Biografia
Goscinny, nasceu em
Paris,
França, a
14 de agosto de
1926, filho de imigrantes
judeus polacos (a sua mãe nasceu em Chodorków, atual
Ucrânia). Mudou com os seus país para a
Argentina em
1928, com dois anos de idade e passou a sua infância em
Buenos Aires. O seu pai era professor de
Matemática
na escola que Goscinny frequentou, mostrando uma notável aptidão para
as artes. Muitos de seus primeiros trabalhos foram publicados nas
revistas da escola, como Notre Voix e Quartier Latin. Um mês após a sua
formatura em
Belas Artes, em
1943, o seu pai faleceu inesperadamente, o que levou a que os problemas financeiros o levassem a aceitar um emprego como
guarda-livros numa fábrica de
pneus.
Mais tarde, depois de se demitir, arranjou um trabalho como ilustrador
estagiário numa agência de publicidade, não tendo no entanto, sido
muito bem sucedido e, em 1945, quando o seu tio materno lhe fez um
convite para se juntar a ele em
Nova York, mudou-se para
Brooklyn com a sua mãe. Trabalhou durante algum tempo como tradutor, até que foi convocado para a tropa, no entanto, a
Segunda Guerra Mundial
já estava no fim e, embora tenha servido na França, não chegou a
participar em nenhuma acção de guerra. Regressou para Brooklyn após a
sua dispensa e tentou mais uma vez, encontrar trabalho como artista.
Em 1948 encontrou trabalho como assistente num pequeno estúdio e aqui ele entrou em contacto com os artistas
Maurice de Bevere (Morris), com quem colaborou durante 20 anos na banda desenhada de
Lucky Luke, e
Harvey Kurtzman
que o incentivou a optimizar o seu trabalho. Foi através de Harvey
Kurtzman que tomou contacto com os novos artistas americanos e
fundadores da revista
MAD,
Willy Elder,
Jack Davis e
John Severin.
Cerca de um ano depois, o seu trabalho tinha melhorado a tal ponto que
atraiu a atenção de Georges Troisfontaines, o director da
World Press Agency em
Bruxelas, na
Bélgica. Goscinny foi para a Bélgica encontrar-se com ele, acabando também por conhecer o director de arte da Agência
Dupuis,
Jean-Michel Charlier, acabando por se estabeleceu em Paris, onde fez alguns trabalhos para a Dupuis vindo mais tarde, em
1951, a assumir a gestão do Gabinete de Imprensa de Paris da
World Press Agency. Foi aqui que conheceu
Albert Uderzo.
Os seus primeiros trabalhos foram para a Dupuis, mas ao mesmo tempo,
trabalhou no desenvolvimento dos seus próprios personagens, nomeadamente
Humpá-Pá. Infelizmente, esta história não era do interesse dos
criativos a Dupuis, e levou muito tempo para ser publicado. Em 1955, com
a parceria de Morris, foi lançado o extremamente bem sucedido "Lucky
Luke". Nesse mesmo ano, após um desentendimento, Goscinny abandonou a
World Press Agency e, juntamente com Charlier, Uderzo e Jean Hebrard, criaram os
syndicates independentes
Edipress e
Edifrance.
Ainda nesse ano, lançaram a revista
Pilote, onde começaram a mostrar as obras de vários artistas novos e talentosos. Goscinny também criou o livro para crianças
Le Petit Nicolas, com
Jean-Jacques Sempé e, em 1956, escreveu editoriais e histórias para a Pilote bem como argumentos para filmes. Em 1962, trabalhou no
Le Grand Vizir Iznogoud com o jovem artista
Jean Tabary, mas foi
Astérix, criado para a primeira edição da "Pilote", que o levou para a ribalta, passando, a partir de
1968, a dedicar-se quase exclusivamente a "Asterix".
Em 1974, juntamente com Uderzo fundou os
Estúdios Idefix para fazer versões animadas de Astérix, sendo a sua primeira produção "
Os doze trabalhos de Astérix", tendo obtido um enorme sucesso. Posteriormente, produziram uma versão cinematográfica de "Lucky Luke".
Com Uderzo, Goscinny também recebeu vários prémios e foi considerado um
herói nacional em França. Infelizmente, o trabalho duro e o esforço
tinham feito estragos, vindo a morrer de
ataque cardíaco, a
5 de novembro de
1977, aos 51 anos de idade.