A Paixão segundo Mateus BWV 244 (em latim: Passio Domini nostri Jesu Christi secundum Evangelistam Matthaeum; em alemão: Matthäus-Passion), mais conhecida nos países católicos como Paixão segundo São Mateus, é um oratório de Johann Sebastian Bach, que representa o sofrimento e a morte de Cristo segundo o Evangelho de Mateus, com libreto de Picander
(Christian Friedrich Henrici). Com uma duração de mais de duas horas e
meia e, em algumas interpretações, mais de três horas, é a obra mais
extensa do compositor. Trata-se, sem dúvida alguma, de uma das obras
mais importantes de Bach e uma das obras-primas da música ocidental. Esta e a Paixão segundo São João
são as únicas Paixões autênticas do compositor conservadas na sua
totalidade. A Paixão segundo Mateus consta de duas grandes partes
constituídas de 68 números, em que se alternam coros (cinco), corais, recitativos, ariosos e árias.
(...)
A Paixão segundo Mateus foi escrita, provavelmente, em 1727.
Apenas duas das quatro (ou cinco) composições sobre a Paixão de Cristo,
que Bach escreveu, subsistiram integralmente; a outra é a Paixão segundo São João. A obra foi apresentada pela primeira vez na Sexta-feira da Paixão de 1727 (a 11 de abril de 1727) ou na Sexta-feira da Paixão de 1729 na Thomaskirche (Igreja de São Tomás) em Leipzig, onde Bach era o Kantor. Ele a reviu-a em 1736, apresentando-a novamente em março desse mesmo ano, incluindo dessa vez dois órgãos nos instrumentos.
A Paixão segundo Mateus não foi ouvida fora de Leipzig até 1829, quando Felix Mendelssohn apresentou uma versão abreviada em Berlim e foi vivamente aclamado. A redescoberta da Paixão segundo Mateus,
através de Mendelssohn, expôs a música de Bach - principalmente as suas
grandes obras - a uma maior atenção pública e académica, que persiste até
aos dias atuais.
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