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quinta-feira, julho 11, 2024

O poeta Guilherme de Almeida morreu há 55 anos...

(imagem daqui)
        
Guilherme de Andrade de Almeida (Campinas, 24 de julho de 1890 - São Paulo, 11 de julho de 1969) foi um advogado, jornalista, crítico de cinema, poeta, ensaísta e tradutor brasileiro.
Filho de Estevam de Araujo Almeida, professor de direito e jurisconsulto, e de Angelina de Andrade, foi casado com Belkiss Barroso de Almeida (Baby), de cuja união nasceu o filho, Guy Sérgio Haroldo Estêvão Zózimo Barroso de Almeida, que se casou com Marina Queiroz Aranha de Almeida. Foi, com o seu irmão, Tácito de Almeida (1899 - 1940), importante organizador da Semana de Arte Moderna de 22, tendo criado em 1925 uma conferência para difusão da poesia moderna, intitulada "Revelação do Brasil pela Poesia Moderna", que foi apresentada em Porto Alegre, Recife e Fortaleza.
    
   
Indiferença


Hoje, voltas-me o rosto, se ao teu lado
passo. E eu, baixo os meus olhos se te avisto.
E assim fazemos, como se com isto,
pudéssemos varrer nosso passado.

Passo esquecido de te olhar, coitado!
Vais, coitada, esquecida de que existo.
Como se nunca me tivesses visto,
como se eu sempre não te houvesse amado

Mas, se às vezes, sem querer nos entrevemos,
se quando passo, teu olhar me alcança
se meus olhos te alcançam quando vais.

Ah! Só Deus sabe! Só nós dois sabemos.
Volta-nos sempre a pálida lembrança.
Daqueles tempos que não voltam mais!

 

Guilherme de Almeida

terça-feira, julho 11, 2023

O poeta Guilherme de Almeida morreu há 54 anos...

(imagem daqui)
        
Guilherme de Andrade de Almeida (Campinas, 24 de julho de 1890 - São Paulo, 11 de julho de 1969) foi um advogado, jornalista, crítico de cinema, poeta, ensaísta e tradutor brasileiro.
Filho de Estevam de Araujo Almeida, professor de direito e jurisconsulto, e de Angelina de Andrade, foi casado com Belkiss Barroso de Almeida (Baby), de cuja união nasceu o filho, Guy Sérgio Haroldo Estêvão Zózimo Barroso de Almeida, que se casou com Marina Queiroz Aranha de Almeida. Foi, com o seu irmão, Tácito de Almeida (1899 - 1940), importante organizador da Semana de Arte Moderna de 22, tendo criado em 1925 uma conferência para difusão da poesia moderna, intitulada "Revelação do Brasil pela Poesia Moderna", que foi apresentada em Porto Alegre, Recife e Fortaleza.
    
   
Flor do asfalto
  
Flor do asfalto, encantada flor de seda,
sugestão de um crepúsculo de outono,
de uma folha que cai, tonta de sono,
riscando a solidão de uma alameda...
  
Trazes nos olhos a melancolia
das longas perspectivas paralelas,
das avenidas outonais, daquelas
ruas cheias de folhas amarelas
sob um silêncio de tapeçaria...
  
Em tua voz nervosa tumultua
essa voz de folhagens desbotadas,
quando choram ao longo das calçadas,
simétricas, iguais e abandonadas,
as árvores tristíssimas da rua!
  
Flor da cidade, em teu perfume existe
Qualquer coisa que lembra folhas mortas,
sombras de pôr de sol, árvores tortas,
pela rua calada em que recortas
tua silhueta extravagante e triste...
  
Flor de volúpia, flor de mocidade,
teu vulto, penetrante como um gume,
passa e, passando, como que resume
no olhar, na voz, no gesto e no perfume,
a vida singular desta cidade!

