sábado, agosto 02, 2025

Raymond Carver morreu há 37 anos...

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Raymond Clevie Carver, Jr. (Clatskanie, 25 de maio de 1938Port Angeles, 2 de agosto de 1988) foi um escritor norte-americano, membro do chamado realismo sujo e célebre pelos seus contos e poemas minimalistas.

 

Biografia

Carver nasceu em Clatskanie, Oregon e cresceu em Yakima, Washington. Carver estudou durante algum tempo com o escritor e teórico John Gardner na Chico State College em Chico, Califórnia. Publicou um grande número de contos em diversos jornais e revistas, incluindo The New Yorker e Esquire, contos que mais tarde foram reunidos em livros. As suas histórias têm sido incluídas nas mais importantes coleções norte-americanas, como Best American Short Stories and O. Henry Prize Stories.

A escrita de Carver é normalmente associada ao minimalismo. O seu editor na Esquire, Gordon Lish, foi fundamental neste processo. Por exemplo, quando Gardner aconselhava Carver a usar 15 palavras ao invés de 25, Lish aconselhava Carver a usar 5 no lugar de 15. Durante este tempo, Carver também submeteu as suas poesias a James Dickey, então editor de poesia da Esquire.

Carver morreu em Port Angeles, Washington, aos 50 anos, vítima de um cancro. Foi enterrado no Cemitério Ocean View em Port Angeles, Washington. A sua campa tem inscrita a seguinte citação:

 

E recebeu o que queria dessa vida, mesmo assim? Recebi. E o que queria? Para chamar a mim mesmo de amado, para me sentir amado dessa terra.

 

 https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/27/Carvermemorial.jpg

 

in Wikipédia

 

THE BEST TIME OF THE DAY  



Cool summer nights.
Windows open.
Lamps burning.
Fruit in the bowl.
And your head on my shoulder.
These the happiest moments in the day.

Next to the early morning hours,
of course. And the time
just before lunch.
And the afternoon, and
early evening hours.
But I do love

these summer nights.
Even more, I think,
than those other times.
The work finished for the day.
And no one who can reach us now.
Or ever.

 

Raymond Carver

 

 

A melhor hora do dia 

 

Noites frescas de verão,
janelas abertas,
as luzes acesas,
a fruta no cesto,
e a tua cabeça no meu ombro,
a melhor hora do dia. 

Depois do princípio da manhã,
claro. E da hora
mesmo antes do almoço.
E à tarde também,
a primeira hora da noite.
Mas eu gosto mesmo 

é destas noites de verão.
Mais até, creio eu,
do que das outras horas.
Acabou-se o trabalho por hoje,
e ninguém que nos possa atingir,
agora, ou nunca.

 

Raymond Carver tradução Albino M.

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