Jacques de Molay (Vitrey, 1243/1244 ou 1249/1250 - Paris, 18 de março de 1314) nasceu no Condado da Borgonha e pertencia a uma família da pequena nobreza franca.
(...)
Na sexta-feira de 13 de outubro de 1307, os templários no reino da França são presos em massa por ordem de Filipe, o Belo. O grão-mestre Jacques de Molay é capturado em Paris. Imediatamente após a prisão, Guillaume de Nogaret proclama publicamente nos jardins do palácio real em Paris as acusações contra a ordem.
Esta manobra régia impedira o inquérito pontifício pedido pelo próprio grão-mestre, o qual interno à Igreja, discreto e desenvolvido com base no direito canónico, emendaria a ordem das suas faltas promovendo a sua reforma interna.
A prisão, as torturas,
as confissões do grão-mestre, criam um conflito diplomático com a
Santa Sé, sendo o papa o único com autoridade para efetuar esta ação.
Depois de uma guerra diplomática face ao processo instaurado contra a ordem entre Filipe, o Belo e Clemente V, chegam a um impasse, pois estando o grão-mestre e o Preceptor da Normandia, Geoffroy de Charnay sob custódia dos agentes do rei, estão no entanto protegidos pela imunidade sancionada pelo papa e absolvidos não podendo ser considerados heréticos.
Em 1314 o rei
pressiona para uma decisão relativa à sorte dos prisioneiros. Já num
estado terminal da sua doença, com violentas hemorragias internas que o
impedem de sair do leito, Clemente V
ordena que uma comissão de bispos trate da questão. As suas ordens
seriam a salvação dos prisioneiros ficando estes num regime de prisão
perpétua sob custódia apostólica e assegurando ao rei
que a temida recuperação da ordem não será efectuada. Perante a
comissão Jacques de Molay e Geoffroy de Charnay proclamam a inocência
de toda a ordem face às acusações dirigidas a ela, a comissão pára o
processo e decide consultar a vontade do papa neste assunto.
Ao ver que o processo estava ficando fora do seu controle e estando a absolvição da ordem ainda pendente, Filipe, o Belo
decide um golpe de mão para que a questão templária fosse terminada,
ordena o rapto de Jacques de Molay e de Geoffroy de Charnay, então sob
a custódia da comissão de bispos, e ordena que sejam queimados na
fogueira na Ile de la Cité pouco depois das vésperas em 18 de março de 1314.
(...)
Jacques DeMolay, durante a sua morte na fogueira, intimou aos seus três carrascos a comparecer diante do tribunal de Deus, amaldiçoando os descendentes do Rei da França, Filipe o Belo. O primeiro a morrer foi o Papa Clemente V, logo em seguida o Chefe da Guarda e conselheiro real, Guilherme de Nogaret, e no dia 27 de novembro de 1314 morreu o rei Filipe IV, com 46 anos de idade.
in Wikipédia
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