 

Guilherme de Almeida

segunda-feira, julho 11, 2022

O poeta Guilherme de Almeida morreu há 53 anos

(imagem daqui)
        
Guilherme de Andrade de Almeida (Campinas, 24 de julho de 1890 - São Paulo, 11 de julho de 1969) foi um advogado, jornalista, crítico de cinema, poeta, ensaísta e tradutor brasileiro.
Filho de Estevam de Araujo Almeida, professor de direito e jurisconsulto, e de Angelina de Andrade. Foi casado com Belkiss Barroso de Almeida (Baby), de cuja união nasceu o filho, Guy Sérgio Haroldo Estêvão Zózimo Barroso de Almeida, que se casou com Marina Queiroz Aranha de Almeida. Foi, com seu irmão, Tácito de Almeida (1899 - 1940), importante organizador da Semana de Arte Moderna de 22, tendo criado em 1925 conferência para difusão da poesia moderna, intitulada "Revelação do Brasil pela Poesia Moderna", que foi apresentada em Porto Alegre, Recife e Fortaleza.
    
   
Flor do asfalto
  
Flor do asfalto, encantada flor de seda,
sugestão de um crepúsculo de outono,
de uma folha que cai, tonta de sono,
riscando a solidão de uma alameda...
  
Trazes nos olhos a melancolia
das longas perspectivas paralelas,
das avenidas outonais, daquelas
ruas cheias de folhas amarelas
sob um silêncio de tapeçaria...
  
Em tua voz nervosa tumultua
essa voz de folhagens desbotadas,
quando choram ao longo das calçadas,
simétricas, iguais e abandonadas,
as árvores tristíssimas da rua!
  
Flor da cidade, em teu perfume existe
Qualquer coisa que lembra folhas mortas,
sombras de pôr de sol, árvores tortas,
pela rua calada em que recortas
tua silhueta extravagante e triste...
  
Flor de volúpia, flor de mocidade,
teu vulto, penetrante como um gume,
passa e, passando, como que resume
no olhar, na voz, no gesto e no perfume,
a vida singular desta cidade!

domingo, julho 11, 2021

O poeta Guilherme de Almeida morreu há 52 anos

(imagem daqui)
     
Guilherme de Andrade de Almeida (Campinas, 24 de julho de 1890 - São Paulo, 11 de julho de 1969) foi um advogado, jornalista, crítico de cinema, poeta, ensaísta e tradutor brasileiro.
Filho de Estevam de Araujo Almeida, professor de direito e jurisconsulto, e de Angelina de Andrade. Foi casado com Belkiss Barroso de Almeida (Baby), de cuja união nasceu o filho, Guy Sérgio Haroldo Estêvão Zózimo Barroso de Almeida, que se casou com Marina Queiroz Aranha de Almeida. Foi, com seu irmão, Tácito de Almeida (1899 - 1940), importante organizador da Semana de Arte Moderna de 22, tendo criado em 1925 conferência para difusão da poesia moderna, intitulada "Revelação do Brasil pela Poesia Moderna", que foi apresentada em Porto Alegre, Recife e Fortaleza.
   
   
Flor do asfalto
  
Flor do asfalto, encantada flor de seda,
sugestão de um crepúsculo de outono,
de uma folha que cai, tonta de sono,
riscando a solidão de uma alameda...
  
Trazes nos olhos a melancolia
das longas perspectivas paralelas,
das avenidas outonais, daquelas
ruas cheias de folhas amarelas
sob um silêncio de tapeçaria...
  
Em tua voz nervosa tumultua
essa voz de folhagens desbotadas,
quando choram ao longo das calçadas,
simétricas, iguais e abandonadas,
as árvores tristíssimas da rua!
  
Flor da cidade, em teu perfume existe
Qualquer coisa que lembra folhas mortas,
sombras de pôr de sol, árvores tortas,
pela rua calada em que recortas
tua silhueta extravagante e triste...
  
