Referendo sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia |
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23 de junho de 2016 |
Tipo de eleição: | Referendo sobre permanência na União Europeia |
Demografia eleitoral |
Votantes : | 33 578 016 |
Resultados do referendo (amarelo= "Permanecer"; azul= "Sair") |
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"Deveria o Reino Unido permanecer membro da União Europeia ou deveria deixá-la?" |
Permanecer |
| 48.11% |
Sair |
| 51.89% |
O
referendo sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia foi um referendo que aconteceu em 23 de junho de 2016 com o intuito de decidir o futuro do
Reino Unido na
União Europeia.
A permanência britânica no bloco económico tem sido controversa e é,
constantemente, motivo de debates desde que o país se juntou à
Comunidade Económica Europeia
(CEE, ou "Mercado Comum") em 1973. A votação terminou como uma vitória
para os que eram favoráveis à saída do Reino Unido da União Europeia
com 52% dos votos válidos contra 48% daqueles que queriam que a nação
permanecesse na EU.
Os defensores da saída do Reino Unido da
união política e económica – comummente referida simplesmente como
Brexit (uma
siglonimização na
língua inglesa, tendo como base "British" e "exit", respectivamente, "Britânico" e "saída") –, argumentam que a União Europeia traz um déficit democrático e mina a
soberania nacional dos seus membros, ao passo que os que são favoráveis pela permanência do país, dizem que em um mundo com muitas
organizações supranacionais,
qualquer perda de soberania é compensada por benefícios da adesão à
União Europeia. Para o primeiro grupo, a saída do país permitira que a
nação tivesse maior controle da imigração, gerando uma diminuição pela
busca de serviços públicos, habitação e emprego; geraria uma poupança
de milhares de milhões, devido as taxas pagas pelo país ao bloco; e
daria autonomia para o Reino Unido firmar seus próprios acordos
comerciais, libertando-se da burocracia e das políticas
regulamentadoras da UE, que são classificadas por eles de
"desnecessários e caros". O segundo grupo, que querem a permanência do
país, listam que a saída do país do bloco geraria um risco a
propriedade nos países-membros do Reino Unido; haveria uma diminuição
da influência sobre assuntos internacionais; colocaria em risco a
segurança nacional, uma vez que o país não contaria com o acesso ao
banco de dados comum de criminosos da Europa; além de acabar esbarrando
em barreiras comerciais entre o Reino Unido e a União Europeia. Além
disso, eles ainda argumentam que a decisão de saída, geraria a perda de
empregos, atrasos nos investimentos e traria riscos paras empresas
britânicas.
A organização "Reino Unido mais Forte na Europa", em tradução literal, é o principal
grupo
que fez campanha pela permanência do Reino Unido na União Europeia,
enquanto o "Vote pela Saída", em tradução literal, é o principal grupo
opositor, isto é, que fez campanha pela saída do país do bloco.
Numa disputa apertada, resultados divulgados no dia seguinte a votação deram vitória ao movimento
Brexit, por mais de um milhão de votos em favor da saída do Reino Unido da União Europeia.
O resultado final do referendo foi anunciado por Jenny Watson, presidente da Comissão Eleitoral, em
Manchester, em
24 de junho de
2016.
Referendo sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia (2016) |
Escolha | Votos | % |
Saída | 17.410.742 | 51,89% |
Permanência | 16.141.241 | 48,11% |
Votos Válidos | 33.551.983 | 99,92% |
Anulados ou brancos | 26.033 | 0.08% |
Total de votos | 33.578.016 | 100.00 |
Eleitores registados e comparecimento (%) | 46.499.537 | 72,21% |
Resultado do referendo:
Sair:
17.410.742 (51,9%) | Permanecer:
16.141.241 (48,1%) |