Rodrigo Díaz de Vivar (
Burgos,
Espanha,
1043 -
Valência,
10 de julho de
1099), chamado
El Cid (do
mourisco sidi, "senhor") e de
Campeador (
Campidoctor, Campeão), foi um nobre guerreiro castelhano que viveu no
século XI, época em que a
Hispânia estava dividida entre reinos rivais de
cristãos e
mouros (muçulmanos). A sua vida e feitos tornaram-se, com as cores da lenda, sobretudo devido a uma canção de gesta (a
Canción de Mio Cid), datada de
1207, transcrita no
século XIV pelo
copista Pedro Abád, cujo
manuscrito encontra-se na
Biblioteca Nacional da Espanha, um referência para os cavaleiros da Idade Média.
A imagem que emerge desse manuscrito é a do
cavaleiro medieval idealizado: forte, valente, leal, justo e piedoso, mas há outras fontes que lhe pintam um retrato menos favorável.

(imagem daqui)
O Cid
Vinha a manhã nos longes do futuro,
Mas a noite da Ibéria era cerrada ;
Fiz então sol brilhante e prematuro
Do aço limpo desta minha espada.
E fui à sua luz abrasadora
O primeiro Quixote conhecido :
Uma presença heróica e redentora
A que o tempo, acordado, deu sentido.
Toda a pátria é o aberto descampado
A um abraço de amor.
Tinha o sonho de ser principiado…
Foi-o por mim, Cid Campeador.
in Poemas Ibéricos (1965) - Miguel Torga
(imagem daqui)
Ya por la ciudad de Burgos el Cid Ruy Díaz entró.
Sesenta pendones lleva detrás el Campeador.
Todos salían a verle, niño, mujer y varón,
a las ventanas de Burgos mucha gente se asomó.
¡Cuántos ojos que lloraban de grande que era el dolor!
Y de los labios de todos sale la misma razón:
"¡Qué buen vasallo sería si tuviese buen señor!"
in Cantar de Mio Cid
Sem comentários:
Enviar um comentário