Robert Leroy Johnson (Hazlehurst, Mississippi, 8 de maio de 1911 – Greenwood, Mississippi, 16 de agosto de 1938) foi um cantor e guitarrista norte-americano de blues. Johnson é um dos músicos mais influentes de Mississippi Delta Blues e é uma importante referência para a padronização do consagrado formato de doze compassos para o blues. Influenciou grandes artistas durante anos como Muddy Waters,
que considerava Johnson "o mais importante cantor de blues que já
viveu". Foi considerado o 5º melhor guitarrista de todos os tempos pela
revista norte-americana Rolling Stone.
Johnson nasceu em Hazlehurst, Mississippi. A sua data de nascimento oficialmente aceite (1911)
provavelmente está errada. Registos existentes (documentos escolares,
certidões de casamento e certidão de óbito) sugerem diferentes datas
entre 1909 e 1912, embora nenhum contenha a data de 1911.
Robert Johnson gravou apenas 29 músicas, num total de 40 faixas, em duas sessões de gravação em San Antonio, Texas, em novembro de 1936 e em Dallas, Texas, em junho de 1937.
Treze músicas foram gravadas 2 vezes. A suas músicas continuam sendo
interpretadas e adaptadas por diversos artistas e bandas, como os Led Zeppelin, Eric Clapton, The Rolling Stones, The Blues Brothers, Red Hot Chili Peppers e The White Stripes.
Em 1938 durante uma apresentação no bar "Tree Forks" Johnson bebeu whisky envenenado com estricnina, supostamente preparado pelo dono do bar, o qual estava com ciumes por Jonhson ter se atirado à sua mulher. Sonny Boy Williamson,
que estava tocando junto com Jonhson, havia alertado-o sobre o
whisky, porém este não lhe deu atenção. Johnson recuperou do
envenenamento, mas contraiu uma pneumonia e morreu 3 dias depois, em 16 de agosto de 1938, em Greenwood, Mississippi. Há várias versões populares para sua morte: que haveria morrido envenenado pelo whisky, que haveria morrido de sífilis
e que havia sido assassinado com arma de fogo. O seu certificado de
óbito cita apenas "No Doctor" (Sem Médico) como causa da morte.
Outro mito popular recorrente sugere que Johnson vendeu a sua alma ao diabo na encruzilhada das autoestradas 61 e 49 em Clarksdale, Mississippi,
com o seu violão e uma garrafa de whisky adulterado, quando um bend
escandaloso de uma gaita cromada, era o diabo. Tomou o seu violão e
afinou-o um tom abaixo, devolveu para Johnson e tocou como toca nas
gravações... fez isso em troca da proeza para tocar guitarra.
Este mito foi difundido principalmente por Son House,
e ganhou força devido às letras de algumas de suas músicas, como
"Crossroads Blues", "Me And The Devil Blues" e "Hellhound On My Trail". O
mito também é descrito no filme de 1986 Crossroads, no episódio 8, da segunda temporada da série Supernatural
e na faixa bónus da pág. 101 do livro Encruzilhada (Literata, 2011),
do autor brasileiro Ademir Pascale. O mito ainda explica detalhes
sobre ele ter saído desesperadamente do bar Tree Forks, sendo
perseguido por cães pretos e foi encontrado com marcas de mordidas
profundas, cortes em forma de cruz no rosto e seu violão intacto ao
lado do corpo ensanguentado. Robert morreu de olhos abertos e uma
expressão tranquila no rosto.
Apesar do seu estilo, muito peculiar, dos Delta Blues, e o padrão
técnico das gravações de sua época muito distantes dos padrões
estéticos e técnicos de hoje, Robert Johnson é frequentemente citado
como "o maior cantor de blues de todos os tempos" e até mesmo como o
mais importante músico do século XX
Em 1999 os The White Stripes lançaram no seu álbum de estreia homónimo uma canção de Johnson; Stop Breaking Down.
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