Flor de volúpia, flor de mocidade,
teu vulto, penetrante como um gume,
passa e, passando, como que resume
no olhar, na voz, no gesto e no perfume,
a vida singular desta cidade!

sábado, julho 11, 2020

O poeta brasileiro Guilherme de Almeida morreu há 51 anos

(imagem daqui)
   
Guilherme de Andrade de Almeida (Campinas, 24 de julho de 1890 - São Paulo, 11 de julho de 1969) foi um advogado, jornalista, crítico de cinema, poeta, ensaísta e tradutor brasileiro.
Filho de Estevam de Araujo Almeida, professor de direito e jurisconsulto, e de Angelina de Andrade. Foi casado com Belkiss Barroso de Almeida (Baby), de cuja união nasceu o filho, Guy Sérgio Haroldo Estêvão Zózimo Barroso de Almeida, que se casou com Marina Queiroz Aranha de Almeida. Foi, com seu irmão, Tácito de Almeida (1899 - 1940), importante organizador da Semana de Arte Moderna de 22, tendo criado em 1925 conferência para difusão da poesia moderna, intitulada "Revelação do Brasil pela Poesia Moderna", que foi apresentada em Porto Alegre, Recife e Fortaleza.
   
   
Flor do asfalto
  
Flor do asfalto, encantada flor de seda,
sugestão de um crepúsculo de outono,
de uma folha que cai, tonta de sono,
riscando a solidão de uma alameda...
  
Trazes nos olhos a melancolia
das longas perspectivas paralelas,
das avenidas outonais, daquelas
ruas cheias de folhas amarelas
sob um silêncio de tapeçaria...
  
Em tua voz nervosa tumultua
essa voz de folhagens desbotadas,
quando choram ao longo das calçadas,
simétricas, iguais e abandonadas,
as árvores tristíssimas da rua!
  
Flor da cidade, em teu perfume existe
Qualquer coisa que lembra folhas mortas,
sombras de pôr de sol, árvores tortas,
pela rua calada em que recortas
tua silhueta extravagante e triste...
  
Flor de volúpia, flor de mocidade,
teu vulto, penetrante como um gume,
passa e, passando, como que resume
no olhar, na voz, no gesto e no perfume,
a vida singular desta cidade!

quarta-feira, julho 11, 2012

O poeta brasileiro Guilherme de Almeida morreu há 43 anos

(imagem daqui)

Guilherme de Andrade de Almeida (Campinas, 24 de julho de 1890 - São Paulo, 11 de julho de 1969) foi um advogado, jornalista, crítico de cinema, poeta, ensaísta e tradutor brasileiro.
Filho de Estevam de Araujo Almeida, professor de direito e jurisconsulto, e de Angelina de Andrade. Foi casado com Belkiss Barroso de Almeida (Baby), de cuja união nasceu o filho, Guy Sérgio Haroldo Estêvão Zózimo Barroso de Almeida, que se casou com Marina Queiroz Aranha de Almeida. Foi, com seu irmão, Tácito de Almeida (1899 - 1940), importante organizador da Semana de Arte Moderna de 22, tendo criado em 1925 conferência para difusão da poesia moderna, intitulada "Revelação do Brasil pela Poesia Moderna", que foi apresentada em Porto Alegre, Recife e Fortaleza.


Flor do asfalto

Flor do asfalto, encantada flor de seda,
sugestão de um crepúsculo de outono,
de uma folha que cai, tonta de sono,
riscando a solidão de uma alameda...

Trazes nos olhos a melancolia
das longas perspectivas paralelas,
das avenidas outonais, daquelas
ruas cheias de folhas amarelas
sob um silêncio de tapeçaria...

Em tua voz nervosa tumultua
essa voz de folhagens desbotadas,
quando choram ao longo das calçadas,
simétricas, iguais e abandonadas,
as árvores tristíssimas da rua!

Flor da cidade, em teu perfume existe
Qualquer coisa que lembra folhas mortas,
sombras de pôr de sol, árvores tortas,
pela rua calada em que recortas
tua silhueta extravagante e triste...

Flor de volúpia, flor de mocidade,
teu vulto, penetrante como um gume,
passa e, passando, como que resume
no olhar, na voz, no gesto e no perfume,
a vida singular desta cidade!