. Não há certezas sobre a data em que eles se conheceram. Alguns dizem que os dois se conheceram em janeiro de 1989 em um clube noturno, mas Love disse que a primeira vez que eles estiveram juntos foi em janeiro de 1988 em um show do Dhama Bums. Os dois tornaram-se amigos após serem apresentados por Jennifer Finch, que na época namorava o baterista do Nirvana, Dave Grohl. Love e Cobain começaram a namorar oficialmente em 1991, e casaram-se em 24 de fevereiro de 1992 na praia de Waikiki em Honolulu, Havaí. A única filha do casal, Frances Bean Cobain, nasceu seis meses mais tarde, em 18 de agosto de 1992. Em abril de 1994, Kurt Cobain cometeu suicídio na casa deles em Seattle.
Em 1996, Love começou a namorar o ator Edward Norton. Os dois conheceram-se no set de filmagens de The People vs. Larry Flynt, e chegaram a ficar noivos, mas terminaram o relacionamento em 1999. Love namorou o comediante britânico Steve Coogan em 2000.
Love perdeu a guarda da filha, Frances Bean, em 2003, mas retomou-a em 2005. Em 2009, Frances pediu uma ordem de restrição contra a mãe e decidiu morar com a avó materna, Wendy Cobain. Atualmente, as duas parecem ter retomado a relação e falam regularmente.
Courtney teve problemas com drogas durante anos de sua vida. Ela admitiu ter usado cannabis durante a adolescência e ter sido "apresentada" a drogas mais pesadas aos 16 anos, enquanto vivia em Taiwan, usando heroína após a confundir com cocaína. Ela revelou ter usado cocaína pela primeira vez aos 19 anos, com sua amiga Jennifer Finch. Courtney referiu-se ao ocorrido como "uma situação não muito agradável". De acordo com ela, Finch teve uma overdose, e Love, que não sabia dirigir, a colocou no carro e a levou para o hospital. "Eu fiquei com muito medo das drogas após aquilo", afirmou.
Em 1992, Courtney disse, durante uma entrevista para a Vanity Fair, que havia usado heroína antes de saber que estava grávida. A revista distorceu suas palavras, gerando uma grande confusão, o que fez com que ela e Kurt Cobain perdessem a guarda de Frances, a recuperando em 1993. Em 1996, Courtney parou de usar drogas e levava um estilo saudável de vida. No entanto, em 2004, voltou a usá-las.
No dia 17 de março de 2004, Love, claramente alterada, foi entrevistada por David Letterman, tendo a entrevista terminado com ela se apoiando na mesa de Letterman e mostrando os seus seios. Naquela noite, Love foi presa por posse de substâncias controladas. Ela protestou, dizendo que as drogas que ela carregava eram remédios expirados. A polícia, no entanto, alegou posse de ocitocina e hidrocodona sem prescrição médica.
Em 2005, Love foi internada em um centro de reabilitação, para tratar o seu vício em cocaína. Ela terminou o tratamento em 2006 e tem estado sóbria desde então.
Postado por Pedro Luna às 23:49 0 bocas
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