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quarta-feira, dezembro 21, 2011

Não se morre de saudade


Carlos do Carmo - Não se morre de saudade
Júlio de Sousa / Alberto Costa

Não se morre de saudade
De saudade eu não morri
Nem morro nesta ansiedade
De viver, morrendo em ti

Não sou a flor que tu beijas
Nem o Deus das tuas preces
Não serei o que desejas
Mas sou mais do que mereces

Sou pausa no teu recreio
Sou o brinquedo quebrado
És um livro que não leio
Porque está sempre fechado

No banco verde da esperança
Estou sentado á tua espera
Continuo a ser criança
No meu jardim de quimera

Traz a bola e vem brincar
Traz o arco e vem correr
Traz a corda e vem saltar
Meu amor, p'ra eu te ver

O fadista Carlos do Carmo faz hoje 73 anos

Carlos do Carmo, nome artístico de Carlos Alberto Ascenção do Carmo Almeida (Lisboa, 21 de Dezembro de 1939) é um cantor e intérprete de fado português.
Filho de Alfredo de Almeida, livreiro e proprietário da casa de fados O Faia, e de Lucília do Carmo, conhecida fadista, Carlos cresceu em Lisboa, onde frequentou a Escola Alemã e o Liceu Passos Manuel. Na Suíça fez estudos de Hotelaria e aprendeu línguas estrangeiras. Iniciou a sua carreira artística em 1964, embora tenha gravado o primeiro disco com nove anos.
Ainda em 1964 casou-se com Judite do Carmo, sua actual mulher e mãe dos seus três filhos, Cila, Alfredo e Gil.
Representou Portugal no XXI Festival Eurovisão da Canção em 1976, com o tema Flor de Verde Pinho, adaptado do poema de Manuel Alegre. No Festival RTP da Canção desse ano, foi o único intérprete. Nas últimas canções apresentadas estavam temas como Estrela da Tarde. De entre muitas outras, as suas canções mais conhecidas são Os Putos, Um Homem na Cidade, Canoas do Tejo, O Cacilheiro, Lisboa Menina e Moça, Duas Lágrimas de Orvalho e Bairro Alto.
Realizou numerosas digressões, tendo actuado no Olympia de Paris, na Ópera de Frankfurt, na Ópera de Wiesbaden, no Canecão do Rio de Janeiro ou no Hotel Savoy de Helsínquia. Em Portugal tem sido apresentado na Fundação Calouste Gulbenkian, no Mosteiro dos Jerónimos, no Casino Estoril e Centro Cultural de Belém.
Em 2003 ganhou o Prémio José Afonso, então atribuído pela Câmara Municipal da Amadora, na sequência do qual foi publicado o livro Carlos do Carmo, do Fado e do Mundo, uma entrevista biográfica realizada por Viriato Teles. Entre numerosos galardões, foi-lhe ainda atribuído o Globo de Ouro de Mérito e da Excelência, o Prémio Consagração de Carreira, da Sociedade Portuguesa de Autores, a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique e o Prémio Goya para Melhor Canção Original, com o Fado da Saudade, em 2008. A canção faz parte da banda sonora do filme Fados, que concorria à edição de 2008 daqueles que são considerados os óscares espanhóis. No entanto foram levantadas dúvidas sobre a verdadeira autoria deste fado (Público). É ainda cidadão honorário do Rio de Janeiro, membro de honra do Claustro Ibero-Americano das Artes, e recebeu um diploma do Senado de Rhode Island (Estados Unidos) pelo seu contributo para a divulgação da música portuguesa.
Figura também como pioneiro na nova discografia portuguesa devido ao seu disco Um Homem no País, que foi o primeiro CD editado por um artista em Portugal.

quarta-feira, novembro 30, 2011

Hoje é dia de recordar Pessoa na voz e fado de Carlos do Carmo


Mar Português

Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!

Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.

in
Mensagem (1934) - Fernando Pessoa

quinta-feira, novembro 11, 2010

Post com cheiro a castanhas

Hoje é dia de vinho novo, de castanhas assadas, do verão de S. Martinho: